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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT 
CURSO DE GEOGRAFIA LICENCIATURA 
DISCIPLINA: OFICINA IV 
 
BAIRROS DE FORTALEZA: DESIGUALDADES SOCIOESPACIAL E 
ECONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA – CEARÁ 
2022 
1. BAIRROS DE FORTALEZA: DESIGUALDADES SOCIOESPACIAL E 
ECONÔMICA 
 
2. IDENTIFICAÇÃO 
Escola: EEMTI LIONS JANGADA 
Rua Camélia, 352 - Cristo Redentor, Fortaleza - CE, 63475-070 
Série: 1° ano do Ensino Médio 
Professores: Lucas Gomes Moreira, Larissa Amorim de Oliveira, Suellen Ingrid Pereira 
Lima e José Rayan Lima da Silva. 
Tempo da aula: 8h às 11h (4 horas). 
 
3. JUSTIFICATIVA 
A aula de campo que engloba a temática: “Bairros de Fortaleza: desigualdade 
socioespacial e econômica”, é imprescindível para que assim o alunado possa visualizar 
em práticas as esferas de desigualdades e segregação presentes no espaço urbano, mais 
especificamente o da realidade do bairro Cristo Redentor, localizado no litoral oeste de 
Fortaleza e ponto de localização da estrutura escolar EEMTI LIONS JANGADA. 
Outrossim, a cidade de Fortaleza apresenta a centralidade de serviços, onde se 
ramificam a produção, distribuição, consumo, a utilização e transformação do solo para 
construções de edificações e o desigual acesso a serviços básicos. Os aspectos a serem 
analisados em campo também estão atrelados a população, domicílios, rendimentos, 
educação, raça e o desenvolvimento humano, que salientam a desigualdades bem como 
a segregação socioespacial presente (MACHADO, 2017). 
Essa temática estuda os fatos e os problemas que ocorrem no espaço urbano de Fortaleza 
entre as desigualdades de bairros que recebem a concentração de serviços visualizados na sua 
infraestrutra, em contraposição aos bairros carentes de direitos que tenham garantia a 
saneamento básico, saúde, educação, segurança, lazer dentre outros serviços básicos. 
 Toda cidade possui os seus valores atrativos e culturais como casas, avenidas, 
restaurantes, escolas, hotéis, comércios, lojas etc. A geografia estuda as desigualdades 
socioespacial por meio da análise dos problemas econômicos presentes no espaço urbano. 
 O bairro Praia de Iracema, exemplo próximo ao bairro do Cristo Redentor, apresenta grande 
quantidade de casas e hotéis sofisticados, além de ruas dotadas de pavimentação e 
infraestrutura, porém, o bairro vizinho Cristo Redentor, não têm acesso á essa grandiosa 
estrutura que envolve investimentos econômicos para sua dinamização espacial, ocupado pelos 
setores empresariais e modificando os aspectos naturais e a também cada vez mais forte 
verticalização da Praia de Iracema, onde prédios engolem a paisagem natural da cidade, há uma 
venda forte da natureza, onde o fator locacional influi diretamente na fixação dessas empresas, 
que veem no litoral um meio de crescimento financeiro. Somado a isso, é onde residem a 
população de renda elevada, enquanto o bairro Cristo Redentor é um bairro popular, de 
concentração de favelas. 
 Isso é um fator muito importante, pois a Geografia trata de estudar o meio com os processos 
econômicos e sociais que ocorrem no espaço geográfico, pois é a forma de transmitir 
conhecimento educacional com as práticas usadas no espaço. Os bairros estão presentes na 
cidade e nada melhor de estuda-los com tecnologias e meios digitais para levar o assunto para 
a sala de aula. A Geografia como sempre é enfatizado é o estudo da relação da sociedade com 
o meio, e propor um estudo das desigualdades composta pela hierarquização social que ocorrem 
no espaço, é salientar o estudo geográfico. A própria de rede urbana surge condicionado a uma 
economia de mercado, a divisão do trabalho, pela forma que circula a produção e o consumo. 
Certamente, a desigualdade está abarcada pelo viés econômico, que abrange a 
concentração de riqueza, emprego, renda, fluxos, informação e fatores locacionais de 
sediar os centros econômicos empresariais. 
A estrutura precária das moradias reflete o processo de favelização, 
historicamente produto do despreparo institucional para o planejamento urbano, 
representando lócus de fixação populacional muitos advindos de outros municípios do 
estado do Ceará para Fortaleza em busca de sobrevivência e maiores oportunidades 
empregatícias, processo intenso e base para a formação de aglomerados urbanos. A 
cidade de Fortaleza foi permeada pela produção informal e de jogo de interesses que 
provocavam o desenvolvimento desigual, marcas da ilegalidade urbana (PEQUENO E 
FREITAS, 2012) realidade perpetuada até o momento atual em Fortaleza. Souza (2001) 
sintetiza esse processo histórico de ocupação do bairro Cristo Redentor que também 
revela a questão ambiental de forma contínua até o momento atual: 
A ocupação do litoral oeste de Fortaleza se dá a partir dos anos 50, com o 
aumento das migrações para Fortaleza. Com o crescimento do setor industrial da 
avenida Francisco Sá estas áreas vão sendo incorporadas ao processo de expansão da 
cidade. É nesse contexto, que começa a ocupação das dunas do litoral oeste que vai 
dar origem ao bairro do Pirambu e posteriormente aos outros bairros do Cristo 
Redentor e Barra do Ceará. Em função da caracterização física da área, topografia e 
geologia, onde dominam terrenos arenosos de antigos campos de dunas e das formas 
de ocupação pela população, constata-se a ocorrência de sérios problemas de 
contaminação do lençol freático. Ainda hoje existe uma expansão desordenada em 
áreas de dunas constituindo-se como áreas de risco. (SOUZA, 2001, p.435) 
 
