Aula 5 Fatores limitantes final

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FATORES LIMITANTES 
Cap. 3, Towsend et al. 
 
Condição: características físicas e químicas do ambiente (fatores abióticos), 
que podem ser alteradas, mas não consumidas. 
Aspectos importantes: 
Ciclos diários e anuais e a frequência de eventos extremos 
 
Recurso: são fatores bióticos e abióticos que podem ser usufruídos 
(consumidos) pelos organismos durante seu crescimento e reprodução. 
Mais comumente utiliza-se o termo para alimentos e nutrientes. 
 
Fator limitante: qualquer condição ou recurso que se aproxime ou exceda os 
limites de tolerância de um organismo. 
 
Lei do mínimo de Liebig: Deve-se a Liebig (1840) o enunciado da “Lei do 
Mínimo”: o crescimento dos vegetais é limitado pelo elemento cuja 
concentração é inferior ao valor mínimo. 
Válida apenas em condições de equilíbrio ou constantes. 
Interação de fatores. Ex: bióticas - pressionam os limites do nicho de forma 
tanto positiva quanto negativa, ampliando ou reduzindo suas dimensões. 
FATORES LIMITANTES 
 
Nicho ecológico: resumo das tolerâncias e exigências de um organismo (ou 
espécie). 
Charles Elton (1933): primeiro a dar a conotação de nicho = modo de vida de um 
organismo. 
Evelyn Hutchinson (1957): conceito moderno de nicho = hipervolume n-
dimensional, onde cada dimensão (n) representa a faixa de tolerância a 
diferentes condições. Assim fica claro que nicho não é o local onde a espécie 
ou organismo ocorre. 
• A área geográfica onde uma espécie ocorre é o seu HABITAT 
• É praticamente impossível contar quantas dimensões tem o nicho. 
• Pode-se dizer que cada tipo de alimento, temperatura, pH, competidores, 
etc são tipos diferentes de dimensões do nicho (recursos e condições!). 
• O espaço n-dimensional pode ser limitado ou expandido devido as 
interações com outros organismos, que envolve todas as respostas 
fisiológicas às condições do meio, depende da disponibilidade de recursos e 
como os organismos os usufruem, além do impacto causado por estes no 
meio em que vivem. 
 
Camarão da areia 
Organismo aquático hipotético 
Nicho Fundamental: Nicho com os limites máximos possíveis, que uma espécie pode 
ocupar na ausência de interações prejudiciais, baseado nas condições abióticas e na 
sua resposta fisiológica à estes fatores. É uma situação teórica. 
Nicho Realizado ou Efetivo: É o nicho verdadeiro do organismo, sendo limitado ou 
expandido pelas interações com outros organismos, da mesma ou de outra espécie. 
 
Ex: veneno 
Curvas de tolerância e resposta: três tipos básicos de resposta. 
Fonte: Dajoz, 1983 
Amplitude de tolerância: Esteno (estreito) x Euri (largo) 
Não confundir com organismos pecilotérmicos x homeotérmicos 
Ótimos ambientais 
A distribuição de uma espécie vegetal revela seu ótimo ambiental. Distribuição de 
espécies arbóreas na região costeira norte da Califórnia difere progressivamente num 
gradiente de umidade mínima disponível no solo. 
Árvores de folhas 
aciculadas 
Árvores de folhas 
largas 
Sequóia costeira 
Como proceder para determinar um fator limitante? 
 
Observar a área de distribuição da espécie de interesse. 
1. Realização de experimentos: 
acréscimo (enriquecimento) ou 
 variação na concentração de um fator possivelmente limitante. 
retirada / acréscimo de uma espécie para avaliar o efeito de fatores 
bióticos 
http://www.fao.org/docrep/007/y5720e/y5720e0i.jpg 
• Salvinia molesta originária do Brasil, 
aparecendo na Austrália em 1952 
• 1978: Lago Moon Darra 50.000 
toneladas em 400 ha 
• 1980: besouro introduzido em 
gaiolas (1500 adultos) e depois em 
outras áreas 
• 1981: 1 tonelada de Salvinia molesta 
 
Protista Besouro 
Temperatura x taxa de crescimento ou desenvolvimento (relação linear) 
ácaro 
Temperatura influenciando o 
resultado da competição. 
As 2 espécies coexistem em altitudes 
intermediárias na ilha Hokkaido, 
Japão e só S. malma vive em 
altitudes mais elevadas e S. 
leucomaenis em altitudes mais 
baixas. Ambas as espécies são 
capazes de viver em cada 
temperatura isoladamente. 
 
Camarão P. pugio vive melhor em salinidades mais baixas e P. vulgaris em 
salinidades mais elevadas 
Gasto metabólico padrão 
Fig. 2.12. Distribuição espectral da luz direta do sol no topo da atmosfera e no nível do mar. A 
diferença entre as duas, a qual é proporcionalmente maior na região ultravioleta, representa a luz 
absorvida pela atmosfera. Segundo D.M. Gates, Biophysical Ecology (1980). 
Radiação solar 
Recurso crítico para produtores 
Apenas 44% do espectro da radiação 
Holanda Uganda 
Radiação solar 
Atenuação com a profundidade em sistema aquático 
Resposta fotossintética à variação da intensidade luminosa em várias espécies de 
plantas sob temperatura ótima. 
Nutrientes 
Elemento Função 
Nitrogênio (N) Componente estrutural de proteínas e ácidos nucléicos 
Fósforo (P) Componente estrutural de ácidos nucléicos, fosfolipídios e ossos 
Enxofre (S) Componente estrutural de muitas proteínas 
Potássio (K) Principal soluto em células animais 
Cálcio (Ca) Componente estrutural de ossos e de materiais entre as células de plantas 
lenhosas; regulador da permeabilidade celular 
Magnésio (Mg) Componente estrutural da clorofila; envolvido na função de muitas enzimas 
Ferro (Fe) Componente estrutural da hemoglobina e de muitas enzimas 
Sódio (Na) Principal soluto em fluidos extracelulares de animais 
Principais nutrientes essenciais para os organismos e algumas de suas principais funções 
Fig. 6.7. A fertilização estimula o crescimento vegetal nos 
habitats naturais. Resposta dos arbustos de chaparral 
Adenostema (uma planta típica de chaparral), Ceanothus (que 
abriga bactérias fixadoras de nitrogênio) e gramíneas e 
harbáceas anuais para fertilização com nitrogênio, fósforo ou 
ambos. Segundo G.S. McMaster, W.M.Jow, e J. Kummerow, J. 
Ecol. 70: 745-756 (1982). 
CO2 como recurso 
Musgo Sphagnum 
Fig. 19.4. Os recursos frequentemente agem juntos para limitar o crescimento. A 
influência conjunta dos níveis de luz e fertilizante no crescimento de Impatiens. 
Segundo W.J.H. Peace e P.J. Grubb, New Phytol 90: 127-150 (1982). 
Dados de Granéli et al. (1990). 
Fig. 5-13. Resposta de fecundidade do copépode Acartia tonsa a 
diferentes concentrações de alimento (clorofila a > 5µm), com 
diferentes razões carbono:nitrogênio. Dados de J.W.Ambler, 
adaptado de Smith (1991).