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Cap I Gregorio F Baremblitt

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Saúd� Menta� � Instituiçõe�
Livro principal da disciplina: Compêndio de análise institucional e outras correntes: teoria e
prática
● Capítulo I
O MOVIMENTO INSTITUINTE, A AUTO-ANÁLISE E A AUTOGESTÃO
● Vamos tratar do chamado Movimento Institucionalista ou Instituinte que, como o
nome aproximativamente indica, é um conjunto de escolas, um leque de tendências.
● Nossa civilização tem produzido um saber acerca de seu próprio funcionamento como
objeto de estudo e tem gerado profissionais, intelectuais, experts que são os
conhecedores dessa estrutura e do processo dessa sociedade em si.
● Já dentro da sociedade civil, esses experts têm-se colocado a serviço das grandes
entidades proprietárias da riqueza, do poder, do saber e do prestígio, que são as
organizações corporativas, as empresas nacionais e multinacionais etc.
● Aos dos ramos produtivos, primários, secundários e terciários, aos especialistas de
produção de bens materiais, ou seja, comida, vestuário, moradia, transporte: aqueles
bens materiais indispensáveis à sobrevivência.
● É, então, muito evidente que nossos coletivos estão, atualmente, nas mãos de um
enorme exército de experts que acumulam o saber que lhes permite fazer com o que
as pessoas achem que precisam e solicitem aquilo que os experts dizem que precisam
e que os grupos e as classes dominantes lhes concedem.
● A auto-análise consiste em que as comunidades mesmas, como protagonistas de seus
problemas, necessidades, interesses, desejos e demandas, possam enunciar,
compreender, adquirir ou readquirir um pensamento e um vocabulário próprio que
lhes permita saber acerca de sua vida, ou seja: não se trata de que alguém venha de
fora ou de cima para dizer-lhes quem são, o que podem, o que sabem, o que devem
pedir e o que podem ou não conseguir.
● O Movimento Institucionalista reconhece uma gênese histórico-social e uma gênese
conceitual. A primeira é a história de todas as tentativas que houve na história da
humanidade e as que hoje existem e exercitam um Institucionalismo espontâneo
● Os movimentos instituintes têm esse intuito: que os coletivos presidam a definição de
problemas, a invenção de soluções, a colocação dos limites do que é possível, do que
é impossível e do que é virtual, o que normalmente é feito pelas instituições,
organizações e saberes de grupos e outros segmentos dominantes
Resumo: A ambição dos institucionalistas poderia ser resumida através de duas palavras:
Propiciar, apoiar e deflagrar nas comunidades, coletivos e conjuntos de pessoas processos de
auto-análise e autogestão. Nossa sociedade atingiu nos últimos 200 anos uma “evolução” que
facilmente superou aquilo que foi produzido em dois mil anos. Em consequência disso, as
"pessoas comuns" têm tido seus saberes acumulados através de gerações deslegitimados.
Com a emergência do saber científico e tecnológico, os saberes populares são colocados em
segundo plano, sendo compreendidos como rudimentares e inadequados. Os experts, por sua
vez, operam prevalentemente a partir dos interesses das classes e níveis hierárquicos aos
quais pertencem parcialmente. Mesmo assim, não devemos afirmar que os experts produzem
um saber com intenções de dominação. O próprio saber é produzido por instrumentos que
privilegiam determinados resultados.
PERGUNTAS REFERENTES AO CAPÍTULO I
1) Por que o Institucionalismo é um movimento e não uma ciência, uma disciplina ou
uma tecnologia? O Institucionalismo é conceituado um movimento, pois, reflete a junção de
várias escolas com pontos comuns em prol de seus objetivos e finalidades. Sendo assim, as
diferentes escolas do Movimento Instituinte têm como propósito propiciar, apoiar e fomentar
nas comunidades, nos coletivos e conjuntos de pessoas processos de auto análise e de
autogestão.
2) O que aconteceu com o saber e o saber-fazer que as comunidades primitivas ou os
povos e grupos leigos em geral produziram e acumularam durante sua experiência de
vida? O saber e o saber-fazer passaram por processos nos quais à medida em que o tempo se
passava acumulavam-se as descobertas e saberes, abrangendo o campo do conhecimento
tanto científico como aquele vivido pelos ciclos naturais da vivência da civilização
ocasionando grandes avanços nas sociedades.
3) O que significa" divisão social e técnica do trabalho e do saber", e por que se diz que
as ciências, as disciplinas e seus experts estão em geral a serviço das classes e grupos
dominantes? Estes conceitos estão relacionados à produção de bens materiais no qual
demanda o indivíduo e/ou a sociedade para suprirem suas necessidades básicas de
sobrevivência . No entanto, na maioria das vezes essas demandas são moldadas por interesses
de classes dominantes, fazendo com que o consumo seja influenciado pelos experts (são os
conhecedores de uma estrutura e do processo da sociedade em si). Com todo o conhecimento
adquirido no decorrer dos anos e a complexidade dada pelo avanço da tecnologia, os
indivíduos subordinam seu próprio conhecimento e consideram as ofertas dos experts que os
levam a crer que as necessidades vão além e que precisam daquilo que é oferecido pela classe
dominante.
4) Existem "necessidades mínimas naturais" cuja satisfação é demandada pelas
populações, ou é a oferta de bens e serviços que produz certas necessidades e desejos (e
não outros) e modula as demandas? O institucionalismo de Baremblitt defende que essa
demanda é modulada pela oferta de bens e serviços, que aquilo que a comunidade acredita
como sendo uma necessidade mínima natural não existe, pois suas necessidades e
desejos, no fundo, e de forma inconsciente, lhe são impostos.
5) O que significa auto-análise e autogestão? Autoanálise: conjunto de esforços
sistemáticos de uma pessoa visando à compreensão de sua própria personalidade, sem
recorrer à ajuda de outrem. Autogestão: gerenciamento de uma empresa pelos próprios
empregados, que são representados por uma direção ou por um conselho gestor.
6) O que é o instituinte e instituído? Tanto o instituinte quanto o instituído são vertentes da
instituição, necessárias à manutenção da mesma. O instituinte é todas as forças de
transformação das instituições, de revolução contra aquilo que está estabelecido, e que de
certa forma não tem mais atendido às necessidades da comunidade. Também são as forças
fundadoras das instituições, quando elas não existem. Porém é mais comum que elas ocorram
como potências transformadoras. Já o instituído, é nada menos que aquilo que já está
estabelecido em uma instituição, pode-se dizer também que é o resultado do instituinte. Tem
um caráter estático, e também um papel a cumprir, ou seja, é importante para a regulação das
atividades sociais.

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