Dessa forma, considerando que a aula de campo é um recurso metodológico 
facilitador da aprendizagem, meio primordial para compreender e visualizar a 
desigualdade espacial que está escancarada na sociedade mais pobre e vulnerável ao 
(des) serviço público excludente de assistência e que garanta que todos tenham acesso 
aos direitos básicos, todas essas questões se materializam no espaço e são objetos de 
observação e estudo. 
Como forma de discussão, a fim de formar alunos críticos reflexivos, capazes de 
perceber as injustiças e indiferenças em seu entorno, é que será trabalhado, mais 
precisamente o bairro Cristo Redentor e suas adjacências, onde são explícitas as 
disparidades na caracterização do espaço, como o bairro está geograficamente 
localizado na faixa litorânea vai existir uma venda da paisagem natural bem reproduzida 
nos bairros próximos, evidenciando as contrariedades onde são marcas as extremas 
desigualdades infra estruturais e de serviços. 
Serão visualizados aspectos da segregação socioespacial, verticalização da 
cidade, periferização, apropriação privada da terra, meios de consumo, diferenciações 
nas diversas paisagens. E mais ainda, como os alunos estão inseridos nesta problemática 
vivenciada por eles e de seus familiares. 
Sabendo que todos os alunos, apesar de existir alunos que não residem no mesmo 
bairro que estudam, acabam ora tendo como trajeto até a escola a visualização da 
paisagem desigual concebida em seu cotidiano, que pode aparecer oculta, somados aos 
estudantes que moram no próprio bairro que convivem com a delimitação territorial a 
ser estudada na aula de campo. 
Essa realidade de desigualdade socioespacial e econômica não somente é visível 
no bairro Cristo Redentor, mas realidade dos bairros fortalezenses. O estudo também se 
estende pelos conceitos geográficos de espaço, território, paisagem, lugar e região, 
ambos presentes no meio físico e apregoados de ideologias vivenciado pelos alunos. 
A aula de campo permite a melhor dinamização de perceber esses processos, 
com habilidades que identificam, percebem e distinguem as realidades. (SANTOS e 
BURITI, 2020). 
 
4. OBJETIVOS 
4.1. OBJETIVO GERAL 
Analisar as desigualdades na distribuição de renda no contexto da cidade de 
Fortaleza a partir de índices socioespacial e econômico. 
 
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Compreender a segregaçãosocioespacial como situação frequente nas áreas 
urbanas; 
• Compreender como essas segregações acontecem; 
• Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de 
mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na 
distribuição de riquezas em diferentes lugares; 
• Visualizar as desigualdades presentes fazendo diálogo com a ciência 
matemática. 
 
5. METODOLOGIA 
1° Momento: Planejamento da aula de campo considerando estudo do meio, percurso, 
levantamento dos problemas enfrentados, prévia visita dos professores. 
2° Momento: contratação de transporte, prévia autorização dos pais, elaboração dos 
roteiros. 
3° Momento: projeto interdisciplinar interagindo com a Matemática, com as 
explicações do professor Rayan por meio da localização espacial, fazendo utilização da 
Geometria de Táxi que determina a localização e distância entre os pontos no mapa da 
cidade que corresponde a uma forma de obter a menor distância. A prática também vai 
permite a educação cartográfica, permitindo a concepção matemática da visão do 
oblíquo e visão vertical, imagem tridimensional, imagem bidimensional. Além disso, 
também será apreendido o alfabeto cartográfico para dimensionar: ponto, linha e área. 
4° Momento: Aula de campo com observações e percepções dos alunos com anotações 
escritas, desenhos, fotografias e identificação da área no mapa. 
5° Momento: Coleta de dados. 
6° Momento: Produção avaliativa de trabalho participativo. 
7° Momento: Divulgação de resultados. 
 
