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Centro Universitário São Lucas (Afya Educacional) - Campus Areal, PVH Curso/matéria/período: Medicina / 3° período / Sistemas Orgânicos Integrados III Acadêmico(a): Izabelly Julia Rocha Silva Data: 16 de maio de 2022 MANCHAS DE PISCINA DESENVOLVIMENTO O paciente está sendo acometido por pitiríase versicolor, também conhecida como tinea versicolor, dermatomicose furfurácea e tínea flava. Esse é um tipo de infecção fúngica superficial que tem como característica principal mudanças na pigmentação da pele devido à colonização do estrato córneo pelo fungo Malassezia furfur que faz parte da flora normal da pele. Essa é uma infecção não contagiosa e sem influência dos hábitos de higiene, mais prevalente nos trópicos e em áreas temperadas, que ocorre em ambos os sexos e em todas as raças, apresentando a maioria dos casos em adultos jovens e pós-púberes pelas mudanças hormonais e aumento da secreção de sebo. O tratamento da pitiríase pode ser feito de acordo com o agente, que podem ser tópicos e sistêmicos. Para os agentes tópicos é feito o uso de sulfeto de selênio 2,5% a 5% na forma de xampu aplicado uma vez ao dia, de 7 a 14 dias ou mais. Já para agentes sistêmicos o tratamento mais utilizado é o cetoconazol 200mg/dia por 10 dias. Lembrando que há risco de hepatotoxicidade de 1 : 500 000 em um curto período de tempo. Entretanto existem outras opções como Fluconazol 150mg/semana por três semanas, itraconazol 200mg/dia por 7 dias ou terbinafina tópica. Além disso, é importante instruir o paciente a fazer uma higiene rigorosa para impedir a proliferação dos microorganismos, já que a infecção é causada por um fungo da flora da pele. O paciente também deve usar sabonete de piritionato de zinco regularmente ou realizar um tratamento tópico mensalmente para evitar uma nova hipopigmentação. Após a realização do tratamento, a área afetada pode permanecer hipopigmentada por período de tempo variável, chegando a permanecer assim por meses após um tratamento satisfatório. Isso porque, apesar da hipopigmentação ainda não estar bem estabelecida, alguns estudos mostram grave dano aos melanócitos, variando de melanossomos e mitocôndrias alterados até a degeneração. REFERÊNCIAS Framil, V. M. de S.; Melhem, M. S. C.; Szeszs, M. W.; Zaitz, C. Novos aspectos na evolução clínica da pitiríase versicolor. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 86, n. 6, p. 1135-1140, 2011. Oliveira, J. R. de; Mazocco, V. T.; Steiner, D. Pityriasis versicolor. Anais brasileiros de dermatologia, v. 77, n. 5, p. 611-618, 2002. Sampaio, A. L. S. B.; Mameri, A. C. A.; Vargas, T. J. de S.; Silva, M. R.; Nunes, A. P.; Carneiro, S. C. da S. Dermatite seborreica. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 86, p. 1061-1074, 2011.
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