Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PIM – PÚBLICA JACKSTON HENRIQUE CÂNDIDO DE SOUZA BARBOSA – UP2192003 PROJETO INTEGRADOR MULTIDISCIPLINAR PORTO VELHO-RO JUNHO – 2022 JACKSTON HENRIQUE CÂNDIDO DE SOUZA BARBOSA PROJETO INTEGRADOR MULTIDISCIPLINAR Projeto Integrador Multidisciplinar – PIM –, apresentado ao curso de Gestão Pública como parte de requisitos para avaliação do semestre das disciplinas norteadoras do semestre. PORTO VELHO-RO JUNHO – 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 4 2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA................................................... 5 2.1. Denominação e forma de constituição ........................................... 5 2.2. Dados e fatos relevantes da origem da organização ..................... 5 2.3. Número de funcionários ............................................................... 7 2.4. Principais fornecedores, mercados e segmentos ........................ 7 2.4.1. Principais fornecedores ......................................................... 7 2.4.2. Principais mercados e segmentos ......................................... 7 3 OPERAÇÕES DA EMPRESA ......................................................... 9 3.1 Cadeia Produtiva............................................................................. 10 3.2 Compras.......................................................................................... 11 4 ARMAZENAGEM E PICKING ......................................................... 12 4.1. Gerenciamento de estoque.............................................................. 13 5 ANÁLISE SWOT ............................................................................. 15 5.1. Ambiente interno .......................................................................... 15 5.1.1. Força ..................................................................................... 15 5.1.2. Fraqueza................................................................................ 16 5.2. Ambiente externo ......................................................................... 16 5.2.1. Oportunidade ......................................................................... 16 5.2.2. Ameaça.................................................................................. 17 6 CONCLUSÃO ................................................................................. 18 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 19 4 1 INTRODUÇÃO A gestão de uma empresa - financeira, logística e organizacional, é uma área muito discutida no mercado empresarial, com procedimentos e ações para planejamento e análise das rotinas de empresas do mercado. Na busca de melhorias nas rotinas administrativas, que neste caso abordamos a logística, existem diversas ferramentas e operações que são capazes de auxiliar para resolução de problemas. Visando aprofundar nos conhecimentos adquiridos sobre o ambiente de Gestão Comercial, foi escolhida a NATURA COSMÉTICOS S.A., empresa de capital aberto com ações na BM&F Bovespa. Foi fundada em agosto de 1969 e teve início com uma loja e uma pequena fábrica em no estado de São Paulo. Alguns anos depois, começou a vender seus produtos no modelo de venda-direta. A pesquisa teve como objetivo analisar as operações logísticas da empresa, usando fundamentos adquiridos nos conhecimentos teóricos do curso, que complementa o processo de ensino-aprendizagem. Através da pesquisa, que proporciona desenvolvimento prático, buscou-se levantar práticas das operações logísticas presentes nas empresas, de forma a analisar dificuldades e vantagens existentes nos modelos administrativos e observando a integração multidisciplinar dos setores. Fundamentados neste conceito, demonstraremos ao decorrer do trabalho, a NATURA COSMÉTICOS S.A, empresa de solidez, com alto rendimento, abordando assuntos do Ambiente Logístico da empresa considerando áreas de Estocagem, Picking, Sistemas de Gestão, Transportes, entre outros. 