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Prova pratica – patologia 2 Doenças inflamatórias e infecciosas do trato genital feminino Doença inflamatória pélvica (DIP): infamação resultante de infecções que acometem o trato genital feminino superior. Prevalente em mulheres jovens entre 15 e 39 anos. Principais microorganismo: gonococos, chlamydia, estreptococos e e. coli. Via ascendente mais comum. Fatores de risco: inicio precoce atividade sexual, tabagismo, etilismo, uso de drogas, múltiplos parceiros, história previa de IST ou DIP, imunossuprimidos. Clinica: dor pélvica, febre, secreção vaginal e sangramento. Diagnostico diferencial: apendicite aguda, torção ou ruptura de cistos ovarianos, infecção urinaria aguda. Estágios da DIP: 1- salpingite aguda sem peritonite 2- salpingite aguda com peritonite 3- salpingite aguda com peritonite e sinais de oclusão tubaria ou abcesso tubo ovariano 4- sinais clínicos de ruptura de abscesso tubo ovariano Complicações: na fase aguda pode formar aderências nas fimbrias gerando oculsao tubaria que promove represamento de pus (piosalpinge), que pode evoluir para hidrosalpinge. Além disso, as aderências tubarias geradas são fatores de risco para infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica. Macroscopia: Esquerda: tuba uterina dilatada, presença de liquido purulento em seu interior, indicando processo inflamatório no estagio 3, devido a presença de abscesso tubo ovariano Direita: tuba aberta com a presença de liquido purulento Tuba dilatada com presença de liquido claro no interior, indica hidrosalpinge. Microscopia: Infiltrado polimorfonuclear no interior da tuba, indica processo inflamatório agudo Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Endometrites: processo inflamatório no endométrio, resultante da entrada de agentes infecciosos. Clinica: sangramento, dor pélvica, secreção vaginal e infertilidade. Endometrite aguda: pode ocorrer no pós parto, aborto introdução de DIU. Infiltrado predominante polimorfonuclear Endometrite crônica: resultante da persistência do processo inflamatório. Infiltrado predominante mononuclear principalmente plasmócitos. Infiltrado inflamatório crônico, infiltrado mononuclear Seta azul: plasmócito Pólipo endocervical: lesão benigna que surge na região do endocervice do útero. Acomete principalmente mulheres multíparas com idade entre 40 e 60 anos. Clinica: sangramento ou corrimento vaginal. Colo do útero partido no meio com a presença de lesão polipoide. Na extremidade há uma área de ulceração de aspecto amarronzado (hemorragia). Os pólipos são pediculados, possuem superfície lisa ou esponjosa, possuem aspecto róseo avermelhado devido a alta vascularização. Micro: proliferações do epitélio colunar simples muco secretor do endométrio e da lâmina própria, além disso é possível visualizar a presença de inúmeros vasos no interior do pólipo Colo uterino Teste de Schiller: diferencia a ectocérvice (epitélio tipo escamoso não ceratinizado) da endocérvice (epitélio simples colunar mucossecretor). O teste evidencia a ectocérvice (epitélio escamoso) Eversão da JEC = ectrópio: fenômeno fisiológico em que parte da endocérvice se move para fora do canal endocervical, ocorrendo a exposição do tecido glandular para a ectocérvice. A endocérvice possui um epitélio mais frágil e menos resistente ao ph vaginal, dessa forma para se adaptar ocorre a metaplasia escamosa, onde o epitélio que antes era simples colunar mucossecretor se transforma em epitélio escamoso. Porem, quando o epitélio escamoso recobre o colunar mucossecretor na metaplasia, há obstrução dos orifícios glandulares, surgindo os cistos de Naboth. Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Zona de transformação: JEC original + nova junção com epitélio metaplasico. Endocérvice normal ectocérvice normal Neoplasia cervical: principal fator de risco – infecção por HPV. Mulheres jovens (em torno de 45 anos) HPV baixo grau: 6 e 11. Induzem neoplasia de baixo grau, permanece, na forma episomal (não se integra ao DNA). Induzem condilomas; NIC 1. Pode ser resolutiva. HPV alto grau: 16 e 18. Induzem lesão de alto grau e carcinoma invasor. Patogênese: a proteína E2 inibe a expressão de E6 e E7 (oncogenes). O HPV pode integrar ao DNA do hospedeiro e interromper a transcrição ou deletar E2. A falta de E2 aumenta E6 e E7. E6 se liga a p53 e a degrada ocorrendo a inibição da apoptose e redução do reparo ao DNA. E7 se liga a pRb e estimula a síntese de DNA e a proliferação celular. Esses fatores induzem a instabilidade genômica das células epiteliais NIC 1: displasia leve lesão de baixo grau; NIC 2: displasia moderada, lesão de alto grau (dificilmente ocorre regressão); NIC 3: ca in situ, displasia acentuada, lesão de alto grau; Ca microinvasor NIC 3 Condiloma culminado: Lesão de baixo grau resultante da infecção por HPV 6 e 11 (baixo grau) efeito citopático Micro: Coilocitose (células abauladas, vacuolizadas com núcleos atípicos localizados na periferia das células com halos claros perinucleares) Além disso há alterações do núcleo (binucleação, hipercromia nuclear, aumento da relação núcleo citoplasma, alteração no contorno do núcleo) e halos perinucleares. Essas lesões são geradas pela invasão do DNA das células pelo HPV, porem não possuem potencial carcinogênico pois são de baixo grau Macro: mucosa vaginal com aspecto de crista de galo. Hiperplasia do epitélio, aspecto digitiforme indicando a presença de condiloma culminado Carcinoma de células escamosas: é resultante da infecção de HPV de alto grau (16 principal). Clinica: corrimento, sangramento genital e dispareunia. Mais comum em mulheres de 40-50 anos. Macro: Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Micro: Perolas córneas: critério mais importante para avaliar o grau de diferenciação. Quanto mais perolas córneas mais bem diferenciado (melhor). Também é possível visualizar a presença de ninhos de células escamosas atípicas. Adenocarcinoma: associado ao HPV 18. Câncer originado das glândulas endocervicais. Macro: Massa de caráter infiltrativo e aspecto esponjoso (indica o lúmen das glândulas) na endocérvice Micro: Proliferação de glândulas atípicas que invadem o estroma adjacente Corpo uterino 1 fase- proliferativa sob estimulo do estrogênio 2 fase- secretora sob estimulo da progesterona Endometriose: presença de glândulas ou estroma fora do útero, ocorrendo uma inflamação crônica que gera dor e infertilidade. Sedes mais comuns: ovário, tubas, ligamentos uterinos, peritônio e cicatriz de laparotomia. Clinica: dismenorreia, dispareunia, dor pélvica, sangramento irregular, infertilidade e dor a evacuação. Relação do estrogênio com a endometriose: na endometriose há ativação da cascata inflamatória com liberação de prostaglandinas que estimulam a produção de estrógeno por células estromais, os quais aumentam a persistência e a sobrevida da endometriose e a resistência a ação progesteronica Teoria da regurgitação: ocorre a menstruação retrógrada através das tubas uterinas, o que leva fragmentos do endométrio a cavidade peritoneal Fatores de risco: menarca antes dos 11; nulíparas; dismenorreia; HF; ciclo com menos de 27dias; dieta rica em gorduras; fluxo alto Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Micro: Glândulas endometriais, macrófagos com hemossiderina e estroma. Macro: ovário Cisto com revestimento constituído por tecido fibroso com conteúdo amarronzado. Lesões ovaladas com coloração amarronzada Adenomiose: encontro do endométrio na intimidade do miométrio. Clinica: menometrorragia (sangramento fora do período menstrual) desconforto menstrual, dor pélvica e dispareunia Macro: parede uterina espessa com trabeculações devido a presença de glândulas que induzem o espessamento da parede Micro: glândulas na intimidade do miométrio Leiomioma uterino: tumor benigno mais comum do útero. Crescimento hormônio dependente (células possuem receptores de estrogênio e progesterona- tumor aumenta durante a gravidez). Clinica: sangramento, dismenorreia, sensação de peso na pelve. Localização: intramural; submucoso; subseroso. Micro: células musculares lisas dispostas em feixes, sem atipias e com raras mitoses Hiperplasia endometrial: proliferação de glândulas epiteliais de tamanhos e formas variadas. Predomina na perimenopausa (ciclos anovulatórios- mulher fica maior parte na fase 1 sob estimulo do estrogênio e induz efeito proliferativo). Etiopatogenia: estimulo estrogênico anormal sem contraposição de progesterona e inativação do PTEN. Clinica: sangramento uterino anormal Macro: endométrio difusamente espessado, as vezes com crescimento polipoide Micro: Sem atípia: Estroma ainda persistente e as glândulas estão cisticamente dilatadas, irregulares e revestidas por uma única camada de epitélio colunar Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Com atipias: proliferação de glândulas em uma proporção maior que a proliferação de estroma (ficam justapostas), células atípicas. Fator de risco com adenocarcinoma endometrial. Adenocarcinoma de endométrio: incomum antes dos 40. Clinica: sangramento, corrimento, dor pélvica. Fatores de risco: nuliparidade; menarca precoce; menopausa tardia; obesidade; DM; ovários policísticos; tamoxifeno (usado no tratamento de ca de mama receptor positivo; tem efeitos antiestrogênicos na mama e efeitos estrogênicos no endométrio estimulando a proliferação) Tipo 1 endometrioide: mais comum- (dependente de estrógeno) relacionado a mutação no PTEN. Melhor prognostico. É graduado de acordo com a distribuição arquitetural Tipo 2 seroso: sem estimulação estrogênica do endométrio. Pior prognostico, mais agressivo. Macro: lesão vegetante friável G1: presença de glândulas revestidas com células atípicas poucas áreas solidas. G2: glândulas atípicas e mais áreas solidas G3: ausência de glândulas e com predomínio de células epiteliais atípicas Ovário Cistos foliculares: surgem de folículos que não alcançaram o estagio final de maturação. Ovário esquerdo dilatado, causado pela presença de cistos foliculares. Seta azul: células da granulosa Seta vermelha: células da teca Circulo: estroma Cistos lúteos: resultam de hemorragia excessiva no corpo lúteo e do fechamento cicatricial precoce no ponto de ovulação. Parede acastanhada, superfície interna lisa e o conteúdo é hemorrágico Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Síndrome do ovário policístico: mulheres jovens. Critérios de rotherdam: (pelo menos dois de três) -Ovários esclerocisticos -Oligomenorreia ou ciclos anovulatórios -Manifestações androgênicas A SOP se inicia por uma produção aumentada de endógenos que dificulta o processo de maturação dos folículos, fazendo com que os folículos tenham dificuldade de sofrer atresia levando a formação de vários cistos no ovário. O excesso de andrógeno no tecido adiposo faz com que seja convertido em estrogênio, que leva a um efeito proliferativo sem contraposição de progesterona. o estrógeno aumentado reduz a produção de FSH recrutando menos folículos. Aumenta LH, mas não há PICO Alterações metabólicas: resistência periférica e defeito na excreção de insulina; hiperinsulinemia; obesidade; dislipidemia; aumenta o risco de DM 2. Alterações clinicas: oligo/amenorreia; hirsutismo; acne; alopecia; infertilidade anovulatória; aborto recorrente Ovários aumentados de volume e tem superfície externa brancacenta, perolácea e lisa Tumores ovarianos: maioria benigno; diagnostico tardio. Clinica: maioria assintomático; distensão abdominal, massa palpável, desconforto pélvico, alterações urinárias e digestivas, emagrecimento e ascite. Fatores de risco: nuliparidade; baixa utilização de ACO; HF de disgenesia gonádica; mutação BRCA1 e BRCA2; Síndrome de Lynch (neoplasia