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APOSTILA CAPITALIZAÇÃO

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REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
CHRISTINE DE FARIA ZETTEL – 2021/2020
MAURÍCIO VIOT – 2018
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO
PICTORAMA DESIGN
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros - ENS.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
E73c Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Capitalização / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de 
Ensino Técnico; assessoria técnica de Christine de Faria Zettel. – 23.ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2021.
 169 p. ; 28 cm
 1. Capitalização. 2. Reservas matemáticas. I. Zettel, Christine de Faria. 
 II. Título. 
 0021-2548 CDU 368.027.3(072) 
23ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2021
A 
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito 
 educacional, que contribuem para um mercado de seguros, 
previdência complementar, capitalização e resseguro cada 
vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
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 Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
CAPITALIZAÇÃO
 1. CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICO E 
 REGULAMENTAÇÃO 8 
 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 9
 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES 11
 A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS 12
 PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A 
 TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO 13
 ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO 13
 FIXANDO CONCEITOS 1 15
 2. FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
 BÁSICOS E NORMAS DE CONTRATAÇÃO 16 
 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL 17
Títulos de Capitalização × Poupança 17
Conceitos de Poupança Programada e Sorteios 18
Características do Título 21
Conteúdo do Título 21
Aprovação do Título 23
 AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 24
A Modalidade Tradicional 24
A Modalidade Instrumento de Garantia 26
A Modalidade Compra Programada 28
A Modalidade Popular 30
A Modalidade Incentivo 32
A Modalidade Filantropia Premiável 35
SUMÁRIO
INTERATIVO
CAPITALIZAÇÃO
 FICHA DE CADASTRO 38
 PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO 40
 FIXANDO CONCEITOS 2 42
 3. CAPITAL, RESGATE E SORTEIO 45 
AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO 46
 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS CONDIÇÕES GERAIS 48
 A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: 
 SUBSCRITOR E TITULAR 49
 TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO 50
 VIGÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 52
 PRAZO DE CARÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 53
 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS: PU, PP E PM 54
 A COMPOSIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO: AS QUOTAS 
 DE CAPITALIZAÇÃO, DE SORTEIO E DE CARREGAMENTO 55
Quotas de Capitalização 55
Quotas de Sorteio 56
Quotas de Carregamento 57
 A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: 
 O TAMANHO DA SÉRIE 58
 VALOR DA CONTRIBUIÇÃO E SUA ATUALIZAÇÃO 59
 INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR 60
 A PROVISÃO MATEMÁTICA PARA CAPITALIZAÇÃO: 
 A CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL PARA RESGATE 60
A Provisão Matemática para Capitalização no Título PU 61
A Provisão Matemática para Capitalização nos Títulos PM ou PP 62
 A REMUNERAÇÃO DO CAPITAL: A TAXA DE JUROS 63
 A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA PROVISÃO MATEMÁTICA: 
 A RECUPERAÇÃO DO PODER DE COMPRA 64
 O RESGATE DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 65
CAPITALIZAÇÃO
Resgate Parcial 66
Resgate Total 66
Penalidade 70
 A TABELA DE RESGATE 70
 SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 73
 A REABILITAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 74
Reabilitação sem Prorrogação de Vigência 75
Reabilitação com Prorrogação de Vigência 76
 SORTEIO: O GRANDE ATRATIVO DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 76
Considerações Iniciais 76
Efeitos sobre um Título Sorteado 77
Tipos de Sorteio 79
Valores dos Prêmios dos Sorteios 81
Limites aos Prêmios e às Quotas de Sorteio 82
Pagamento do Prêmio do Sorteio e Comunicação ao Titular Sorteado 85
 FIXANDO CONCEITOS 3 86
 4. TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 
 COMO GARANTIA DE ALUGUEL 96 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 97
 GARANTIA NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO 97
Fiador 98
Caução em Dinheiro 98
Seguro Fiança 98
Capitalização Como Garantia de Aluguel 98
Características e Benefícios 100
 MEMBROS ENVOLVIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO 
 DA GARANTIA COM A CAPITALIZAÇÃO 102
 PERGUNTAS FREQUENTES 103
 FIXANDO CONCEITOS 4 104
CAPITALIZAÇÃO
 ESTUDOS DE CASO 106 
 ANEXOS 108 
ANEXO 1 – EXEMPLO DE CONDIÇÕES GERAIS DE UM 
TÍTULO DE PAGAMENTO MENSAL (PM) – MODALIDADE TRADICIONAL 109
ANEXO 2 – NORMAS FUNDAMENTAIS DE CAPITALIZAÇÃO 116
ANEXO 3 – ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO 119
ANEXO 4 – RESOLUÇÃO CNSP 384/2020 120
ANEXO 5 – CIRCULAR SUSEP Nº 576, DE 28 DE AGOSTO DE 2018 138
ANEXO 6 – CIRCULAR SUSEP 376, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2008 156
 GABARITO 166 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 169 
CAPITALIZAÇÃO 8
UNIDADE 1
 ■ Conhecer a história 
da capitalização e 
sua regulamentação, 
correlacionando aspectos 
inerentes à sua evolução 
até o mercado atual, 
classificando empresas de 
capitalização existentes e 
suas obrigações.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Reconhecer as obrigações 
das sociedades de 
capitalização e sua 
forma de organização, 
considerando sua 
evolução e analisando a 
legislação que normatiza o 
mercado de capitalização.
⊲ EVOLUÇÃO HISTÓRICA
⊲ CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
⊲ A CAPITALIZAÇÃO NO 
CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS
⊲ PROCON, FISCALIZADORES, 
REGULADORES E A 
TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO 
DE CONSUMO
⊲ ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS 
SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
CAPITALIZAÇÃO:
HISTÓRICO e 
REGULAMENTAÇÃO
01
CAPITALIZAÇÃO 9
UNIDADE 1
 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Antes de qualquer coisa, é preciso que você esteja atento para o conceito 
de Capitalização.
“A Capitalização é uma combinação de economia progra-
mada com aplicação única ou mensal, ou periódica, vincu-
lada à participação em sorteios”.
A concepção inicial de Capitalização é atribuída a Paul Viget, diretor de uma 
cooperativa de mineiros da França. Seu objetivo inicial foi montar um sis-
tema que proporcionasse auxílio financeiro aos sócios por meio de suas 
próprias poupanças. O sistema era baseado em contribuições mensais e 
tinha como objetivo constituir um capital, previamente definido, a ser pago 
no fim do período combinado ou por meio de sorteio, de forma antecipada.
Já no Brasil, a primeira Sociedade de Capitalização foi a Sulacap, fundada 
em 1929, mas a oficialização da autorização de funcionamento das socie-
dades de Capitalização só se deu em 1932.
QUADRO EVOLUTIVO
França 
Paul Viget – concepção 
inicial da capitalização
1850 1929 década
1930/40
década
1950
década
1960/70
década
1980
década
1990
Brasil 
Sulacap. 
Inexistência 
de poupança 
interna
Inflação 
pós-guerra, 
declínio do 
produto no 
mercado
Quase eliminação 
do negócio. 
Durante este 
período foi 
instituída a 
correção 
monetária
Entrada de 
conglomerados 
financeiros neste 
setor; o produto 
volta a se expandir
Surgimento 
de produtos 
inovadores 
neste mercado
Surgimento de 
várias empresas 
no segmento. 
Formação de 
poupança e 
investimento na 
construção civil
10
UNIDADE 1
CAPITALIZAÇÃO
No Brasil, após a introdução do Plano Real, em 1994, o faturamento das 
empresas de Capitalização no país aumentou. Esse crescimento decorreu 
da estabilização econômica, da queda nas taxas de juros e docrescimento 
da renda dos brasileiros. 
O valor total de “prêmios” de Capitalização (valores pagos pelos clientes, o 
que, tecnicamente, na Capitalização, é denominado “contribuição”) tem 
gerado valores na casa dos bilhões de reais anualmente.
As sociedades de Capitalização têm grandes desafios a enfrentar para 
manter sua expressividade apesar da expansão do mercado de Capitaliza-
ção nos últimos anos.
Na relação de “prêmios” de Capitalização relativos a 2019, a SUSEP indica-
va em sua listagem um total de 16 sociedades de Capitalização:
APLICAP CAPITALIZAÇÃO S/A.
APLUB CAPITALIZAÇÃO S/A.
BRADESCO CAPITALIZAÇÃO S/A
BRASILCAP CAPITALIZAÇÃO S/A;
CAIXA CAPITALIZAÇÃO S/A;
CAPEMISA CAPITALIZAÇÃO S/A;
CIA ITAÚ DE CAPITALIZAÇÃO;
ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A.
INVEST CAPITALIZAÇÃO S/A;
LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S/A;
MAPFRE CAPITALIZAÇÃO S/A;
PORTO SEGURO CAPITALIZAÇÃO S/A;
RIO GRANDE CAPITALIZAÇÃO S/A;
SANTANDER CAPITALIZAÇÃO S/A;
SULAMÉRICA CAPITALIZAÇÃO S/A – SULACAP;
ZURICH BRASIL CAPITALIZAÇÃO S/A.
Importante
O termo contribuição refere-
se aos valores pagos 
pelos clientes.
Importante
Como envolvem captação 
de poupança popular, as 
sociedades de Capitalização, 
assim como as sociedades 
seguradoras, devem obedecer 
às regras estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional, 
conforme previsto no Decreto-
Lei 73/1966. 