5 2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 2.1 Denominação e forma de constituição NATURA COSMÉTICOS S.A. é uma sociedade por ações de capital aberto que se rege pelo presente estatuto social, pela legislação aplicável e pelo Regulamento de Listagem do Novo Mercado. A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de Itapecerica da Serra, Estado de São Paulo, na Rodovia Régis Bittencourt, s/n.º, km 293, Bairro Potuverá, Edifício I, CEP 06882-700. 2.2 Dados e fatos relevantes da origem da organização A trajetória que nos transformou na maior multinacional brasileira de cosméticos começou em 1969, quando Luiz Seabra inaugurou uma pequena fábrica em São Paulo. Desde então, construímos um negócio voltado à construção do Bem Estar Bem – que se manifesta nas relações harmoniosas que um indivíduo estabelece consigo mesmo, com os outros e com a natureza. ● 1969: Luiz Seabra funda a Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaut. Meses depois, a empresa passa a se chamar Natura. ● 1970: abrimos nossa primeira loja, na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Luiz Seabra atende pessoalmente as clientes. ● 1974: a venda direta é adotada como modelo de negócios, uma aposta na força das relações. A loja da Oscar Freire é fechada. ● 1979: lançamos a linha Sr. N, inaugurando o segmento de produtos masculinos, uma novidade na época. ● 1980: com a expansão para diferentes regiões do Brasil, alcançamos 200 colaboradores e 2.000 consultoras. ● 1982: primeira incursão da Natura no mercado internacional, por meio de um distribuidor local no Chile. 6 ● 1983: nós nos tornamos a primeira marca de cosméticos no Brasil a oferecer refil. Lançamos Sève, óleo de banho inédito no mercado. ● 1984: surge o sabonete Erva Doce, que se transforma em um clássico do nosso portfólio. ● 1986: criamos Chronos, produto antissinais que valoriza a beleza da mulher em cada fase da vida. ● 1989: atingimos a marca de 50 mil Consultoras de Beleza. ● 1990: adotamos a rosácea como nosso símbolo. ● 1993: lançamos a linha de produtos Mamãe e Bebê, com a proposta de fortalecer o vínculo entre mães e filhos. ● 1994: iniciamos nossas operações na Argentina e no Peru. ● 1995: criamos nossa única linha de produtos não cosméticos, Crer Para Ver, cujo lucro é revertido para ações de melhora da educação. ● 1996: Kaiak, uma das fragrâncias mais vendidas da perfumaria brasileira, chega ao mercado. ● 2000: lançamos a linha Ekos, que incorpora ativos da biodiversidade brasileira à formulação de seus produtos. ● 2001: inauguramos o mais avançado centro integrado de pesquisa e produção de cosméticos da América do Sul, em Cajamar (SP). ● 2004: realizamos a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo; ● 2005: inauguramos nossa primeira loja em Paris. Lançamento do Natura Musical, programa de divulgação da música brasileira. ● 2006: banimos os testes de produtos e de ingredientes em animais. ● 2007: criamos o Programa Carbono Neutro, com metas de redução das emissões de gases de efeito estufa em toda a cadeia produtiva. ● 2009: ao completar 40 anos, atingimos a marca histórica de um milhão de consultoras. ● 2010: criamos o Instituto Natura para gerir os recursos de Crer Para Ver. Começamos a produzir na Argentina, na Colômbia e no México. ● 2011: lançamos o Programa Amazônia, com o objetivo de direcionar investimentos para a região. ● 2012: começa o processo de aquisição da marca australiana de cosméticos Aesop pela Natura (concluído em 2016). 7 ● 2013: reduzimos em um terço as emissões de gases de efeito estufa. Lançamos a linha Sou, com 70% menos plástico. ● 2014: inauguramos o Ecoparque, centro industrial em Benevides (PA), e nos tornamos a primeira companhia de capital aberto a se tornar uma Empresa B. ● 2015: o Rede Natura, nossa primeira plataforma de vendas on-line, alcança todo o territóriobrasileiro e chega ao Chile. ● 2016: inauguramos lojas em diversas regiões do Brasil e também a primeira delas em Nova York. ● 2017: adquirimos a marca britânica de cosméticos The Body Shop. ● 2018: é criado o grupo Natura &Co, união de Natura, Aesop e The Body Shop ● 2020: Natura & Co conclui a aquisição da Avon, criando o quarto maior grupo do mundo do segmento de beleza. 