múltipla que envolve mama, colón e ovário) Tumores do epitélio de revestimento: 1. Tumor seroso: geralmente cístico e revestida por epitélio colunar ciliado (tipo tubário) cuja cavidade contem fluido seroso. Marcador: ca 125 Cistadenoma seroso (benigno)- faixa etária reprodutiva Seta preta: única acamada de células epitélio colunar ciliado com secreção de material seroso (indicado pela seta pontilhada). Sem invasão do estroma Borderline: tumor com características benignas e malignas. Seta pontilhada: estroma que não sofreu invasão. Seta preta: indica presença de papilas complexas e ramificadas Cistadenocarcinoma seroso (maligno)- idade mais avançada 56 anos Presença de conteúdo vegetante em seu interior e amarelado, presença de áreas solidas, nodularidade da capsula Presença de papilas complexas ramificadas com varias camadas de células atípicas. Tipo 1: KRAS, BRAF Tipo 2: P53 Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Papilas complexas (seta cheia) e papilas dentro do estroma (seta pontilhada) Setas cheias: corpos pseudomatosos (focos de calcificação) Seta pontilhada: papila complexa no estroma 2. Tumor mucinoso: mutação no KRAS é muito relacionada ao desenvolvimento desses tumores. Prognostico melhor que seroso. Epitélio colunar mucossecretor (tipo gastrointestinal). Psudomixoma peritoneal (substancia gelatinosa na cavidade peritoneal – acontece em casos de ruptura de tumores mucinosos) Cistadenoma mucinoso (benigno) Epitélio colunar mucossecretor sem invasão de estroma Tumor mucinoso boderline Setas pretas: epitélio estratificado, papilas complexas, mas sem invasão do estroma Tumores derivados dos cordoes sexuais: tecoma e tumor de células da granulosa. Provocam alterações sexuais secundarias pois são funcionantes, ou seja, hormonalmente ativos (elevada produção de estrogênio). Marcador: alfa inibina. São mais frequentes na idade adulta 1. Tumor decélulas da granulosa: mais frequente na perimenopausa. Idade adulta: alta produção de estrógeno, sem contraposição de progesterona (pode levar a hiperplasia endometrial) Crianças: puberdade precoce Tumor volumoso, solido e amarelado Células com núcleos em grão de café, dispostas em trabéculas (corpúsculos de Call- exner) 2. Tecoma: tumor benigno, solido, encapsulado, firme. Células da teca dispostas em feixes, mas contendo gotículas lipídicas no citoplasma (células claras) Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Tumores de células germinativas: acomete mais crianças e quanto mais jovem maior a chance de malignidade. Derivado dos três folhetos embrionários. Marcador: alfa fetoproteina. Estrutura contendo tecido nervoso, glândulas tipo intestinal e tecido fibroso. Seta vermelha: tecido tireoidiano. Caso esse tecido seja funcionante, a paciente poderá desenvolver um quadro de hipertireoidismo. Há também tecido cartilaginoso Tumores metastáticos: origem mais frequentes são mama estomago, colón, pâncreas, vias biliares e útero Tumor de Krukenberg: metástases bilaterais no ovário de origem do tubo digestivo (estomago e intestino grosso), com células em anel de sinete Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Mama -Lesões epiteliais benignas não neoplásicas e não proliferativas Alterações fibrocísticas da mama: resultante do desequilíbrio na resposta do estimulo hormonal cíclico. Clinica: massa palpável e descarga papilar Micro: cistos (glândulas dilatadas em resposta ao estimulo hormonal excessivo). Presença de metaplasia apócrina do epitélio. (células tem citoplasma granular, eosinófilo e núcleo arredondado) que reveste os cistos. Áreas de fibrose do estroma são resultantes do rompimento dos cistos -Lesões benignas neoplásicas da mama: Fibroadenoma e tumor phylodes Fibroadenoma: tumor benigno mais comum da mama. Nódulos aparecem entre 20 e 30 anos, resultantes de proliferação de ductos e tecido fibroso. Na gravidez aumenta e na menopausa regride Nodular, bem