Isso certamente já demonstra 
a relevância social dessas 
empresas e a necessidade de 
controle e fiscalização por parte 
do Estado.
11
UNIDADE 1
CAPITALIZAÇÃO
 CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES 
Atualmente, as sociedades podem ser classificadas em duas categorias 
de acordo com o público-alvo de seus produtos: as sociedades ligadas a 
conglomerados financeiros e as sociedades independentes:
 ■ Conglomerados financeiros – essas companhias estão concentra-
das diretamente nos clientes do próprio conglomerado. Em geral, 
pertencem a uma holding que é liderada por um banco. Dessa forma, 
a Sociedade de Capitalização é uma das empresas da holding.
 ■ Independentes – são aquelas que, por não disporem de balcão de 
distribuição bancário próprio, utilizam como canal de distribuição 
casas lotéricas, agências de correios, corretores de seguros, lojas 
de departamentos e o balcão de instituições financeiras com que 
firmam parcerias. Em geral, essas sociedades pertencem também 
a uma holding, mas não de origem ligada a um banco.
Comercialmente, ao longo dos anos, os títulos de Capitalização acabaram 
por se dividir em modalidades diversas, atendendo a focos diferentes de 
mercado, cada qual com características próprias.
A Resolução 384, publicada em junho de 2020 pelo CNSP – que dispõe 
sobre a operação de Capitalização, as modalidades, a elaboração, a operação 
e a comercialização de títulos de Capitalização –, divide os planos de 
Capitalização, para efeito de comercialização, em seis modalidades:
 ■ Modalidade I – Tradicional.
 ■ Modalidade II – Instrumento de Garantia.
 ■ Modalidade III – Compra-Programada.
 ■ Modalidade IV – Popular. 
 ■ Modalidade V – Incentivo.
 ■ Modalidade VI – Filantropia Premiável.
Essa divisão é consequência da evolução mercadológica do título de Capi-
talização. Você saberia dizer o porquê disso?
A resposta é simples: ao longo dos anos, os títulos de Capitalização foram 
se especializando em função do objetivo que o consumidor buscava. 
Além disso, essa divisão permite um melhor controle do Estado, já que a 
legislação em vigor estabelece regras específicas para cada uma delas.
12
UNIDADE 1
CAPITALIZAÇÃO
 A CAPITALIZAÇÃO NO 
 CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS 
A Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados 
(SNSP), isto é, o título de Capitalização não é um plano de seguro a ser 
comercializado por uma seguradora. 
A Capitalização constitui um sistema próprio: o Sistema Nacional de Capi-
talização (SNC). Desse modo, os títulos somente podem ser comercializa-
dos por sociedades de Capitalização. 
Diversos artigos do Decreto-Lei n° 73/1966, que criou o SNSP, são aplicáveis 
à Capitalização; por isso, é muito comum haver laços entre sociedades de 
Capitalização e sociedades seguradoras, que são, muitas vezes, ligadas a 
um mesmo grupo econômico.
No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força 
do Decreto-Lei 261, de 28/02/67, que criou o Sistema Nacional de Capitali-
zação (SNC), também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamen-
te, da mesma forma que ocorre com as sociedades seguradoras.
Além disso, da mesma forma que o SNSP, o SNC possui relevante papel 
em termos de política econômica, já que desenvolve a captação de pou-
pança, sendo fundamental como alternativa para o financiamento de gran-
des projetos de longo prazo, tão importantes para o desenvolvimento 
autossustentável de um país.
Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de Capitali-
zação, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no 
Decreto-Lei 73/66. Isso, certamente, já demonstraria a relevância social des-
sas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado.
Você pode estar se perguntando: as sociedades de Capitalização são ins-
tituições financeiras?
A resposta é não. Apesar de muitas vezes o título de Capitalização ser 
comercializado dentro de agências bancárias, as sociedades de Capitali-
zação não são consideradas instituições financeiras e, por isso, não sofrem 
fiscalização do Banco Central (BACEN). Entretanto, o Conselho Monetário 
Nacional (CMN), por meio de suas resoluções, publica normas para aplica-
ção das reservas técnicas das sociedades de Capitalização.
O mercado de Capitalização no Brasil está submetido à fiscalização da 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por força do Decreto-Lei 
nº 261/1967. Essa autarquia está vinculada ao Ministério da Economia e se 
encontra, também, submetida à política traçada pelo Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP).
Observação
Quando um Título de 
Capitalização é vendido em 
uma agência bancária do 
Banco XYZ (imaginário), o 
título não é um produto do 
banco, mas, sim, de uma 
Sociedade de Capitalização 
da mesma holding que o 
banco (provavelmente da 
empresa XYZ Capitalização 
S/A) ou parceira deste 
banco. Veja na listagem de 
Sociedades de Capitalização 
que muitos nomes nos 
remetem aos bancos, mas 
são empresas distintas.
13
UNIDADE 1
CAPITALIZAÇÃO
 PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES 
E A TRANSPARÊNCIA NA 
RELAÇÃO DE CONSUMO 
O produto Capitalização tem mais de 80 anos e, à medida que os órgãos 
fiscalizadores e de proteção aos consumidores criam novas legislações e 
regulamentos, o modelo de Capitalização vai se adequando a essas novas 
realidades de mercado.
A atuação desses órgãos é de suma importância para garantir transpa-
rência e, consequentemente, credibilidade e continuidade do produto no 
mercado durante todos esses anos.
E como as empresas de Capitalização se adaptaram a esse novo mercado?
Investindo em iniciativas como criação de novas formas de publicidade, maior 
transparência nos sorteios (com participação do público), notificação dos con-
templados e atendimento ao consumidor de Capitalização, entre outros.
 ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS 
 SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO 
Sociedades de Capitalização são entidades organizadas sob a forma de 
sociedade anônima, com a finalidade de constituir capitais perfeitamente 
determinados em cada plano, pagáveis, em moeda corrente nacional, aos 
titulares do direito de resgate e do direito aos prêmios de sorteio de seus 
títulos, segundo cláusulas e regras aprovadas pelo Governo Federal, mais 
especificamente pela SUSEP.
Como vimos, embora o sistema de Capitalização não integre o Sistema 
Nacional de Seguros Privados, evolui paralelamente a ele. 
As Sociedades de Capitalização desempenham funções análogas às enti-
dades representativas do setor deseguros (sociedades seguradoras). 
É vedada a constituição de sociedades de Capitalização que sejam con-
troladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica de direito público, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída 
pelo poder público, conforme o art. 13 da Resolução CNSP n° 15/1991.
Importante
Deve-se observar a 
necessidade de autorização, 
atualmente processada pela 
SUSEP, para que uma empresa 
possa iniciar sua operação 
no mercado de Títulos de 
Capitalização.
14
UNIDADE 1
CAPITALIZAÇÃO
Essas sociedades estão sujeitas a diversas disposições idênticas às esta-
belecidas para as sociedades seguradoras no Decreto-Lei nº 73/1966, de 
acordo com o previsto no art. 4º do Decreto-Lei nº 261/1967.
A Sociedade de Capitalização deve constituir, obrigatoriamente, provi-
sões matemáticas para a garantia dos títulos em vigor (Provisão Matemá-
tica para Capitalização) e a Provisão para Sorteios a Realizar, específica 
para essa finalidade. 
A Sociedade de Capitalização deve constituir, ainda, provisões técnicas 
para obrigações a liquidar como:
 ■ Provisão para Sorteios a Pagar.
 ■ Provisão para Resgate.
 ■ Outras Provisões Técnicas.
Há algumas provisões que somente serão constituídas caso sejam neces-
sárias, como a Provisão para Despesas Administrativas, constituída para 
cobrir os valores esperados para despesas administrativas dos planos, e 
Provisões para Distribuição de Bônus a serem constituídas para abranger 
os valores definidos para pagamentos de bônus.
15
FIXANDO CONCEITOS
CAPITALIZAÇÃO
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta
1. Atualmente, há uma divisão no mercado de Capitalização entre socie-
dades ligadas a conglomerados financeiros e sociedades independentes. 
Assinale a opção que apresenta uma característica típica das sociedades 
ligadas a conglomerados financeiros:
(a) Não dispõem de público-alvo para seus títulos.
(b) Utilizam como canal principal de distribuição as casas lotéricas.
(c) Utilizam como canal principal de distribuição as lojas de departamen-
tos e/ou balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias.
(d) O público-alvo é formado diretamente pelos clientes do próprio con-
glomerado.
(e) Emitem títulos em que somente existe o direito de sorteio.
2. Pode-se afirmar que a Capitalização, no Brasil, possui relevante papel 
em termos de política econômica, uma vez que ela:
(a) Estimula a formação de poupança interna.
(b) Estabiliza a taxa de inflação.
(c) Permite que uma pessoa ganhe prêmios elevados em dinheiro.
(d) Aumenta significativamente o fluxo de investimentos estrangeiros.
(e) Não colabora para o desenvolvimento autossustentável de nosso país.
3. Assinale as modalidades de Capitalização comercializadas no mercado 
atualmente:
(a) Tradicional, Compra Financiada e Popular.
(b) Tradicional, Compra Financiada, Popular e Incentivo.
(c) Tradicional, Compra Programada e Incentivo.
(d) Tradicional, Compra Programada, Popular e Compra Financiada.
