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APOSTILA SEGUROS COMPREENSIVOS

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SEGUROS COMPREENSIVOS
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros - ENS
E73s Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. 
Seguros compreensivos / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino 
Técnico; assessoria técnica de José Eduardo Teixeira Arias, Frederico Martins Peres e Claudio Bizerra 
de Oliveira. -- 12.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2021.
73 p. ; 28 cm 
1. Seguros compreensivos. I. Peres, Frederico Martins. II. Arias, José Eduardo Teixeira.
III. Oliveira, Claudio Bizerra de. IV. Título.
0021-2552 CDU 368(072)
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO 
ASSESSORIA TÉCNICA
FREDERICO MARTINS PERES – 2021/2020
CLÁUDIO BIZERRA DE OLIVEIRA – 2021
JOSÉ EDUARDO TEIXEIRA ARIAS – 2021
GERALDO JOSÉ FERREIRA DA SILVA JUNIOR – 2019
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL 
PICTORAMA DESIGN
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
12º EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2021
SEGUROS COMPREENSIVOS
A 
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito 
 educacional, que contribuem para um mercado de seguros, 
previdência complementar, capitalização e resseguro cada 
vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
 Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
SEGUROS COMPREENSIVOS
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 7
 1. ASPECTOS GERAIS DOS 
 SEGUROS COMPREENSIVOS 9
 O SURGIMENTO DOS SEGUROS COMPREENSIVOS 10
 CARACTERÍSTICAS DOS SEGUROS COMPREENSIVOS OU MULTIRRISCOS 14
 COMPOSIÇÃO DOS SEGUROS COMPREENSIVO OU MULTIRRISCOS 15
 OBJETIVO DOS SEGUROS COMPREENSIVOS OU MULTIRRISCOS 15
 FIXANDO CONCEITOS 1 17
 2. SEGUROS COMPREENSIVOS 19
 PRODUTOS E COBERTURAS 20
Seguro Compreensivo Residencial 21
Seguro Compreensivo Condomínio 22
Seguro Compreensivo Empresarial 25
 CONDIÇÕES CONTRATUAIS 27
 LIMITES SEGURÁVEIS 28
Limite Máximo de Garantia (LMG) 28
Limite Máximo de Indenização (LMI) por Cobertura 28
 INSPEÇÃO 29
 FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO 29
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS COMPREENSIVOS
 CRITÉRIOS TARIFÁRIOS 30
 POLÍTICA DE ACEITAÇÃO 31
 ESTUDOS DE PERDAS 32
 SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA DOS SEGUROS 
COMPREENSIVOS OU MULTIRRISCOS 33
 FIXANDO CONCEITOS 2 35
 3. COBERTURAS DOS SEGUROS 
 COMPREENSIVOS 38
 COBERTURAS DE MERCADO 40
Cobertura Básica 40
Cobertura Danos Elétricos 43
Cobertura Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado e Granizo 43
Cobertura Tumulto, Greve e Lockout 44
Cobertura Roubo ou Furto Qualificado de Bens 45
Cobertura Roubo de Valores no Interior do Estabelecimento Segurado 46
Cobertura Roubo de Valores em Trânsito em Mãos de Portadores 47
Cobertura Quebra de Vidros 48
Cobertura Anúncio Luminoso 48
Cobertura Desmoronamento 49
Cobertura Equipamentos Móveis 49
Cobertura Equipamentos Estacionários 49
Cobertura Alagamento e Inundação 50
Cobertura Vazamento de Tubulações e Tanques 50
Cobertura Derrame ou Vazamento de Chuveiros Automáticos (Sprinklers) 51
Cobertura Responsabilidade Civil Familiar 51
Cobertura Responsabilidade Civil Condomínios 52
Cobertura Responsabilidade Civil Estabelecimentos Comerciais ou Industriais 54
Cobertura Responsabilidade Civil Guarda de Veículos de Terceiros - Compreensiva 55
Cobertura Despesas Fixas 57
Cobertura Lucros Cessantes 57
SEGUROS COMPREENSIVOS
Cobertura Perda / Pagamento de Aluguel 58
Cobertura Queda de Aeronaves 58
Cobertura Impacto de Veículos Terrestres 59
 FIXANDO CONCEITOS 3 60
 4. SEGUROS DE RISCOS NOMEADOS 
 E OPERACIONAIS 63
 ASPECTOS GERAIS 64
Elementos mínimos das condições contratuais 65
 SEGUROS DE RISCOS NOMEADOS 66
Riscos Seguráveis 66
Coberturas 66
Informações Básicas 67
Inspeção de Risco 67
Avaliação do Potencial de Perdas 68
 SEGUROS DE RISCOS OPERACIONAIS 68
Características Principais 69
 FIXANDO CONCEITOS 4 70
 GABARITO 72
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 73
SEGUROS COMPREENSIVOS 7
INTRODUÇÃO 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Neste manual, estudaremos os seguros compreensivos e você poderá 
observar diversas referências às Circulares SUSEP nº 620 de 29/12/2020 
e nº 621, de 12/02/2021, que dispõem sobre as regras e os critérios para 
operação dos seguros do grupo patrimonial (Grupo I Patrimônio - defini-
ção Circular SUSEP 395/2009), e sobre as regras gerais dos Seguros de 
Danos respectivamente. 
Qual o objetivo dessas circulares?
A partir de um conceito que privilegia a criação, inovação e simplicidade 
dos textos das cláusulas - práticas perfeitamente alinhadas com aquelas 
já utilizadas por outros mercados ao redor do mundo - a norma apre-
senta regras mais flexíveis para estruturação das condições contratuais 
de todos os seguros patrimoniais, as quais passam a ser redigidas com 
maior clareza e objetividade em comparação às rígidas condições que 
conhecemos hoje na estrutura de seguros do mercado brasileiro. 
Como identificar essas mudanças?
Para melhor compreensão desse conceito, serão apresentados os mode-
los de cláusulas, coberturas e outras práticas usualmente utilizados pelo 
mercado para comercialização dos seguro compreensivos, indicando, 
porém, para cada tema, as mudanças de regras promovidas pela circular 
SUSEP 620/2020.
Como consequência desse processo, não há dúvidas de que surgirão no 
mercado novos modelos e formas de contratação de apólices. No entan-
to, é certo também que a consolidação dessa transformação demandará 
um certo tempo de adaptação, durante o qual os modelos atuais que 
UNIDADE 
8SEGUROS COMPREENSIVOS
conhecemos permanecerão a ser utilizados pelo mercado para venda 
dos seus produtos. 
O manual de Introdução aos Seguros de Danos concentra as principais 
mudanças e orientações da SUSEP ao mercado. 
