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Resumo - Saude mental e trabalho

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1 
SAÚDE MENTAL E TRABALHO 
 
No trabalho, o homem sempre está em contato e 
em confronto com sua subjetividade e o não 
reconhecimento de si mesmo naquilo que é 
construtor de sua identidade compromete a 
integridade do homem, seu bem estar e sua 
saúde mental. 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL 
DO TRABALHO (OIT) 
 Papel na conscientização de um trabalho 
digno e na prevenção das doenças 
profissionais ou de trabalho 
 São discutidas e elaboradas normas 
fundamentais sobre o trabalho, articulando a 
participação de vários países 
 Constitui um sistema de normas 
internacionais que abordam, entre outros 
temas, segurança e saúde no trabalho. 
SIGLAS 
→ Rede Nacional de Assistência à Saúde do 
Trabalhador (Renast) 
→ Centros Estaduais de Referência em Saúde do 
Trabalhador (Cerest) 
→ Centros Regionais de Referência em Saúde do 
Trabalhador (CRST) 
→ Rede de Vigilância de Saúde do Trabalhador 
(VISAT) 
→ Organização do Trabalho (OT) 
→ Condições de Trabalho (CT) 
→ Relações Socioprofissionais de Trabalho (RST) 
 
RISCOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO: 
 
FATORES PSICOSSOCIAIS 
 
NTEP 
É um mecanismo que relaciona doença às 
atividades profissionais e se baseia na 
possibilidade de estimativa do quão doentio ou 
saudável é um ambiente de trabalho com base nos 
critérios da Classificação Internacional de 
Doenças (CID) e a Classificação Nacional de 
Atividade Econômica (CNAE). 
AFERIÇÃO DO EFEITO À SAÚDE 
MENTAL 
Mensurar Transtornos Mentais Comuns = 
Self Report Questionnaire – SRQ-20 
Os resultados obtidos representam informação 
útil para a gestão em saúde, podendo contribuir 
para intervenções nos contextos de trabalho 
O trabalho é construtor 
de identidade 
permitindo que o 
homem perceba a si 
mesmo e o outro
O trabalho alienado 
fará o trabalhador 
tornar-se irreconhecível 
para si e para o outro
Fatores de risco
Exercem efeitos negativos sobre a saúde 
Aspectos do desenho e gerenciamento 
do trabalho e os contextos social e 
organizacional que têm potencial para 
causar dano físico ou psicológico
Cultura organizacional, atitudes, 
valores, crenças, gestão e controle, 
suporte afetivo, social e familiar, 
relacionamento no trabalho, sobrecarga 
mental ou psíquica, conflitos trabalho-
família, mercado de trabalho, segurança 
no emprego e outras práticas cotidianas 
da empresa que podem afetar o bem-
estar mental e físico
Fatores de proteção
Podem contribuir positivamente para o 
bem-estar 
Integração social com a realização de 
atividades de lazer ativo
Abertura de canais de comunicação 
entre os diferentes níveis de hierarquia
Atividade de controle do estresse
Melhoria da qualidade de vida no 
trabalho
Agentes 
Químicos 
Agentes 
Físicos 
Agentes 
Biológicos 
Agentes 
Ergonômicos 
Agentes 
Mecânicos 
Poeira Ruídos Vírus 
Bactérias 
Tensões 
emocionais 
Maquinas 
sem proteção 
Fumos 
metálicos 
Vibração Fungos 
 
Trabalho 
físico pesado 
Falta de 
iluminação 
Vapores Pressões 
anormais 
Aranhas Postura 
incorreta 
 
Gases Frio 
Calor 
Insetos 
Cobras 
Responsabilid
ades, conflitos 
 
 
 
 
2 
OS MODOS DE FAZER SAÚDE 
MENTAL E TRABALHO 
 
Abordagens Concepção 
de homem 
Concepção 
de trabalho 
Concepção de saúde 
mental e trabalho 
Metodologia 
 
 
Estresse 
É um ser que 
deve estar 
sempre em 
equilíbrio 
O homem 
quer e 
precisa de 
paz no 
trabalho. 
Quando o organismo é 
submetido ou se 
submete a situações de 
luta ou fuga durante um 
tempo, o acumulo das 
substancias para estes 
fins, provoca danos ao 
sujeito. 
Quantitativo 
 
 
 
Psicodinâmica 
do trabalho 
Se organiza 
a partir de 
suas 
experiencias 
na 1º 
infância 
(Psicanálise) 
O trabalho 
afasta o 
homem do 
prazer, que 
é sempre 
portador do 
sofrimento 
Aqui, não existe doença 
mental produzida pelo 
trabalho; o sofrimento 
ocorre quando não se 
encontram saídas 
institucionais para suas 
neuroses 
Qualitativo 
(Alguns 
casos raros 
podem ser 
usados o 
quantitativo) 
Objetivo: compreensão das estratégias às quais o trabalhador recorre para 
se manter saudável 
 
 
 