(e) Tradicional, Compra Programada, Popular, Incentivo, Instrumento de 
Garantia e Filantropia Premiável.
CAPITALIZAÇÃO 16
UNIDADE 202
 ■ Entender os títulos de 
capitalização e sua forma 
de aquisição, objetivos, 
modalidades e material 
de comercialização nos 
dias atuais, diferenciando 
capitalização de caderneta 
de poupança.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Refletir sobre as 
obrigações e os cuidados 
relativos à ficha de 
cadastro, os contratos, o 
material de propaganda 
e a comercialização, 
diferenciando suas 
características.
⊲ TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: 
VISÃO GERAL
⊲ AS MODALIDADES DE UM 
TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO
⊲ FICHA DE CADASTRO
⊲ PROPAGANDA E MATERIAL 
DE COMERCIALIZAÇÃO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
FUNDAMENTOS 
TÉCNICOS BÁSICOS
e NORMAS DE CONTRATAÇÃO
CAPITALIZAÇÃO 17
UNIDADE 2
 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: 
 VISÃO GERAL 
 — Títulos de Capitalização × Poupança
Apesar de serem dois produtos bem distintos, existe uma confusão con-
ceitual entre título de Capitalização e caderneta de poupança. Observe o 
Quadro comparativo abaixo e confira:
CAPITALIZAÇÃO POUPANÇA
Aspecto Lúdico Há sorteio Não há
Prazo de Resgate
Pode haver prazo mínimo e há um prazo 
para a “efetivação do investimento”
Não exige carência para o resgate e 
o prazo de investimento é indetermi-
nado
Provisões técnicas
Obrigado a constituir provisões técnicas por 
título subscrito
Não há
Quotas do 
valor pago
Destinadas quotas para a formação do 
montante capitalizado, quotas de sorteio 
e quotas de carregamento para cobrir 
despesas administrativas
Todo valor depositado é revertido 
integralmente para a conta do titular
Participação 
nos lucros
Podem distribuir parte de seus lucros aos 
subscritores dos títulos
Não há
Taxa de juros efetiva 
real mensal para 
remuneração
Deverá corresponder a, no mínimo, 0,35%. 
Para as modalidades Popular, Incentivo e 
Filantropia Premiável, deverá corresponder a, 
no mínimo, 0,16%. Em ambos os casos, a taxa 
deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das 
Condições Gerais do título de Capitalização
Corresponde a 0,5% do capital investido 
ao mês, enquanto a meta da taxa Selic 
ao ano for superior a 8,5%; ou 70% da 
meta da taxa Selic, enquanto esta for 
igual ou inferior a 8,5%. Ou seja, as taxas 
não necessariamente serão iguais
Garantia oficial
Não contam com qualquer garantia oficial em 
caso de irregularidades na gestão financeira 
por parte da Sociedade de Capitalização
Assegurados pelo Fundo Garantidor 
de Créditos (FGC), com garantia de 
até R$ 250.000,00 
(obtido em https://www.fgc.org.br/ ) 
https://www.fgc.org.br/
18
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade sem fins lucrativos, destinada a administrar 
mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras, autorizada 
em 1995, com a Resolução 2.197 do Conselho Monetário Nacional – CMN.
 — Conceitos de Poupança 
Programada e Sorteios
Como vimos, o Título de Capitalização busca aliar um mecanismo de pou-
pança programada (a Capitalização em si) com a participação em sorteios.
Os títulos que apresentam maior receptividade no mercado brasileiro são 
aqueles de baixo valor unitário, cujo principal objetivo é justamente o sorteio, 
componente lúdico bastante apreciado pelo consumidor.
É importante que você perceba que o termo “título de Capitalização” possui 
duplo significado:
 ■ Capitalização como objeto do processo administrativo aberto pela 
sociedade, que aparece na frase “A SUSEP aprovou o título ‘Cem 
Milhões’ da sociedade de Capitalização XYZ”. Significa que as 
condições gerais e a nota técnica foram aprovadas pela SUSEP, e, 
assim, a sociedade de Capitalização poderá comercializar diversos 
contratos com aquelas mesmas condições gerais aprovadas.
 ■ Título de Capitalização como individualização do contrato firmado 
entre consumidor e sociedade de Capitalização. Por exemplo, na 
frase “Eu comprei um título da sociedade de Capitalização XYZ”.
Dessa forma, a aprovação dada pela SUSEP em um processo administra-
tivo (aprovação do “título”, do plano, do produto) autoriza a sociedade a 
comercializar diversos contratos (“títulos”) de Capitalização, sendo que 
estes deverão reproduzir as condições gerais aprovadas no processo 
administrativo.
Há quem denomine o objeto do processo administrativo de “plano de 
Capitalização” para diferenciá-lo dos títulos (contratos efetivamente 
comercializados). 
A SUSEP prefere a nomenclatura “título de Capitalização” para acentuar 
a sua diferença em relação ao “plano de seguro”. Porém, no parágrafo 
único do art. 1º do Decreto-Lei nº 261/1967, já há menção tanto ao termo 
“título” (o que a sociedade vende ao público) quanto a “plano” (o que a 
sociedade aprova por intermédio da SUSEP). Desse modo, utilizaremos o 
termo “plano de Capitalização” para significar o produto que foi aprovado 
pela SUSEP em um determinadoprocesso.
19
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
Em regra, o título de Capitalização, entendido como um contrato, existe 
fisicamente, é impresso e possui um número (“número do título”) que o 
identifica. Deve trazer, também, as condições gerais que foram aprova-
das pela SUSEP.
Atualmente, em função da parte que é mais valorizada do título (se resga-
te ou sorteio) e de sua finalidade, os títulos serão enquadrados em uma 
das seis modalidades existentes, sendo voltados, assim, para nichos de 
mercados diferentes e, evidentemente, com características bem distintas.
No mercado atual, os títulos em comercialização, independentemente 
da modalidade, apresentam dois componentes: “poupança programa-
da” e “sorteios”.
Siga em frente e conheça as características de cada um desses componentes.
Poupança Programada
A poupança programada faz-se por meio da aplicação de parte das con-
tribuições realizadas pelo consumidor, por um período estipulado, a uma 
determinada taxa de juros. 
Ao montante presente nessa “poupança programada” dá-se o nome de 
capital ou reserva de Capitalização, ou, ainda mais tecnicamente, de Provi-
são Matemática para Capitalização (PMC). 
Ao final de cada mês, os juros decorrentes da remuneração do capital 
são adicionados ao próprio capital, passando a fazer parte dessa provisão 
matemática para efeito de cálculo dos juros do próximo período.
Além disso, na poupança programada, o capital vai sendo mensalmente 
atualizado por um índice predefinido, geralmente, a Taxa Referencial (TR). 
A atualização monetária tem como objetivo a manutenção do poder de 
compra do capital, evitando que ele se deteriore pelos efeitos danosos 
da inflação.
Art. 1º do Decreto-Lei 261/1967:
“Art. 1º. Todas as operações das sociedades de Capitalização ficam subordinadas às dis-
posições do presente Decreto-Lei.
Parágrafo único. Consideram-se sociedades de Capitalização as que tiverem por ob-
jetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo Federal, a 
constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em 
moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano, à pessoa que possuir 
um título segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título.”
Importante
Capital, Reserva de 
Capitalização ou Provisão 
Matemática para Capitalização 
– todos esses termos são 
utilizados para se referir 
ao montante presente na 
poupança programada.
20
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
As Condições Gerais deverão, nos casos em que a TR for utilizada como 
índice de atualização da provisão matemática para Capitalização, conter 
a seguinte mensagem em destaque: “O capital formado neste título será 
atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei n 8.177, de 
1 de março de 1991”.
O saldo dessa espécie de conta programada do consumidor (Provisão 
Matemática para Capitalização – PMC) será utilizado como base para 
o valor a que o consumidor terá direito no momento do resgate (valor 
de resgate). 
Mas atenção! Não se deve confundir título de Capitalização com caderneta 
de poupança. Mesmo quando utilizamos o termo “poupança” relacionado 
à Capitalização, o fazemos apenas para ilustrar que a evolução do capital 
presente na Provisão Matemática para Capitalização é muito semelhante 
à de uma caderneta de poupança. Na Capitalização, o acompanhamento 
desse capital é feito, porém, por uma Sociedade de Capitalização.
É interessante observar que a formação de capital sempre esteve presente 
na concepção de um título de Capitalização: as sociedades de Capitaliza-
ção emitiam certificados em favor dos respectivos compradores, que nada 
mais eram do que os próprios títulos de Capitalização. Os subscritores 
dos títulos efetuavam pagamentos à sociedade, durante um certo tempo, 
correspondentes ao valor dos títulos, e formavam, assim, um capital que, 
acrescido dos juros acumulados, era resgatado pelos titulares em prazo 
previamente fixado no título.
Sorteios
Originalmente, os sorteios eram um componente secundário, uma espécie 
de atrativo adicional e acessório, uma mera antecipação do recebimento 
do valor que seria formado ao final do prazo estipulado no plano, muito 
similar a um consórcio.
Atualmente, o valor do sorteio é caracterizado por um múltiplo do paga-
mento único ou do pagamento mensal, ou periódico do título, não mais se 
vinculando ao valor de resgate final do título, podendo, inclusive, alcançar 
somas bastante expressivas, enquanto a PMC pode originar um valor de 
resgate bem menos atraente.