2.3. Número de funcionários Atualmente a Natura conta com cerca de 6.000 colaboradores. 2.4. Principais fornecedores, mercados e segmentos 2.4.1 Principais fornecedores A Natura pesquisa na natureza ingredientes que tragam benefícios cosméticos, mais de 80% dos insumos utilizados pela empresa atualmente são vegetais. A Natura mantém relacionamento com 32 comunidades no Brasil, a maioria na Amazônia, que reúnem mais de 2 mil famílias fornecedoras de ativos da sócio biodiversidade usados em seus produtos. São nos laboratórios da Natura que a eficácia e segurança das outras matérias-primas usadas para a fabricação de produtos são pesquisadas. As técnicas incluem modelos computacionais, ensaios in vitro e em pele e córnea sintéticas - há 10 anos a empresa não usa animais em seus testes. Ao passo em que cria novas fórmulas e embalagens, a empresa usa uma “calculadora ambiental” para dimensionar quanto cada processo gera de impacto ambiental – e quanto isso pode ser diminuído. Um exemplo prático de produto lançado a partir dessas estatísticas é a linha SOU. Criada em 2013, ela foi feita com menos material de embalagem e fórmulas com menos ingredientes. Boa parte das 8 embalagens de Chronos também é de refil, no intuito de reduzir o uso de matérias- primas e resíduos. Por ano, a Natura investe 3% de sua receita em inovação. A Natura investe, a cada ano, 3% de sua receita anual em inovação. 2.4.2 Principais mercados e segmentos A gigante do setor de perfumaria e cosméticos Natura anunciou, recentemente, a compra da concorrente norte-americana Avon. A negociação envolveu cerca de US$ 3,7 bilhões, o que desencadeou na criação de um grupo de US$ 11 bilhões de faturamento anual, com a holding Natura & Co. Essa não foi a primeira negociação avançada da Natura. A empresa incorporou nos últimos anos grandes marcas do ramo da beleza — como a australiana Emeis Holdings (com a luxuosa Aesop) e a Body Shop. Os números são surpreendentes. Mas o sucesso da estratégia da Natura está diretamente ligado à sua forma de atuação, que vai muito além de negócios relacionados ao universo dos cuidados corporais. Trata-se do reflexo de um trabalho sistemático que fez com que a Natura alcançasse a sua atual posição de destaque no mercado mundial, inspirando companhias de todos os setores. Compreender o caminho percorrido pela Natura, assim como o seu desenvolvimento de gestão de marca (o chamado branding), requer olhar para uma série de particularidades da corporação que tem um time de mais de 1.6 milhão de consultoras ativas, contribuindo com a venda porta em porta. Em um país e um mercado tão plural, esse pode ser um dos segredos da Natura. 3. OPERAÇÕES DA EMPRESA No intuito de assegurar a qualidade na aquisição de insumos, produtos e serviços de terceiros, a empresa Natura assumiu o compromisso de privilegiar os fornecedores que apresentam os melhores padrões de excelência. Para identificar um possível fornecedor de maneira ética e transparente, a reposta encontrada foi a criação de um processo de acompanhamento e certificação daqueles que atendem ao princípio da sustentabilidade. O padrão adotado para isso é o QLICAR, cujo significado é: Qualidade, Logística, Inovação, Custo/Contrato, Atendimento e Relacionamento. Os quesitos de abrangência do QLICAR são considerados pela empresa os pilares para a construção de um relacionamento justo entre as partes. O principal objetivo é garantir a conformidade dos materiais e/ou serviços e, sendo que o ponto chave é a aprovação 9 da auditoria nos Requisitos de Sistema Integrado. Quando encerra o período de avaliação o fornecedor que obtiver 75% dos pontos medidos neste tempo será certificado, sendo que este certificado tem a validade de um ano, período de um novo ano QLICAR, quando os indicadores são novamente medidos de acordo