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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 1 – INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA A Estatística trata da coleta, apresentação, descrição e análise de dados, transformando em informação, com objetivo de formular ou validar hipóteses sobre um fenômeno obser- vado. Podemos defini-la em três grandes áreas: Estatística Descritiva ou Dedutiva – organização, resumo e descrição dos dados. Teoria das Probabilidades – base racional para situações relacionadas ao acaso. Estatística Indutiva ou Inferência Estatística – análise e interpretação de dados amos- trais. 1.1 - COLETA DE DADOS Método: A coleta de dados pode ser feita por meio de observação ou através de questionários que podem ser preenchidos pelo próprio informante ou por um pesquisador de campo. Quan- do colhidos dessa forma, diretamente na fonte, são chamados de dados primários. Po- dem-se obter também os dados estatísticos em agências governamentais ou privadas, e neste caso, são chamados dados secundários. Questionário: Procedimentos: - especificar os objetivos gerais - conhecer o uso das respostas obtidas para melhor elaboração das perguntas - se possível, planejar os tipos de tabelas - certificar-se de que todas as informações podem ser obtidas (cuidados: ida- de/renda/datas/gastos – passado ideal 6 meses) - perguntas claras e precisas - evitar sugerir respostas - evitar redações longas - seguir alguma ordem lógica (mais simplesmais complexa) - incluir as instruções, se necessárias, no corpo do questionário - cuidado na aparência (gráfica e material utilizado para preenchimento) Campo: - decidir a que tipo de informantes será endereçado Piloto: - “experimentar” o questionário Crítica dos Questionários: - prever perda natural 1.2 - APRESENTAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 1.2.1 - Apresentação Tabular Resolução 886 de 26/10/1966 - Fundação IBGE - “Normas de Apresentação Tabular “ Elementos Essenciais: - Título = designação do fenômeno observado, local e época (o quê? onde? quando?) - Corpo = conjunto de colunas e linhas casa - Cabeçalho = especifica o conteúdo da coluna - Coluna Indicadora = especifica o conteúdo das linhas (pode haver várias colunas indicadoras) UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS - Fonte = indicação do órgão ou entidade responsável pelos dados (colocada no roda- pé) Elementos Complementares: Colocados no rodapé, após a fonte. - Notas = esclarecer o conteúdo da tabela ou indicar a metodologia na coleta ou preparo dos dados - Chamadas = esclarecer informação específica sobre determinada parte da tabela. In- dicadas por algarismos arábicos entre parênteses, à esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. A numeração será sucessiva, de cima para baixo, e da esquerda para a direita. A separação das chamadas será por ponto (.) Quando uma tabela ocupar mais de uma página, as chamadas devem figurar no rodapé da última página. Sinais Convencionais: – quando o dado não existir (pela natureza do fenômeno) ... quando não se dispõe do dado (ignorado) 0 0,0 0,00 quando valor do dado for menor que a unidade ou fração decimal adotada x quando houver omissão do dado para não haver individualização da informação Z quando o dado for rigorosamente zero Os números inteiros (ou sua parte inteira) serão separados por espaçamentos. 