Tais sorteios contemplam apenas alguns dos consumidores com valores 
de prêmios que devem ser previamente definidos nos títulos, sendo, por-
tanto, do conhecimento de todos os participantes.
É vedada a vinculação do pagamento de sorteio à aquisição de qualquer 
bem e/ou serviço.
21
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
 — Características do Título
A definição formal diz que “Título de Capitalização é um título financeiro 
do tipo mobiliário e nominativo, adquirido pelo comprador diretamente de 
uma sociedade de Capitalização ou por meio de um corretor”. Seu objetivo 
é a formação de capital por meio de uma aplicação prefixada por um 
período determinado e a uma taxa de juros previamente conhecida.
Mais adiante você estudará, no tópico referente à remuneração do capital, 
que é possível que as sociedades de Capitalização estruturem seus títulos 
com taxas de juros diferenciadas ao longo de sua vigência, desde que 
respeitados os limites mínimos fixados pela Circular SUSEP nº 576/2018.
Além de um papel do mercado mobiliário, o título de Capitalização é 
também um papel nominativo, porque possui um proprietário identificado 
que poderá transferir seu direito de propriedade a outra pessoa.
Os títulos de Capitalização resultam de uma associação de dois 
componentes distintos e complementares, que são:
 ■ Poupança programada, constituída pela Capitalização ( juros com-
postos) de uma parte do que foi pago pelo título.
 ■ Sorteios, cabendo a este aspecto lúdico antecipar ou ultrapassar 
os valores desejados com uma poupança programada.
 — Conteúdo do Título
O título de Capitalização também pode ser entendido como um contra-
to entre a Sociedade de Capitalização e o adquirente, sendo composto 
por um conjunto de cláusulas que dão uma forma própria ao título. Essas 
cláusulas são denominadas condições gerais do título e estabelecem as 
regras relativas à formação do capital (reserva matemática), como também 
as regras para os sorteios. 
As condições gerais, por possuírem uma natureza contratual, devem 
observar o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), sendo 
que essas condições, por disposição legal, deverão ser disponibilizadas ao 
subscritor, assim como todas as demais informações acessórias ao produto, 
previamente à aquisição do título ou ao preenchimento da ficha de cadas-
tro, quando existente. Excepcionalmente, para a modalidade popular cus-
teada por pagamento único, as Condições Gerais do Título de Capitaliza-
ção deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título.
Buscando-se uma analogia com o seguro, as condições gerais do título 
corresponderiam às condições contratuais do primeiro e o título de Capita-
lização corresponderia à própria apólice de seguros.
Saiba mais
Confira o conteúdo da 
Circular SUSEP nº 576/2018 
no Anexo 5.
Importante
São as condições gerais que 
individualizam uma série 
de títulos, havendo, assim, 
diversos produtos em razão 
de existirem condições gerais 
diferentes.
22
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
De qualquer forma, o título de Capitalização, juntamente com suas condi-
ções gerais, deverá ser entregue ao(s) titular(es) ou ao subscritor em, no 
máximo, 15 (quinze) dias após a respectiva data de aquisição.
A entrega do título de Capitalização deve compreender a possi-
bilidade de obtenção de sua versão impressa na cidade de domi-
cílio do subscritor e do(s) titular(es), sendo vedada acobran-
ça de quaisquer valores do subscritor e do(s) titular(es). Essa 
entrega pode ser feita fisicamente ou por meio eletrônico, ou 
ainda, a Sociedade de Capitalização poderá informar o sítio na 
internet por meio do qual se tenha acesso às Condições Gerais.
É obrigação do subscritor e do(s) titular(es) comunicar à Sociedade de 
Capitalização:
I – Seus dados cadastrais atualizados, para efeito de registro e 
controle.
II – A realização de cessão, informando os dados cadastrais do 
novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente.
A Sociedade de Capitalização deverá manter registro atualizado contendo 
as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e do(s) 
titular(es), de modo a garantir perfeita vinculação do título de Capitalização 
entre estes e a Sociedade de Capitalização, observados também os requi-
sitos da legislação específica.
A Nota Técnica Atuarial consiste na descrição do título por meio de 
bases técnicas, hipóteses e formulações atuariais. Nela, encontram-se as 
demonstrações dos cálculos dos parâmetros técnicos de um título de Capi-
talização, traduzidos em enunciados e fórmulas matemáticas que o plano 
tem que satisfazer. 
Além disso, a nota técnica traz também a formulação matemática das pro-
visões que serão constituídas no plano de Capitalização. Ela deve ser assi-
nada por um atuário com seu número de identificação profissional perante 
o órgão competente. 
Por não possuir natureza contratual e por não acrescentar novos elementos 
sobre os direitos ou as obrigações do consumidor, a nota técnica do plano 
não necessita ser de conhecimento do adquirente do título de Capitalização.
Subscritor 
É a pessoa que adquire o título 
de Capitalização, assumindo 
o compromisso de efetuar o 
pagamento de suas contribuições 
na forma convencionada nas 
condições gerais.
Titular 
É o próprio subscritor, ou 
outra pessoa expressamente 
indicada por ele, que detém os 
direitos decorrentes do título de 
Capitalização.
Importante
É possível afirmar que um Título 
de Capitalização é formado 
tecnicamente pela união das 
Condições Gerais do título e da 
Nota Técnica Atuarial.
23
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
 — Aprovação do Título
Como já falamos, para que uma Sociedade de Capitalização possa comer-
cializar um título é necessário que ela obtenha, previamente, uma aprova-
ção específica, fornecida pela SUSEP. 
O processo ocorre da seguinte maneira: a sociedade de Capitalização 
deve encaminhar à SUSEP, para análise, as condições gerais e a Nota Téc-
nica Atuarial dos títulos de Capitalização a serem por ela comercializados 
e, caso estejam em conformidade com os normativos em vigor, deve ocor-
rer a aprovação. 
As condições gerais e a Nota Técnica Atuarial devem ser encaminhadas 
por meio do Registro Eletrônico de Produtos, contemplando, no mínimo:
 ■ A razão social da sociedade.
 ■ CNPJ.
 ■ A respectiva modalidade à qual pertence o título.
 ■ A assinatura de dois diretores da sociedade.
 ■ A assinatura do atuário responsável pela elaboração da Nota 
Técnica Atuarial, com número de identificação profissional perante 
o órgão competente.
Observação
A nota técnica e as Condições Gerais não precisam ser estáticas. Podem sofrer ajustes ou 
alterações, desde que as mudanças em seus dispositivos sejam aprovadas pela SUSEP pre-
viamente à sua implementação. Porém, após a comercialização do título, qualquer alteração 
implementada nas condições gerais ou na Nota Técnica Atuarial deverá ser previamente 
encaminhada à SUSEP mediante abertura de novo processo administrativo e, consequen-
temente, geração de um novo número. A critério da Sociedade de Capitalização, pode-se 
solicitar o arquivamento do processo original.
Excepcionalmente, a SUSEP não exige a abertura de um novo processo administrativo se 
as alterações forem decorrentes de mudanças nas normas determinadas pela própria SU-
SEP ou pelo CNSP, isto é, se forem mudanças apenas para se adaptar a normativos novos 
que expressamente autorizem a manutenção do número de processo já existente.
A aprovação ocorre por meio do processo para aprovação de título de 
Capitalização. Para cada plano, existe um número de processo administra-
tivo, fornecido pela SUSEP, quando do recebimento do pedido de aprova-
ção. É obrigatória a inclusão do número do processo SUSEP nas condições 
gerais, no Título de Capitalização, na ficha de cadastro ou em qualquer vei-
culação de caráter publicitário, de forma a permitir a imediata identificação 
do produto pelo destinatário.
Saiba mais
Após a aprovação pela 
SUSEP, as Condições Gerais 
são disponibilizadas para 
consulta, no site da SUSEP, 
por meio do número do 
processo administrativo.
24
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
A única exceção é quando se tratar de propaganda institucional. Nesse 
caso, não será necessário mencionar os números dos processos cadastra-
dos na SUSEP.
Tanto as Condições Gerais quanto a nota técnica precisam ser previamen-
te aprovadas pela SUSEP para que os títulos referentes àquele processo 
administrativo possam ser comercializados.
 AS MODALIDADES DE UM TÍTULO 
 DE CAPITALIZAÇÃO 
 — A Modalidade Tradicional
A modalidade Tradicional nada mais é do que título de Capitalização que 
tem por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, 
o valor total das contribuições efetuadas pelo subscritor, desde que todas 
as contribuições previstas tenham sido realizadas nas datas programadas, 
sendo vedada qualquer vinculação da Provisão Matemática para Capitali-
zação à aquisição de bem e/ou serviço (Anexo 1, art. 11, “Obs.” e Tabela 1).
A modalidade Tradicional valoriza o valor final a ser resgatado pelo titular, 
uma vez que sua definição parte justamente de que esse valor, ao final 
da vigência, seja, pelo menos, igual ao valor que foi pago pelo subscritor. 
Para efeito dessa comparação, no valor ao final da vigência não devem ser 
computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Capita-
lização nem tampouco eventual provisão para distribuição de bônus.
É importante que você observe que a Tabela de Resgate apresenta o valor 
a ser resgatado, ao final de cada mês de vigência, como um percentual dos 
valores já pagos pelo subscritor e justamente sem considerar a incidência 
de atualização monetária. 
