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SUS 03 Níveis de Atenção à Saúde no Brasil

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CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Níveis de Atenção à Saúde no Brasil 
Apresentação do curso 
A Figura 1, abaixo, apresenta o conteúdo deste curso, que segue a seguinte estrutura: 
Figura 1 - Visão sistêmica do curso 
 
Fonte: ICSF (2021). 
O profissional, ao final dos estudos deste curso: 
a. saberá como se estruturam os atendimentos prestados aos pacientes do SUS; 
b. compreenderá o que são os Níveis de Atenção à Saúde; 
c. entenderá o que é a Atenção Primária, Secundária e Terciária à Saúde; 
d. compreenderá a dinâmica de um atendimento realizado, na prática, em cada 
Nível de Atenção à Saúde; 
e. aprenderá os conceitos de descentralização, regionalização e hierarquização no 
âmbito do SUS; 
f. terá uma visão geral sobre a gestão dos Níveis de Atenção à Saúde; 
g. conhecerá os tipos de profissionais, estabelecimentos e procedimentos 
realizados em cada Nível de Atenção à Saúde; 
h. saberá o que é uma Central de Regulação e suas operações sistemáticas; 
i. compreenderá o conceito de promoção e prevenção à saúde; 
j. conhecerá a integração dos três Níveis de Atenção à Saúde. 
 
Níveis de atenção à saude 
Os Níveis de Atenção à Saúde são a forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) organiza 
os atendimentos aos pacientes no Brasil. A Portaria de Consolidação nº 3, de 28 de 
setembro de 2017, que fundamenta as normas sobre as redes do Sistema Único de 
Saúde (SUS), em seu Anexo I, item 3.5, define os níveis de atenção da seguinte forma: 
[...] Fundamentais para o uso racional dos recursos e para estabelecer 
o foco gerencial dos entes de governança da RAS, estruturam-se por 
meio de arranjos produtivos conformados segundo as densidades 
tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade (APS), 
ao de densidade tecnológica intermediária, (atenção secundária à 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
saúde), até o de maior densidade tecnológica (atenção terciária à 
saúde). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017, [n. p.], grifos nossos). 
O acesso da população à unidade de saúde que fará o atendimento e o serviço a ser 
prestado ocorre observando as necessidades do paciente, sejam elas para tratamento 
e/ou prevenção. 
A divisão do tipo e da complexidade do atendimento é feita levando em conta a 
capacidade que a unidade de saúde possui para a prestação da assistência em cada Nível 
de Atenção à Saúde. 
Sistema Único de Saúde (SUS) e sua Estrutura de Atendimentos 
O Sistema Único de Saúde (SUS) possui princípios doutrinários que norteiam as 
assistências realizadas aos pacientes. O Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro 
(CES-RJ) define os princípios doutrinários do SUS da seguinte forma: 
Princípios Doutrinários 
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as 
pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso 
às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras 
características sociais ou pessoais. 
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. 
Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas 
não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras 
palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, 
investindo mais onde a carência é maior. 
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a 
integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de 
doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de 
integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas 
públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as 
diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de 
vida dos indivíduos. (CES-RJ, [n. d., n. p.], grifos nossos). 
Para que o atendimento ocorra de forma efetiva e satisfatória, objetivando a assistência 
efetiva ao paciente, o SUS define suas diretrizes, no que se refere à oferta das ações e 
serviços em saúde à população, estruturadas em níveis de atenção. 
A estrutura de atendimentos do SUS, a partir dos Níveis de Atenção à Saúde, passa pelas 
responsabilidades de cada ente das esferas do governo, tipos e estrutura dos 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
estabelecimentos, capacidade tecnológica e profissionais atuantes, até chegar à 
assistência ao paciente, foco de todo o processo de serviços do SUS. 
Níveis de Atenção à Saúde no SUS 
O SUS está estruturado em três Níveis de Atenção à Saúde: 
1. Atenção Primária à Saúde (APS) ou Atenção Básica; 
2. Atenção Secundária à Saúde ou Média Complexidade; 
3. Atenção Terciária à Saúde ou Alta Complexidade. 
 
A Atenção Primária é caracterizada no documento “Qualificação de Gestores do SUS” 
conforme segue: 
[...] A atenção primária ou atenção básica constitui-se no primeiro 
ponto de atenção à saúde e tem, como um de seus objetivos, o 
alcance de certo grau de resolução de problemas, que possa, além de 
prevenir, evitar a evolução de agravos, com vistas à redução de 
situações mórbidas que demandem ações de maior complexidade 
[...]. (FIOCRUZ, 2009, p. 99). 
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é um tipo de estabelecimento que pode realizar 
atendimentos na Atenção Primária. O Programa Mais Médicos, do Governo Federal, 
apresenta a UBS da seguinte forma: 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada 
preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses 
postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem 
que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, 
como emergências e hospitais [...]. (BRASIL, [n. d., n. p]). 
As ações realizadas na Atenção Primária são voltadas, fundamentalmente, para a 
redução do risco de doenças e para a proteção da saúde. A seguir, apresentamos alguns 
exemplos de ações que podem ser realizadas na Atenção Básica: 
1. visita domiciliar por Agente Comunitário de Saúde; 
2. consulta pré-natal; 
3. consulta básica com médico de saúde da família; 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
4. aferição de pressão arterial; 
5. procedimentos em odontologia; 
6. realização de curativos simples. 
O segundo Nível de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde, chamado de Média 
Complexidade, é assim caracterizado no documento “O SUS de A a Z”: 
[...] É um dos três níveis de atenção à saúde, considerados no âmbito 
do SUS. Compõe-se por ações e serviços que visam a atender aos 
principais problemas de saúde e agravos da população, cuja prática 
clínica demande disponibilidade de profissionais especializados e o 
uso de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico [...]. 
(BRASIL, 2009, p. 206-207). 
São exemplos de unidades que realizam atendimentos de Média Complexidade: 
1. Policlínicas; 
2. Hospitais; 
3. Laboratório de Análises Clínicas. 
As unidades que atuam na Atenção Secundária realizam alguns tipos de assistências que 
necessitam de uma estrutura tecnológica de maior densidade em comparação com a 
Atenção Básica. Vejamos abaixo alguns exemplos de serviços realizados: 
1. consulta especializada (dermatologista, pneumologista, ortopedista etc.); 
2. exames de radiografias; 
3. procedimentos em ortopedia; 
4. biópsias etc. 
Na publicação “O SUS de A a Z”, do Ministério da Saúde, o terceiro Nível de Atenção, 
Alta Complexidade, é descrito como: 
[...] Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve 
alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso 
a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à 
saúde (atenção básica e de média complexidade). As principais áreas 
que compõem a alta complexidade do SUS, e que estão organizadas 
em “redes”, são: assistência ao paciente portador de doença renal 
crônica (por meio dos procedimentos de diálise); assistência ao 
paciente oncológico; cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular. Os 
procedimentos da alta complexidade encontram-se relacionados na 
tabela do SUS, em sua maioria, no Sistemade Informação Hospitalar 
do SUS, e estão também no Sistema de Informações Ambulatorial em 
pequena quantidade, mas com impacto financeiro extremamente 
alto, como é o caso dos procedimentos de diálise, da quimioterapia, 
da radioterapia e da hemoterapia [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, 
p. 32-33). 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
São exemplos de unidades que realizam atendimentos de Alta Complexidade: 
1. clínicas especializadas (Terapia Renal Substutiva, radioterapia etc.); 
2. hospitais gerais; 
3. hospitais de referência em especialidades. 
As unidades da Atenção Terciária, que realizam atendimentos de Alta Complexidade, 
possuem estrutura de alto custo e de alta tecnologia, incluindo profissionais 
especializados, conforme o nível de abrangência do atendimento a que se propõem. São 
exemplos de atendimentos realizados nas unidades de Alta Complexidade: 
1. exames de tomografia e ressonância magnética; 
2. cirurgias com alto grau de complexidade; 
3. transplantes. 
No que tange às assistências realizadas, as unidades de saúde levam em conta a 
capacidade disponível para atender os pacientes. Ou seja, a estrutura física, a densidade 
tecnológica e os profissionais atuantes é que nortearão o perfil assistencial da unidade 
e, consequentemente, as ações que poderão ser realizadas. 
Com relação à codificação dos atendimentos prestados, a Tabela de Procedimentos do 
SUS apresenta características que delimitam os procedimentos, correlacionando-os aos 
níveis de atenção. Dessa forma, a codificação das assistências, para posterior registro 
nos sistemas de captação de dados, é feita vinculando: 
1. o procedimento executado no paciente; 
2. seu código correspondente, observando o que consta na Tabela de 
Procedimentos do SUS; e 
3. o nível de atenção ao qual a unidade de saúde está enquadrada. 
 