11 222 413 OBS.: O significado, dos sinais convencionais, deve figurar no relatório, antecedendo a tabela. Data de Referência dos Dados: A data não deve ter ponto separando grupo de três - algarismos, nem espaço entre alga- rismos. meses = 3 primeiras letras anos = consecutivos - 1896-915 1970-75 não consecutivos - 1966-1974 período de 12 meses do ano civil - 1980/81 OBS.: O uso de algarismos romanos deve ser evitado, inclusive para as datas. Apresentação de Tabelas As tabelas serão delimitadas na parte superior e inferior, por traços horizontais, não de- limitadas lateralmente. No caso da tabela ter de ocupar mais de uma página, não será delimitada na parte inferior e o cabeçalho será repetido na página seguinte, usando-se a expressão continua no cabeçalho. As tabelas devem ser: Exaustivas: - não devem existir itens sem alguma classe Ex.: estado civil : casado / solteiro (não é exaustivo) solteiro/casado/viúvo/divorciado/separado/outros (é exaustivo) Mutuamente Exclusivas: - não deve existir o mesmo item em mais de uma classe Ex.: 20 ׀–׀ 25 o 25 não pode estar nas duas classes 25 ׀–׀ 30 20 25 mutuamente excludente 25 30 Ter significação própria UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS SÉRIES ESTATÍSTICAS Séries Históricas / Temporais / em Marchas - Elemento variável: época - Elementos fixos: local fenômeno Ex.: dia, mês, ano, século PREVISÃO DA POPULAÇÃO PARA A CIDADE DE SÃO PAULO 1984-2020 ANOS POPULAÇÃO (1.000 Hab.) 1984 9.439 1990 11.160 1995 12.224 2000 13.410 2010 14.910 2020 15.532 FONTE: SABESP Séries Geográficas / Territoriais / de Áreas - Elemento variável: local - Elementos fixos: época, fenômeno Ex.: Estado, Município NÚMERO DE EMISSORAS DE RÁDIO NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL 1980 GRANDES REGIÕES QUANTIDADE NORTE 43 NORDESTE 215 SUDESTE 517 SUL 403 CENTRO-OESTE 85 BRASIL 1.263 FONTE: SEEC-ME/IBGE Séries Específicas / Categóricas - Elemento variável: fenômeno - Elementos fixos: época, local Ex.: tipo sanguíneo, peso, altura, produto MATRÍCULAS NO ENSINO DE 3o. GRAU NO BRASIL 1983 (CICLO BÁSICO) ÁREAS DE ENSINO MATRÍCULAS C. BIOLÓGICAS 1.800.176 C. EXATAS 334.694 C. AGRÁRIAS 38.181 C. HUMANAS 761.367 LETRAS 94.618 ARTES 24.612 BÁSICO 5.344 FONTE: Serviço de Estatística da Educação e Cultura / IBGE UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS Séries Mistas - Combinação das anteriores CONTINGENTE OPERACIONAL DA EMPRESA X Rio de Janeiro 1986 SEXO TIPO MASCULINO FEMININO TOTAL MAIORES 60 30 90 MENORES 40 10 50 TOTAL 100 40 140 FONTE: DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INDUSTRIAIS Série de Freqüências ou Distribuição de Freqüências - Todos os elementos: época, local e fenômeno, são fixos. Dispõe os valores da variá- vel e suas respectivas frequências. Xi fi 0 1 1 2 2 5 3 3 4 2 5 1 S = 14 fi 23 |— 38 5 38 |— 53 14 53 |— 68 13 68 |— 83 6 83 |— 98 8 46 Xi S = 1.2.2 - Apresentação Gráfica O gráfico torna compreensível uma tabela. Deve conter título, legenda e fonte. 2.1 - Tipos de Gráficos: Curvas: representam séries temporais (t 5) UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS Barras e Colunas: representam séries geográficas, específicas, temporais (t < 5) Compara grandezas, por meio de retângulos de igual largura e alturas proporcionais às respectivas grandezas. Setores: representam séries geográficas, específicas com poucas ocorrências. Repre- sentam valores absolutos ou porcentagens complementares 57% 17% 13% 13% Polares: representam séries geográficas, específicas, temporais. Representa a varia- ção de um determinado fenômeno mensal, nos doze meses do ano, comparativo com a média 0 50 100 1.2.3 – Análise e Interpretação dos Dados É a fase dos cálculos de medidas que permitem descrever o fenômenoque está sendo estudado. Nesta etapa fazem-se as conclusões e generalizações, baseadas nas tabelas, gráficos e medidas. 1.3 - ÓRGÃOS E NORMAS OFICIAIS Os dados nacionais, Brasil, podem ser obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Existe uma infinidade de fontes de dados de pesquisas que podem ser adquiridas através de outros órgãos públicos ou empresas privadas, nacionais e internacionais. As normas técnicas para apresentação tabular da estatística brasileira podem ser adqui- ridas junto a qualquer agência do IBGE.
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