Dessa forma, para os casos em que o título não prevê bônus, afirmar que 
o título ao final da vigência irá restituir valor igual ou superior ao montante 
pago pelo subscritor é o mesmo que afirmar que a última linha da tabela de 
resgate (referente ao último mês de vigência) deve apresentar percentual 
igual ou superior a 100% (Anexo 1, art. 11, Tabela 1).
É vedado aos títulos da modalidade Tradicional vincular a Provisão Mate-
mática para Capitalização à aquisição de bem ou serviço e indicação 
previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos. 
25
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
 Também é vedada à Sociedade de Capitalização comercializar uma série, 
exclusivamente, para um mesmo subscritor.
Um ponto importante ao qual você deve estar atento é que a obrigação de 
que os títulos da modalidade Tradicional restituam, no mínimo, o valor que 
foi pago somente existe para o final da vigência. Desse modo, para resga-
tes antecipados (resgates que ocorrem antes do final da vigência), não é 
obrigatório que o titular receba o valor que foi pago até aquele momento.
O resgate antecipado do título somente poderá ser efetuado depois de 
decorridos 30 (trinta) dias da data da sua aquisição. Por essa razão, a legis-
lação, para maior clareza ao consumidor, exige que a ficha de cadastro 
contenha, em destaque, a mensagem abaixo:
“Este título poderá restituir valor inferior ao total dos paga-
mentos efetuados, caso o resgate seja realizado antes do 
término do prazo de vigência. A contratação desse título 
é apropriada, principalmente, na hipótese de o subscritor 
planejar realizar todos os pagamentos e permaneceraté 
o final da vigência.”
A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da Nota Técni-
ca Atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização.
O título da modalidade Tradicional poderá ser estruturado na forma de 
pagamento único (PU), pagamento periódico (PP) ou pagamento mensal 
(PM) e deverá ter prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses.
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE TRADICIONAL
SALDO DA PMC AO 
FINAL DA VIGÊNCIA
No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor 
(sem considerar atualização monetária e bônus)
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem 
ou serviço
CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do 
cessionário em eventual cessão de direitos
PREVISÃO DE BÔNUS Permitida, devendo este ser constituído de forma 
independente da Provisão Matemática para 
Capitalização
FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição 
do título
TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM
26
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
RESGATE 
ANTECIPADO
Após 30 (trinta) dias da data da aquisição
TAXA DE JUROS 
EFETIVA REAL 
MENSAL
No mínimo, igual a 0,35% a.m.
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses
 — A Modalidade Instrumento 
de Garantia
O Título de Capitalização incluído na modalidade Instrumento de Garantia, 
tem por objetivo propiciar que a provisão matemática para Capitalização 
do Título de Capitalização seja utilizada para assegurar o cumprimento de 
obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro.
A vinculação do Título de Capitalização à obrigação garantida somente se 
caracteriza se o contrato principal dispuser expressamente da possibilidade de 
utilização dessa modalidade de garantia ou outra enquadrada como caução. 
A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este 
título deverá ser utilizado exclusivamente para assegurar o cumprimento de 
obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro”.
Ao final do prazo de vigência, a provisão matemática para resgate deverá 
corresponder, no mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor total 
dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamen-
tos tenham sido realizados nas datas programadas. 
Para efeito dessa comparação, no valor ao final da vigência, não devem ser 
computadas a atualização monetária da provisão matemática para resgate 
nem tampouco a provisão para distribuição de bônus.
Ainda sobre a provisão matemática para Capitalização, é importante lem-
brar que ela não pode estar vinculada à aquisição de bem e/ou serviço, 
mas deverá ser utilizada como instrumento de garantia, isto é, a PMC pode 
ser utilizada, por exemplo, como garantia do pagamento de aluguel.
É vedada a indicação previamente impressa do cessionário em eventual 
cessão de direitos.
É facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser constituído de 
forma independente da provisão matemática para Capitalização.
A cessão realizada pelo titular só será aperfeiçoada quando ocorrer a que-
bra de contrato principal, momento em que o cessionário poderá resgatar 
o título, respeitadas as condições gerais.
27
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
Se ocorrer a extinção antecipada do contrato principal que dispõe sobre a 
obrigação garantida, o titular poderá:
I. Utilizar o título para garantir outro contrato.
II. Solicitar o resgate antecipado, sem aplicação de qualquer pena-
lidade.
III. Aguardar o término da vigência do título e realizar o resgate final.
Os títulos de Capitalização da modalidade Instrumento de Garantia deverão 
ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses.
Durante a vigência do contrato principal que dispõe sobre a obrigação 
garantida, o resgate pelo titular somente poderá ocorrer com a anuência 
do terceiro garantido.
A ficha de cadastro deve conter nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se 
destina a garantia e a descrição da garantia assumida no contrato principal.
A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica 
atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.
O título da modalidade instrumento de garantia poderá ser estruturado na 
forma de pagamentos periódicos (PP), pagamentos mensais (PM) ou de 
pagamento único (PU).
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE INSTRUMENTO 
DE GARANTIA
SALDO DA PMC AO 
FINAL DA VIGÊNCIA
No mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) 
do valor pago pelo subscritor (sem considerar 
atualização monetária e bônus)
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Assegurar o cumprimento de obrigação assumida 
em contrato principal pelo titular perante terceiro. 
Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem 
ou serviço. Deve ser instrumento de garantia, 
podendo ser utilizada, por exemplo, como garantia 
do pagamento de aluguel
CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do 
cessionário em eventual cessão de direitos
PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma 
independente da Provisão Matemática para 
Capitalização
FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição 
do título. Deve conter o nome, CPF ou CNPJ do 
terceiro, a que se destina a garantia e a descrição 
da garantia assumida no contrato principal
28
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM
RESGATE 
ANTECIPADO
Somente poderá ocorrer com a anuência do 
terceiro garantido
TAXA DE JUROS 
EFETIVA REAL 
MENSAL
No mínimo, igual a 0,35% a.m.
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses
 — A Modalidade Compra Programada
É a modalidade em que a Sociedade de Capitalização garante ao titular, ao 
final da vigência, o recebimento do valor de resgate em moeda corrente 
nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade de optar, sem qual-
quer outro custo, pelo recebimento do bem e/ou serviço referenciado no 
título, subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, ataca-
distas, empresas comerciais ou prestadores de serviços.
Para efeito do cálculo do valor final que é garantido ao titular, como na 
modalidade Tradicional, também não se devem considerar a atualização 
monetária e a eventual parcela de provisão para distribuição de bônus. 
O título, ao final da vigência, garante ao titular, no mínimo, o recebimento 
integral do valor pago pelo subscritor, desde que todas as contribuições 
tenham sido realizadas nas datas programadas, sem considerar, ainda, a 
atualização monetária. Exige-se que a ficha de cadastro contenha, em des-
taque, a seguinte mensagem: “Este título de Capitalização poderá restituir 
valor inferior ao total dos pagamentos efetuados, caso o resgate seja reali-
zado antes do término do prazo de vigência.”
Nesse caso, a diferença para a modalidade Tradicional é que nela é proibi-
da a vinculação do saldo da PMC a um bem ou serviço; já na modalidade 
Compra Programada, há essa vinculação. Entretanto, o titular não é obri-
gado a escolher o bem ou serviço que foi inicialmente pactuado, podendo 
optar pelo recebimento em dinheiro do valor de resgate ou, sem qualquer 
custo adicional, pelo bem ou serviço acordado.
Outro fato a ser notado nessa modalidade é que, se pensarmos em um 
título em que o prazo de vigência é muito amplo, é fundamental que a 
atualização monetária da Provisão Matemática para Capitalização (PMC) 
expresse os aumentos de preço que o bem ou serviço apresentarem ao 
longo dos meses, evitando uma diferença expressiva entre o saldo da PMC 
e o preço do bem. Esse fato poderia onerar muito a Sociedade de Capi-
talização, eventualmente comprometendo sua solvência, uma vez que ela 
tem a obrigação de garantir a entrega do bem, caso seja esta a escolha 
do titular.
29
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
A legislação determina que a atualização monetária da PMC sejafeita, em 
regra, por índice de preços e em conformidade com a legislação em vigor. 
Excepcionalmente, a utilização de outro índice poderá ser previamente apro-
vada pela SUSEP, caso a Sociedade de Capitalização comprove a existência 
de contrato firmado com fornecedores, garantindo que a atualização dos 
preços dos bens ou serviços ocorrerá pelo índice a ser utilizado no plano.
As condições relativas de um bem ou serviço referenciado deverão ser 
informadas ao subscritor em material apartado das condições gerais, não 
sendo necessário o envio desse material para a SUSEP.
Com a existência de um bem ou serviço, você pode estar se perguntando 
se a modalidade Compra Programada se assemelha a um consórcio. 
A resposta é não! Eles são muito diferentes! 
Como exemplo, devemos lembrar que, na Capitalização, o prêmio de sor-
teio não precisa guardar qualquer relação com o valor de resgate, isto é, 
o título poderá ser sorteado, continuar em vigor, sendo que o prêmio de 
sorteio poderá representar ou não o bem que se pretende adquirir. Mesmo 
que o prêmio represente o bem, caso continue em vigor, o título continuará 
participando de sorteios e terá direito, ainda, ao saldo da PMC no momento 
do resgate.