SEGUROS COMPREENSIVOS 9
UNIDADE 1
 ■ Entender os objetivos dos 
Seguros Compreensivos
 ■ Diferenciar Seguros 
Compreensivos e Seguro 
de Incêndio Tradicional 
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Identificar os diferentes 
ramos de Seguros 
Patrimoniais a partir da 
Susep de 2005 
 ■ Conhecer as 
características dos 
Seguros Compreensivos
ASPECTOS GERAIS
dos SEGUROS COMPREENSIVOS
01
⊲ O SURGIMENTO DOS SEGUROS 
COMPREENSIVOS
⊲ CARACTERÍSTICAS DOS 
SEGUROS COMPREENSIVOS OU 
 MULTIRRISCOS 
⊲ COMPOSIÇÃO DOS SEGUROS 
COMPREENSIVO OU 
MULTIRRISCOS
⊲ OBJETIVO DOS SEGUROS 
COMPREENSIVOS OU 
MULTIRRISCOS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SEGUROS COMPREENSIVOS 10
UNIDADE 1
 O SURGIMENTO DOS SEGUROS 
COMPREENSIVOS 
A forma de contratação dos seguros patrimoniais, especificamente do 
seguro incêndio, sofreu alterações significativas. Evoluiu de uma situação 
de padronização e tarifação com absoluta rigidez para uma outra, flexível 
e dinâmica.
As apólices de danos materiais, com algumas exceções, operavam suas 
garantias com contratos que incluíam cláusula de rateio rígida demais, 
obrigando, portanto, a sua formalização, tendo como base que os capi-
tais segurados deveriam representar 100% do valor em risco. Tal condição 
sempre foi motivo de discussão pelo segurado, que se via prejudicado, 
uma vez que:
 ■ A probabilidade de perda total dos bens era reduzida.
 ■ Os custos finais elevados, por conta de taxas reconhecidamente 
altas, inviabilizavam a contratação de seguros eficientes.
 ■ O processo inflacionário do país tornava extremamente difícil a 
manutenção dos valores inicialmentecontratados.
Para compensar as perdas sofridas pelo seu patrimônio, em face da diver-
sidade de riscos existentes, o segurado era obrigado a contratar diversos 
seguros separadamente, como incêndio, alagamento, roubo, desmorona-
mento, entre outros.
Na ocorrência de sinistro, devido à variedade de apólices com suas res-
pectivas condições, tornava difícil saber se o evento (risco previsto) estava 
coberto e qual das apólices garantia esse evento.
UNIDADE 1
11SEGUROS COMPREENSIVOS
Exemplo
Veja um exemplo de como era feito antes dos seguros compreensivos.
Um condomínio que desejasse contratar seguros para garantir as coberturas relaciona-
das a seguir, precisaria contratar sete apólices de seguro distintas, cada qual com seu 
custo de apólice e respectivo IOF, o que onerava bastante a cota condominial: 
 ■ riscos de incêndio (Ramo Incêndio); 
 ■ alagamento e desmoronamento (Ramo Riscos Diversos); 
 ■ acidentes pessoais dos empregados (Ramo Acidentes Pessoais); 
 ■ responsabilidade civil do condomínio (Ramo Responsabilidade Civil); 
 ■ roubo de bens (Ramo Roubo), tumultos e atos de vandalismo (Ramo Tumultos);
 ■ quebra de vidros (Ramo Vidros). 
Além disso, era necessário um controle rígido para não perder a data de renovação de 
cada uma das apólices contratadas.
O mercado não tinha como oferecer ao segurado produtos que realmente 
amparassem seu patrimônio e em condições de fácil compreensão. Isso 
gerava insegurança para o segurado e desconfiança em relação ao merca-
do segurador.
Tendo em vista a necessidade de atender ao mercado consumidor de 
seguros, buscava-se um modelo de seguro capaz de oferecer uma cober-
tura na medida exata das perdas efetivamente passíveis de ocorrerem em 
certos riscos.
Diante deste cenário, objetivando a modernização do seguro no Brasil, 
no início da década de 90 o Governo Federal lançou o Plano Diretor do 
Sistema de Seguros, visando à desregulamentação e ao desenvolvimento 
do mercado segurador. Novas operações foram desenvolvidas e consoli-
dadas formando um novo quadro dos Seguros Patrimoniais, englobando, 
além do Seguro Incêndio Tradicional, os seguintes Seguros:
 ■ Multirriscos (Compreensivos Residenciais, Condominiais e Empresa) 
 ■ Riscos Nomeados
 ■ Riscos Operacionais
O Plano teve como uma das suas diretrizes básicas:
 ■ A abordagem do seguro sob o enfoque do consumidor (segura-
do), visando tornar o seguro mais acessível, de melhor qualidade e 
com possível redução dos custos finais. 
UNIDADE 1
12SEGUROS COMPREENSIVOS
 ■ As antigas tarifas passam a ser apenas um referencial para o mer-
cado segurador, e as seguradoras desenvolveram suas próprias 
tarifas após prévia aprovação junto à SUSEP.
 ■ A possibilidade de se criar os planos de seguros compreensivos ou 
multirriscos, que não constituíam um ramo ou modalidade de seguro. 
Foram, na verdade e em essência, uma forma de contratação onde 
se conjugam vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. 
Embora o seguro multirriscos ou compreensivos seja, fundamentalmente, 
uma forma de contratação, ele não se restringe a uma mera aglomera-
ção de diferentes seguros em um só contrato. Muito mais do que isso, ele 
proporcionou a revisão e o desenvolvimento de parâmetros técnicos que, 
embora mantendo as bases e características fundamentais de suas cartei-
ras de origem, ganharam novos perfis e estrutura.
Em 2005, a SUSEP ratificou essas novas formas de contratação dos Segu-
ros Patrimoniais e transformou esses seguros em ramos independentes, 
criando, para efeitos contábeis, a seguinte codificação:
CÓDIGO DO RAMO DENOMINAÇÃO DOS RAMOS
11 Incêndio Tradicional
14
Compreensivo 
Residencial
Multirriscos16
Compreensivo 
Condomínio
18
Compreensivo 
Empresarial
96
Riscos Nomeados 
e Operacionais
Com a abertura do mercado de resseguros, cada seguradora criou e 
desenvolveu seus critérios próprios, a serem utilizados nos Seguros Com-
preensivos, Riscos Nomeados e Riscos Operacionais. Contudo, esses cri-
térios (tarifas) inicialmente são baseados nas tarifas tradicionais, principal-
mente na Tarifa de Seguro Incêndio.
A Circular SUSEP nº 395/2009, suspendeu a contratação do Seguro Incên-
dio Tradicional e estabeleceu nova codificação dos ramos de seguros e 
também sobre as coberturas contidas nos planos de seguro para fim de 
contabilização. 
Dessa forma, os seguros a serem considerados no Grupo de Seguros Patri-
moniais, ficou definida a seguinte codificação:
UNIDADE 1
13SEGUROS COMPREENSIVOS
GRUPO NOME DO GRUPO
IDENTIFICADOR 
DO RAMO
NOME DO 
RAMO OBSERVAÇÃO
01 Patrimonial
11 Incêndio 
tradicional
Run Off
14 Compreensivo 
Residencial
16 Compreensivo 
Condomínio
18 Compreensivo 
Empresarial
96 Riscos 
Nomeados 
e Operacional
Observação
Os Seguros de Riscos Nomeados e de Riscos Operacionais (cobertura All Risks), assim 
como o Seguro Compreensivo, são todos seguros com a estruturação semelhante, quan-
to a escolha de coberturas (nomeação das coberturas necessárias). A classificação se dá 
apenas em função da variação do volume de importância segurada para cada uma delas.
