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Centro Universitário São Lucas (Afya Educacional) - Campus Areal, PVH Curso/matéria/período: Medicina / 3° período / Sistemas Orgânicos Integrados III Acadêmico(a): Izabelly Julia Rocha Silva Data: 27 de abril de 2022 TIPOS DE ANEMIA DESENVOLVIMENTO A anemia é uma condição definida por um conceito laboratorial na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal causada por destruição, perda ou não produção de hemácias. Na anemia microcítica temos o Volume Corpuscular Médio (VCM) menor que 80 fL associada a perda de hemácias. Nesse caso, o paciente pode desenvolver: ● Anemia ferropriva - deficiência de ferro associada a perda de sangue, como por exemplo com a menstruação em mulheres e CA de reto em idosos; ● Talassemia - alterações genéticas nos cromossomos 11 (alfa) e 13 (beta), sendo muito comum em bebês; ● Intoxicação por chumbo - ocorre em indivíduos que têm contato com bateria de carros ou tintas a base de chumbo; ● Anemia por doença crônica; ● Anemia sideroblástica. Já na anemia normocítica temos o VCM entre 80 - 100 fL associada a não produção de hemácias. Nesse caso, o organismo tira o ferro da circulação e armazena nos tecidos para impedir a multiplicação tecidual por neoplasias ou bactérias nos casos de infecção crônica, doença reumatológica e insuficiência renal. Também existem estudos que mostram o hipotireodismo como fator de desenvolvimento desse tipo de anemia. Na anemia macrocítica temos o VCM maior que 100 fL associada a destruição de hemácias. Nesse caso, o paciente certamente se apresenta ictérico pela não transformação da bilirrubina indireta e com deficiência de B12 ou ácido fólico nos exames laboratoriais. Esse tipo na fase aguda surge a partir de uma infecção (predominantemente malária na região norte), anemia hemolítica autoimune, uso de drogas lícitas e ilícitas, púrpura trombocitopênica imune e lupus. Já na fase crônica temos problemas de membrana (principalmente esferocitose), hemoglobina (principalmente falciforme) e enzimática (principalmente pela deficiência da enzima G6PD que evita a oxidação). Acerca do tratamento, cada anemia tem o seu. Por exemplo, para a microcítica ferropriva é necessário o uso de ferro oral associado a um ácido como suco de laranja 1 hora antes da alimentação. Já na normocítica é necessário fazer uso de corticóides ou imunossupressores. Por fim, na macrocítica teremos a reposição de B12 e ácido fólico, além é claro da necessidade de reposição de ferro por meio intravenoso, caso necessário. REFERÊNCIAS CORRÊA, M. et al. Prevalência das anemias em pacientes hospitalizados. Arq Catarin Med, v. 33, n. 1, p. 36-41, 2004. GONÇALVES, M. T. P. Mecanismos, diagnóstico laboratorial e tratamento da anemia macrocítica. 2018. Tese de Doutorado. KATSURAGAWA, T. H. et al. Avaliação da deficiência da deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD) e do perfil hematológico em uma região de Rondônia. Revista brasileira de hematologia e hemoterapia , v. 26, n. 4, pág. 268-273, 2004. MELO, M. R. et al. Uso de índices hematimétricos no diagnóstico diferencial de anemias microcíticas: uma abordagem a ser adotada? Rev da Associação Méd Bras, v. 48, p. 222-224, 2002. Ministério da Saúde. Anemia. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais, 2016.
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