É possível, também, que o título, uma vez sorteado, seja cancelado (liquida-
ção antecipada por sorteio), não sendo devido mais qualquer pagamento 
pelo subscritor. Isso não ocorre com um consumidor contemplado em um 
sorteio de um consórcio que deve continuar normalmente a realizar os 
pagamentos. Além disso, as sociedades de Capitalização são fiscalizadas 
pela SUSEP, enquanto as de consórcio são fiscalizadas pelo Banco Central.
Exatamente por haver a obrigação de a sociedade permitir ao titular a facul-
dade de optar por um bem ou serviço, a legislação estabelece que somente 
poderá haver liquidação antecipada por sorteio se este representar uma for-
ma de o titular adquirir o bem ou serviço referenciado no título, sendo que, 
neste caso, o resgate deverá corresponder a 100% do saldo da PMC (não 
pode haver penalidade). Não faria sentido cancelar o título sem que o titular 
conseguisse alcançar o objetivo fixado quando da sua aquisição.
Os Títulos de Capitalização da modalidade Compra Programada deverão 
ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses.
O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 30 
(trinta) dias da data de sua aquisição.
A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica 
atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.
Atenção
O título somente poderá 
ser estruturado na forma 
de pagamento periódico 
(PP) ou pagamento mensal 
(PM). Desse modo, não é 
possível a estruturação na 
forma pagamento único (PU). 
Apenas esta modalidade 
possui essa limitação.
30
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE 
COMPRA PROGRAMADA
SALDO DA PMC AO FINAL 
DA VIGÊNCIA
No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (sem 
considerar atualização monetária e bônus)
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Vinculada à aquisição de bem ou serviço, mas sendo 
dada ao titular a opção pelo recebimento em dinheiro do 
saldo da PMC. Vedada a utilização como instrumento de 
garantia
PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma 
independente da provisão matemática para Capitalização
FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título
TIPOS DE TÍTULO PP ou PM (não pode ser PU)
RESGATE ANTECIPADO Após 30 (trinta) dias da data da aquisição
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA 
POR SORTEIO
Possível, desde que possibilite ao titular a aquisição de 
bem ou serviço acordado
TAXA DE JUROS EFETIVA 
REAL MENSAL
No mínimo, igual a 0,35% a.m.
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses
ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO 
DA PMC
Em regra, por índice de preço. Excepcionalmente, pode 
ser aprovado outro índice
 — A Modalidade Popular
A modalidade Popular é o título que propicia a Capitalização da contribui-
ção e a participação do titular em sorteios, sem que haja devolução integral 
dos valores pagos.
É clara, nessa modalidade, a importância dos sorteios, permitindo-se, inclu-
sive, que o título, no final da vigência, não devolva ao titular tudo o que foi 
pago pelo subscritor. As condições gerais deverão conter, em destaque, a 
seguinte mensagem:
Este título restituirá, ao final de sua vigência, valor infe-
rior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação 
desse título é apropriada principalmente na hipótese de 
o consumidor estar interessado em capitalizar parte da 
contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela 
de resgate para observar a evolução do percentual de 
resgate, de acordo com os meses de vigência do título.
31
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
Excepcionalmente para a modalidade popular custeada por pagamento 
único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchi-
mento da ficha de cadastro. Nesse caso, a Sociedade de Capitalização 
deve informar ao subscritor a necessidade, a forma e o meio disponibiliza-
do para preenchimento da ficha de cadastro, no título de Capitalização e 
em seu sítio eletrônico.
A Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para que todos os 
cadastros sejam preenchidos e, quando solicitado, demonstrar à SUSEP 
seus procedimentos para disponibilizar ao subscritor meios para preenchi-
mento da ficha de cadastro.
As condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição 
do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro, exce-
to para a modalidade Popular custeada por pagamento único, na qual as 
condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do 
subscritor na aquisição do título.
A taxa de juros efetiva real mensal mínima nessa modalidade é inferior à 
taxa mínima de juros aplicável às modalidades Tradicional, instrumento de 
Garantia e Compra Programada. Nesse caso, a taxa de juros efetiva real 
mensal (e/ou a sua equivalente anual) utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,16 % a.m. e deverá constar da nota 
técnica atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização.
Independentemente de eventual penalidade, o resgate antecipado da pro-
visão matemática para Capitalização deverá corresponder a, no mínimo, 
50% do valor do pagamento único. A legislação estabelece que o custo 
com sorteios deverá corresponder a, no mínimo, 5% da contribuição.
A contratação na modalidade Popular não poderá prever a cessão do direi-
to de participação nos sorteios e a cessão do direito de resgate.
É vedada a utilização da provisão matemática para Capitalização como ins-
trumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço.
Os títulos de Capitalização da modalidade Popular deverão ser estrutura-
dos com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses.
O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 
(sessenta) dias da data de sua aquisição.
As Condições Gerais do Título de Capitalização da modalidade popular, a 
serem submetidas à aprovação da SUSEP, não deverão trazer a denomina-
ção do produto. Deve constar no Título de Capitalização apenas uma única 
denominação comercial do produto.
É vedada, em qualquer forma de divulgação, promoção e/ou publicidade 
interna ou externa, inclusive material de comercialização, independente-
mente da mídia adotada na sua veiculação, a utilização de nomenclatura, 
32
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da 
denominação do produto.
É vedada a comercialização simultânea de planos distintos aprovados com 
a mesma denominação comercial.
O título poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP), 
pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU), sendo vedada a previ-
são de bônus.
RESUMO DAS PRINCIPAISCARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE POPULAR
SALDO DA PMC AO FINAL 
DA VIGÊNCIA
Inferior a 100% do valor pago pelo subscritor
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Vedada a utilização como instrumento de garantia ou 
sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço
CESSÃO DE DIREITO Vedada cessão de direito de sorteio e de resgate
PREVISÃO DE BÔNUS Vedada
FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título. 
No caso de pagamento único, o subscritor terá 15 
(quinze) dias, após a aquisição, para preenchimento da 
ficha de cadastro
TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM 
CUSTO COM SORTEIO No mínimo, 5% da contribuição
TAXA DE JUROS EFETIVA 
REAL MENSAL
No mínimo, igual a 0,16% a.m.
RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da aquisição e 
deverá corresponder a, no mínimo, 50% do valor do 
pagamento único
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses
DENOMINAÇÃO 
COMERCIAL DO 
PRODUTO
Exclusiva e não poderá ser utilizada por outra 
Sociedade de Capitalização, sendo vedada a 
comercialização simultânea de planos distintos 
aprovados com a mesma denominação comercial.
 — A Modalidade Incentivo
É o título de Capitalização vinculado a um evento promocional de cará-
ter comercial instituído pelo subscritor. Assim, o subscritor, ou seja, uma 
empresa interessada em alavancar a venda de seus produtos ou serviços 
ou em fidelizar seus clientes (empresa promotora do evento) adquire títu-
los de Capitalização por meio de uma Sociedade de Capitalização para 
permitir que seus consumidores, ao adquirirem seus produtos ou serviços, 
33
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
participem de uma determinada promoção comercial a ser realizada por 
meio dos sorteios constantes do título.
Nessa modalidade, o subscritor deverá ser pessoa jurídica que exerça ati-
vidade comercial, industrial ou de compra e venda de bens imóveis, ins-
tituições financeiras ou assemelhadas, comprovadamente quites com os 
impostos federais, estaduais, municipais ou distritais, bem como com as 
contribuições da Previdência Social. O subscritor não poderá ser entidade 
beneficente de assistência social.
Ocorrerá uma cessão gratuita dos direitos do título de participação nos 
sorteios. A empresa subscritora dos títulos e titular original deles cederá 
os direitos dos títulos de participação nos sorteios a seus consumidores.
Lembramos que um título acarreta dois direitos: o de recebimento do res-
gate e o de participação nos sorteios. O título da modalidade Incentivo não 
poderá prever a cessão do direito de resgate.
Segundo a legislação, é obrigatória a cessão gratuita do direito de parti-
cipação nos sorteios, e o título não poderá prever a cessão do direito de 
resgate.
A ficha de cadastro fica substituída pelo contrato comercial.
Na modalidade Incentivo, as condições gerais deverão conter, em desta-
que, as seguintes mensagens: 
“Este título de Capitalização está vinculado a um evento 
promocional de caráter comercial e o subscritor cederá 
gratuitamente o direito de participar de sorteios”.
“A aprovação da SUSEP para a comercialização dos títulos 
de Capitalização desta modalidade não desobriga ao 
cumprimento de outras exigências legais para a realiza-
ção de promoções comerciais por empresas que não 
sejam por ela fiscalizadas.”
É vedada a atuação de sociedades de Capitalização na condição de pro-
motora da atividade incentivada.
O regulamento referente ao evento promocional de caráter comercial 
deve ser mencionado em material apartado das condições gerais do títu-
lo, não sendo necessário o seu envio à SUSEP. No entanto, a Sociedade 
de Capitalização deverá manter à disposição da SUSEP, para fiscalização, 
todo material publicitário envolvido na promoção, bem como diversos 
documentos relativos ao acordo firmado pelo prazo de cinco anos, a con-
tar da data do término de cada promoção. 
