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Insuficiência renal aguda A insuficiência renal aguda está relacionada com a redução da filtração glomerular e, consequente, redução do volume urinário por período de algumas horas a alguns dias, além de retenção de substâncias nitrogenadas. Os sintomas da IRA estão relacionados com distúrbios de equilíbrio ácido-base (acidose metabólica) e alterações hidroeletrolíticas (hipercalemia — aumento do potássio sérico). A IRA pode ser diagnosticada a partir de exames biológicos, como a elevação dos níveis séricos de creatinina e ureia, além da proteinúria e glicosúria. A insuficiência renal aguda pode ser classificada em três principais tipos: · Lesão pré-renal (cerca de 50% dos casos) causada por hipoperfusão tecidual renal transitória, redução do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular. Na maioria dos casos a IRA é reversível, desde que se restaure o aporte sanguíneo adequado para os glomérulos. Essa hipovolemia, causadora da lesão pré-renal, pode estar relacionada a uma hipovolemia relativa — insuficiência cardíaca, hepatopatias crônicas e síndrome nefrótica — ou uma hipovolemia real — diarreia/vômitos, hemorragias graves e desidratação. OBS: nem sempre o paciente cursará com oliguria e a administração de diuréticos não é indicada, ao passo que pode agravar a perda de líquidos. · Lesão renal/intrínseca (cerca de 40% dos casos) pode acometer qualquer segmento do néfron, sendo que a mais comum é a necrose tubular aguda. Pode ser causada por nefrites túbulo-intersticiais (uso de drogas ou infecções), pielonefrites, glomerulopatias, além disso, pode ser causada por uma evolução de uma lesão pré-renal não tratada. · Lesão pós-renal (cerca de 10% dos casos) é caracterizada por uma obstrução do trato urinário (coágulos e tumores) que leva a um aumento da pressão retrógrada, gerando dilatação pielocalicial e destruição dos túbulos. A insuficiência pós-renal aguda é mais comum em idosos e está relacionada com oligúria/anúria.
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