O Seguro de Incêndio Tradicional com sua suspensão, foi substituído pelo 
Seguro Multirriscos.
Todos esses Seguros incluem o Seguro de Incêndio Tradicional, pois esse 
não é mais comercializado individualmente, de acordo com a Circular 
395/2009 da SUSEP.
Portanto, Seguro de Incêndio Tradicional não terá mais código para fins de 
contabilização, devendo as seguradoras se adequar às novas regras.
As características importantes do Seguro Incêndio Tradicional serviram de 
base para o entendimento e para formatação de taxas e conceitos dos 
Seguros Compreensivos.
UNIDADE 1
14SEGUROS COMPREENSIVOS
 CARACTERÍSTICAS DOS SEGUROS 
 COMPREENSIVOS OU 
 MULTIRRISCOS 
Caracterizados como seguros destinados a operações em massa e de 
comercialização ampla, a maioria das seguradoras que operam em ramos 
elementares, hoje, têm um ou mais “produtos multirriscos”, elaborados a 
partir de suas próprias avaliações e experiências, e desenhados da manei-
ra considerada como a mais apropriada para o atendimento da demanda 
do mercado.
Os Seguros Compreensivos, também chamados de Multirriscos, integram 
os Seguros Patrimoniais. É a modalidade de seguro que reúne diferentes 
coberturas numa mesma apólice.
Antes dos Seguros Compreensivos a contratação de seguros era feita atra-
vés de diversas apólices, dependendo das coberturas desejadas e dos 
ramos aos quais estavam vinculadas.
Com o advento dos Seguros Compreensivos, é possível proteger o patrimô-
nio contra os mais variados riscos com apenas uma apólice, sem a necessi-
dade de contratar diversas apólices. Os Seguros Compreensivos oferecem 
cobertura para incêndio, queda de raio e explosão (cobertura básica), além 
de diversas coberturas adicionais, tais como: vendaval, danos elétricos, res-
ponsabilidade civil, perda de aluguel, entre outras.
Os Seguros Compreensivos apresentam como características principais:
 ■ Cobertura básica envolvendo os riscos de incêndio, raio e explosão;
 ■ Contratação do seguro a Primeiro Risco Absoluto, ou seja, sem a 
aplicação da cláusula de rateio, para praticamente todas as cober-
turas denominadas pelas seguradoras de coberturas adicionais 
contratadas, excetuando-se a cobertura de Lucros Cessantes dos 
Seguros Compreensivos Empresariais, que pode ser oferecida, 
conforme a seguradora, a Risco Absoluto e/ou a Risco Relativo;
 ■ Segmentação pela ocupação e pelos valores dos riscos, visando 
homogeneizar as carteiras, o que permite a contratação de produ-
tos simples e ajustados às necessidades de cada cliente;
 ■ Redução das taxas em relação aos chamados seguros convencio-
nais, em especial quanto à cobertura de Incêndio, com construção 
de critérios tarifários contemplando novos elementos na taxação;
 ■ Fácil compreensão pelos segurados;
A palavra “incêndio” tem 
sua origem na palavra latina 
incendiu, que significa o atoou 
efeito da propagação de fogo.
Para fins desse seguro, podemos, 
portanto, definir incêndio como 
sendo o fogo que se propaga ou 
se desenvolve com intensidade, 
destruindo e causando prejuízos 
(danos), e, para que fique 
caracterizada a sua ocorrência, é 
preciso que:
 ■ o fogo se alastre, se 
desenvolva e se propague;
 ■ a capacidade de se alastrar não 
esteja limitada a um recipiente 
ou a qualquer outro local onde 
habitualmente haja fogo, ou 
seja, é necessário que o incêndio 
ocorra em local indesejado ou 
não habitual; 
 ■ o fogo cause dano ou prejuízo.
UNIDADE 1
15SEGUROS COMPREENSIVOS
 ■ Estruturação modular com uma ampla gama de coberturas e 
garantias acessórias, permitindo ao segurado a escolha das mais 
adequadas às suas necessidades, o que resulta namontagem de 
um seguro “personalizado”.
 COMPOSIÇÃO DOS SEGUROS 
 COMPREENSIVO OU 
 MULTIRRISCOS 
Os Seguros Compreensivos ou Multirriscos são compostos por:
 ■ Compreensivos residenciais;
 ■ Compreensivos condominiais;
 ■ Compreensivos Empresariais.
 OBJETIVO DOS SEGUROS 
 COMPREENSIVOS OU 
 MULTIRRISCOS 
O objetivo dos Seguros Compreensivos ou Multirriscos é garantir ao segu-
rado, até o valor do LMI – Limite Máximo de Indenização – em cada uma 
das garantias contratadas, o pagamento de indenização por prejuízos 
decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, ocorridos no local 
segurado, em consequência de risco coberto. 
Para que se concretize uma indenização pelos Seguros Compreensivos, 
devem ser atendidos os seguintes requisitos:
 ■ os prejuízos devem ser devidamente comprovados;
 ■ as perdas e danos devem ter ocorrido no endereço segurado, já 
que nos Seguros Compreensivos a unidade de risco é o local ou 
endereço segurado;
 ■ os riscos devem estar previstos no contrato de seguro para 
serem cobertos;
UNIDADE 1
16SEGUROS COMPREENSIVOS
 ■ todas as condições contratuais, inclusive as relativas a prazos, 
devem ter sido respeitadas;
 ■ para o pagamento das indenizações, será respeitado o Limite 
Máximo de Indenização (LMI) contratado para cada cobertura, e a 
indenização total não poderá exceder o Limite Máximo de Garantia 
(LMG) da apólice.
Nos Seguros Compreensivos, a unidade de risco é o endereço segurado, 
não havendo necessidade de individualizar riscos isolados, e estarão cober-
tos os riscos previstos e descritos nas coberturas contratadas na apólice.
As condições de coberturas e exclusões descritas nas condições contratuais 
apresentam as informações dos riscos cobertos, excluídos e os bens não 
compreendidos no seguro. Essas condições são aplicadas a todas as garan-
tias constantes da apólice, salvo expressa disposição em contrário.
 
FIXANDO CONCEITOS
17SEGUROS COMPREENSIVOS
 FIXANDO CONCEITOS 1 
1. Analise as proposições a seguir, considerando a efetivação pelos Segu-
ros Compreensivos:
(I) Os riscos devem estar previstos no contrato de seguro para serem 
cobertos.
(II) Os prejuízos devem ser devidamente comprovados.
(III) Todas as condições contratuais, inclusive as relativas a prazos, devem 
ter sido respeitadas, exceto quanto ao pagamento do prêmio, que 
poderá estar vencido e não pago tempestivamente.
(IV) Perdas e danos devem ter ocorrido no endereço segurado, já que 
nos Seguros Compreensivos a unidade de risco é o local ou endere-
ço segurado.
(V) Para o pagamento das indenizações, será respeitado o Limite Máxi-
mo de Indenização (LMI) de cada cobertura, e a indenização total não 
poderá exceder o Limite Máximo de Garantia (LMG) da apólice.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(b) Somente II e IV são proposições verdadeiras.