Nota
A Circular SUSEP 376/2008 
estabelece diversos requisitos 
para a realização de promoções 
comerciais envolvendo títulos 
de Capitalização. Confira o 
conteúdo completo da Circular 
no Anexo 6.
34
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
Perante a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por even-
tuais violações das normas em vigor ou, ainda, das condições gerais dos 
títulos comercializados, violações verificadas nos acordos comerciais. 
Além disso, a Sociedade de Capitalização é responsável pelas obrigações 
e infrações cometidas pelas empresas promotoras do evento, exclusiva-
mente com relação à promoção comercial.
É vedada a previsão de bônus ao titular e a utilização da provisão matemá-
tica para Capitalização como instrumento de garantia ou sua vinculação à 
aquisição de bem e/ou serviço.
Os sorteios deverão ser realizados, exclusivamente, utilizando-se os resul-
tados de sistemas oficiais de premiação.
Os títulos de Capitalização da modalidade Incentivo deverão ser estrutura-
dos com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias.
O resgate do título pela empresa promotora subscritora somente poderá ser 
efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição.
A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,16% e deverá constar da nota técnica 
atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.
Somente poderão ser comercializadas séries exclusivas, sendo vedada a 
aquisição por mais de um subscritor. 
Dessa forma, somente a empresa que fará a promoção é quem poderá 
adquirir títulos daquela série em que será realizado o sorteio para premiar 
os consumidores da empresa, evitando-se, assim, que um “estranho” à 
promoção seja o ganhador do prêmio.
O título poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP), 
pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU).
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE INCENTIVO
SALDO DA PMC AO 
FINAL DA VIGÊNCIA
Não há limites expressos na legislação
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Vedada a utilização como instrumento de garantia ou 
sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço
CESSÃO DE DIREITO Obrigatória a cessão gratuita do direito de participação 
dos sorteios aos consumidores da empresa. Vedada a 
cessão do direito de resgate
PREVISÃO DE BÔNUS Vedada
FICHA DE CADASTRO Substituída pelo contrato comercial
TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM 
Importante
Em caso de irregularidade, 
a SUSEP poderá cassar ou 
suspender, no todo ou em 
parte, a qualquer tempo, a 
autorização para utilização 
de títulos de Capitalização em 
promoções comerciais.
Nota
Séries
Séries são conjuntos de 
títulos que concorrem aos 
mesmos sorteios.
35
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
SORTEIO Deverão ser realizados, exclusivamente, utilizando-se 
dos resultados de sistemas oficiais de premiação
TAXA DE JUROS EFETIVA 
REAL MENSAL
No mínimo, igual a 0,16% a.m.
RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da aquisição
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 60 (sessenta) dias
COMERCIALIZAÇÃO 
DE TÍTULOS
Por meio de séries exclusivas, sendo vedada a 
aquisição por mais de um subscritor
 — A Modalidade Filantropia Premiável
A modalidade Filantropia Premiável é destinada ao subscritor interessado 
em contribuir com entidades beneficentes de assistência social, certifica-
das nos termos da legislação vigente, e em participar de sorteio(s).
No caso de cessão do direito de resgate para uma entidade beneficente de 
assistência social, é mandatória a indicação previamente impressa do nome 
do cessionário em documento específico que trate da cessão desse direito. 
No caso de cessão do direito do resgate à entidade beneficente de assistên-
cia social, no momento de aquisição do título, o subscritor deverá concordar, 
expressamente, com essa cessão que deverá ser exercida por meio de 
anuência expressa e inequívoca do subscritor em documento específico, que 
contenha, no mínimo, as seguintes informações:
I. Identificação do subscritor, que deverá ser sempre o CPF quan-
do o pagamento único é realizado por meiode meios eletrôni-
cos de pagamento.
II. Identificação da entidade beneficente de assistência social à qual 
será cedido o direito da provisão matemática de resgate do título.
III. Número do processo SUSEP ao qual o plano se refere e número do título.
IV. Redação que disponha claramente sobre a cessão facultativa 
e voluntária dos direitos do título, concretizando-se por meio da 
anuência expressa e inequívoca do subscritor.
V. Percentual e valor monetário relativo à parcela da contribuição a que 
se destina a cessão, com o mesmo destaque do valor pago pelo título.
VI. Assinatura do subscritor e/ou manifestação de concordância.
Saiba mais
É obrigação da Sociedade 
de Capitalização verificar se 
a entidade beneficente de 
assistência social se encontra 
devidamente certificada, na 
data de emissão do título de 
Capitalização e, no caso de 
cessão do direito de resgate, 
pagar os valores referentes 
ao direito de resgate 
diretamente à entidade, sem 
intermediários.
36
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem:
“O valor de resgate deste título poderá, caso haja expressa 
solicitação do subscritor em documento específico que tra-
ta da cessão, ser revertido para a entidade beneficente de 
assistência social indicada na ficha de cadastro”.
Excepcionalmente, para a modalidade filantropia premiável, quando 
o pagamento único é realizado por intermédio de meios eletrônicos de 
pagamento e há cessão de direito de resgate, o subscritor tem 15 (quinze) 
dias, após a aquisição, para preenchimento da ficha de cadastro. 
A Sociedade de Capitalização é a única e exclusivamente responsável 
pelo repasse dos valores referentes ao direito de resgate para a entidade 
beneficente de assistência social especificada no título de Capitalização e 
devidamente certificada nos termos da legislação em vigor.
Cada campanha filantrópica deve estar associada a uma entidade benefi-
cente que será favorecida com os recursos oriundos da cessão de resgate 
dos títulos de Capitalização.
A entidade deve, obrigatoriamente, estar constituída há, pelo menos, 5 
(cinco) anos, além de possuir a Certificação de Entidades Beneficentes de 
Assistência Social (CEBAS), concedida pelo Governo Federal.
As sociedades de Capitalização devem incluir, obrigatoriamente, em seus 
contratos com as entidades filantrópicas, o compromisso de as entidades 
utilizarem o valor arrecadado apenas em seus fins estatutários.
A Sociedade de Capitalização deverá informar, em seu site na internet, o 
valor total repassado, mensalmente, para cada entidade beneficente de 
assistência social, mantendo seu histórico por um prazo de 5 (cinco) anos.
A contratação na modalidade Filantropia Premiável não poderá prever a 
cessão do direito de sorteio.
É vedada a previsão de bônus e a utilização da provisão matemática para 
Capitalização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição 
de bem e/ou serviço.
A entidade beneficente poderá divulgar, à sua custa, caso conste em seu 
estatuto, o título de Capitalização no qual haja cessão do direito do resgate 
a seu favor, desde que as peças promocionais e de propaganda referen-
tes a esse título sejam divulgadas com autorização expressa e supervisão 
da Sociedade de Capitalização, respeitadas rigorosamente as condições 
gerais e a nota técnica atuarial aprovadas pela SUSEP.
O título somente poderá ser estruturado na forma de custeio de pagamen-
to único (PU).
37
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título 
deverá corresponder a, no mínimo, 0,16%, e deverá constar da nota técnica 
atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.
A SUSEP poderá solicitar, a qualquer momento, a cópia do acordo firma-
do entre a Sociedade de Capitalização e a entidade beneficente. Peran-
te a SUSEP, a Sociedade de Capitalização é responsável por eventuais 
violações das normas em vigor ou ainda das condições gerais dos títulos 
comercializados, verificadas nos acordos. 
Os títulos de Capitalização da modalidade Filantropia Premiável deverão ser 
estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 60 (sessenta) dias.
O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 
(sessenta) dias da data da sua aquisição.
No Título de Capitalização deve constar uma única denominação comer-
cial do produto, sendo vedada a comercialização simultânea de planos dis-
tintos aprovados com a mesma denominação comercial.
É vedada a utilização de nomenclatura, que de alguma forma se vincule 
ao título de Capitalização, diferente da(s) denominação(ões) comercial(is).
A denominação comercial do produto é exclusiva e não poderá ser utiliza-
da por outra Sociedade de Capitalização. 
RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE 
FILANTROPIA PREMIÁVEL
SALDO DA PMC AO 
FINAL DA VIGÊNCIA
Não há limites expressos na legislação
UTILIZAÇÃO DO 
SALDO DA PMC
Vedada a utilização como instrumento de garantia ou 
sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço
CESSÃO DE DIREITO Prevê cessão de direito de resgate com indicação 
prévia do cessionário e anuência expressa do 
subscritor. Não poderá prever a cessão do direito de 
sorteio
PREVISÃO DE BÔNUS Vedada
FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título. 
Excepcionalmente, quando o pagamento é realizado 
por intermédio de meios eletrônicos de pagamento e 
há cessão de direito de resgate, o subscritor terá 15 
(quinze) dias, após a aquisição, para preenchimento da 
ficha de cadastro.
TIPOS DE TÍTULO PU
RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da sua aquisição. Não 
poderá ter penalidade nos resgates efetuados pela 
entidade beneficente
Saiba mais
Não é permitida nenhuma 
penalidade nos resgates 
efetuados pela entidade 
beneficente.
38
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
TAXA DE JUROS EFETIVA 
REAL MENSAL
No mínimo, igual a 0,16% a.m.
PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 60 (sessenta) dias
DENOMINAÇÃO 
COMERCIAL DO 
PRODUTO
Exclusiva e não poderá ser utilizada por outra 
Sociedade de Capitalização
 FICHA DE CADASTRO 
A ficha de cadastro, quando existente, deverá ser preenchida antes da 
aquisição do título.