Descentralização, Regionalização e Hierarquização das Ações do SUS 
Figura 2 - A descentralização e a hierarquização 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Fonte: Freepik (2019). 
Os serviços de saúde prestados pelo SUS são direcionados pelos princípios da 
regionalização, hierarquização e descentralização, na medida em que fazem um 
balanceamento entre as responsabilidades, diretrizes e divisões dos atendimentos em 
Níveis de Atenção à Saúde, que se diferenciam, principalmente, pelas distintas 
densidades tecnológicas que os caracterizam em cada esfera. 
Conforme disposto no Art. 8º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990: 
[...] As ações e serviços de saúde executados pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação 
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma 
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente 
[...]. (BRASIL, 1990, [n. p.]). 
Quanto à organização das assistências prestadas aos pacientes, o SUS está estruturado 
de forma regionalizada e hierarquizada. O Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro 
(CES-RJ) define regionalização e hierarquização da seguinte forma: 
[...] Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser 
organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a 
uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios 
epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser 
atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os 
serviços que já existem, visando ao comando unificado dos mesmos. 
Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e 
garantir formas de acesso a serviços que façam parte da 
complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos 
disponíveis numa dada região [...]. (CES-RJ. [n. d., n. p.]). 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Já a descentralização, segundo a publicação “O SUS de A a Z”: 
[...] É o processo de transferência de responsabilidades de gestão para os municípios, 
atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS e que definem 
atribuições comuns e competências específicas à União, estados, Distrito Federal e 
municípios [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 111-113). 
Interoperacionalidade dos Princípios de Descentralização, Regionalização e 
Hierarquização 
A dispensação dos serviços do SUS, estruturada de forma descentralizada e 
regionalizada, além de completar-se na execução das ações em saúde, visando à 
integralidade de assistência, apoia-se mutuamente no sentido de divisão de 
responsabilidades, facilitando a oferta dos atendimentos e o acesso dos pacientes aos 
tratamentos que necessitam. 
A interoperacionalidade dos princípios de descentralização, regionalização e 
hierarquização ocorre de forma planejada, sendo essencial para que a proposta do SUS 
de atendimento integral à população tenha o alcance necessário e produza os efeitos 
desejados em todas as suas necessidades, independente da complexidade dos 
tratamentos aos quais os pacientes precisem ter acesso. 
Alciris Marinho Rodrigues define que: 
[...] Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade 
tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e 
com a definição da população a ser atendida. Isto implica na 
capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população 
todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo 
de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de 
resolubilidade (solução de seus problemas). O acesso da população à 
rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção 
que devem estar qualificados para atender e resolver os principais 
problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais, deverão 
ser referenciados para os serviços de maior complexidade 
tecnológica. A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e 
regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de 
saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de 
vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação 
em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em 
todos os níveis de complexidade [...]. (RODRIGUES, [n. d.], p. 2). 
Responsabilidades da União, Estados e Municípios Quanto aos Níveis de Atenção 
Levando em consideração o Brasil, país com dimensões continentais, e a diversidade de 
condições habitacionais, regionais, socioeconômicas, culturais etc., que influenciam nas 
condições de saúde e no possível desenvolvimento de patologias, quanto mais próximo 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
e efetivo for o acompanhamento das condições de saúde da população, mais eficaz e 
menos custoso será para que o Ministério da Saúde possa diagnosticar, implantar e 
monitorar políticas de saúde que se adequem às necessidades dos pacientes. 
A responsabilidade de cada ente da gestão do SUS, seja ele municipal, estadual ou 
federal, está de acordo com o grau de resolubilidade alcançável, observando os recursos 
disponíveis em cada esfera, no que concerne à tecnologia e ao custo a ser empregado, 
levando em conta a complexidade dos problemas de saúde da população adscrita. 
A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências, define as competências da união, 
estados e municípios, no que se refere às complexidades dos atendimentos, da seguinte 
forma: 
[...] 
Art. 16. À direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) 
compete: 
III. definir e coordenar os sistemas: de redes integradas de assistência 
de alta complexidade; 
XVII. acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, 
respeitadas as competências estaduais e municipais; 
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) 
compete: 
I. promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das 
ações de saúde; 
II. acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema 
Único de Saúde (SUS); 
III. prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar 
supletivamenteações e serviços de saúde; 
IV. coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) de vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; e 
d) de saúde do trabalhador; 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
VIII. em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e 
avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde; 
IX. identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir 
sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e 
regional; 
X. coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e 
hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua 
organização administrativa; 
XI. estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e 
avaliação das ações e serviços de saúde; 
Art. 18. À direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) 
compete: 
I. planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de 
saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; 
II. participar do planejamento, programação e organização da rede 
regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em 
articulação com sua direção estadual; 
XII. normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de 
saúde no seu âmbito de atuação [...]. (BRASIL, 1990, [n. p.], grifos 
nossos). 
O município não tem a responsabilidade de realizar todos os serviços da Atenção 
Secundária, dos quais necessitam seus habitantes. No entanto, tem o dever de garantir 
o acesso aos tratamentos e procedimentos enquadrados na média e alta 
complexidades. Se não conseguir garantir todo atendimento com seus recursos 
próprios, pode recorrer à região de saúde, através das pactuações. A Resolução nº 1, de 
29 de setembro de 2011, no que se refere às regiões de saúde, define que: 
Art. 2º As Regiões de Saúde serão instituídas pelos Estados em 
articulação com os Municípios, nos termos do disposto no Decreto 
nº 7.508, de 2011, e conforme o disposto nesta Resolução. 
§ 1º Considera-se Região de Saúde o espaço geográfico contínuo 
constituído por agrupamento de Municípios limítrofes, delimitado a 
partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de 
comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a 
finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de 
ações e serviços de saúde. 
§ 2º As Regiões de Saúde interestaduais, compostas por Municípios 
limítrofes de mais de um Estado, serão instituídas por ato conjunto 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
dos respectivos Estados em articulação com os Municípios. 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011, [n. p.], grifo nosso). 
Os municípios, por sua vez, têm foco voltado mais para a atuação no planejamento, 
implantação, coordenação e resolutividade dos serviços no âmbito da Atenção Básica. 
Complementaridade dos Níveis de Atenção à Saúde 
Figura 3 - A união das esferas de governo na prestação dos serviços do SUS 
 