delimitado e solido. Com fina capsula fibrosa e ductos no meio Fibroadenoma é separado do tecido mamário por capsula fibrosa. No interior do Fibroadenoma pode-se observar a proliferação de ductos com diferentes tamanhos e formatos, entre os ductos estão presentes áreas de fibrose Tumor phylodes: semelhante ao fibroadenoma porem pode ser borderline e maligno. Mais frequente na quinta década de vida. Na macroscopia é grande (>4cm) apresenta margens irregulares e mal delimitadas. Micro: apresenta atipias na região do estroma ou muitas figuras de mitose. O estroma do tumor phylodes tem mais células quando comparado ao fibroadenoma. Câncer de mama: presença de nódulo palpável, descarga mamilar (unilateral, uniductal e aspecto de água de rocha ou de carne). Etiopatogênese: -Hormonal: estimulação estrogênica prolongada -Alterações genômicas: inativação dos genes BRCA1 e BRCA2 e amplificação HER2.. -Carcinoma in situ: Ductal: geralmente não é palpável, visualizado na mamografia com presença de microcalcificações agrupadas. -Baixo grau (micropapilar): pequenas protuberâncias, necrose ausente, poucas atipias -Alto grau (comedocarcinoma): alto grau nuclear associado a áreas de necrose extensa que ocupam o interior do ducto Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Lobular: expansão e envolvimento de mais de 50% das unidades lobulares por células uniformes e regulares -Carcinoma invasor: Ductal: mais frequente câncer de mama, mais agressivo que o lobular. Proliferação epitelial de células atípicas que se organizam formando túbulos que infiltram o estroma mamário. Lobular: menos agressivo porem alta taxa de recidiva sistêmica tardia. Frequentemente bilateral. Ocorre a perda da expressão da E-caderina (molécula de adesão) Micro: infiltração tipo fila indiana devido a perda da E-caderina. Carcinoma inflamatório: condição clinica que pode aparecer em qualquer tipo histológico de ca de mama. Ocorre devido a obstrução dos vasos linfáticos da mama por células neoplásicas impedindo a drenagem do liquido extracelular. A mama fica volumosa e avermelhada e a pele adquire um aspecto irregular semelhante a casca de laranja. Tratamento: Positivo para receptor de estrogênio: tamoxifeno Positivo HER2: trazumabe Placenta e gestação Principais causas de sangramento na gestação: Primeira metade do período gestacional: abortamento, gravidez ectópica e mola hidatiforme. Segunda metade da gestação: placenta prévia e descolamento prematuro da placenta Gravidez ectópica: a principal consequência é hemorragia; que pode resultar em um quadro de abdome agudo e choque. Etiologia: componente mecânico (DIP com salpingite crônica, cirurgias previa); endometriose (aumenta a receptividade tubaria); fatores relacionados a motilidade do ovo. Seta tracejada: normal Seta cheia: hemorragia Macro: Não é necessário embrião para diagnosticar. Mas é essencial ter placenta. Circulo: áreas de ruptura Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Abortamento: perda do concepto antes que ele seja viável (feto com 500g ou menos ou com menos de 20 ou 22 semanas de ig). Causa fetal mais comum: trissomia do 16. Causas maternas: leiomiomas, infecções maternas, síndrome do anticorpo fosfolípide que predispõe a formação de trombos placentários. Doença trofoblastica gestacional: proliferação de vilosidades coriônicas e trofoblastos que estão associados a gravidez. Mola hidatiforme parcial: embrião geralmente presentes com anomalias; placenta com vesículas não tão evidentes como a mola completa; vilos de contorno irregular com vasos e frequentes inclusões de trofoblasto no estroma; proliferação trofoblastica mais discreta e sem atipias. Menos grave que a MHC. Gera uma estrutura triploide. Material genético proveniente do pai e da mãe Seta pontilhada mostra área de placenta mais esponjosa - vilosidades coriônicas normais. Seta cheia – vilosidades hidrópicas (áreas com vesículas) Seta