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DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS Sul Centro Leste Nordeste Amazônia � A literatura existente sobre o folclore coreográfico brasileiro é, em sua quase totalidade, obra de não especialistas em dança. Em geral as obras que a integram se constituem de música e de letras mas não descrevem as danças. No Brasil, cerca de 500 danças diferentes foram assinaladas, desde os rincões gaúchos às selvas amazônicas. Diversificam-se, como as demais danças primitivas e folclóricas, em: movimentos com o carpe em harmonia ou em desarmonia, como samba e candomblé, respectivamente; tema - abstratas (frevo) ou de imagem (danças dramáticas); forma - coletivas (maracatu), individuais (pais-de-santo), de pares (tiranas). As danças brasileiras, como a raça brasileira, provêm das mesmas matrizes: européia (pezinho, tiranas, schottish), africana (samba, macumba), e leves influências indígenas (caboclinhos). Em algumas já não se notam claramente as origens étnicas, como no frevo, a dança mais rica e original do Brasil. � Sul: Entre as mais antigas, contam-se as tiranas, de origem nitidamente espanhola, pertencem à categoria das danças de par e de galanteio, como as andaluzas. Tirana-dos-farrapos, tirana-grande, tiranas-de-dois, tirana-tremida. A chula é uma dança solista masculina, de desafio, acompanhada por canto, em 2/4. O balaio é uma dança em 2/4, cantada, com a síncope característica das danças filiadas ao lundu. A chimarrita, de origem portuguesa. O quero-mana, dança lenta, quase cerimoniosa. O terol, dança viva, em 3/4, de execução cônica. O ril, provavelmente com origem ao reel, dança inglesa. O tatu, dança sapateada em grupos de pares, e acompanhada de canto. A meia-canha tem música de polca e é comum na fronteira uruguaia e argentina. O anu é dança de coreografia rica, compondo-se de uma parte rápida, incluindo palmas à moda espanhola. O pericón é dança comum aos platinos, de evoluções riquíssimas e muitos pares. O schottish de duas damas é uma das muitas variantes da dança alemã, dançada por um homem e duas mulheres. O pezinho é portuquesa quase pura, trazida provavelmente pelos imigrantes açorianos. O caranguejo é dança portuguesa, cantada, de pares, em 2/4, comum na zona do litoral sulino. � Centro: São Paulo, Goiás e Minas Gerais: As Congadas ou congos Os moçambiques, bailados guerreiros de origem negra. O vilão-de-faca é uma versão goiana do pau-de-fita, na qual os lenços ou fitas usados; em outras zonas são substituídos por facas. Dança Goiana dos tapuias, é de inspiração ameríndia, representa cenas de caça e pesca. A dança-dos-velhos é popular em Goiás, Rio, São Paulo e Minas. São velhos mascarados, e mocinhas, geralmente travestidas. A dança do diabo (Goiás e São Paulo) se reúnem os participantes, de busto nu, em torno de uma panela cheia de álcool em combustão, O batuque de origem negra é ainda comum em São Paulo, Minas e Goiás. Os catopês (Minas), cortejo de negros, pertencendo a família das congadas em maracatus, comuns durante festas religiosas, e o turundu, cujos personagens principais são os três Reis Magos. O samba rural paulista, o quimbete, o caxambu, o sarambeque, a cana-verde, a contradança, a quadrilha e o ferra-fogo em Minas Gerais. Em São Paulo, os caipós, o bate-pé, o dão-dão, o fandango, a marrafa e o jongo. Em Goiás, o sarandi, a serra-moreninha, a palminha, a quebra-bunda e o quebra-machado. � Leste: Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Influência africana que se ramifica em todo o país. O batuque profano. O candomblé (Bahia) ou macumba religiosa, xangôs (Pernambuco, Alagoas e Paraíba), tambor-de-mina (Maranhão), babaçuque (Pará). O samba (umbigada - palavra africana) dos morros cariocas, da Bahia e de São Paulo, proveniente do Congo ou Angola. O samba de roda, no Rio de Janeiro, das famosas escolas de samba. O samba baiano. O jogo de capoeira, praticado no Rio de Janeiro e especialmente na Bahia. O mana-chica, o serra-baia, e o calango, no Rio de Janeiro. O bate-pau, o batucajé, separa-o-visgo, na Bahia. � Nordeste: O frevo (Pernambuco) O baião, ligada ao épico dos cangaceiros. O bumba-meu-boi ou boi-surubi. As cheganças (marujos, marujada, barca, fandango, nau-catarineta), pertencentes a categoria de danças dramáticas. O jongo ou tambu, dança negra violenta Os ranchos, são peculiares à Bahia. Dos caboclinhos ou cabocolinhos, reminiscências ameríndias. Os congos, o maracatu. O auto dos quilombos, de Alagoas. O coco é dança popular nodestina das prais do sertão. Os xangôs de Pernambuco e a dança do tambor do Maranhão pertencem ao mesmo tipo religioso dançado do candomblé baiano e da macumba do Rio de Janeiro. A chula nordestina e amazonense tem características do antigo lundu. A dança de São Gonçalo, de origem lusitana. A jararaca é uma espécie de schottish nordestino. O parafuso, dança Pernambucana, espécie de samba de roda. � Amazônia: O sairé, espécie de préstito religioso-pagão. O carimbó da Ilha de Marajó é uma dança solista, semelhante ao antigo lundu, sem acompanhamento de canto. Os poracés, festejam estações do ano. Os ritos do Jurupari, proibido às mulheres, se executam com cerimônias, músicas e danças. O boi-bumbá, existente no norte, se realiza durante as festas de São João.
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