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Mayra Alencar Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico ___ Introdução Extravasamento de sangue para o parênquima cerebral secundária a ruptura de vaso intracraniano, levando a hematoma com a morte neuronal aguda e lesão neurológica focal. Representa cerca de 15% dos AVEs, e ocorre mais comumente em territórios profundos cerebrais (núcleos da base e tálamo), hemorragia intraparenquimatosa, visto a fragilidade das artérias perfurantes. Assim como, também pode ocorrer em outras porções cerebrais, hemorragia lobar, cerebelar, tronco encefálico e etc. Extravasamento sanguíneo → Hemorragia → Edema → Morte neuronal A hemorragia intraparenquimatosa é o tipo mais comum, seguida pela hemorragia subaracnóide. Fatores de Risco ➢ Hipertensão arterial sistêmica ➢ Idade > 55 anos ➢ Tabagismo e álcool ➢ Uso de drogas - Cocaína, ao causar aumento súbito da pressão e, consequentemente, rompimento dos vasos. ➢ Presença de angiopatia amilóide cerebral - Após o nascimento, proteínas circulantes acumulam na parede anterior, provocando, gradativamente ao longo da vida, uma separação entre túnica íntima e túnica média. Com isso, há uma fragilidade arterial sensível a variações, como HAS e DM, aumentando o risco de rompimento, estando o indivíduo com aproximadamente 50 anos. 2 Etiologia Primárias (80 - 90%) ➢ HAS (90%) ➢ Angiopatia amilóide ou outras causas primárias (10%) Secundárias (10 - 20%) ➢ TCE ➢ Ruptura de aneurisma ➢ Tumores - Crescimento → Ruptura - Capacidade de angiogênese → Vasos fracos → Obstrução ➢ Uso de anticoagulantes e trombolíticos - Normalmente, uso inadequado ➢ Malformações arteriovenosas - Maior susceptibilidade à obstrução ➢ Outros 3 Fisiopatologia (HAS) - Normalmente, por HAS não tratada - Normalmente, a região mais acometida é aquela responsável pelo controle motor sensitivo ARTERÍOLAS PARENQUIMATOSAS/PERFURANTES Visto a maior fragilidade dessas arteríolas, há maior susceptibilidade de formação dos microaneurismas de Charcot Bouchard, os quais sofrem obstrução a qualquer variação de pressão. Sintomas ➢ Início súbito ➢ Cefaleia, vômitos e convulsões 4 ➢ Pode haver perda de consciência ➢ Déficit neurológico de caráter progressivo de acordo com a artéria acometida - Mais comuns: Hemiparesia e hemiplegia - Alterações visuais: Hemianopsia e quadrantopsia (perda de ¼ da visão) - Alterações auditivas: Zumbidos e hipoacusia Tomografia O AVE hemorrágico é facilmente visto na TC. Tratamento 1) Diagnóstico rápido do AVE - Sorrir, mover os membros, falar ou cantar 2) Estabilização do paciente em sala de emergência - MOV - ABCD da emergência 3) Exame de imagem - Tomografia computadorizada de crânio - Ressonância nuclear magnética Etapa em que o diagnóstico de AVE hemorrágico é concluído. 5 Observação: Visto que o AVE isquêmico é o mais comum, até a realização da TC, deve-se manter a PA alta, embora essa conduta piore o quadro do AVE hemorrágico. 4) Exames laboratoriais, ECG Prognóstico Tabela de prognóstico do AVE hemorrágico, o qual avalia o risco de óbito em até 30 dias. - Hemoventrículo = Sangue no ventrículo - Quando o AVE hemorrágico acontece perto do tronco encefálico, apresenta o pior prognóstico, por ser responsável pelo controle das funções vitais. Observação: “Teto do cerebelo”: limite teórico o qual divide o encéfalo em superior e inferior - Infratentorial - Supratentorial A hemorragia infratentorial apresenta um ruim prognóstico 6 Medidas de suporte ➢ Manutenção das medidas de estabilização - Se coma/ perda de consciência, intubação/ventilação mecânica ➢ Controle glicêmico ➢ Controle da temperatura - Evitar hipertermia ➢ Controle pressórico - Manutenção da PA sistólica < 140 mmHg - A PA deve ser reduzida o mais rápido possível, a partir da confirmação do diagnóstico de AVE encefálico - Uso de, por exemplo: nitroprussiato de sódio, labetalol, metoprolol e etc ➢ Drogas antiepilépticas - Fenitoína e fenobarbital - A morte neuronal a casa crise de epilepsia Tratamento cirúrgico Há controvérsias quanto ao tratamento cirúrgico e o aumento da sobrevida no AVE hemorrágico. Indicações: ➢ Idade < 45 anos ➢ Escala de glasgow entre 9 - 12 ➢ Presença de hematoma volumoso - Quando o volume é pequeno, o risco cirúrgico pode ser maior que o próprio AVE. ➢ Hemorragia cerebelar volumosa ➢ Herniação e Compressão de tronco encefálico - A compressão, por exemplo, do tálamo e do mesencéfalo, pode levar ao quadro de coma, visto a concentração nessa porção dos neurônios responsáveis pelo ciclo de sono e vigília. 7 - Hérnia de uncus → Próximo ao tronco encefálico ➢ Hidrocefalia O tratamento cirúrgico pode-se dar por: ➢ Drenagem de hematoma - Pode ser útil nos hematomas cerebelar 8 ➢ Craniectomia descompressiva - Segunda linha
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