(c) Somente I, III e IV são proposições verdadeiras.
(d) Somente II, III e IV são proposições verdadeiras.
(e) Somente I, II, IV e V são proposições verdadeiras.
Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta:
2. Para que se concretize uma indenização pelos Seguros Compreensivos, 
devem ser atendidos os seguintes requisitos:
I) Os prejuízos devem ser devidamente comprovados.
II) As perdas e danos devem ter ocorrido no endereço segurado.
III) Os prejuízos serão indenizados, independentemente de serem compro-
vados.
IV) O valor das indenizações poderá exceder o Limite Máximo de Garantia 
(LMG) da apólice.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
FIXANDO CONCEITOS
18SEGUROS COMPREENSIVOS
(c) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(d) Somente III e IV são proposições verdadeiras.
(e) I, II, III e IV são proposições verdadeiras.
Marque a alternativa correta
3. É considerado um ramo do Multirrisco:
(a) Seguro de Incêndio Tradicional
(b) Seguro de Risco Operacional
(c) Seguro de Lucros Cessantes
(d) Seguro Compreensivo Empresarial
(e) Seguro de Risco Nomeado
Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e depois marque 
a alternativa correta
4. Os Seguros Compreensivos apresentam como características principais:
( ) Cobertura básica envolvendo os riscos de incêndio, raio e explosão;
( ) Contratação do seguro a Primeiro Risco Absoluto, ou seja, sem a aplica-
ção da cláusula de rateio, para praticamente todas as coberturas denomi-
nadas pelas seguradoras de coberturas adicionais, excetuando-se casos 
específicos de cobertura adicional de Lucros Cessantes em determinados 
Compreeensivos Empresariais;
( ) Segmentação pela ocupação e valores dos riscos o que permite a con-
tratação de produtos simples e ajustados às necessidades de cada cliente;
( ) Aumento das taxas em relação aos chamados seguros convencionais
Agora assinale a alternativa correta:
(a) V, F, V, V.
(b) V, V, F, F.
(c) V, V, V, F.
(d) F, V, F, F.
(e) V, V, V, V.
SEGUROS COMPREENSIVOS 19
UNIDADE 2
 ■ Conhecer os tipos de 
seguro Compreensivo 
existente no mercado, sua 
aplicação, abrangência 
e seus aspectos/
procedimentos técnicos.
⊲ PRODUTOS E COBERTURAS
⊲ CONDIÇÕES CONTRATUAIS
⊲ LIMITES SEGURÁVEIS
⊲ INSPEÇÃO
⊲ FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO 
OBRIGATÓRIA DO SEGURADO
⊲ SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA DOS 
SEGUROS COMPREENSIVOS 
OU MULTIRRISCOS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SEGUROS
COMPREENSIVOS
02
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Compreender a relação 
entre os principais 
componentes técnicos 
dos produtos de seguros 
Compreensivos e suas 
implicações na relação 
entre o corretor de seguros 
e seu cliente.
SEGUROS COMPREENSIVOS 20
UNIDADE 2
 PRODUTOS E COBERTURAS 
Os Seguros Compreensivos, também denominados Seguros Multirriscos, 
juntamente com os Seguros de Riscos Nomeados e Riscos Operacionais, 
são considerados formas mais modernas de contratação de Seguros Patri-
moniais uma vez que permitem, por meio de uma única apólice dar cober-
tura para diversos tipos de riscos.
Atualmente, os Seguros Compreensivos dominam nosso mercado. Cada 
seguradora possui seu próprio Seguro Compreensivo, comercializa- do por 
meio de corretores, que devem se inteirar sobre esses produtos, conhecer 
seus critérios operacionais e, acima de tudo, ter a prática de sua oferta e 
confecção de propostas.
Os Seguros Compreensivos possuem diferentes características de segura-
dora para seguradora de forma que, dependendo da necessidade do segu-
rado, nem sempre o custo mais econômico é o que melhor irá atendê-lo.
O corretor deve conhecer essas diferenças, conhecer seus clientes e, 
então, apresentar o melhor produto e a maior abrangência securitária, de 
modo a cumprir sua real função: a de prestar à sociedade um serviço que 
oriente quanto aos riscos a que está submetida e às alternativas de seguro 
ideais diante deste quadro. 
Os Seguros Compreensivos se dividem em:
 ■ residencial (casas e apartamentos, habituais e de veraneio);
 ■ condominial (residencial, escritórios e consultórios, comercial, 
misto, flats e apart-hotéis);
 ■ empresarial, englobando os setores de serviços, comércio e indústria.Esses seguros dispõem de uma grande gama de coberturas, porém sem-
pre será necessária a contratação da cobertura básica e, pelo menos, de 
uma cobertura adicional.
Dicas
Os Seguros Compreensivos 
oferecem muitas 
oportunidades de negócio 
ao corretor, face ao elevado 
potencial do mercado 
existente de residências, 
condomínios e empresas. 
O corretor especializado 
no segmento pode agregar 
demasiado valor ao seu papel 
de consultor de risco no 
momento da comercialização 
dos produtos compreensivos, 
que pode resultar, inclusive, 
na fidelidade por parte de 
seu cliente. 
Saiba mais
Acesse os sites das diversas 
seguradoras que operam no 
segmento dos compreensivos 
e conheça seus produtos.
UNIDADE 2
21SEGUROS COMPREENSIVOS
A partir de agora, estudaremos as três modalidades dos Seguros Com-
preensivos, considerando que o conteúdo apresentado aqui representa 
as condições básicas desses seguros, uma vez que, comercializados pela 
maioria das seguradoras, podem apresentar características distintas de 
coberturas oferecidas, franquias, tarifas e assistências 24 horas, entre outras.
 — Seguro Compreensivo Residencial
Este seguro é destinado a residências individuais, casas e apartamentos, 
habituais ou de veraneio, amparando prédios e conteúdos existentes no 
local indicado na apólice. É comum não serem abrangidos os imóveis deso-
cupados. Os imóveis em construção, reconstrução ou reforma são riscos 
excluídos pelos Seguros Compreensivos Residenciais, devendo ser ampa-
rados por coberturas específicas do Seguro de Riscos de Engenharia.
No Seguro Residencial, todas as coberturas são concedidas a 1º 
Risco Absoluto.
Entre as coberturas oferecidas, destacamos as relacionadas abaixo:
Cobertura básica
A maioria das seguradoras oferece os eventos de incêndio, queda 
de raio e explosão de qualquer natureza.
Coberturas adicionais
São várias e dizem respeito às necessidades do segurado. As prin-
cipais e contidas em quase todos os produtos são:
 ■ acidentes pessoais de empregados ou do próprio segurado;
 ■ alagamento e inundação;
 ■ danos elétricos;
 ■ desmoronamento;
 ■ equipamentos eletrônicos/computação;
 ■ impacto de veículos;
 ■ perda/pagamento de aluguel;
 ■ quebra de vidros;
 ■ queda de aeronaves;
 ■ responsabilidade civil familiar;
 ■ roubo e furto qualificado de bens;
 ■ tumultos/greve/lockout;
 ■ vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo ou vento forte.