pontilhada: áreas de vilosidades normais. Seta cheia: áreas de vilosidades hidrópicas. Ou seja, há presença de vilosidades normais ao lado de vilosidades alteradas Mola hidatiforme completa: risco de malignização para coriocarcinoma. Não há embrião, cordão umbilical ou membranas, apenas vilosidades coriônicas. Clinica: hemorragia vaginal, distensão anormal do útero e BHCG muito elevado, eliminação de vesículas pelo canal vaginal. Material genético exclusivo do pai. Aspecto de cacho de uva. Massa composta por vesículas de parede delicada e conteúdo liquido claro ligadas entre si por troncos vilosos. Micro: proliferação trofoblastica em vilos grandes (edemaciados) e hidrópicos e avasculares ou contendo poucos vasos sanguíneos. Mola invasiva: invasão do miométrio pelas vilosidades hidrópicas associada a proliferação trofoblasticaMacro: vilosidades hidrópicas infiltrando o miométrio. Micro: presença de vilosidades na região do miométrio Clinica coriocarcinoma e mola invasiva: sangramento vaginal com aspecto de água de ameixa Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Coriocarcinoma: neoplasia maligna de células trofoblastica. Não há vilosidades coriônicas proliferadas, apenas proliferação das células trofoblastica. Principal local de metástase é pulmão. Pode surgir de MHC (maioria) ou de gravide normal. Macro: massa infiltrante, solido, necro- hemorragico. Micro: células trofoblastica atípicas e áreas de necrose (regiões rosas) Placenta previa: implantação baixa sobre o ostio interno do canal cervical, impede a decídua. Fatores de risco: multiparidade, idade materna avançada, abortos prévios e gravidez múltipla. Tipos: total (recobre todo o OI) marginal (situa-se próximo do ostio) parcial (oclui parte do OI) Clinica: sangramento vermelho vivo, sem contratilidade uterina aumentada. Não há queixa de dor abdominal. Diagnostico feito depois d 28 a 32 semanas pois antes disso a placenta não atingiu sua localização final. placenta previa total seta cheia: placenta seta pontilhada: fundo do útero circulo: colo uterino Descolamento prematuro de placenta: condição relacionada a hipertensão e a pre- eclampsia. Principais consequências: hemorragia vaginal e hematoma retroplacentario (coágulo aderente a superfície materna da placenta). Clinica: queixa de dor abdominal, há hipertonia do útero; sangue vermelho escuro. É indicado pelas setas a presença de um hematoma retroplacentário e na imagem da direita inferiormente vemos um infarto da placenta gerado pelo descolamento, que consequentemente gerou uma interrupção do fluxo sanguíneo causando isquemia e posteriormente a formação de áreas de fibrose. Infecções placentárias: Corioamnionite aguda: Macro: face fetal com membranas espessas, perda da transparência (amareladas e opacas). Micro: imagem superior indica exsudato purulento na membrana amniótica. Imagem inferior indica processo inflamatório agudo caracterizando um quadro de corioamnionite aguda. Vilosite: vilosidades coriônicas contendo células mononucleares indicando processo inflamatório crônico. Ocorre por via hematogênica (vírus) Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Pre eclampsia: doença sistêmica que ocorre a disfunção do epitélio materno. Ocorre na segunda metade de gestação. Clinica: hipertensão e proteinúria. Síndrome HELLP: hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. Patogênese: defeito parcial ou total na modificação das artérias espiraladas pelas células trofoblastica. Mulher não gravida: baixo fluxo e alta resistência Gestação normal: alto fluxo e baixa resistência Pre eclampsia: baixo fluxo e alta resistência Área brancacenta corresponde a área de infarto decorrente de diminuição do fluxo que gerou hipoxia e infarto Seta indica um infarto, representado por área de fibrose e vilosidades coriônicas pálidas e necróticas. Aterose aguda: quando arteríolas não modificadas sofrem redução da