Fonte: Freepik (2016). 
A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, “[...] dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes e dá outras providências [...].” (BRASIL, 1990, [n. p.]). 
No seu artigo 7º, inciso II, menciona que a “[...] integralidade de assistência, entendida 
como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do 
sistema [...]” (Ibidem). Nesse contexto, o Ministério da Saúde, em sua publicação 
intitulada “ABC do SUS: Doutrinas e Princípios”, cita o que segue: 
[...] 
QUEM É O RESPONSÁVEL PELO ATENDIMENTO AO DOENTE E PELA 
SAÚDE DA POPULAÇÃO? O principal responsável deve ser o 
município, através das suas instituições próprias ou de instituições 
contratadas. Sempre que a complexidade do problema extrapolar a 
capacidade do município resolvê-lo, o próprio serviço municipal de 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
saúde deve enviar o paciente para outro município mais próximo, 
capaz de fornecer a assistência adequada, ou encaminhar o problema 
para suportes regionais e estaduais nas áreas de alimentação, 
saneamento básico, vigilância epidemiológica e vigilância sanitária. 
Deverá haver, sempre que possível, uma integração entre os 
municípios de uma determinada região para que sejam resolvidos os 
problemas de saúde da população. Conforme o grau de complexidade 
do problema, entram em ação as secretarias estaduais de saúde e/ou 
o próprio Ministério da Saúde [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1990, p. 
7). 
É importante destacar, tendo em vista o esforço necessário por parte dos entes federal, 
estadual e municipal para atender às necessidades dos pacientes do SUS, o papel 
fundamental da Programação Pactuada e Integrada (PPI), um dos recursos do Ministério 
da Saúde para alcançar a integralidade de assistência. 
A Portaria de Consolidação nº 5, do Ministério da Saúde, define a PPI e aponta seus 
objetivos gerais: 
CAPÍTULO VIII 
DA PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA DA ASSISTÊNCIA EM 
SAÚDE 
Art. 630. A Programação Pactuada e Integrada da Assistência em 
Saúde seja um processo instituído no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS) onde, em consonância com o processo de planejamento, 
são definidas e quantificadas as ações de saúde para a população 
residente em cada território, bem como efetuados os pactos 
intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de 
saúde. (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 1º) 
Parágrafo Único. A Programação Pactuada e Integrada da 
Assistência em Saúde tem por objetivo organizar a rede de serviços, 
dando transparência aos fluxos estabelecidos, e definir, a partir de 
critérios e parâmetros pactuados, os limites financeiros destinados à 
assistência da população própria e das referências recebidas de 
outros municípios. (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 1º, 
Parágrafo Único) 
Art. 631. A Programação Pactuada e Integrada da Assistência em 
Saúde orientar-se-á pelo Manual de "Diretrizes para a Programação 
Pactuada e Integrada da Assistência em Saúde", a ser disponibilizado 
pelo Ministério da Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 2º) 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Art. 632. Os objetivos gerais do processo de Programação Pactuada 
e Integrada da Assistência em Saúde são: (Origem: PRT MS/GM 
1097/2006, Art. 3º) 
I - buscar a equidade de acesso da população brasileira às ações e aos 
serviços de saúde em todos os níveis de complexidade; (Origem: PRT 
MS/GM 1097/2006, Art. 3º, I) 
II - orientar a alocação dos recursos financeiros de custeio da 
assistência à saúde pela lógica de atendimento às necessidades de 
saúde da população; (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 3º, II) 
III - definir os limites financeiros federais para a assistência de média 
e alta complexidade de todos os municípios, compostos por parcela 
destinada ao atendimento da população do próprio município em seu 
território e pela parcela correspondente à programação das 
referências recebidas de outros municípios; (Origem: PRT MS/GM 
1097/2006, Art. 3º, III) 
IV - possibilitar a visualização da parcela dos recursos federais, 
estaduais e municipais, destinados ao custeio de ações de assistência 
à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 3º, IV) 
V - fornecer subsídios para os processos de regulação do acesso aos 
serviços de saúde; (Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 3º, V) 
VI - contribuir na organização das redes de serviços de saúde; e 
(Origem: PRT MS/GM 1097/2006, Art. 3º, VI) 
VII - possibilitar a transparência dos pactos intergestores resultantes 
do processo de Programação Pactuada e Integrada da Assistência e 
assegurar que estejam explicitados no "Termo Compromisso para 
Garantia de Acesso", conforme Anexo LVI . (Origem: PRT MS/GM 
1097/2006, Art. 3º, VII). (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017, [n. p.], grifos 
nossos). 
A Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde (PGASS) é uma rediscussão da 
pactuação trazidapela PPI e tem como base o Decreto nº 7.508, do Ministério da Saúde, 
de 28 de junho de 2011. O site PROGRAMASUS define a PGASS da seguinte forma: 
Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde - PGASS 
A PGASS consiste em um processo de negociação e pactuação entre 
os gestores, em que são definidos os quantitativos físicos e 
financeiros das ações e serviços de saúde a serem desenvolvidos, no 
âmbito regional, partindo da realidade municipal. Possui articulação 
com a Programação Anual de Saúde (PAS) de cada ente presente na 
região, dando visibilidade aos objetivos e metas estabelecidos no 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
processo de planejamento regional integrado, bem como os fluxos de 
referência para sua execução. Como resultado desse amplo processo 
de discussão e identificação de necessidades é possível a priorização 
de investimentos necessários para a conformação da Rede de 
Atenção à Saúde. Do ponto de vista metodológico, a PGASS foi 
subdivida em três etapas, possibilitando a melhor operacionalização 
da proposta de modo sistêmico, conforme sua abrangência e escopo: 
Diretrizes – Registro das diretrizes, objetivos e metas dos planos de 
saúde, harmonizado no âmbito regional; 
Rede de Atenção – Modelagem da Rede de Atenção à Saúde e Mapa 
de Investimentos; 
Programação – Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde, 
com explicitação dos pactos de gestão e programação por 
estabelecimento de saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, [n. d., n. p.], 
grifos nossos). 
Necessidade da Divisão do Atendimento nos Níveis de Atenção e as Vantagens para a 
População 
Tomando por princípio que, como vimos anteriormente, o atendimento do SUS aos seus 
pacientes se faz de forma setorizada, observando a regionalização e a hierarquização, 
para que os serviços ofertados à população possam ser eficientes e alcancem 100% dos 
seus objetivos, faz-se necessário que haja também, por parte dos usuários, 
responsabilidade quando houver a necessidade da utilização das ações e serviços do 
SUS. 
A conscientização da população em buscar assistência no lugar correto pode gerar 
benefícios como a diminuição do tempo de espera de exames e cirurgias. 
A FIOCRUZ destaca a importância da hierarquização das ações com a finalidade de obter 
um sistema de saúde mais eficiente. 
[...] O atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), direito 
garantido a qualquer cidadão brasileiro, se dá a partir de um modelo 
baseado na hierarquização das ações e serviços de saúde por níveis 
de complexidade. A proposta é que casos de menor urgência possam 
ser resolvidos em instâncias que não cheguem a centros 
especializados de alta complexidade, melhorando a eficiência e a 
eficácia de todo o sistema [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, [n. d., n. p.], 
grifos nossos). 
Neste sentido, a divisão do atendimento no SUS pressupõe também uma organização, 
a partir das características das unidades, observando o tipo de assistência que cada uma 
realiza. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
O site UNA-SUS (2014, [n. p.]) apresenta algumas unidades de saúde, dentre as quais 
destacamos o tipo de serviço realizado, que não contempla a internação hospitalar: 
[...] 
A rede de urgência e emergência do País foi estruturada e organizada 
pela Política Nacional de Urgência e Emergência, com o objetivo de 
integrar a atenção às urgências. Conheça o que cada unidade de 
saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) está habilitada para atender 
e os locais certos para buscar atendimento. 
Unidades Básicas de Saúde (UBS) 
As UBS são locais onde os usuários do SUS podem receber 
atendimento médico para diagnóstico e tratamento de cerca de 80% 
dos problemas de saúde. São nessas unidades que a população tem 
acesso a medicamentos gratuitos e vacinas, faz atendimento pré-
natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos e de outras 
doenças, como tuberculose e hanseníase. 
As UBS são a porta de entrada do SUS, contribuindo para o aumento 
da qualidade de vida e para a redução dos encaminhamentos aos 
hospitais. 
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por 
dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das 
urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, 
infarto e derrame. 
A estrutura simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, 
laboratório de exames e leitos de observação, colabora para a 
diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais. Quando o 
paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam 
o problema e detalham o diagnóstico. 
Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades 
têm capacidade para atender sem necessidade de encaminhamento 
ao pronto-socorro hospitalar em mais de 90% dos pacientes. Estas 
unidades estão ligadas diretamente ao SAMU - Serviço de 
Atendimento Móvel de Urgência. 
SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) 
Ao discar o número 192, o cidadão estará ligando para uma central 
de regulação que conta com profissionais de saúde e médicos 
treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, 
ambulância e equipe adequado a cada caso. 
Há situações em que basta uma orientação por telefone. O 
SAMU/192 atende pacientes na residência, no local de trabalho, na 
via pública, ou seja, através do telefone 192 o atendimento chega ao 
usuário onde este estiver. (UNA-SUS, 2014, [n. p.], grifos da 
publicação). 
Além disso, dentro dos tipos de unidades de saúde que realizam atendimentos no SUS, 
podemos citar como exemplo o hospital, que possui como perfil assistencial a 
internação hospitalar. 
De acordo com o art. 3º, Capítulo I, anexo XXIV, da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 
de setembro de 2017, que institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) 
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS): 
[...] 
Art. 3º Os hospitais são instituições complexas, com densidade 
tecnológica específica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, 
responsável pela assistência aos usuários com condições agudas ou 
crônicas, que apresentem potencial de instabilização e de 
complicações de seu estado de saúde, exigindo-se assistência 
contínua em regime de internação e ações que abrangem a promoção 
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a 
reabilitação. 
Art. 4º Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS 
constituem-se como um ponto ou conjunto de pontos de atenção, 
cuja missão e perfil assistencial devem ser definidos conforme o perfil 
demográfico e epidemiológico da população e de acordo com o 
desenho da RAS loco-regional, vinculados a uma população de 
referência com base territorial definida, com acesso regulado e 
atendimento por demanda referenciada e/ou espontânea. 
§ 1º Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuarão de forma 
articulada à Atenção Básica de Saúde, que tem a função de 
coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS, de acordo com a 
Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprovou a 
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 
[...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017, [n. p.], grifos da publicação). 
As portas de entrada do SUS estão sempre abertas para atender a população, 
observando o tipo de assistência que a unidade pode realizar dentro de sua capacidade 
profissional e tecnológica. No entanto, se todas as vezes que um paciente quiser aferir 
a pressão arterial, sem estar em condições de risco de morte, procurar uma unidade 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
hospitalar, estará contribuindo para que outro atendimento que necessite de maior 
rapidez na solução possa agravar-se, podendo até levar o paciente que necessite desse 
atendimento à morte. 
Ser consciente de seus direitos e informado das possibilidades de atendimento nas 
unidades de saúde do SUS pode fazer toda a diferença em favor da própria população 
que aspira poratendimento digno e na velocidade que precisa para se manter saudável. 
Então, os usuários do SUS, ao buscarem assistência, devem ir na direção do rol de ações 
assistenciais disponíveis em sua região de saúde, observando, principalmente, o fluxo 
adotado pela gestão da saúde para acesso a essas ações através da Central de 
Regulação. Exercendo um importante papel na regulação e no acesso assistencial do 
SUS, a Central de Regulação recebe as demandas das unidades de saúde sobre as 
necessidades de tratamento dos pacientes, promove a oferta de serviços da rede de 
saúde e disponibiliza o atendimento ao paciente, indicando a unidade de saúde que 
pode realizar a assistência que ele necessita. 
 