Ela deve conter, além de observadas as disposições de cada modalidade, 
alguns requisitos mínimos previstos na legislação em vigor, que são:
Dados do subscritor:
I. Nome ou Razão Social.
II. CPF ou CNPJ.
III. Endereço.
IV. Telefone.
Outros elementos mínimos:
I. Razão social e CNPJ da Sociedade de Capitalização.
II. Modalidade, número do processo administrativo sob o qual o pla-
no foi aprovado pela Susep e denominação comercial do produ-
to, quando existente.
III. Capital mínimo, em percentual do total de contribuições, previs-
to para o final do prazo de vigência, considerando-se todas as 
contribuições pagas em dia, independentemente da atualização 
monetária devida.
IV. Nome e número de registro do corretor, quando couber.
V. A seguinte redação:
 ■ “A aprovação deste plano pela Susep não implica, por parte 
da Autarquia, em incentivo ou recomendação a sua aquisição, 
representando, exclusivamente, sua adequação às normas 
em vigor.”;
39
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
 ■ “Quando a venda for intermediada por corretor de Capitali-
zação: “O consumidor poderá consultar a situação cadastral 
de seu corretor de Capitalização, no sítio www.susep.gov.br, 
por meio do número de seu registro na SUSEP, nome comple-
to, CNPJ ou CPF, quando a venda tiver sido intermediada por 
corretor de Capitalização.”
VI. Informação de que a contratação implica automática adesão às 
condições gerais do título de Capitalização.
VII. Tamanho da série e a probabilidade de contemplação do subscri-
tor em cada sorteio.
VIII. Informação de que o subscritor tomou ciência das condições 
gerais do título de Capitalização.
Uma cópia da ficha de cadastro deverá ser entregue ao subscritor, median-
te contrarrecibo, caso as condiçõesgerais do título de Capitalização não 
sejam entregues fisicamente, no momento do preenchimento da referida 
ficha de cadastro.
Caso sejam entregues as condições gerais do título de Capitalização, 
mediante contrarrecibo, no momento da assinatura da ficha de cadastro, 
ficam dispensadas na ficha de cadastro as informações previstas nos inci-
sos I, V, VII e VIII dos elementos mínimos dispostos acima.
Caso as informações previstas nos incisos de I ao VIII constem do título 
de Capitalização entregue ao subscritor no ato de sua aquisição, estarão 
dispensadas de constar da ficha de cadastro, ficando, ainda, dispensada a 
obrigatoriedade de entrega de cópia.
Na modalidade Incentivo, a ficha de cadastro fica substituída pelo contrato 
comercial.
Excepcionalmente, para a modalidade popular, custeada por pagamento 
único, e para a modalidade filantropia premiável, quando o pagamento úni-
co é realizado por meio de meios eletrônicos de pagamento e há cessão 
de direito de resgate, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, 
para preenchimento da ficha de cadastro.
As condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição 
do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro.
Deverá estar claro, na ficha de cadastro e em todos os documentos de 
publicidade do título de Capitalização, que, se os valores não forem resga-
tados dentro do prazo prescricional, o titular do direito de resgate perderá 
esse direito.
Uma vantagem da ficha de cadastro é a de o subscritor poder informar 
quem são os titulares. Por exemplo: o pai que compra um título para seus 
dois filhos. Ele é o subscritor (assumindo a obrigação de pagar), e os filhos 
40
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
serão os titulares (possuem os direitos de resgate e de sorteio). A ficha de 
cadastro poderá conter essa informação (com o nome dos filhos), definin-
do, também, qual será a parte de cada filho (50% para cada um, por exem-
plo). No entanto, nada impede que essa declaração seja feita à sociedade 
em um documento apartado.
Assim, a ficha de cadastro pode conter os dados do subscritor e do titular, 
bem como outras informações, como a autorização para débito em conta 
corrente das contribuições do título, se for o caso.
Nota
A ficha de cadastro na capitalização possui uma função semelhante à da proposta de 
subscrição no mercado de seguros.
A proposta de subscrição é bastante utilizada no mercado de seguros, salvo no caso 
de contratação de seguro via bilhete. É por meio dela que o segurado ou o seu repre-
sentante, ou ainda o corretor, informa as características do bem a ser segurado, permi-
tindo que a seguradora faça uma melhor avaliação dos riscos para os quais oferecerá a 
cobertura do seguro, ajustando melhor o prêmio a ser cobrado do segurado, podendo 
até mesmo recusar, desde que motivadamente, a aceitação do seguro.
Na Capitalização, a situação é um pouco diferente em relação ao mercado de seguros. 
Não há risco a ser transferido para a sociedade de Capitalização, nem mesmo o de ina-
dimplência, já que o valor a ser resgatado pelo titular será constituído a partir de seus 
próprios pagamentos.
Quanto aos sorteios, o inadimplemento acarreta a suspensão do título, isto é, afasta o 
direito de participar dos sorteios; logo, também não acarreta, pelo menos diretamente, 
prejuízo à sociedade. 
Deve-se observar que, se aquele título suspenso viesse a ser sorteado, o prêmio, em re-
gra, pertenceria à própria sociedade, salvo estipulação em contrário nas Condições Gerais.
 PROPAGANDA E MATERIAL 
 DE COMERCIALIZAÇÃO 
A Sociedade de Capitalização é responsável pela fidedignidade das informa-
ções prestadas por meio de propaganda ou no material de promoção e de 
comercialização dos seus títulos.
41
UNIDADE 2
CAPITALIZAÇÃO
A legislação determina que, embora não sejam passíveis de aprovação 
pela SUSEP, a propaganda e o material de comercialização referentes 
aos títulos de Capitalização somente poderão ser elaborados com autori-
zação expressa e sob supervisão da Sociedade de Capitalização, respei-
tadas as Condições Gerais dos títulos e a Nota Técnica aprovadas pela 
SUSEP e as normas em vigor.
Evidentemente, busca-se alcançar a relação Sociedade de Capitalização/cor-
retores. Como consequência, a sociedade torna-se também responsável por 
todo o conteúdo de informações prestadas a partir do material de divulgação.
Há alguns requisitos específicos para esse tipo de material, como a inclusão 
do número do processo SUSEP, razão social da Sociedade de Capitalização, 
canal de ouvidoria para reclamações, além de algumas frases obrigatórias exi-
gidas pela legislação (exemplo de frase obrigatória: “Antes de contratar, con-
sulte previamente as condições gerais” – Circular SUSEP 576/2018). 
As empresas de Capitalização devem zelar para que, entre as informações 
prestadas por meio de promoção e de comercialização de seus títulos, sejam 
claramente identificados a respectiva modalidade, as suas características 
essenciais – como as regras de carência e o resgate antecipado –, além de 
informações sobre cessão de direitos, periodicidade dos sorteios e percen-
tuais destinados à Capitalização e ao sorteio, periodicidade de pagamento, 
bem como sua aprovação no âmbito da SUSEP.
Toda e qualquer publicidade deverá apresentar em destaque o nome da 
Sociedade de Capitalização.
Para os títulos de Capitalização de pagamentos periódicos ou mensais, deve-
rão ser destacadas as informações das contribuições que devem ser realiza-
das pelo subscritor para manutenção do título.
É vedado em qualquer propaganda, seja institucional ou não institucio-
nal, utilizar:
I. Nome ou imagem da SUSEP, salvo quando expressamente pre-
visto em normativo.
II. Menção a outra empresa que não a Sociedade de Capitalização, 
exceto a instituição que conste previamente indicada do docu-
mento específico que trata de cessão de resgate, as empresas 
que representem os locais de comercialização dos títulos ou os 
locais de realização dos sorteios, e as empresas do mesmo gru-
po econômico, ou no caso de títulos da modalidade Incentivo, a 
empresa promotora de evento.
III. Nome-fantasia ou qualquer outra informação que induza a erro 
quanto a direitos e/ou obrigações relacionadas ao título.
IV. Informações que contrariem o previsto nas condições gerais do 
título de Capitalização ou na legislação vigente.
Importante
É necessário extremo 
cuidado com os materiais 
de propaganda e 
comercialização, que, 
segundo o Código de Defesa 
do Consumidor, tornam-se partes 
integrantes do contrato.
42
FIXANDO CONCEITOS
CAPITALIZAÇÃO
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. A economia (ou poupança) programada no título de Capitalização é rea-
lizada por meio da aplicação de:
(a) Parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período 
de tempo não previamente definido no título, sem haver a obrigato-
riedade de incidência de juros.
(b) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo 
consumidor, por um período estipulado no título, a uma determina-
da taxa de juros.
(c) Parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período 
estipulado no título, a uma determinada taxa de juros.
(d) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo 
consumidor, por um período não previamente definido no título, a 
uma determinada taxa de juros.
(e) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo 
consumidor, por um período não previamente definido no título, 
mas sem aplicação de taxa de juros.
2. As partes em que se divide a contribuição de um título são:
(a) Parcela destinada ao sorteio, parcela destinada ao carregamento e 
parcela a ser capitalizada.
(b) Parcela destinada ao sorteio e parcela a ser capitalizada.
(c) Parcela destinada ao sorteio e parcela destinada ao carregamento, 
uma vez que a parcela capitalizada é opcional e constituída à parte.
(d) Parcela destinada ao carregamento,

Outros materiais