Dicas
1. O Compreensivo Residencial 
evidencia a finalidade social do 
seguro, por oferecer proteção 
ao lar do indivíduo e sua família.
2. Possui baixa penetração no mer-
cado de residências brasileiras, 
portanto, trata-se de um seguro 
com ótima perspectiva de cres-
cimento.
3. Cabe ao corretor que possui 
carteira voltada a pessoas físicas 
cumprir seu papel de consultor 
de risco e trabalhar melhor este 
seguro, de modo a não perder 
oportunidades.
4. Trata-se de um seguro cuja ex-
celente relação custo-benefício 
é desconhecida pelo consumi-
dor potencial e que apresenta 
bons patamares de comissiona-
mento ao corretor. 
5. É uma modalidade de seguro 
que começou a ser oferecida pe-
las seguradoras de forma direta 
ao consumidor, por meio de fer-
ramentas tecnológicas diversas, 
mas não substitui totalmente o 
trabalho capacitado de um cor-
retor de seguros diante de tama-
nha oportunidade de negócio.
UNIDADE 2
22SEGUROS COMPREENSIVOS
Além das coberturas básicas e adicionais, os seguros residenciais ofe-
recem ainda serviços de assistência domiciliar – também chamados de 
assistência 24h –, que amparam o segurado em demandas de seu dia a 
dia ou em situações emergenciais. Entre esses serviços, destacamos os 
mais comuns:
 ■ assistência pet;
 ■ acompanhante em caso de hospitalização;
 ■ encanador (ou bombeiro hidráulico);
 ■ chaveiro;
 ■ despachante;
 ■ eletricista;
 ■ guarda de animais domésticos;
 ■ guarda de crianças;
 ■ hospedagem;
 ■ limpeza;
 ■ remoção em caso de falecimento;
 ■ remoção médica;
 ■ retorno antecipado em caso de falecimento de parente próximo;
 ■ segurança e vigilância;
 ■ transmissão de mensagens urgentes;
 ■ transporte e guarda de móveis;
 ■ transporte escolar;
 ■ linha branca (conserto);
 ■ linha marrom (conserto).
 — Seguro Compreensivo Condomínio
Este seguro é destinado a condomínios verticais e horizontais. A sua 
contratação é obrigatória por lei (Lei 73/66, art. 20º, regulamentada pelo 
Decreto 61.867/67), devendo amparar todos os danos materiais e tendo 
como bens seguráveis a estrutura do edifício, partes, instalações elétricas 
e hidráulicas, e partes comuns, bem como as áreas privativas (exceto fun-
dações, alicerces e o terreno).
Por definição, condomínio é uma edificação destinada a fins residenciais 
ou não residenciais, onde existe um domínio de mais de uma pessoa 
simultaneamente, cabendo a cada uma delas igual direito sobre partes 
comuns ou privativas.
É representado por edificação de um ou mais pavimentos construídos sob 
a forma de unidades autônomas, proprietárias de uma fração do terreno 
UNIDADE 2
23SEGUROS COMPREENSIVOS
e coisas comuns, em que cada uma delas, para efeitos de identificação, é 
assinalada por designação especial numérica ou alfabética.
Os mutuários do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), apesar de já 
suportarem, de acordo com a sua fração ideal, um seguro obrigatório que 
cobre as partes comuns e a parte privativa, não estarão desobrigados de 
participar no seguro coletivo (Seguro Condomínio) da edificação.
Importante
Para quem possui o Seguro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a Circular SU-
SEP nº 620 de 2021, estabeleceu, no artigo 7º, que o Seguro Condomínio será conside-
rado a 2º Risco Absoluto, enquanto perdurar o contrato de financiamento concedido, e 
desde que o referido contrato esteja amparado por seguro compulsório, dando cober-
tura contra incêndio e outros riscos que possam causar a destruição total ou parcial do 
imóvel, garantindo a sua reposição integral.
A cobertura a 2º Risco Absoluto refere-se apenas ao imóvel do mutuário, não se apli-
cando às partes comuns do condomínio.
Em função da sua ocupação, os condomínios se classificam em:
Condomínios residenciais 
Aqueles compostos exclusivamente por residências;
Condomínios de escritórios e consultórios
Aqueles ocupados exclusivamente por escritórios ou consultórios;
Condomínios mistos
Aqueles ocupados por estabelecimentos comerciais e residenciais;
Condomínios comerciais 
Aqueles nos quais prevalecem os estabelecimentos comerciais;
Flats e apart-hotéis
Aqueles cujas unidades autônomas se encontram em regime de 
locação temporária sob administração de empresa constituída 
para tal atividade, como atividades de bares, restaurantes, áreas 
de lazer e garagens;
Existem algumas exclusões para o enquadramento do edifício no Seguro 
Condomínio, para as quais o seguro mais indicado seria o Empresarial.
São considerados riscos excluídos:
 ■ edifícios que não se caracterizam como condomínios por perten-
cerem a um único proprietário, ou seja, aqueles cuja propriedade 
não seja conjuntamente exercida com outros;
Atenção
Os conteúdos de propriedade 
dos respectivos condôminos 
ou moradores das unidades 
autônomas não são 
amparados neste seguro.
Algumas seguradoras 
oferecem a garantia para os 
conteúdos das unidades 
autônomas sob forma de 
cobertura adicional.
UNIDADE 2
24SEGUROS COMPREENSIVOS
 ■ edifícios-garagem;
 ■ edifícios que possuem as atividades comerciais com periculosida-
de do risco incêndio elevada.
No Seguro Condominial, a contratação praticada pelo mercado é a 1º Risco 
Absoluto e a Cobertura Básica é dividida em duas modalidades:
Cobertura Básica Simples 
Com as coberturas de incêndio, queda de raio dentro do terreno 
segurado e explosão de qualquer natureza.
Cobertura Básica Ampla 
Com coberturas para quaisquer eventos que possam causar danos 
materiais ao imóvel segurado, exceto os expressamente excluídos.Se o condomínio contratar a Cobertura Básica Simples, deverá estabe-
lecer uma Importância Segurada única para os riscos de incêndio, raio e 
explosão, e poderá incluir outras coberturas como adicionais com os limi-
tes que considerar adequados.
Entretanto, se o condomínio optar pela contratação da Cobertura Básica 
Ampla, a Importância Segurada escolhida será única para todos os riscos 
que compuserem a citada Cobertura Básica, além dos riscos de incêndio, 
raio e explosão. Esses riscos serão definidos pelas respectivas segurado-
ras ao submeterem seus Planos de Seguro à SUSEP para a aprovação.
Poderão ser oferecidas, entre outras, as seguintes coberturas adicionais a 
1º risco absoluto como prática de mercado:
 ■ acidentes pessoais de empregados;
 ■ alagamento e inundação;
 ■ anúncios luminosos;
 ■ danos elétricos;
 ■ derrame d’água/vazamento de sprinkler;
 ■ desmoronamento;
 ■ equipamentos eletrônicos/computação;
 ■ impacto de veículos;
 ■ quebra de vidros;
 ■ queda de aeronaves;
 ■ responsabilidade civil condomínio;
 ■ responsabilidade civil guarda de veículos;
 ■ responsabilidade civil síndico;
 ■ roubo e furto qualificado de bens;
 ■ tumultos/greve/lockout;
 ■ vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo ou vento forte.