Questão 1 
Completo 
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Texto da questão 
Marque a opção CORRETA, considerando a estrutura do SUS quanto aos Níveis de 
Atenção à Saúde: 
Escolha uma opção: 
a. A estrutura do SUS, quanto aos Níveis de Atenção à Saúde, é composta por: 
Atenção Primária à Saúde, Atenção Primária Média, Complexidade Secundária e Alta 
Complexidade Complexidade. 
b. São 3 os Níveis de Atenção à Saúde no SUS: Atenção Primária à Saúde, Atenção 
Secundária à Saúde e Atenção Superior. 
c. O SUS está organizado quanto aos Níveis de Atenção à Saúde da seguinte forma: 
Atenção Primária à Saúde, Atenção Intermediária Complexa e Alta Complexidade. 
d. Os Níveis de Atenção à Saúde no SUS são: Atenção Primária à Saúde, Atenção 
Secundária à Saúde e Atenção Terciária à Saúde. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
e. A estrutura do SUS, quanto aos Níveis de Atenção à Saúde, é composta da seguinte 
forma: Atenção Primária à Saúde, Atenção Primária Intermediária, Atenção Secundária 
e Alta Complexidade. 
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Sua resposta está correta. 
Questão 2 
Completo 
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Texto da questão 
Considerando o atendimento realizado pelas unidades de saúde do SUS em cada nível 
de atenção, analise as sentenças e marque a(s) alternativa(s) CORRETA(S): 
Escolha uma ou mais: 
a. O hospital deve ser procurado nos casos em que há risco iminente à vida. 
b. O hospital é a unidade mais indicada todas as vezes que o paciente necessitar 
aferir a pressão arterial, pois atua também através da Equipe de Saúde da Família (eSF). 
c. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) somente devem ser procuradas em último 
caso, já que não podem ajudar a população em seus tratamentos. 
d. Nenhuma das alternativas está correta. 
e. Sempre que possível, procurar atendimento inicialmente nas UBS, que, em geral, 
podem atender até 80% dos problemas de saúde. 
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Questão 3 
Completo 
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CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Texto da questão 
Considerando as responsabilidades das três esferas de governo quanto ao atendimento 
à população, e observando a demanda em cada nível de complexidade, assinale F para 
a(s) sentença(s) falsa(s) e V para a(s)verdadeira(s). Em seguida, marque a alternativa 
CORRETA: 
( ) O município não tem a responsabilidade de realizar todos os serviços da Atenção 
Secundária, dos quais necessitam seus habitantes. 
( ) O Estado atua diretamente na Atenção Básica. 
( ) A grande maioria dos serviços de Alta Complexidade, normalmente, fazem parte do 
rol de assistências realizadas nos municípios. 
( ) O município tem foco voltado mais para os serviços da Atenção Básica. 
Escolha uma opção: 
a. V, V, F e V. 
b. V, V, V e V. 
c. V, F, V e F. 
d. F, V, V e V. 
e. V, F, F e V. 
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Questão 4 
Completo 
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Texto da questão 
“É o processo de transferência de responsabilidades de gestão para os municípios, 
atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS e que definem 
atribuições comuns e competências específicas à União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 111-113). O enunciado acima apresenta 
o conceito de: 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Escolha uma opção: 
a. Regionalização. 
b. Gestão de comando único. 
c. Hierarquização. 
d. Descentralização. 
e. Mais de uma alternativa está correta. 
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Sua resposta está correta. 
Questão 5 
Completo 
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Texto da questão 
Das opções abaixo, assinale a que melhor define a integralidade da assistência à saúde: 
Escolha uma opção: 
a. Conjunto de ações e serviços preventivos ou integralizados. 
b. Ações de saúde preventivas e curativas regionalizadas por série. 
c. “Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do 
sistema.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, art. 7º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990). 
d. Nenhuma das alternativas está correta. 
e. “Ações individuais e/ou coletivas apenas nas complexidades de Atenção Básica e 
Média Complexidade.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, art. 11 da Lei nº 8.853, de 19 de 
setembro de 1996). 
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Sua resposta está correta. 
 
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Questão 6 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Com relação à competência para realização das ações abaixo, faça a correlação das 
atividades, em seguida, marque a alternativa CORRETA: 
(1) Direção Nacional do SUS. 
(2) Direção Estadual do SUS. 
(3) Direção Municipal do SUS. 
( ) Definir e coordenar os sistemas de redes integradas de assistência de Alta 
Complexidade. 
( ) Promover a descentralização, para os municípios, dos serviços e das ações de saúde. 
( ) Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios e executar supletivamente ações 
e serviços de saúde. 
( ) Participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e 
hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção 
estadual. 
( ) Acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as 
competências estaduais e municipais. 
Escolha uma opção: 
a. 1, 2, 1, 1 e 3. 
b. 2, 1, 3, 1 e 1. 
c. 1, 2, 2, 3 e 1. 
d. 1, 2, 3, 2 e 1. 
e. 1, 2, 2, 1 e 1. 
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Sua resposta está correta. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Questão 7 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Observando o que menciona a Portaria de Consolidação PRC nº 2, de 28 de setembro 
de 2017, em seu Anexo XXIV, que trata da Política Nacional de Atenção Hospitalar 
(PNHOSP) no âmbito do SUS, coloque V para a(s) sentença(s) verdadeira(s) e F para a(s) 
falsa(s). Em seguida, marque a alternativa CORRETA: 
( ) Os hospitais são instituições que funcionam exclusivamente em regime de 40h 
semanais. 
( ) Os hospitais são instituições complexas, com densidade tecnológica específica, de 
caráter multiprofissional e interdisciplinar. 
( ) Os hospitais prestam ações e serviços no âmbito do SUS e constituem-se como um 
ponto ou conjunto de pontos de atenção. 
( ) Os hospitais são unidades de saúde que atuam de forma independente das outras 
unidades da sua região, e somente atendem a chamados da central de regulação se 
houver médicos disponíveis para atender pacientes extras, considerando os pacientes 
hospitalizados já internados na unidade. 
( ) Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuarão de forma articulada à Atenção 
Básica. 
Escolha uma opção: 
a. F, V, V, F e V. 
b. V, F, V, V e V. 
c. F, V, F, F e F. 
d. F, V, V, V e V. 
e. F, V, F, F e V. 
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Sua resposta está correta. 
 
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Questão 8 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
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Texto da questão 
Considerando as características dos três Níveis de Atenção à Saúde: Primária, 
Secundária e Terciária, marque V para a(s) sentença(s) verdadeira(s) e F para a(s) 
falsa(s). Em seguida, assinale a alternativaCORRETA: 
( ) As unidades que atuam na Atenção Básica realizam cirurgia de risco. 
( ) As unidades de Pronto Atendimento (UPA) podem realizar atendimentos de 
urgência e emergência, como infarto e derrame. 
( ) A partir das UBS a população tem acesso a medicamentos gratuitos e vacinas. 
Escolha uma opção: 
a. V, V e F. 
b. V, V e V. 
c. F, V e V. 
d. F, F e V. 
e. F, V e F. 
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Sua resposta está correta. 
Atenção primária à saúde 
Figura 4 - Atenção Básica 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Fonte: Freepik (2019). 
A Atenção Primária à Saúde (APS) compreende o primeiro segmento dos atendimentos 
do SUS, que trata de ações em saúde que não detenham risco iminente à vida do 
paciente. 
Principais Características da Atenção Primária à Saúde 
O anexo XXII da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que 
consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde, 
define a Atenção Básica e apresenta suas características da seguinte forma: 
Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, 
familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados 
paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas 
de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe 
multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre 
as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. (Origem: 
PRT MS/GM 2436/2017, Art. 2º) 
§ 1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de 
comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das 
ações e serviços disponibilizados na rede. (Origem: PRT MS/GM 
2436/2017, Art. 2º, § 1º) 
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a 
todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do 
território, considerando os determinantes e condicionantes de 
saúde. (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 2º, § 2º) 
[...] 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem 
operacionalizados na Atenção Básica: (Origem: PRT MS/GM 
2436/2017, Art. 3º) 
I - princípios: (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, I) 
a) universalidade; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, I, a) 
b) equidade; e (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, I, b) 
c) integralidade. (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, I, c) 
II - diretrizes: (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, II) 
a) regionalização e hierarquização; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, 
Art. 3º, II, a) 
b) territorialização; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, II, b) 
c) população adscrita; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, II, c) 
d) cuidado centrado na pessoa; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 
3º, II, 
e) resolutividade; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, II, e) 
f) longitudinalidade do cuidado; (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, 
Art. 3º, II, g) coordenação do cuidado; (Origem: PRT MS/GM 
2436/2017, Art. 3º, II, g) 
h) ordenação da rede; e (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 3º, II, 
h) 
i) participação da comunidade. (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 
3º, II. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017, [n. p.]). 
Profissionais que Atuam nas Unidades da Atenção Primária à Saúde 
Figura 5 - Profissionais de saúde 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Fonte: Freepik (2018). 
Os profissionais que realizam atendimentos nas unidades de Atenção Básica possuem 
um perfil técnico específico. Abaixo, apresentamos algumas das especialidades contidas 
no segmento da Atenção Básica. 
A seguir, o Quadro 3 apresenta uma lista contendo alguns profissionais que atuam na 
Atenção Primária. 
Quadro 3 - Alguns profissionais que atuam na Atenção Básica 
 