com os objetivos do processo. Diante da crescente competitividade, empresas que vendem produtos de forma tradicional, ou pela internet, não têm condições de obter vantagem sobre seus concorrentes sem a implantação de redes logísticas de alto desempenho. A logística encarrega-se de melhorar o nível de rentabilidade da distribuição, através de planejamento, organização e controle das atividades de transporte e armazenagem, facilitando o fluxo de materiais (CHING, 2001). O mesmo autor evidencia, como objetivo da logística, a entrega dos produtos, ou serviços, ao comprador no tempo e momento corretos, ao menor custo possível e nas condições pré-determinadas. Dessa forma, pode-se dizer que a logística tornou-se um fator de sucesso imprescindível em todos os setores industriais, porém existem algumas tendências que devem ser consideradas anteriormente ao exame das estruturas e processos internos do sistema empresarial (MARTEL & VIEIRA, 2008). A globalização aliada à abertura de mercados, a explosão tecnológica e ao surgimento de novos concorrentes redefiniram o cenário da concorrência a nível mundial e assim, se as empresas não se adaptarem ao novo cenário fica cada vez mais evidente que a posição competitiva acabará por se deteriorar. Outras tendências que afetam os sistemas logísticos são os consumidores mais informados e com alto grau de sofisticação, exigindo cada vez mais das empresas; maior poder dos atacadistas e varejistas; explosão em termos de evolução tecnológica. Tais necessidades de adaptação às empresas levam à conclusão de que o posicionamento estratégico de estoques, aliado às demais atividades logísticas, não tardará em se tornar obrigatório (MARTEL & VIEIRA, 2008). Para Bowersox & Closs (2001), o que não pode ser esquecido é a gestão da informação logística, a qual tem por finalidade garantir a eficácia do projeto de sistemas logísticos. Em grande parte das cadeias logísticas, o processo de transformação inicia-se junto à fonte de recursos naturais (produtor, neste exemplo), em seguida a matéria- prima é armazenada e na sequência encaminhada à unidade transformadora, conhecida como fábrica ou indústria. Uma vez transformada a matéria-prima em 10 produto acabado, esse é alocado em embalagens adequadas para sua proteção e transporte, para ser enviado ao centro de distribuição. Quando a venda ocorre através de redes varejistas, o produto acabado ainda é encaminhado ao varejista para, então, ser oferecido ao consumidor final. Como ocorre na empresa Natura do centro de distribuição, o produto acabado é encaminhado diretamente ao consumidor (neste caso, para as Consultoras de vendas as quais se responsabilizam pela entrega ao cliente final). Deste modo, conforme Martel & Vieira (2008), considera-se que a cadeia logística é formada pelo conjunto de redes logísticas internas das empresas membro, e os fluxos nessas redes são associados as etapas do processo de transformação. Assim, para conseguir gerenciar os fluxos de materiais e informações e aumentar a competitividade no mercado, há necessidade de se recorrer a uma rede de planos fundamentados nas decisões de curto (planos operacionais), médio (planos táticos) e longo (planos estratégicos) prazos. 3.1. Cadeia Produtiva Produção – As operações industriais e logísticas da Natura se concentram no “Espaço Natura”, o centro integrado de pesquisa, desenvolvimento, produção e logística. A fábrica que fica no município de Cajamar em São Pauloé a maior da América do Sul, instalada em uma área de 678 mil metros quadrados (77 mil dos quais de área construída). A capacidade de produção anual instalada em 2003 era de 170 milhões de itens, com planos de expansão para 450 milhões de unidades. Apesar da empresa ainda não ter apresentado um cronograma, os custos da expansão já foram orçados em R$ 400 milhões. Com investimentos de aproximadamente R$ 205 milhões, o centro de operações da empresa é um dos mais modernos deste tipo na América Latina, composto por doze edifícios, quatro fábricas (perfumes, cremes, maquiagens e xampus), um armazém vertical de última geração, laboratórios e centros de pesquisa, áreas administrativas e operacionais, centro de treinamento, centro de serviços (com restaurante, banco, berçário e lojas de conveniência), biblioteca, estação de tratamento de efluentes e clube poliesportivo. A fabricação de alguns produtos, como sabonetes, produtos contendo aerossol e alguns cosméticos, têm sido terceirizados, representando em 2003, 5,7% da receita bruta. Distribuição – Os produtos são distribuídos por representantes de vendas em todo o território nacional e redes de pequena escala na Argentina, Peru e Chile. Caso 11 haja receptividade no mercado europeu com a abertura de sua loja na França, a empresa considerará a expansão da distribuição na Europa. O canal exclusivo de vendas diretas associado à força de sua marca geram boas margens de crescimento das vendas, conquistando o market share dos canais de distribuição convencionais. Apesar do canal ser diferente, concorre de forma eqüitativa com os seguintes gigantes do setor de cosmético global que atuam no Brasil: Avon, L’Oréal e Nívea. Apesar da Johnson & Johnson, Unilever, ColgatePalmolive também atuarem no país, o nicho de mercado explorado por estas é um pouco diferente do mercado alvo da Natura. A empresa recebeu em 2003, em média 22.000 encomendas por dia, das quais aproximadamente 98% foram encaminhadas em 24 horas. A logística de transporte dos produtos para as residências dos representantes de venda envolve a utilização de vinte e seis diferentes empresas e serviço postal e o tempo de entrega nas poucas regiões classificadas como de difícil acesso leva até dez dias. 3.2 Compras A Natura compra matéria-prima de diversos fornecedores, sendo os domésticos responsáveis por aproximadamente 90% dos custos em 2003. Os dez principais fornecedores representaram 42,8% do total de custos com matéria prima no ano passado. A empresa também possui contratos de longo prazo com os fornecedores mais importantes e possui alguns custos de matéria-prima atrelados ao dólar. Para os produtos elaborados com recursos da biodiversidade brasileira, particularmente a linha Ekos, a Natura compra os ingredientes necessários de fornecedores que cultivam esses produtos ou de intermediários que os compram de comunidades que extraem tais recursos. A empresa não depende de uma única empresa ou fornecedor para a produção de qualquer de suas linhas de produto. 4. ARMAZENAGEM E PICKING A empresa Natura possui três fábricas na sua sede em CAJAMAR-SP e, um 4º armazém, que é responsável pela atividade de separação (picking). A atividade picking ou order picking pode ser definida como a atividade responsável pela coleta do mixcorreto de produtos, na quantidade correta para satisfazer as necessidades do consumidor (MEDEIROS,1999). 12 O aumento da importância da atividade de picking fez com que novos investimentos fossem feitos nessa área, principalmente nos sistemas de separação. Para se ter noção da representatividade desta atividade, em média, o picking é responsável por 65% dos custos de manuseio de materiais de um centro de distribuição. Atualmente, mais de 99% dos pedidos feitos pelas consultoras para a companhia são realizados via internet e 10% são realizados por meio do aplicativo Consultoria Natura. As consultoras também têm acesso a um pacote de serviços, que inclui chip para celular e leitor de cartão de débito e crédito. Depois de prontos, os produtos da empresa vão da fábrica para o centro logístico, em Itupeva, no interior paulista, criado em 2015, o mais moderno hub logístico das Américas, com tecnologia inédita quem tem como diferencial o armazenamento de caixas e paletes, gerenciadas por um software customizado, o que permite a montagem de paletes mistos. Somente outros dois hubs de cosméticos, localizados na Suíça e na Austrália, utilizam a mesma tecnologia. Figura 1: Controle de estoque Fonte: exame.abril.com.br, 2020 O investimento em equipamentos – que conta com 13 transelevadores, 20 navettes para armazenagem de caixas, dois robôs de paletização automática e dois de despaletização automática – foi de 73 milhões de reais. 