luz, necrose fibrinoide da parede e acumulo de células (macrof) espumosas. Acretismo placentário: inserção de vilosidades coriônicas no miométrio. Ausência de decídua. Condições predisponentes: leiomioma, multiparidade, curetagem uterina previa, cesariana previa. Tipos: Acreta: vilosidades invadem superficialmente o miométrio Increta: quando penetra mais profundamente Percreta: quando atravessam toda parede do útero placenta increta e placenta previa circulo: colo do útero seta cheia: indica o local onde a placenta está fixada Gemelaridade: complicações: Síndrome da transfusão fetal: ocorre apenas em gravidez monocorionica. um feto passa a ser o doador de sangue e nutrientes e o outro o receptor. Portanto, o feto doador tem tamanho e peso reduzido e o feto receptor é maior e mais pesado. Próstata Hiperplasia nodular prostática: ocorre na zona de transição, lobos laterais e médios, grupo glandular interno. Sétima e oitava década de vida. Os nódulos provocam compressão da uretra prostática e causam retenção urinaria. Sintomas: prostatismo (polaciuria, noctúria, urgência miccional, jato fraco, micção em dois tempos, gotejamento). Consequências: prostatismo; esvaziamento incompleto da bexiga; retenção urinaria aguda; bexiga de esforço e refluxo vesicoureteral Aumento de tamanho, superfície multinodular. Circulo: Estreitamento da luz da uretra Chips de próstata obtidos na ressecção transuretral realizada para hiperplasia Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini Maria Cecilia Moscardini seta cheia: glândula dilatada seta pontilhada: nódulos preenchidos com glândulas aumentadas. Ainda há estroma Dupla camada de células epiteliais. Interna – células colunares. Periférica – células basais achatadas (não são mioepiteliais) Encontro das duas camadas define a benignidade (carcinoma há perda da dupla camada) Bexiga superior e próstata inferior. Circulo: lobo médio da próstata aumentado Linha amarela: hipertrofia da parede da bexiga (bexiga de esforço). A bexiga necessita fazer maior esforço para vencer a pressão gerada pela uretra comprimida. Seta: cálculo urinário, levando a estase urinaria e esvaziamento incompleto da bexiga. Adenocarcinoma de próstata: zona periférica, lobo posterior e grupo glandular externo. Compressão da uretra ocorre de forma tardia, os sintomas urinários são tardios. Tipos: Clinico: manifestações locais Latente: apenas histológico, assintomático, achado incidental. Oculto: manifestações clinicas decorrentes de metástases circulo: superfície homogênea lisa, mal delimitada e irregular sugerindo adenocarcinoma. Lado direito: superfície esponjosa e com fibrose indicando hiperplasia prostática Seta fina: nucléolo evidente nas células epiteliais Proliferação apenas das células epiteliais. Circulo: glândulas justapostas, já que não há estroma entre elas. Seta grossa: filete nervoso. As células malignas tem tropismo por filetes nervosos, sendo essa alteração chamada de infiltração perineural. Múltiplos nódulos brancacentos na medula óssea. Caso seja feito a biopsia estará presente a proliferação de glândulas prostáticas atípicas, indicando metástase de adenocarcinoma Glomerulopatias Sind nefrítica: início súbito. Clinica: oliguria, edema palpebral e MMII, HAS, hematúria com cilindros hemáticos, proteinúria discreta. Clássica da glomerulonefrite estreptocócica aguda. Sind nefrótica: proteinúria maciça (urina espumosa) hipoalbumineimia; edema generalizado; lipidúria e hiperlipidemia. Glomerulonefrite difusa aguda: resulta de sind nefrítica. Difusa (mais de 50% dos glomérulos acometidos). Afeta crianças principalmente (prognostico pior em adultos). Aumento de estreptolisina e diminuição do complemento. Infecção resultante de Streptococcus beta- hemolítico A (cepas nefritogenicas), levando a formação de imunocomplexos que se depositam nas estruturas glomerulares gerando resposta inflamatória. Exame de urina: