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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 23 PROBABILIDADES 1 - CONCEITOS PRELIMINARES O estudo de probabilidades diz respeito a experiências aleatórias, cujo resultado não pode ser co- nhecido "a priori" antes que a experiência seja efetivamente realizada e o seu resultado observado. Embora o resultado de uma experiência aleatória seja imprevisível existe um certo tipo de regula- ridade presente neste tipo de experiência, e isto nos permite criar modelos para representar fenô- menos aleatórios. 1.1- Experimento Aleatório ( ) Experimentos cujos resultados podem apresentar variações, mesmo quando realizados em condi- ções praticamente iguais. Ex.: 1 = lançamento de um dado 2 = observação do sexo de recém-nascidos 3 = lançamento de uma moeda 4 = contagem de chamadas telefônicas por hora, em determinado aparelho 5 = jogar duas moedas 6 = observação de um fusível 7 = tempo, em horas, até a falha de um equipamento 8 = resultado de um exame de gravidez 9 = medir as alturas de indivíduos de 0,5m até 2m 1.2- Espaço Amostral ( S ) Conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório . Ex.: S1 = { 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 } S2 = { M, F } S3 = { C , K } onde, C = cara K= coroa S4 = { 0 , 1 , 2 , 3 ,... } S5 = { CC, CK, KC, KK } S6 = { B , D } B = bom D = defeituoso S7 = { t; t 0 } onde, t = tempo S8 = { positivo , negativo } S8 = { valores de x, para 0,5 x 2 } onde, x = altura em metros Obs.:1) os resultados do experimento aleatório podem ser de natureza quantitativa e qualitativa. 2) os espaços amostrais podem ser finitos ou infinitos, em relação ao número de elementos. Os espaços amostrais finitos contém 2n resultados possíveis, sendo n os diferentes elemen- tos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 24 Dois tipos de conjuntos infinitos: enumeráveis (ou contáveis) e não enumeráveis. A={ 2,4,6,8,....} B={1,1/2,1/4,1/8,...} = contáveis C={x : 0 x 1} = não é contável Qualquer intervalo de números reais são conjuntos não enumeráveis 1.3- Evento É qualquer subconjunto do espaço amostral, geralmente denotado por letras maiúsculas. Ex.: = lançamento de um dado S = { 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 } A = sair face par a) Evento Simples: formado apenas por um elemento do espaço amostral. Ex.: B = sair face 4 b) Evento Composto: formado por dois ou mais elementos do espaço amostral. Ex.: C = sair face maior que 3 c) Evento Certo: ocorre em qualquer das realizações do experimento. Ex.: D = sair face menor que 7 d) Evento Impossível: não ocorre em qualquer realização do experimento. Ex.: E = sair face maior que 6 e) Evento Complementar: dado um evento A qualquer, chamamos de complementar de A o e- vento formado pelos elementos do espaço amostral que não pertencem a A. f) União: é o evento que consiste dos elementos de A, ou de B, ou de ambos. S A S A C A S A B UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 25 g) Interseção: é o evento que consiste de todos elementos contidos simultaneamente em A e B. f) Eventos Mutuamente Exclusivos ou Excludentes: quando dois eventos, A e B, não possuem elementos em comum. Obs.: todos os eventos complementares são necessariamente excludentes, mas a recíproca não é verdadeira. 2 - DEFINIÇÃO DE PROBABILIDADES Suponha que uma experiência aleatória tem apenas um número finito de resultados possíveis. Seja A um evento associado a essa experiência aleatória. Então a probabilidade do evento A é da- da por: P ( A ) = N.º de casos favoráveis à ocorrência do evento A N. º total de casos possíveis 3 - AXIOMAS Seja S o espaço amostral e A um subconjunto qualquer deste espaço. Uma função de probabilida- de que atua sobre este espaço amostral satisfaz: a) 0 P(A) 1 b) P(S) = 1 c) P() = 0 d) P(A1 U A2 U A3 U...) = P(A1 ) + P (A2 ) + P(A3 ) + ... onde os Ai são mutuamente excludentes e) Se AC é o complemento de A, então: P (AC) = 1 - P (A) S A B S A B UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 26 4 – TEOREMA DA SOMA P (A+B) = P (A) + P(B) - P (A B) , se A B P (A+B) = P (A) + P(B) , se A B = 5 - PROBABILIDADE CONDICIONAL Sejam A e B eventos pertencentes ao mesmo espaço amostral. Definimos probabilidade condicional de A dado que B ocorre (A/B) como: P(A/B) = )B(P )BA(P , se P(B) 0 Beventodoocorrênciaàfavoráveiscasosdenúmero BAeventodoocorrênciaàfavoráveiscasosdenúmero )B/A(P 6 - EVENTOS INDEPENDENTES Sejam A e B eventos pertencentes ao mesmo espaço amostral. Se A e B são independentes, então: P(A/B) = P(A) e P(B/A) = P(B) DEFINIÇÃO: A e B são eventos independentes se P(A B) = P(A).P(B). Obs.: Para verificar se 3 eventos A, B e C são independentes, as 4 suposições deverão ser satisfeitas: 1- P(ABC) = P(A). P(B). P(C) 2- P(AB) = P(A). P(B) 3- P(AC) = P(A). P(C) 4- P(BC) = P(B) . P(C) Se apenas uma não for satisfeita, os eventos não são independentes. Se A e B são mutuamente exclusivos, então A e B são dependentes, pois se A ocorre, B não ocorre, isto é, a ocorrência de um evento condiciona a não ocorrência do outro. 7 - TEOREMA DO PRODUTO Sejam A e B eventos que pertencem ao mesmo espaço amostral. Então: P(A B) = P(A). P(B/A) se A e B forem dependentes P(A B) = P(A). P(B) se A e B forem independentes A generalização do teorema do produto é: Se os eventos A1 , A2 , ... An são dependentes: )A...AA/A(P)...AA/A(P).A/A(P).A(PAP 1n21n123121 n 1i i UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – ESTATÍSTICA PROF.: NEYDE MARIA ZAMBELLI MARTINS 27 Se os eventos A1 , A2 , ... An são independentes: n 1i in321 n 1i i )A(P)A(P)...A(P).A(P).A(PAP 8 - TEOREMA DA PROBABILIDADE TOTAL Suponha que os eventos A1 , A2 , ... , Ai, constituam uma partição de S associada ao experimento aleatório . Se B é um evento qualquer de S, então a sua probabilidade de ocorrência será dada por: P(B) = P(A1).P(B/A1) + P(A2).P(B/A2) + ... + P(An).P(B/An) = „¸ P(Ai).P(B/Ai) 9 - TEOREMA DE BAYES Sejam A1 , A2 , ... , Ai eventos que formam uma partição de S. Seja B um evento desse espaço amostral. Sejam conhecidas P(Ai) e P(B/Ai). Então:
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