13 Com isso, o circuito São Paulo de logística é 100% automatizado: uma carreta especialmente desenvolvida pela Natura, em parceria com a Coopercarga, é carregada em Cajamar com produtos acabados, descarregadas no hub em Itupeva, montada novamente com produtos solicitados pelo centro de distribuição de São Paulo e, por fim, descarregada na capital paulista sem nenhum contato humano. O processo de retirada e abastecimento de produtos desta carreta especial leva cinco minutos. Em média, o hub movimentará 60 carretas por dia e deve movimentar três mil paletes/dia. Graças à localização estratégica - fica próximo ao aeroporto de Viracopos e ao Rodoanel, com rápida conexão rodoviária com diversas estradas. Nele, caixas e os pallets são armazenados e o controle do estoque é feito por meio de um software personalizado, que permite gerenciar espaço, tempo e emissões de gás carbônico no transporte até os centros de distribuição. Do hub logístico, os produtos são enviados a oito centros de distribuição da Natura espalhados pelo Brasil e para as outras operações internacionais da empresa no México, Colômbia, Argentina, Peru, Chile, Bolívia e França. Nesse trajeto entre o hub logístico e os centros de distribuição, o transporte dos produtos é feito por carretas automáticas, mais rápidas e bem menos poluentes. Sem elas, a companhia calcula que teria de usar duas vezes mais caminhões para fazer o mesmo trabalho. Figura 2: Distribuição descentralizada Fonte: exame.abril.com.br, 2020 Nos últimos cinco anos, segundo a companhia, os investimentos em um modelo de logística descentralizada permitiu que a empresa realizasse, em 2015, em 14 até 48 horas, 42% das entregas no Brasil e 60% das entregas nas operações internacionais. Mais de 49.000 pedidos são feitos pelas consultoras Natura por dia em todo Brasil, um total de 1,4 milhão de produtos separados por vez. Para fazer as entregas, a empresa conta com transporte rodoviário, além de cabotagem, carros elétricos e bicicletas elétricas. Figura 3: Caminhos diversos Fonte: exame.abril.com.br, 2020 4.1. Gerenciamento de Estoque A empresa gerencia a duração e volume dos estoques - Para o controle não é utilizado o indicador de giro de estoques, mas sim o indicador de cobertura. Este indicador está relacionado diretamente com o Custo de Mercadoria Vendida (CMV), que indica o custo de certo item para a empresa também é utilizado para medir a eficiência da empresa. Atualmente a empresa não utiliza mais a classificação ABC para o controle de seu estoque, usando principalmente uma ferramenta específica de gestão baseada nos conceitos de oferta de produtos. São utilizadas ferramentas para auxiliar na Gestão dos Estoques é o SAP, Warehouse Management (WM – Gerenciamento de Armazém) e Product Planning (PP – Planejamento de Produto). Além disso, utiliza-se indicadores de perdas, de qualidade (medindo o percentual de utilidade de dado item, se está vencido ou obsoleto, etc.).15 5. ANÁLISE SWOT 5.1 Ambiente interno 5.1.1 Força Colaboradores satisfeitos: Consultoras satisfeitas com a rapidez na separação e satisfação com os produtos. Logística internacional: centro de distribuição presente no Brasil e no exterior. Inovação: sistema de separação de pedidos 90% realizados via internet. Estocagem: Estoques armazenado por meio de robôs, 100% automatizado. Transporte: Implantou a entrega verde que utiliza mais de 20 veículos sustentáveis, entre carros elétricos e bicicletas, que visa aumentar o número de entregas por dia com a mesma frota, e a redução de CO2. Gestão logística: De cultura centralizadora para uma visão sistêmica de gestão. Essa foi a transformação necessária para que a Natura continuasse crescendo financeira e regionalmente. 