UNIDADE 2
25SEGUROS COMPREENSIVOS
No Seguro Condominial, o segurado poderá contar com os serviços de 
assistência, como:
 ■ encanador ou bombeiro hidráulico;
 ■ chaveiro;
 ■ eletricista;
 ■ indicação de assessoramento jurídico emergencial;
 ■ limpeza;
 ■ reparo de antenas;
 ■ segurança e vigilância;
 ■ transmissão de mensagens urgentes;
 ■ transporte e guarda de móveis;
 ■ zelador substituto.
 — Seguro Compreensivo Empresarial
Obrigatório por lei (Lei 73/66, art. 20º, regulamentada pelo Decreto 
61.867/67), este seguro é destinado a pessoas jurídicas ou pessoas físicas 
que tenham suas atividades nas áreas de prestação de serviços, comér-
cio varejista ou atacado, oficina, depósito e indústria.
No Seguro Empresarial, praticamente todas as coberturas adicionais 
são concedidas a 1º Risco Absoluto, excetuando-se a cobertura de Lucros 
Cessantes, que pode ser oferecida a Risco Absoluto e/ou Risco Relativo 
pelas seguradoras. 
Já a cobertura básica poderá ser concedida de acordo com os seguin-
tes critérios:
 ■ valor em risco igual ou inferior a determinado valor (que pode 
variar, por exemplo, de R$ 2.000.000,00 a R$ 5.000.000,00, con-
forme prática da maioria do mercado segurador) – a cobertura e 
concedida a 1º Risco Absoluto;
 ■ valor em risco superior a determinado valor (que pode variar, por 
exemplo, de R$ 2.000.000,00 a R$ 5.000.000,00, conforme prá-
tica da maioria do mercado segurador) – a cobertura e conce-
dida a 1º Risco Relativo.
Entre as coberturas, apresentamos aquelas que podem ser consideradas 
como possíveis para contratação:
Cobertura básica 
Na maioria das seguradoras oferece os eventos: incêndio, queda 
de raio e explosão de qualquer natureza.
Dicas
As seguradoras 
costumam lançar produtos 
compreensivos empresariais 
voltados para segmentos 
específicos de atividade. São, 
nada menos, que produtos 
compreensivos empresariais, 
com as mesmas regras que 
estudamos aqui, que possuem 
coberturas e serviços de 
assistência específicos para 
atender a esses segmentos. 
São exemplos de tipos de 
empresa atendidos por 
produtos compreensivos 
empresariais específicos: bares 
e restaurantes, academias de 
ginástica, hotéis e pousadas, 
concessionárias de veículos, 
escolas, pet shop e clínicas 
veterinárias, consultórios, etc.
UNIDADE 2
26SEGUROS COMPREENSIVOS
Coberturas adicionais
 ■ alagamento e inundação;
 ■ anúncios luminosos;
 ■ danos elétricos;
 ■ derrame d’água/vazamento de sprinkler;
 ■ desmoronamento;
 ■ equipamentos eletrônicos/computação;
 ■ impacto de veículos;
 ■ lucros cessantes ou despesas fixas;
 ■ perda/pagamento de aluguel;
 ■ quebra de vidros;
 ■ queda de aeronaves;
 ■ responsabilidade civil;
 ■ roubo e furto qualificado de bens;
 ■ tumultos/greve/lockout;
 ■ valores no interior do estabelecimento e em mãos de portadores;
 ■ vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo ou vento forte.
No Seguro Empresarial, o segurado poderá contar com os serviços de 
assistência, como:
 ■ encanador ou bombeiro hidráulico;
 ■ chaveiro;
 ■ eletricista;
 ■ limpeza;
 ■ transmissão de mensagens urgentes;
 ■ cobertura provisória de telhado;
 ■ conserto de ar condicionado;
 ■ consultoria orçamentária;
 ■ escritório virtual;
 ■ fixação de antena;
 ■ locação de microcomputadores e impressoras;
 ■ manutenção geral;
 ■ vidraceiro;
 ■ mudança e guarda móveis.
UNIDADE 2
27SEGUROS COMPREENSIVOS
 CONDIÇÕES CONTRATUAIS 
As Condições Contratuais dos Seguros Compreensivos podem, agora, 
seguir regras mais flexíveis de formatação estabelecidas pela Circular 
SUSEP nº 621/2021, de 12/02/2021, respeitados, é claro, todos os deve-
res e as obrigações contratuais estabelecidos pelo Código Civil Brasileiro, 
conforme já abordado na apostila de Introdução ao Seguro de Danos, inte-
grante deste curso de formação de corretores.
Todavia, pela necessidade de acomodação e interpretação das novas 
regras, é provável que a maioria das seguradoras ainda continue a praticar 
a segmentação de seus clausulados na formatação antiga, apresentando 
Condições Gerais, como as cláusulas comuns a toda e qualquer apólice 
de seguro daquele tipo de produto compreensivo; Condições Especiais, 
sendo as cláusulas específicas das coberturas contratadas e Condições 
Particulares, nas quais eventualmente se particulariza alguma condição 
para apólice específica.
É importante registrar que a referida Circular SUSEP nº 621/2021 represen-
tou um avanço na obrigatoriedade de uniformização das condições con-
tratuais dos produtos de danos, na medida em que transfere ao mercado 
uma maior responsabilidade em razão da liberdade para criação de seus 
contratos. Contudo, não eliminou a manutenção de algumas cláusulas 
obrigatórias que devem constar dos contratos de seguros de danos e que 
estão presentes nos produtos compreensivos. Tais cláusulas foram alvo da 
cadeira de Introdução a Seguro de Danos deste curso. São elas:
 ■ Objetivo do Seguro;
 ■ Definições;
 ■ Forma de contratação;
 ■ Âmbito Geográfico;
 ■ Coberturas;
 ■ Riscos Excluídos;
 ■ Aceitação;
 ■ Vigência e Renovação;
 ■ Concorrência de apólices e bilhetes;
 ■ Franquias e participações obrigatórias do segurado;
 ■ Atualização a alteração de valores;
 ■ Pagamento de prêmios;
 ■ Indenização;
UNIDADE 2
28SEGUROS COMPREENSIVOS
 ■ Comunicação, regulação e liquidação de sinistros;
 ■ Reintegração;
 ■ Perda de Direitos;
 ■ Cancelamento e rescisão contratual;
 ■ Beneficiário;
 ■ Sub-rogação.
 LIMITES SEGURÁVEIS 
O seguro garante o pagamento dos sinistros cobertos, observados o Limi-
te Máximo de Garantia (LMG) da apólice e o Limite Máximo de Indenização 
(LMI) fixados para cada cobertura contratada.
Significado dos termos Limite Máximo de Garantia (LMG) e Limite Máximo-
de Indenização (LMI) adotados nos Seguros Compreensivos:
 — Limite Máximo de Garantia (LMG)
Representa o limite máximo de responsabilidade da sociedade seguradora, 
de indicação opcional pela seguradora, aplicado quando uma reclamação, ou 
série de reclamações decorrentes do mesmo fato gerador, é garantida por mais 
de uma das coberturas contratadas. Na hipótese de a soma das indenizações, 
decorrentes do mesmo fato gerador, atingir o LMG, a apólice será cancelada.