Fonte: Tabela de procedimentos do SUS (2020). 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Tipos de Estabelecimentos que Prestam Serviços no Âmbito da Atenção Primária à 
Saúde 
O item 3.2 do anexo 1 do anexo XXII, que versa sobre a operacionalização da Política 
Nacional de Atenção Básica, publicada na Portaria de Consolidação nº 2 de 28 de 
setembro de 2017, apresenta os tipos de unidades que prestam serviços na Atenção 
Básica: 
[...] 
3.2. Tipos de unidades e equipamentos de Saúde 
São considerados unidades ou equipamentos de saúde no âmbito da 
Atenção Básica: 
a) Unidade Básica de Saúde; 
[...] 
b) Unidade Básica de Saúde Fluvial; 
[...] 
c) Unidade Odontológica Móvel 
[...] (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017, [n. p.]). 
 
Tipos de Equipes Existentes na Atenção Primária à Saúde 
A atuação dos profissionais na Atenção Básica normalmente é realizada através de 
equipes específicas, criadas pelo Ministério da Saúde, e que estão vinculadas a 
estabelecimentos de saúde. Essas equipes estão definidas na Portaria nº 99, de 7 de 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
fevereiro de 2020, que “redefine registro das Equipes de Atenção Primária e Saúde 
Mental no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).” (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2020, [n. p.]). 
A seguir, o Quadro 4 apresenta alguns tipos de equipes da Atenção Básica. 
Quadro 4 - Alguns tipos de equipes da Atenção Básica 
 
Fonte: CNES (2020). 
O fato de o SUS ter em seu rol de estrutura da atenção básica vários tipos de equipe, 
não significa que todas as unidades da Atenção Básica contenham todas as equipes 
citadas acima. Acontece que a gestão da saúde, seja federal, estadual ou municipal, 
realiza os investimentos na estruturação das unidades de saúde analisando uma série 
de fatores como quantidade e perfil epidemiológico da população na área do entorno 
de onde está instalada a unidade, para depois, levando em conta as necessidades dos 
possíveis usuários, alocar os recursos que irão definir os tipos de equipes que atuarão 
em determinadas unidades. 
Procedimentos Realizados na Atenção Primária à Saúde 
Os procedimentos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) são divididos em 
categorias de complexidade. Destacamos abaixo o conceito de complexidade, conforme 
descrito no Manual Técnico Operacional do Sistema de Gerenciamento da Tabela de 
Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS – SIGTAP versão WEB: 
[...] Complexidade: Identifica o nível de atenção à saúde no qual é 
possível à realização do procedimento. Em cada nível estão ações e 
serviços cuja prática clínica demande disponibilidade de profissionais 
especializados e recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e 
terapêutico, organizadas em redes regionalizadas, com base nos 
dados epidemiológicos, métodos e técnicas, exigência de alta 
tecnologia e/ou alto custo, para atender aos problemas e agravos de 
saúde da população. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Básica: Identifica um conjunto de ações, de caráter individual e 
coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de 
saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, 
tratamento de problemas de saúde que não exigem infra-estrutura 
tecnológica ou especializada e cujos profissionais atuam nas áreas 
básicas da saúde pública. Estes procedimentos devem existir em 
todos os municípios do país [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011, p. 13, 
grifos nossos). 
Quanto aos atendimentos ocorridos nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), 
são passíveis de registro os procedimentos enquadrados na Complexidade Básica. 
A Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS, que indica todos os 
procedimentos que podem ser registrados no SUS, contém os grupos de procedimentos 
no nível de Atenção Básica, conforme descrito na Tabela 1 a seguir. 
Tabela 1 - Grupos de procedimentos da Atenção Básica 
 
Fonte: Tabela de Procedimentos do SUS (2020). 
 