5.1.2 Fraqueza Gerenciamento de pessoal: Relacionar os colaboradores que mais se destacam, dando espaço para que Criem uma lista para futuros sucessores, tendo uma visão desde cedo sobre a Logística da empresa. Compras: Criar produtos, além do necessário, Gera depreciação. Centro de Distribuição: armazém pequeno causa superlotação de produtos. 5.2 Ambiente externo 5.2.1 Oportunidade Pesquisas de sugestão e satisfação: É muito importante saber o que o seu funcionário pensa, algumas coisas podem passar despercebidas aos olhos dos supervisores, mediante a forma de entrega, estocagem e etc. 16 Compras: insumos de alto custo Investimento em capacitação: investir no estudo dos colaboradores para se adaptarem melhor ao sistema de Picking. Sazonalidade: Acompanhamento do consumo dos produtos. Controle de processos: controle da qualidade com foco na prevenção de problemas; 5.2.2 Ameaça Forte concorrência: Mercado competitivo e agressivo, fazendo com que sempre apareçam novas tecnologias na forma de gestão logística. Crescimento de impostos: Afeta na disputa de preço de produtos e de entrega. Insumo e matéria prima de custo alto: O custo da matéria prima e do insumo alto pode afetar na qualidade dos produtos ou no preço final da entrega. 17 6. CONCLUSÃO A gestão comercial nada mais é que o ato de gerir o setor de vendas de uma empresa, indústria, organização. Para isso, serão necessárias habilidades diversas, desde administração, gestão de pessoas e processos, Recursos Humanos (RH), marketing, vendas, entre muitos outros! O gestor comercial é responsável por tarefas como formação de preços, pesquisas de mercado, relacionamento com clientes e fornecedores, definição de pontos de vendas, entre outras. Diante do estudo, acerca da Empresa de Cosméticos Natura, apoiado na ideia da Analise Swot, a qual analisa o ambiente interno e externo, conclui-se que a empresa em estudo possui alta taxa de forças e oportunidades, soube aproveitar a oportunidade não medindo esforços para programar novas tecnologias, principalmente no setor logístico, sendo pioneira em vários pontos no mercado, com estoque 100% robotizado. O desenvolvimento de sua logística, práticas de controles de processos e aspectos mercadológicos, a Natura, torna-se uma empresa digna de apresentação e memorando. Sendo Referência no mercado a Natura contribui para evolução do sistema Logístico com marcante trajetória de sucesso. 18 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, A. Branding, abordagem multiplataforma e meio ambiente: o que a estratégia da Natura pode ensinar. Rock content, 2019. Disponível em: <https://rockcontent.com/blog/estrategia-da-natura/>. Acesso em 25 de maio 2022. G1. Natura: uma gigante do mercado de cosméticos. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/tudo-sobre/natura/>. Acesso em 27 de maio 2022. Maxwell. Natura: um estudo de caso. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc- rio.br/8676/8676_5.PDF> Acesso em 28 de maio 2022. NATURA. Nossa História: Natura. 2020. Disponível em: <https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia>. Acesso em 22 de maaio 2022. SILVA, V. M. D. Sistema de Logística da empresa brasileira de cosméticos NATURA. Produção e Logística. 2009. Disponível em: <http://producaologistica.blogspot.com/2009/08/sistema-de-logistica-da-empresa.html>. Acesso em: 29 de maio 2022. UOL. Natura conclui compra da Avon e cria 4ª maior empresa de beleza do mundo. UOL, 2020. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/natura-conclui-compra-da-avon-e- cria-4a-maior-empresa-de-beleza-do-mundo.shtml>. Acesso em: 12 de maio 2022. VAZ, T. O caminho dos produtos da Natura da fabricação ao consumo. Exame, 2019. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/negocios/o-caminho-dos-produtos- da-natura-da-fabricacao-ao-consumo/>. Acesso em: 26 de maio 2022. TIME, M. Natura. Money Time, 2020. Disponível em: <https://www.moneytimes.com.br/natura/>. Acesso em: 25 de maio 2022. https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8676/8676_5.PDF https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8676/8676_5.PDF
Compartilhar