 — Limite Máximo de Indenização 
(LMI) por Cobertura
Segundo esta cláusula, entende-se por Limite Máximo de Indenização o 
valor fixado para cada uma das coberturas contratadas pelo segurado, 
que representa o valor máximo a ser pago pela seguradora, em decorrência 
de um sinistro ou série de sinistros garantidos por aquela cobertura, respei-
tado o limite máximo de garantia da apólice.
Os limites máximos de indenização fixados são específicos de cadacober-
tura, não sendo admissível a transferência de valores de uma cober-
tura para outra.
UNIDADE 2
29SEGUROS COMPREENSIVOS
 INSPEÇÃO 
Os seguros compreensivos podem prever a inspeção de seus riscos con-
forme o tipo de produto e sua política de aceitação e subscrição. Tal proce-
dimento é mais comum de ser realizado em compreensivos empresariais e 
condominiais, conforme as regras de cada seguradora.
Para os compreensivos residenciais, normalmente, apenas em casos mais 
extremos em termos da conjugação coberturas contratadas, LMIs e outras 
características estão sujeitos a inspeções. O ticket médio baixo do seguro 
residencial geralmente não compensa o custo de uma inspeção - razão 
pela qual a maioria dos seguros não é inspecionada pelo mercado.
A inspeção pode ser realizada pelo corpo técnico da seguradora, apesar 
de que, na maioria dos casos, é procedida por empresas terceirizadas con-
tratadas pelas seguradoras para este fim.
Os custos dos procedimentos de inspeção são de responsabilidade das 
seguradoras e compõem suas despesas administrativas.
Importante
A inspeção de riscos é um documento interno da seguradora e não tem por finalidade de-
terminar os valores a serem segurados para os bens a serem cobertos - responsabilidade 
esta do segurado. O objetivo deste procedimento é avaliar as informações prestadas pelo 
proponente do seguro no momento da contratação, além de verificar se o risco inspecio-
nado possui boas condições de conservação e segurança, bem como se está do que é 
esperado pela política de aceitação e subscrição da seguradora.
 FRANQUIA E PARTICIPAÇÃO 
OBRIGATÓRIA DO SEGURADO 
Como aqui apresentado, os produtos compreensivos preveem inúmeras 
coberturas possíveis, e a adoção de franquias/POS é uma prática comum 
em diversas dessas coberturas.
Independentemente do tipo de produto compreensivo, é comum a ado-
ção de franquias e POS’s em coberturas como: Danos Elétricos, Vendaval, 
Vidros, Queda de Raio (que gere dano elétrico), Impacto de Veículos, Per-
da de Aluguel, Despesas Fixas (empresariais), Lucros Cessantes (empresa-
riais), RC Garagista (empresariais e condominiais), entre outras.
Saiba mais
As regras que regem franquias 
e POS´s estão expressas no 
manual de Introdução de 
Seguros de Danos - disciplina 
integrante deste curso de 
formação de corretores.
UNIDADE 2
30SEGUROS COMPREENSIVOS
 CRITÉRIOS TARIFÁRIOS 
O mercado de seguros é livre para adotar suas próprias tarifas técnicas no 
que diz respeito a critérios tarifários, desde que respaldados pelas respec-
tivas Notas Técnicas de produto, que devem estar à disposição da SUSEP 
pelas seguradoras para qualquer consulta (Circular SUSEP nº 621/2021).
Em produtos compreensivos, suas tarifas traduzem os objetivos da segu-
radora e as políticas de aceitação e subscrição adotadas. Todo este arca-
bouço técnico, normalmente, encontra-se à mão do corretor por meio das 
ferramentas de cotação e contratação disponibilizadas pelas seguradoras 
a que eles estejam cadastrados.
É de fundamental importância o profundo conhecimento, por parte do cor-
retor, sobre as características de seu cliente no momento da cotação e 
contratação desses seguros.
A correta e ampla informação quanto ao risco que será alimentada nas fer-
ramentas de cotação/contratação é de fundamental importância não ape-
nas na busca por cotações adequadas e competitivas, como também para 
fins de uma contratação em bases seguras, evitando problemas futuros em 
momentos de eventuais sinistros. 
É muito comum que os produtos adotem diferentes tipos de segmentação 
tarifária, conforme o tipo de seguro compreensivo, por exemplo:
■ Porte da empresa
■ Região de localização (CEP)
■ Natureza da atividade 
(industrial, comercial ou serviços)
■ Atividade (Ex: metalúrgica, ind. 
plásticos, química etc.)
■ Tipo de construção (superior, 
sólida, mista ou inferior)
■ Tipo de proteção contra 
incêncio (extintores, hidrantes etc.)
■ Tipo de proteção contra roubo 
(alarme, vigilância etc.)
■ Outras 
■ Tipo de condomínio (residencial, 
comercial, misto, etc.)
■ Região de localização (CEP)
■ Número de pavimentos 
■ Tipo de construção (superior, 
sólida, mista ou inferior)
■ Tipo de proteção contra 
incêndio (extintores, hidrantes etc.)
■ Tipo de proteção contra roubo 
(alarme, vigilância etc.)
■ Números de vagas de garagem
■ Outras
Seguro de 
Condomínio
Seguro 
Empresarial
■ Região de localização (CEP)
■ Tipo de imóvel (casa ou 
apartamento
■ Tipo de utilização (habitual ou 
veraneio)
■ Se o condomínio é fechado
■ Tipo de construção (Se alvenaria 
ou não alvenaria)
■ Outras
Seguro 
Residencial
 
Informações como equipamentos de proteção ao risco, por exemplo, 
podem não apenas ser decisivas em termos de competitividade da cota-
ção do seguro, pois na maioria das vezes resultam em descontos, como 
determinantes para sua aceitação.
UNIDADE 2
31SEGUROS COMPREENSIVOS
 POLÍTICA DE ACEITAÇÃO 
Assim como os critérios tarifários são diferentes entre as seguradoras que 
atuam no mercado, também são suas políticas de aceitação. Conforme 
apontado no manual de Introdução de Seguros de Danos - disciplina inte-
grante deste curso - toda a seguradora possui sua política de aceitação 
para seus produtos. 
Geralmente, para os compreensivos, a política de aceitação é colocada 
em prática pelas seguradoras já nas próprias ferramentas de cotação/
contratação em seus parâmetros de subscrição. Tais ferramentas acatam 
exatamente o que está nos objetivos da política de aceitação vigente da 
seguradora. São critérios que visam focar o produto em seus objetivos de 
resultado.
Riscos mais restritos ou de valores mais elevados, normalmente, no seg-
mento empresarial, são demandados e tratados direto junto às equipes 
comercial e técnica das seguradoras (alçadas superiores) e não estão dis-
poníveis nas ferramentas de cotação do mercado.