A seguir, a Figura 6 apresenta um exemplo de procedimento de Atenção Básica, segundo 
a classificação da Tabela de Procedimentos do SUS. 
Figura 6 - Procedimento de aferição de pressão arterial 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Fonte: Tabela de Procedimentos doSUS (2020). 
Destacamos abaixo alguns procedimentos realizados na Atenção Primária: 
1. administração de medicamentos; 
2. cateterismo vesical de alívio e de demora; 
3. coleta de material para exames laboratoriais e citopatológicos; 
4. consulta pré-natal e puerperal; 
5. consultas médicas e de enfermagem; 
6. inalação/nebulização; 
7. pequenas cirurgias; 
8. retirada de corpo estranho; 
9. serviços básicos de Odontologia; 
10. terapia comunitária, yoga e oficina de massagem; 
11. visitas domiciliares por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e 
Agentes Comunitários de Saúde. 
Os procedimentos acima citados são realizados, prioritariamente, nas Unidades de 
Atenção Básica. 
Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde 
A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, no seu Art. 2º e §1º, define que: 
[...] garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas 
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de 
outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem 
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
promoção, proteção e recuperação [...]. (BRASIL, 1990, [n. p.], grifo 
nosso). 
O esforço empenhado pelo Estado em assegurar a saúde da população promove um 
congraçamento entre os níveis de atenção, de forma que o esgotamento de capacidade 
assistencial de um é sequenciado complementarmente pela competência do outro, e, 
desta forma, a junção das ações realizadas por cada nível de atenção é capaz de 
promover o conjunto total de assistências de que os usuários do SUS necessitam. O 
inciso III do art. 5º, da Lei 8.080 confirma essa união de forças: [...] a assistência às 
pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com 
a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas [...]. (BRASIL, 
1990, [n. p.], grifo nosso). 
A promoção, proteção e recuperação da saúde são peças-chave para a condução da 
gestão do SUS. O entendimento, por parte dos usuários, da importância do cuidar de 
sua saúde pode ser o caminho para alcançar longevidade e qualidade de vida. Além 
disso, a utilização dos serviços médicos em sentido rotineiro para acompanhamento de 
sua saúde pode contribuir, por exemplo, com a diminuição dos gastos para a realização 
de tratamentos que envolvam maior estrutura e densidade tecnológica. 
Segundo o art. 2º, da seção I, do capítulo I, da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de 
setembro de 2017, as políticas gerais de promoção, proteção e recuperação da saúde 
no SUS são: 
[...] 
Art. 2º São políticas gerais de promoção, proteção e recuperação da 
Saúde: 
I - Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), na forma do Anexo 
I; 
II - Política Nacional de Vigilância em Saúde; 
III - Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, 
instituída pela Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001; 
IV - Política de Saúde Mental, instituída pela Lei nº 10.216, de 6 de 
abril de 2001, na forma do Anexo II; 
V - Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), na forma do 
Anexo III; 
VI - Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituída 
pelo Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, na forma do Anexo 
IV; 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
VII - Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), na 
forma do Anexo V. 
A publicação intitulada O SUS de A a Z coloca a promoção da saúde como uma das 
estratégias de produção de saúde, que seria "um modo de pensar e de operar que, 
articulado às demais estratégias e políticas do SUS, contribui para a construção de ações 
que possibilitem responder às necessidades sociais em saúde." 
Produzir saúde por meio da perspectiva da promoção da saúde 
significa comprometer-se com sujeitos e coletividades que 
expressem crescente autonomia, crescente capacidade para 
gerenciar satisfatoriamente os limites e os riscos impostos pela 
doença, pela constituição genética e pelo contexto sócio-político-
econômico-cultural, enfim pela vida. (CAPONI, 2003 apud 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 293). 
De acordo, ainda, com a publicação, em razão de ser definida como produção social que 
possui múltiplas determinações: 
A saúde exige uma estratégia que implique participação ativa de 
todos os sujeitos envolvidos em sua produção (usuários, 
movimentos sociais, profissionais da saúde, gestores do setor 
sanitário e de outros setores), na análise e na formulação de ações 
que visem à melhoria da qualidade de vida. A um só tempo, 
comprometer-se e co-responsabilizar-se pelo viver e por suas 
condições são marcas e ações próprias da clínica, da política, da 
atenção e da gestão, ratificando esses planos de atuação como 
indissociáveis. Na perspectiva da promoção da saúde, a gestão 
sanitária envolve, fundamentalmente, o estabelecimento de uma 
rede de com-promissos e co-responsabilidades em favor da vida e da 
criação das estratégias necessárias para que ela exista. A promoção 
da saúde coloca a necessidade de que o processo de produção do 
conhecimento e das práticas, no campo da saúde, e, mais ainda, no 
campo das políticas públicas, faça-se por meio da construção e da 
gestão compartilhada. Promover saúde é, portanto, ampliar o 
entendimento do processo saúde/adoecimento, de modo que se 
ultrapasse a tensão que coloca indivíduo e coletivo em antagonismo, 
pela conjugação clínica e política, atenção e gestão. (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2009, p. 293-294, grifo nosso). 
Perceba que o fundamento da promoção, proteção e recuperação da saúde é o cuidado. 
Se de um lado temos o Estado com o dever de proporcionar condições para que os 
cidadãos tenham uma vida saudável, por outro, atuando no mesmo sentido do cuidar, 
os usuários do SUS, através do acompanhamento regular, podem monitorar sua saúde 
no intuito de evitar doenças graves. Ou seja, a manutenção da saúde é um conceito que 
deve ser praticado e que impõe responsabilidades mútuas: o provimento das ações 
assistenciais (Estado) deve ser o ponto de partida para manutenção da vida (usuários). 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
O usuário deve ser protagonista e tem responsabilidade para que seu tratamento 
aconteça de forma adequada. 
Contribuição da Atenção Primária à Saúde para a Diminuição do Risco de Doenças e a 
Redução de Custos nas Atenções Secundária e Terciária à Saúde 
O investimento em Atenção Básica traz benefícios, ainda que aparentemente tardios, 
extremamente salutares, tanto para o usuário, diminuindo o tempo de espera para 
exames e cirurgias de Média e Alta complexidades, quanto para a gestão do SUS que 
administra as demandas da população. Quanto mais se investe em Atenção Básica, 
maior a possibilidade de reduzir custos de Média e Alta complexidades. 
A matéria jornalística a seguir reforça as estratégias de atuação na Atenção Primária à 
Saúde (APS): 
[...] 
Antes mais presente nos municípios menores, a APS passou a ser 
priorizada também nas capitais. A partir do incentivo do Ministério 
da Saúde, cidades como Florianópolis, com 100% de cobertura da 
população por serviços de APS, e Rio de Janeiro, que chegou a 70% 
em dezembro do ano passado, passaram a ter sistemas de saúde 
centrados na APS. Os gestores públicos viabilizam esse tipo de 
estratégia por dois motivos: a população passa a se consultar em 
unidades próximas às residências, sem necessidade de longos 
deslocamentos, e evita a ida a serviços de emergências por situações 
que podem ser resolvidas nas próprias Unidades Básicas de Saúde 
como resfriados, febre, hipertensão, diabetes, dores que aparecem 
repentinamente, pré-natal, entre outros problemas bastante 
frequentes na população e que podem ser resolvidos pelas equipes 
da Saúde da Família, promovendo melhores cuidados e desafogando 
os hospitais e outros serviços de urgência e emergência. Outra 
vantagem é o acompanhamento feito pelo médico de família e 
equipe multidisciplinar, que ao longo do tempo pode controlar e 
evitar vários problemasque provocariam queda da qualidade de vida 
das pessoas, além de evitar internações, cirurgias complexas e outros 
procedimentos com custos elevados. “Se o paciente tem um médico 
de família e comunidade que o acompanha ao longo do tempo, este 
vínculo e conhecimento da história da pessoa evita medidas como 
‘check-ups’ anuais desnecessários, uso de medicamentos que 
interagem de forma negativa, aumentando efeitos colaterais, além 
de reduzir o número de consultas com especialistas focais.” [...]. 
(DIÁRIO INDÚSTRIA E COMÉRCIO, 2017, [n. p.], grifos nossos). 
Na reportagem intitulada “Investimento em Atenção Primária à Saúde pode reduzir 
internações e gerar economia de até R$ 400 milhões”, podemos verificar ainda com mais 
evidência a importância do investimento na Atenção Primária à Saúde (APS): 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
[...] 
A Atenção Primária à Saúde (APS), na qual o indivíduo (e não a 
doença) é o foco, pode contribuir para redução de cerca de 5% do 
total de internações, segundo levantamento da UNIDAS (União 
Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde). Pelo menos 5,2% 
de todas as internações ocorridas no sistema de saúde foram 
classificadas como evitáveis (Pesquisa UNIDAS – 2018). Em números 
absolutos, esse total é de mais de 20 mil internações que 
representam o montante financeiro de quase R$ 400 milhões (ano). 
Na prática, a APS é um acompanhamento do paciente de maneira 
periódica, estimulando atividades e ações que previnam doenças, 
contribuindo para evitar exames e internações desnecessárias. As 
principais causas de internações hospitalares potencialmente 
evitáveis são: gastroenterite infecciosas e complicações (17,2%), 
infecção no rim e trato urinário (13%) e doenças cerebrovasculares 
(12,7%). Investir em APS é um benefício para o paciente, em especial 
os mais idosos, que sofrem mais com internações e doenças relativas 
à idade. A taxa de internação da última faixa, considerada de 59 anos 
ou mais, é atualmente de 20%, ou seja, seriam 4 mil internações a 
menos no sistema. O total de exames também seria impactado. Os 
beneficiários com 59 anos ou mais costumam fazer em média 37,7 
exames por ano [...]. (SAÚDE BUSINESS, 2019, [n. p.], grifos nossos). 
Assim sendo, ressalta-se que a APS deve ser efetivamente utilizada pela população e 
celebrada com a devida atenção pela gestão do SUS. 
Correta Utilização dos Serviços da Atenção Primária à Saúde 
Como citado anteriormente, a procura correta dos pacientes às unidades básicas de 
saúde, sempre que possível, poderá desafogar o atendimento nas unidades de 
emergência. E não apenas isso, mesmo algumas consultas especializadas e exames de 
complexidade média e/ou alta podem ser evitados e/ou reduzidos se, antes da execução 
desses, o paciente for a uma consulta com um médico generalista, por exemplo, numa 
Unidade Básica de Saúde (UBS) ou mesmo utilizando os serviços da Equipe de Saúde da 
Família (eSF). 
Tomando por base, então, que os atendimentos realizados pela rede de atenção à saúde 
no SUS são hierarquizados, levando em conta o que as unidades ofertam de serviços de 
saúde e as questões que assolam os pacientes, apresentamos, a seguir, os atendimentos 
realizados nas unidades básicas de saúde, observando o que apresenta o Programa Mais 
Médicos do Governo Federal: 
[...] 
Que atendimentos posso encontrar em uma Unidade Básica de 
Saúde? 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Antes de qualquer coisa, pense na UBS como um lugar onde você 
pode obter orientações e atendimentos que buscam um tratamento 
integral: para promover hábitos saudáveis, receber orientações de 
saúde, prevenir doenças e recuperar a saúde, caso tenha ficado 
doente. Na UBS você pode cuidar de uma urgência de baixa 
complexidade, pode tomar vacinas, pode ter acesso a métodos 
contraceptivos, e as gestantes podem realizar o pré-natal. Para quem 
já tem uma doença crônica, como diabetes ou hipertensão, a UBS 
oferece o acompanhamento necessário para o controle do seu estado 
de saúde, de modo que o seu quadro não se agrave. Também são 
realizadas nas UBSs consultas médicas com capacidade de resolver 
cerca de 80% dos problemas de saúde que levam as pessoas a 
procurar um serviço de saúde. São, ainda, realizadas inalações, 
injeções, curativos, coleta de exames laboratoriais, encaminhamento 
para especialistas e fornecimento de medicamentos gratuitos. 
Em quais casos não devo procurar uma Unidade Básica de Saúde? 
Em casos de urgências graves, como atendimento a pessoas 
acidentadas ou um infarto, por exemplo. Nas UBSs também NÃO são 
realizados procedimentos como: cirurgias; consultas típicas de 
ambulatórios de atenção especializada como com o cardiologista e 
para tratamento de câncer; transfusões de sangue; realização de 
exames diagnósticos como raio-X, teste de esforço, tomografia etc. 
Mas, com exceção dos casos de urgência, nos quais se deve buscar 
um serviço de urgência e emergência ou chamar o Serviço Móvel de 
Urgência (SAMU), é fundamental que a pessoa procure atendimento 
na UBS, pois é lá que sua equipe, seu médico, enfermeiro e dentista 
irão identificar e avaliar sua condição e, se necessário, encaminhar-
lhe para uma consulta especializada, para um exame ou mesmo uma 
internação. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, [n. d., n. p.], grifos nossos). 
Exemplo Prático da Utilização dos Serviços da Atenção Primária à Saúde 
Vamos acompanhar um exemplo prático do dia a dia dos usuários do SUS (pacientes) 
sobre a procura por atendimentos nas Unidades de Saúde da Atenção Básica. 
Exemplo: O paciente poderia solucionar sua necessidade indo a uma Unidade Básica de 
Saúde (UBS), mas foi ao hospital. 
O sr. Roberto tem diabetes e monitora, em sua própria residência, regularmente, a 
variação da sua taxa glicêmica. Por falta de material em casa para a averiguação diária, 
foi a um hospital para executar tal ação. Chegando à unidade, a porta de entrada da 
emergência estava lotada, e mesmo tendo acesso à fila preferencial, haja vista sua 
idade, teve que aguardar por mais de uma hora para ser atendido. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Ao pensarmos, pura e simplesmente, na resolução do problema, o sr. Roberto alcançou 
seu objetivo. No entanto, a forma por ele utilizada não foi a mais adequada. Acontece 
que próximo à casa do sr. Roberto há uma Unidade Básica de Saúde, que poderia 
facilmente, e bem mais rapidamente, resolver o seu problema. O sr. Roberto, além de 
ter ficado esperando por um bom tempo no hospital, ainda aumentou o tempo de 
espera dos demais pacientes que aguardavam atendimento. 
Será que isso ocorre com frequência na realidade brasileira? Fica a reflexão. 
Por parte da gestão do SUS, é necessário que se façam divulgações periódicas e 
esclarecedoras, em todas as esferas, informando as possibilidades de atendimento que 
a população tem a seu dispor, com seu devido nível de intensidade, em cada unidade, 
no que condiz à complexidade dos atendimentos que essas unidades podem realizar. 
Para a população, cabe a busca por informações da rede de atendimentos à qual pode 
ter acesso e a efetiva utilização do que lhe está disponível de forma correta. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 1 
Completo 
Atingiu 0,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Considerando os Níveis de Atenção à Saúde no SUS e o procedimento de Aferição de 
Pressão Arterial, indique a sentença que melhor atende no tocante à realização desse 
procedimento: 
Escolha uma opção: 
a. Nenhuma das alternativas apresentadas contém a resposta correta. 
b. É passível de ser executado apenas nas unidades de Atenção Básica e Média 
Complexidade. 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
c. É realizável apenas nas unidades de Média Complexidade. 
d. Pode ser realizado em unidades que atendam na Atenção Básica e na Média e Alta 
Complexidades. 
e. Somente pode ser feito nas unidades que realizam atendimento na Atenção 
Básica. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 2 
Completo 
Atingiu 1,00de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Entre as sentenças apresentadas abaixo, assinale aquela que NÃO apresenta uma 
característica da Atenção Primária à Saúde (APS): 
Escolha uma opção: 
a. É a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do 
cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
b. Conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas. 
c. Realiza ações com equipe multiprofissional e dirigida à população em território 
definido. 
d. Realizar procedimentos de ultrassonografias. 
e. Suas ações envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, 
reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 3 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Marcar questão 
Texto da questão 
 