Ergonomia da 
atividade 
(se desenvolve 
pela ação) 
Ênfase na 
relação entre 
o homem e o 
trabalho e 
sobre as 
condições 
em que ele se 
realiza 
Foco no 
bem-estar 
dos 
trabalhador
es e na 
eficácia dos 
processos 
produtivos 
Busca formular 
conhecimentos, 
ferramentas e 
princípios com a 
perspectiva de 
melhorar a relação 
homem-trabalho e a 
saúde do trabalhador 
Qualitativo-
Quantitativo 
Epidemiologia 
ocupacional 
(Parte de: 
 Leontiev, 
Marx e 
 LeGuillant) 
É um ser e 
vive e se 
desenvolve a 
partir do 
embate com 
outros 
homens, com 
a natureza, 
consigo 
mesmo 
O trabalho é 
ou deve ser 
sempre 
prazeroso. 
O 
sofrimento 
no trabalho 
é produto de 
algum tipo 
de alienação 
Vive e precisa viver em 
constante metamorfose 
com a natureza 
construindo o mundo e 
sendo construído por 
ele, quando este 
circuito se rompe 
ocorre sofrimento ou 
adoecimento psíquico 
Qualitativo-
Quantitativo 
ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA OCUPACIONAL 
Exemplos de pesquisas e intervenções: 
→ Estudos sobre perfil do trabalhador em 
educação; 
→ Saúde mental de profissionais de saúde; 
→ Avaliação da fadiga de compaixão; 
→ Diagnóstico de saúde mental e trabalho em 
médicos de peritos do INSS 
ENFOQUE DAS ABORDAGENS 
→ Organização do trabalho; 
→ Modelo de gerenciamento; 
→ Ambiência organizacional; 
→ Condições de trabalho; 
→ Aspectos ergonômicas de trabalho 
→ Subjetividade do trabalho 
INTERVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL 
E TRABALHO - CODO (2003) 
Abordagem usada: Epidemiológica Ocupacional 
1. Início do diagnóstico/intervenção: 
requer o envolvimento da instituição como um 
todo e, em particular, do nível gerencial e de 
gestão. A sensibilização pode acontecer por meio 
de palestras e de material de divulgação. 
Também é importante ficar claro como será feita 
a devolução dos dados tanto para o nível 
gerencial quanto para os participantes em geral. 
2. Preparação dos instrumentos para a 
aplicação do diagnóstico/intervenção: 
Além das escalas que irão compor o inventário, 
é importante a inclusão de dados 
sociodemográficos que caracterizem aquela 
aplicação. 
Dados 
sociodemográficos 
Dados emprego 
Sexo 
Idade 
Estado civil 
Renda familiar 
Escolaridade 
Número de filhos 
Percentual da participação 
do trabalhador para as 
despesas da família 
Quantidade de pessoas que 
moram na casa 
 
(justifica-se pela 
necessidade de identificação 
de possíveis estressores fora 
trabalho) 
Cargo 
Função 
Turno 
Carga horária 
Tempo de serviço 
Tempo na função 
Salário 
 
 
 
 
 
 
3 
3. Aplicação do Inventário: definido a 
partir do item anterior deve ser construído de 
forma autoaplicável (individual ou coletiva), 
presencial ou online. Deve conter instruções 
para preenchimento e ser encaminhado em 
paralelo ao Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido informando os objetivos e riscos da 
pesquisa (se for o caso), responsáveis e forma de 
devolução dos resultados. 
4. Os participantes: é necessário que todos 
os trabalhadores da organização participem. De 
qualquer forma é importante deixar claro que a 
participação é voluntária e é anônima. 
 5. Preparação do arquivo de dados: 
será necessária a digitação das respostas em um 
programa estatístico 
6. Análise de dados quantitativos: a 
análise quantitativa poderá abranger a 
estatística descritiva e inferencial (correlação, 
regressão, entre outras). 
7. Observação da situação de trabalho 
e a análise de tarefas/postos de 
trabalho: as sessões de observação deverão ser 
efetuadas em horários e dias distintos para 
possibilitar melhor entendimento acerca do 
cotidiano de trabalho, considerando as variações 
nas rotinas de trabalho. Durante as pausas são 
efetuados os registros livres ou em planilhas 
pré-definidas ou em diário de campo 
8. Aplicação das entrevistas e/ou 
grupofocal: Uma fase importante do 
processo é a preparação, que deve envolver 
objetivos claros e foco no que se pretende obter 
com esses procedimentos. Devem-se explorar as 
percepções acerca do cotidiano de trabalho, 
rotinas, relações de trabalho, aspectos de 
desmotivação ou incentivo para o trabalho, 
experiências, perspectivas profissionais. 
No caso de diversidade de opiniões ou 
percepções sobre determinado tema deve-se 
optar pelo grupo focal. 
Tanto nas entrevistas quanto no grupo focal, 
adota-se a lógica da saturação para indicar 
quando se deve parar de buscar novos 
entrevistados ou novos grupos focais. Ou seja, 
quando as entrevistas ou os grupos focais 
não trouxerem dados novos. 
9. Análise das entrevistas e grupo 
focal: análise de conteúdo ou categorização. 
Esse método busca, por meio da organização do 
material em categorias, a análise do conteúdo 
manifesto na fala dos sujeitos. 
10. Estudo comparativo dos dados 
primários (do estudo em questão) com dados 
secundários (de outros estudos e da 
epidemiologia): com a implantação do NTEP é 
fundamental para as instituições o cotejamento 
dos problemas de saúde mental de seus 
trabalhadores com a perspectiva coletiva de 
incidência, estatística em outras instituições da 
mesma natureza econômica e/ou mesma 
categoria profissional. 
11. Divulgação dos resultados: os 
resultados deverão ser divulgados em reuniões, 
organizadas em dois momentos. Primeiro, com 
os gestores e, em seguida, com todos os 
trabalhadores. A reunião com os gestores é 
importante para o delineamento de um plano de 
ação visando a melhorias na relação trabalho-
trabalhador. 
REFERENCIAS 
Livro: Análise e diagnóstico organizacional: 
teoria e pratica

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