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Aleitamento materno - principais tópicos

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ALEITAMENTO MATERNO
Criança está em aleitamento materno (AM) quando recebe o leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de estar ou não recebendo outros alimentos. Pode ser classificado como:
· AM exclusivo: somente leite materno (direto da mama ou ordenhado), leite humano de outra fonte, sem sólidos ou outros líquidos;
· AM predominante: além do leite materno, água, bebidas à base de água (chá, infusões) e sucos;
· AM complementado: além do leite materno, alimentos complementares (sólidos ou semissólidos); suplemento água, chá, leites de outras espécies;
· AM misto ou parcial: além do materno, recebe outros tipos de leite.
· Recomendações quanto à duração do AM
· A OMS, MS e a SBP recomendam AM por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses. 
· Não há vantagens em oferecer alimentos complementares a crianças menores que 6 meses.
· A introdução precoce de alimentos complementares diminui a duração do AM, interfere na absorção de nutrientes nele existentes, como ferro e zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção de novas gestações.
· Duração mediana brasileira de AM: 14 meses; AME: 1,4 meses.
· Evidências na superioridade da amamentação
· Redução da mortalidade infantil na primeira hora de vida tem sido associada à redução da mortalidade neonatal.
· Redução da incidência de diarreia grave e doenças crônicas e morbidade por infecção respiratória.
· Redução de alergias risco menor de atopia hereditária e asma sem recorrência familiar. Exposição a leite da vaca parece aumentar o risco de APLV.
· Melhor nutrição, desenvolvimento cognitivo e inteligência.
· Melhor desenvolvimento da cavidade bucal desenvolvimento motor-oral.
· Proteção contra doenças na mulher que amamenta CA mama/ovário; DM2.
· Economia.
· Vínculo afetivo entre mãe e filho.
· Determinantes de insucesso na amamentação
· Produção do leite
· Mulheres adultas possuem 15-25 lobos mamários, constituídos por 20-40 lóbulos, formados por 10-100 alvéolos.
· Células mioepiteliais envolvem os alvéolos; entre os lobos mamários há tecido adiposo, conjuntivo, linfático, nervoso e vascular.
· Secretado por células diferenciadas conduzido até rede de ductos. Ductos sob a aréola enchem-se e dilatam-se de leite.
· Preparação da mama para lactação na gravidez estrogênio (ramificação dos ductos); progestogênio (formação de lóbulos). A prolactina alta na gestação não faz a mama secretar leite devido à inibição pelo lactogênio placentário.
· Fase II da lactogênese secreção do leite: queda dos níveis sanguíneos maternos de progestogênio após o nascimento; expulsão da placenta: prolactina (adenohipófise) regula descida do leite mesmo sem sucção até 3-4 dias após o parto.
· Fase III da lactogênese galactopoese: controle autócrino e depende da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Remoção de peptídeos supressores da lactação do leite garante a reposição total do leite removido.
· Liberação de prolactina reflexo da produção do leite; ocitocina reflexo da EJEÇÃO do leite. Ativados pela estimulação do mamilo, sobretudo, sucção.
· Aumenta de 100 ml/dia no início para 600 ml/dia no 4º dia. Em média 850 ml/dia no 6º mês do AME.
· Composição e aspecto do leite materno
· Leite maduro: 10º dia pós-parto; primeiros dias colostro (mais proteínas e menos lipídios, rico em IgA). 
· Leite de mãe de RNs pré-termo difere do de RNs a termo, sendo a composição do pré-termo mais calórico, lipídico, proteico e menos lactose.
· 90% da composição é água.
· Principal carboidrato é lactose; principal proteína é a lactoalbumina. Gorduras suprem 50% das necessidades energéticas do bebê. Ác. graxos poli-insaturados de cadeira longa são essenciais para cognição e visão.
· Concentração de gordura aumenta ao decorrer da mamada. Leite do final (posterior) é mais rico em energia e sacia melhor a criança esvaziar bem a mama.
· Vitamina K ao nascimento; vitamina D até 18 meses em casos de exposição solar irregular; ferro até 2 anos a partir da introdução alimentar em bebês a termo ou antes, em lactentes pré-termo.
· Leite mais amarelado quando lactante ingere mais betacaroteno; mais esverdeado quando ingere riboflavinas.
· IgA secretória combate microorganismos que colonizam ou invadem mucosas; reflexo antígenos entéricos: protegem a criança no meio em que a mãe está.
· Leucócitos; lisozimas e lactoferrina (patógenos); oligossacarídicos (enterotoxinas); fator bífido (acidifica fezes e evita instalação de bactérias).
· Transferência do leite da mama para a criança
· O bebê com pega inadequada é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade em retirar o posterior (mais nutritivo e rico em gorduras).
· Posição confortável sem obstáculos para o bebê: abocanhar o tecido mamário (dedos em forma de tesoura), retirar o leite efetivamente, deglutir e respirar livremente.
· Técnica inadequada: Bochechas encovadas; ruídos da língua; mama esticada ou deformada durante mamada; mamilos com estrias vermelhas; áreas esbranquiçadas quando o bebê solta a mama; dor.
· Laid-back breastfeeding (posição semideitada, bebê em cima longitudinalmente ou obliquamente, não há necessidade de apoiá-lo) bebê usa mais os reflexos neonatais primitivos; promove locomoção; dá mais autonomia ao bebê.
· Orientações básicas sobre AM a lactantes/famílias
· Início da amamentação: contato pele a pele na primeira hora de vida, sempre que as condições de saúde do bebê e da mãe permitirem; sucção precoce da mama reduz hemorragia pós parto (liberação de ocitocina) e icterícia no RN (aumento da motilidade gastrintestinal).
· Frequência das mamadas: bebê em AME livre demanda, geralmente 8-12 vezes ao dia: não deve ser interpretado como sinal de fome do bebê, leite fraco ou insuficiente, é fisiológico. EPISÓDIOS DE ACELERAÇÃO DE CRESCIMENTO 10-14 dias; 4-6 semanas; em torno de 3 meses maior demanda.
· Uso de suplementos: água, chá e outros leitos devem ser evitados associação com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil. Mamadeira tem efeito negativo sobre o AM fonte de contaminação e “confusão de bico”. 
· Uso de chupeta: afeta negativamente a formação do palato; geralmente são amamentadas em menor frequência.
· Desmame: ideal que ocorra naturalmente; desmame abrupto deve ser desencorajado, podendo gerar rejeição e insegurança na criança, além de ingurgitamento mamário, estase do leite e mastite na lactante, bem como tristeza ou depressão luto pela perda da amamentação/mudanças hormonais.
· “Greve de amamentação” início súbito e inesperado, a criança parece insatisfeita, geralmente por 2-4 dias. Etiologia: doença, dentição, diminuição do volume/sabor do leite, estresse e excesso de mamadeira/chupeta. Geralmente acontece em menores de 1 ano.
FONTE: TRATADO DE PEDIATRIA.

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