Antônio, logo que acordou pela manhã, sentia uma leve dor de cabeça e, devido a isso, 
resolveu buscar atendimento médico para aferir a pressão arterial. Apesar de, próximo 
à residência dele, existir uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Antônio resolveu dirigir-
se a um hospital. Analisando a decisão tomada pelo paciente, e considerando a forma 
mais indicada de buscar atendimento médico no SUS, é CORRETO afirmar que: 
Escolha uma opção: 
a. Nenhuma das alternativas está correta. 
b. Ele fez o correto indo direto ao hospital. 
c. O mais correto seria ir ao hospital buscar um encaminhamento para ser atendido 
na UBS próxima à sua casa. 
d. Ele deveria aguardar o Agente Visitador de Endemias em Saúde (AVES) em sua 
residência. 
e. O mais indicado seria buscar atendimento na UBS, antes de dirigir-se ao hospital. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 4 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Dentre as equipes listadas abaixo, as que atuam na Atenção Básica são: 
Escolha uma opção: 
a. Equipe dos Consultórios na Rua (eCR). 
b. Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária (eNASF-AB). 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
c. Todos os tipos de equipes mencionados são atuantes na Atenção Básica. 
d. Equipe de Atenção Primária Prisional (eAPP). 
e. Equipe de Saúde da Família (eSF). 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 5 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Assinale, entre os profissionais abaixo, aqueles que, normalmente, NÃO realizam 
atendimento na Atenção Básica: 
Escolha uma ou mais: 
a. Fonoaudiólogo. 
b. Enfermeiro. 
c. Médico nutrologista. 
d. Cirurgião dentista buco-maxilo-facial. 
e. Médico acupunturista. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 6 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Aponte, entre as unidades listadas abaixo, quais são utilizadas na Atenção Básica: 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Escolha uma ou mais: 
a. Unidade Básica de Saúde Fluvial. 
b. Unidade Básica de Saúde. 
c. Unidade Odontológica Móvel. 
d. Hospital Geral. 
e. Policlínica. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 7 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Entre as opções abaixo, qual apresenta uma característica da Atenção Primária à Saúde 
(APS): 
Escolha uma opção: 
a. Conjunto de ações de saúde que abrange internação clínica. 
b. Possui o serviço de radiografias em seu rol de atendimentos. 
c. Oferta de serviços de Média Complexidade quando a própria Atenção Básica não 
consegue suprir suas necessidades. 
d. Realiza atendimentos, especialmente a partir das Unidades Básicas de Saúde 
(UBS) e suas equipes de saúde vinculadas, quando existem. 
e. Atende apenas casos emergenciais da Atenção Básica. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Atenção secundária à saúde 
Figura 7 - Atenção Secundária à Saúde 
 
Fonte: Freepik (2016). 
A Média Complexidade é definida pelo Manual Técnico Operacional do Sistema de 
Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS – SIGTAP 
versão WEB da seguinte forma: 
[...] Identifica um conjunto de ações e serviços ambulatoriais ou 
hospitalares que visam a atender os principais problemas de saúde 
da população, cuja prática e clínica demandem a disponibilidade de 
profissionais com certo grau de especialização e a utilização de 
recursos tecnológicos de apoio [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011, p. 
13). 
A seguir, apresentamos alguns exemplos de como pode ser a utilização dos serviços da 
Média Complexidade: 
1. O paciente pode ser encaminhado da Atenção Básica para uma unidade de 
Média Complexidade, por exemplo: o médico da Unidade Básica de Saúde indica 
uma consulta com um oftalmologista em um Ambulatório de Especialidades; 
2. O paciente pode procurar diretamente uma unidade de Média Complexidade 
que possua atendimento caracterizado como porta aberta, por exemplo: o 
usuário procura um hospital para realizar uma consulta em caráter de urgência 
e emergência; 
3. O paciente pode ser encaminhado para fazer acompanhamento em decorrência 
de procedimentos realizados na Alta Complexidade, por exemplo: Após uma 
internação para tratamento de um Infarto Agudo do Miocárdio, o paciente irá 
consultar regularmente com o cardiologista em um Ambulatório de 
Especialidades; 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
4. O paciente, após um atendimento em caráter de urgência e emergência, pode 
ter o seu caso inserido em uma Central de Regulação para ser encaminhado a 
um estabelecimento preparado para atender às suas necessidades. Por exemplo: 
O paciente é atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido a 
uma queda. Após ser avaliado e realizar exames, foi constatada uma fratura na 
tíbia com necessidade de intervenção cirúrgica. O médico responsável pelo seu 
atendimento irá inserir os dados na Central de Regulação solicitando uma vaga 
para internação em um hospital habilitado para realizar o referido 
procedimento. 
 