proteinúria, hematúria e cilindros hemáticos. glomérulos maiores, aumento da celularidade. Espaço de Bowman comprimido Presença de infiltrado PNM e aumento da celularidade. Cilindros hemáticos. Complexo formados pela ligaçãode proteínas e hemácias que são liberadas na urina em quadros de GDA Obs: HUMPS: depósitos subepiteliais nodulares com distribuição irregular Glomerulonefrite rapidamente progressiva ou crescentica: rapidamente progressiva. Para o diagnostico é necessário mais de 50% de glomérulos com crescentes. Clinica: insuficiência renal grave, sind nefrítica com proteinúria variável. As crescentes obliteram o espaço de bowman e impedem a filtração glomerular. Setas indicam as crescentes células MNC Nefropatia por IgA (berger): glomerulonefrite mais frequente do mundo. Ocorre por deposição de imunocomplexos anti- imunoglobulina A e G. jovens adultos sexo masculino. Clinica: hematúria recorrente, sind nefrítica e nefrótica, insuficiência renal e crônica e proteinúria. Padrão difuso seta: proliferação de células mesangiais com expansão da matriz mesangial, resultante da deposição de imunocomplexos. Identifica a presença de IgA Glomerulonefrite com lesões mínimas: cursa com sind nefrotica. Glomérulo parcialmente normal (segmentar). Principal causa de síndrome nefrítica em crianças. Clinica: sind nefrotica e proteinúria acentuada e seletiva. Ocorre a fusão dos pés dos podocitos. Alças capilares normais, sem aumento de celularidade, possível ver o espaço de bowman. Achatamento dos pés, retração e edema dos podocitos. Glomeruloesclerose focal e segmentar: ocorre esclerose (deposito de colágeno) de forma focal (pelo menos 50% dos glomérulos acometidos) e segmentar (somente uma porção do glomérulo é acometida). Clinica: síndrome nefrótica com proteinúria acentuada e não seletiva. Prognostico ruim, pacientes podem evoluir para IRC em 2 a 5 anos. Setas indicam fibrose e esclerose, limitada somente a uma região do glomérulo. Nefropatia membranosa: causa frequente de sind nefrotica. Espessamento global, regular e difuso da parede dos capilares glomerulares. Spikes: imunocomplexos Glomerulonefrite crônica ou esclerosante difusa (ou rim em estagio final): estagio final de algumas glomerulopatias. Clinica: IRC com edema, anemia e HAS grave. Ocorre esclerose ou fibrose de forma difusa Macro: Rim com superfície externa irregular, contendo áreas de fibrose. Rim menor devido a atrofia. Micro: Glomérulo que sofreram esclerose difusa global, onde todos foram substituídos por área de fibrose Rim policístico adulto (doença renal policística autossômica dominante): múltiplos cistos expansivos que destroem o parênquima renal e causam insuficiência renal. Clinica: assintomáticos até que a insuficiência renal se manifeste. porem crescimento de cistos pode gerar dor. Mutação no gene PKD1 (codifica proteína policística 1) e PK2 (codifica proteína policística 2) Rim com múltiplos cistos que comprimem o parênquima Doença policística autossômica recessiva (rim policístico infantil): acometimento bilateral causando morte por insuficiência renal. Doença associada a fibrose hepática congênita com hipertensão portal. Relacionada a mutação no gene PKD1 que codifica fibrocistina. Presença de múltiplos cistos de diferentes formas e tamanhos que comprimem as células do parênquima renal. Cisto renal simples: presentes normalmente no córtex renal e geralmente são pequenos. São assintomáticos. Diagnostico diferencial de carcinoma renal. Parede delgada, superfície interna lisa ou finamente trabeculada. Seta: cistos com superfície interna lisa e fina Hipoplasia renal: rim pequeno com 5 ou menos pirâmides. Geralmente malformação é unilateral. Associada a outras anomalias em pelve, ureter ou vasos renais Rim em ferradura: acomete polo inferior do rim. Assintomático Anomalia de vasos e ureteres: duplicação bilateral de ureteres
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