5.1. MAPA DO PERCURSO 
 
1ª parada: EEMTI LIONS JANGADA- será realizado um estudo do entorno da escola de 
observação dos aspectos físicos, econômicos, culturais e espaciais presentes. 
2ª parada: Avenida Doutor Theberge- observações sobre os fluxos de pessoas, serviços e 
transporte. 
3ª parada: Bairro Pirambu- traz uma análise de um bairro localizado na faixa litorânea, 
área que é desvalorizada e esquecida pelo setor privado e pelo pode público, trazendo 
evidências na paisagem. 
4ª parada: Bairro Monte Castelo- possui áreas residenciais, áreas de intensa atividade 
comercial, além de praças. 
5ª parada: Praia de Iracema- vamos poder visualização da segregação socioespacial e 
econômica, constrastando com a realidade dos outros bairros de Fortaleza envolvido no 
percurso da aula de campo, onde houve uma acelerada urbanização, para facilitar o 
desenvolvimento dos diversos setores econômicos. 
 
5.2. MATERIAL NECESSÁRIO 
 
• Caderno ou bloco de anotações; 
• Lápis ou Caneta; 
• Celular ou Máquina Fotográfica; 
• Garrafa de água; 
• Roupas e tênis leves; 
• Protetor solar; 
• Mapa de percurso de campo. 
 
 
5.3. ATIVIDADE EM CAMPO 
1. Os estudantes serão separados em grupos de 5 pessoas antes da aula de campo; 
2. O percurso da aula de campo será realizado por 4 bairros, demostrando as desigualdades 
entre elas; 
3. Durante o percurso, será pedido aos estudantes, que façam as observações sobre a 
segregação (desigualdade) existente em cada bairro; 
4. Será pedido que os estudantes façam anotações e fotografias durante a aula de campo 
sobre essa segregação (desigualdade); 
5. Será feito um sorteio desses bairros no final da aula de campo, para saber qual equipe irá 
apresentar o seminário expositivo em sala de aula. 
 
6. AVALIAÇÃO 
A avaliação será realizada em duas etapas: 
A primeira consiste na elaboração de mapas que represente o tema e percurso abordado na aula 
de campo “Bairros de Fortaleza: Desigualdade socioespacial e econômica”, além disso eles 
devem fazer fotografias e anotações sobre o conteúdo abordado na aula, esse croqui/mapa deve 
ser entregue na semana seguinte, após a aula de campo. 
A segunda avaliação consiste em fazer uma exposição dos mapas elaborados, ou seja, os 
estudantes terão de apresentar em forma de seminário, as representações cartográficas que 
foram exemplificadas e explicadas durante a aula de campo, na qual servirá como complemento 
da aula de campo, o tempo do seminário consiste em 10 minutos para cada estudante. A 
exposição será realizada de forma livre, ou seja, os estudantes podem utilizar na apresentação 
slide, cartolinas ou isopor. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARBOSA, Anna Emília Maciel. Reestruturação socioespacial em Fortaleza e suas 
implicações na habitação. 2016. 206 f. (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do 
Ceará, Fortaleza-CE, 2016. 
CAVALCANTE, Raimundo Nonato Barbosa; SOUSA, Maria Hortência Rodrigues; SOUSA, 
José Parmênidas Rodrigues. A interdisciplinaridade entre matemática e geografia: inferindo 
conceitos de localização e distâncias na cidade. Revista Encantar- Educação, Cultura e 
Sociedade. Bom Jesus da Lapa, v.1, n.3, p.07-20, set./dez.2019. 
MACHADO, Eduardo Gomes.Desigualdades e segregações socioespaciais em Fortaleza, 
Brasil: uma análise a partir da Praia do Futuro. O Público e o Privado, Fortaleza, n. 30 (p. 179-
207), jul/dez. 2017. Disponível em: file:///C:/Users/laris/Downloads/2152-
Texto%20do%20artigo-9275-1-10-20200129.pdf. Acesso em: 19 de jun.2022. 
MATOS, A. M. y NETO, A. Opulência e Miséria nos Bairros de Fortaleza. Scripta Nova. 
Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 
de agosto de 2003, vol. VII, núm. 146(030). <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-146(030).htm> 
[ISSN: 1138-9788]. 
PEQUENO, Renato; FREITAS, Clarissa F. Sampaio. Desafio para implementação de Zonas 
Especiais de Interesse Social em Fortaleza. Cad.Metrop., São Paulo, v.14, n.28, p.485-505, 
jul/dez.2012. 
SANTOS, A. F. L.; BURITI, M. M. S.A importância da aula de campo no processo de 
ensino e aprendizagem de Geografia. GeoUECE(online), v. 09, n. 16,p. 181-194, 2020. 
SOUZA, M. S.. A Questão Ambiental e o Saneamento Básico: Análise da Implantação do 
Projeto SANEAR nos Bairros do Litoral Oeste de Fortaleza-Ceará. In: 8º Encuentro de 
file:///C:/Users/laris/Downloads/2152-Texto%20do%20artigo-9275-1-10-20200129.pdf
file:///C:/Users/laris/Downloads/2152-Texto%20do%20artigo-9275-1-10-20200129.pdf
http://lattes.cnpq.br/4464174044861964
Geografos de America Latina - 8º EGAL, 2001, Santiago. Anais del 8º Encuentro de Geografos 
de America Latina. Santiago - Chile: Universidade do Chile, 2001. v. 1. p. 432-436.

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