As unidades de saúde que realizam atendimentos na Média Complexidade atuam 
considerando as demandas espontânea e referenciada. 
Segundo o Repositório de Terminologias em Saúde (RTS) do Ministério da Saúde (2020, 
[n. p.]), a demanda espontânea pode ser definida como uma situação na qual o 
“indivíduo chega ao serviço de saúde por iniciativa própria ou acompanhado por um 
responsável, sem encaminhamento formal de outro serviço.” 
Já a demanda referenciada representa uma situação na qual o paciente é “[...] 
encaminhado por outro serviço, seja por insuficiência de tecnologia, insuficiência de 
capacidade, para continuidade do cuidado ou pela condição de saúde do indivíduo.” 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020, [n. p.]). 
Desta forma, quando um usuário do SUS busca atendimento, deve levar em conta o tipo 
de demanda adotado pela instituição de saúde. Se a demanda for espontânea, pode 
conseguir atendimento. Caso a unidade funcione atendendo a partir da demanda 
referenciada, o paciente, obrigatoriamente, deverá obter um encaminhamento de um 
outro estabelecimento de saúde para conseguir atendimento. 
Principais Características da Atenção Secundária à Saúde 
A Constituição Federal de 1988, ao alterar o sistema de saúde vigente até então, 
adotando um sistema baseado na integralidade e se afastando de um modelo 
desorganizado, que atendia apenas parte da população, com uma proposta voltada para 
a recuperação da saúde de forma individual e fragmentada, passa a exigir uma 
reorganização de todo o modelo assistencial, através dos princípios da universalidade, 
da descentralização, da gestão e do atendimento integral às necessidades de saúde. 
Essa nova organização da assistência à saúde estabelece a inter-relação entre os níveis 
de atenção voltados para atender às necessidades com prioridades. Essa inter-relação 
se afasta do antigo modelo visualizado em pirâmide para um modelo organizado em 
redes de atenção. Como aponta o Decreto no 7.508, de 28de junho de 2011, Art. 2º item 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
VI: “[...] Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados 
em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde [...]”. (BRASIL, 2011, [n. p.]). 
Esse modelo possibilita uma maior resolutividade da Média Complexidade, organizada 
para atender à demanda, e não o inverso, respeitando as diferenças locais e regionais, 
e voltado para resultados sanitários, através da realização das ações dos serviços de 
saúde ofertados conforme planejamento da gestão. 
Cabe à Média Complexidade o importante papel de qualificar o acesso da população à 
atenção integral à saúde, ao articular-se com a Atenção Primária e a Alta Complexidade, 
em um movimento mutuamente amparado. 
A Média Complexidade realiza alguns tipos de assistências que, por necessitarem de 
maior densidade tecnológica, não estão contemplados nos serviços realizados pela 
Atenção Básica. Por outro lado, a Média Complexidade possui um limite alcançável de 
capacidade, que lhe permite realizar assistências até certo grau de resolutividade. Ou 
seja, quando os recursos da Média Complexidade são insuficientes para realizar a 
assistência requerida pelo paciente, há a necessidade da utilização dos recursos da Alta 
Complexidade. 
Quando um paciente procura uma UBS para buscar tratamento, sempre que esse 
tratamento necessite de um exame que dependa de uma tecnologia mais apurada, o 
paciente é encaminhado a uma unidade que possua atendimento de Média 
Complexidade para a continuação do seu tratamento. Procedimentos diagnósticos, 
como exames de imagens, são um exemplo disso. É baseado na complementaridade de 
serviços que se inicia a relação entre a Atenção Básica e a Média Complexidade, 
sequenciada pelos níveis de atuação de cada um, observando suas competências e 
abrangências. 
Com relação aos procedimentos realizados na Atenção Secundária, estão enquadrados, 
em sua maioria, na Média Complexidade, de acordo com a Tabela de Procedimentos do 
SUS. 
A Média Complexidade realiza assistências em um nível satisfatório de resolutividade, 
contribuindo para que não haja uma sobrecarga de atendimentos na Alta 
Complexidade. 
Profissionais que Atuam nas Unidades da Atenção Secundária à Saúde 
Figura 8 - Profissionais de saúde 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
 
Fonte: Freepik (2019). 
A variedade de especificidades dos profissionais que atendem na Média Complexidade 
é bem mais abrangente em comparação com a Atenção Básica, devido a uma maior 
diversidade de serviços realizados. A seguir, o Quadro 5 apresenta alguns profissionais 
que atuam na Atenção Secundária à Saúde. 
Quadro 5 - Alguns profissionais que atuam na Atenção Secundária à Saúde 
 
Fonte: Tabela de Procedimentos do SUS (2020). 
 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Tipos de Estabelecimentos que Prestam Serviços no Âmbito da Atenção Secundária à 
Saúde 
Apresentamos alguns tipos de unidades, conforme classificação do Sistema de Cadastro 
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), existentes no SUS, que prestam 
serviços enquadrados como Média Complexidade: 
1. Centro de Atenção Psicossocial; 
2. Clínica/Centro de Especialidade; 
3. Hospital Especializado; 
4. Hospital Geral; 
5. Hospital-Dia – Isolado; 
6. Policlínica; 
7. Pronto Atendimento; 
8. Pronto-Socorro Geral. 
 
Procedimentos Realizados na Atenção Secundária à Saúde 
Abaixo, a Tabela 2 apresenta, de acordo com a Tabela de Procedimentos, Medicamentos 
e OPM do SUS, os grupos de procedimentos faturáveis na Média Complexidade. 
Tabela 2 - Grupos de procedimentos da Média Complexidade 
 
Fonte: Tabela de Procedimentos do SUS (2020). 
 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
A seguir, a Figura 9 apresenta um exemplo de procedimento de Média Complexidade na 
Tabela de Procedimentos do SUS. 
Figura 9 - Curativo grau II com ou sem debridamento 
 
Fonte: Tabela de Procedimentos do SUS (2020). 
Apresentamos, listados abaixo, alguns procedimentos enquadrados na Média 
Complexidade: 
1. consultas em especialidades médicas; 
2. exames laboratoriais; 
3. biópsias; 
4. pequenas cirurgias; 
5. exames de imagens. 
Gestão Eficiente dos Serviços da Atenção Secundária à Saúde como Premissa para um 
Melhor Gerenciamento da Atenção Terciária à Saúde 
A Média Complexidade realiza assistências para acompanhar, tratar, e, nos casos 
possíveis, recuperar o paciente. Contudo, há situações em que se faz necessária uma 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
intervenção médica de maior complexidade, no caso, a Alta Complexidade. Quando isso 
ocorre, o paciente é encaminhado para o setor, ou outro estabelecimento de saúde, que 
tenha o recurso necessário para continuar o atendimento. 
Para que os atendimentos na Média Complexidade ocorram de forma satisfatória, é 
imprescindível que as unidades estejam bem estruturadas com equipamentos, 
profissionais de saúde e insumos, permitindo que os serviços executados tenham um 
grau mínimo de resolutividade. Além disso, a rede de saúde deve oferecer aos pacientes 
oportunidades de acesso a consultas e exames em tempo hábil para que doenças e 
diagnósticos sejam detectados de forma prematura, possibilitando um tratamento 
preventivo, e não somente curativo. 
Acompanhar preventivamente os pacientes pode impedir o avanço de doenças que, se 
tratadas no início, poderiam possibilitar, em alguns casos, uma utilização mais branda 
dos recursos da Média Complexidade, e, por vezes, sem a necessidade de intervenção, 
mesmo que mínima, dos recursos da Alta Complexidade. 
Exemplo Prático da Utilização dos Serviços Dispensados pela Atenção Secundária à 
Saúde 
Apresentamos, abaixo, exemplos práticos do dia a dia dos usuários do SUS para 
atendimentos nas unidades de Média Complexidade. 
Exemplo 1: 
Um paciente realizou uma consulta de rotina em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), 
devido a queixa de alteração em sua visão. O médico, após a avaliação, indicou a 
continuidade do tratamento, encaminhando o paciente para realizar uma avaliação com 
um especialista. A UBS, então, direcionou a necessidade do paciente à Central de 
Regulação do município, que agendou uma consulta com um médico oftalmologista em 
um Serviço de Ambulatório. No dia e horário marcados, o paciente compareceu à 
consulta, recebeu atendimento e iniciou o tratamento apropriado. 
Exemplo 2: 
Em casa, um paciente sente fortes dores no lado esquerdo do peito. Por sua condição 
de hábitos não saudáveis no dia a dia, fica preocupado e procura um hospital geral 
caracterizado como porta aberta. Chegando ao hospital, ele é atendido e após alguns 
exames o médico o acalma, informando não se tratar de nada preocupante, mas dá 
algumas recomendações para que o paciente se cuide melhor no dia a dia, a fim de evitar 
complicações futuras em sua saúde. O paciente tem alta e é encaminhado para a 
Atenção Primária a fim de iniciar tratamento preventivo. 
Questão 1 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
 
CURSO SUS 03 - CÁSSIO VILELA KOMATSU 
Marcar questão 
Texto da questão 
Assinale abaixo as características que correspondem ao Nível de Atenção de Média 
Complexidade: 
Escolha uma ou mais: 
a. A Policlínica é um tipo de unidade que atua na Média Complexidade. 
b. Seus atendimentos ocorrem somente nos hospitais gerais. 
c. Demanda a disponibilidade de profissionais especializados para a prestação dos 
serviços. 
d. Nenhuma das alternativas está correta. 
e. Realiza alguns procedimentos que não estão contemplados na Atenção Básica. 
Feedback 
Sua resposta está correta. 
Questão 2 
Completo 
Atingiu 1,00 de 1,00 
Marcar questão 
Texto da questão 
Considerando os serviços dispensados pela Média Complexidade, assinale a(s) 
alternativa(s) INCORRETA(S): 
Escolha uma ou mais: 
a. A Atenção Secundária qualifica o acesso da população à atenção integral ao 
articular-se com a Atenção Primária e a Atenção Terciária.

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