São apenas exemplos de critérios de política de aceitação do mercado, 
que sempre podem variar de seguradora para seguradora: 
 ■ Restrição de aceite da cobertura de roubo e furto qualificado de 
bens em determinadas regiões e/ou atividade/ tipos de riscos e/ou 
que não possuam determinado tipo de proteção ao risco.
 ■ Adoção como riscos declináveis (sem aceitação) em seguros 
empresariais conforme determinadas atividades específicas – 
exemplo: supermercados, armazéns de mercadorias indiscrimina-
das, fábricas e depósitos de colchões, móveis, inflamáveis, entre 
outras.
 ■ Exigência de protecional específico contra incêndio (hidrantes, bri-
gada etc.) em riscos empresariais relacionados a plantas químicas 
que lidam com inflamáveis etc. 
 ■ Adoção obrigatória de inspeção para a cobertura de desmorona-
mento em condomínios.
 ■ Adoção de franquias/ POSs diferenciadas conforme a característi-
ca do risco/cobertura.
 ■ Não aceitação da cobertura de roubo e furto qualificado de bens 
para residências de veraneio.
 ■ Não aceitação de seguros residenciais construídos em madeira
A adoção de critérios de alçada para aceitação de riscos também é prática 
do mercado - quanto mais restritivo for o risco, maior será o nível hierárqui-
co da autorização para cotar ou fechar seguros.
UNIDADE 2
32SEGUROS COMPREENSIVOS
As regras de inspeção também fazem parte da política de aceitação do 
mercado. Enfim, as seguradoras adotam suas políticas de aceitação con-
forme seus objetivos de resultado.
É importante que o corretor conheça bem as políticas de cada seguradora 
com que ele opera para direcionar seu cliente para aquela que melhor 
acolherá seu risco.
 ESTUDOS DE PERDAS 
Com o advento dos seguros compreensivos, novos critérios técnicos de 
avaliação de risco surgiram. 
O mercado passa a adotar variáveis de estudos de perdas, que não ape-
nas dão suporte à aceitação de riscos por parte da seguradora como orien-
tam o segurado e seu corretor quanto ao dimensionamento do seguro a 
ser contratado.Os inspetores de risco passaram a dedicar especial atenção ao estudo 
potencial de perdas, visando indicar às seguradoras fatores que visam não 
apenas à análise da aceitação de um risco proposto como também orientar 
na melhor precificação do mesmo.
Variáveis de perdas:
Perdas Normais Esperadas (PNE) 
Entendidas como as perdas corriqueiras reparadas pela equipe de 
manutenção e que, na maior parte das vezes, não interrompem 
a produção. Geralmente, esses valores norteiam a fixação pelas 
seguradoras das franquias e das POS (participações obrigatórias 
dos segurados), por terem, quase sempre, grande frequência e 
baixo custo de reparo.
Dano Máximo Provável (DMP) 
Representa a extensão que o evento pode atingir em condições nor-
mais de atividade, considerando, além das características intrínsecas 
do risco, a tempestividade e a efetividade dos meios de proteção 
disponíveis (circunstâncias normais de funcionamento, operação e 
segurança). Em geral, esse valor auxilia o segurado na fixação da 
importância segurada mínima para que não sofra perdas. Por exem-
plo, se houver um princípio de incêndio e a empresa dispuser de 
sistemas de hidrantes, extintores e todos funcionarem, qual seria o 
dano máximo que, provavelmente, sobreviria aos bens segurados?
UNIDADE 2
33SEGUROS COMPREENSIVOS
Perda Máxima Possível (PMP)
Representa o que pode ocorrer quando as condições desfavorá-
veis se combinarem excepcionalmente e os meios de combate 
não operarem. Esse valor, normalmente, auxilia o segurado na 
fixação da importância segurada máxima, necessária à proteção 
dos bens segurados. Se no exemplo anterior, todos os meca-
nismos falhassem, qual seria o valor da perda imposta aos bens 
segurados pelo incêndio antes que ele fosse debelado?
 SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA DOS 
 SEGUROS COMPREENSIVOS 
 OU MULTIRRISCOS 
Os serviços de assistência foram normatizados pela Circular SUSEP Nº 
310//2005, que visa regulamentar a oferta, pelas seguradoras, de serviços 
de assistência, caracterizados como atividades complementares aos contra-
tos de seguros, e estabelecer a diferenciação entre a oferta pelas segurado-
ras da assistências meramente como serviços ou como garantias similares 
oferecidas em contratos de seguro.
A oferta das assistências meramente como serviços é a forma largamente 
adotada pelo mercado segurador e prevê as seguintes regras:
 ■ As sociedades seguradoras deverão assumir responsabilidade 
subsidiária perante o segurado, pela prestação dos serviços de 
assistência.
 ■ Os serviços de assistência não poderão ser prestados diretamente 
pelas seguradoras e deverão ter seus regulamentos previstos em 
documento próprio, apartado das condições contratuais do segu-
ro, não sendo necessário submetê-los à SUSEP.
 ■ Os pacotes de serviços de assistência podem ser cobrados do 
segurado ou oferecidos de forma automática, tendo seus custos 
suportados pela seguradora sem cobrança ao segurado.
 ■ Na hipótese de tais serviços serem cobrados do segurado, seu 
pagamento poderá ser realizado no mesmo documento de cobran-
ça do prêmio comercial ou prêmio líquido, desde que esteja devi-
damente discriminado.
 ■ O regulamento da prestação de tais serviços, que será anexado às 
UNIDADE 2
34SEGUROS COMPREENSIVOS
apólices, não poderá prever pagamento em espécie ou reembolso 
ao segurado.
Alternativamente, a SUSEP estabelece, ainda, que as seguradoras podem 
comercializar tais serviços em forma de coberturas (garantias) de seguro e 
devem atender, obrigatoriamente, às seguintes disposições:
 ■ As coberturas devem ter caráter prioritariamente indenitário, basea-
das no pagamento de indenização ou no reembolso ao segurado 
ou beneficiário de despesas incorridas, conforme os valores e os 
limites máximos de indenização discriminados por cobertura e fixa-
dos na apólice ou certificado individual;
 ■ Deverá ser prevista a possibilidade de substituição da indenização 
ou reembolso pela prestação de serviços, mediante acordo entre 
as partes;
 ■ O valor do reembolso ou da indenização deverá ser compatível 
com aqueles praticados pelo mercado de prestação de serviços;
 ■ Deverá ser prevista a livre escolha do prestador de serviço, na hipó-
tese do segurado ou beneficiário optar pela prestação do serviço;
 ■ As coberturas devem estar diretamente relacionadas ao objeto 
segurado.
FIXANDO CONCEITOS
35SEGUROS COMPREENSIVOS
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Assinale a afirmativa correta
1. As formas mais modernas de contratação de Seguros Patrimoniais são:
(a) Seguros Compreensivos e Seguro Incêndio Tradicional.
(b) Seguro Incêndio Tradicional e Seguros de Riscos Nomeados.
(c) Seguros de Riscos Nomeados, Seguro Incêndio Tradicional e Riscos 
Operacionais.
(d) Seguros Compreensivos, Riscos Nomeados e Riscos Operacionais.
(e) Riscos Operacionais, Riscos Nomeados e Seguro Incêndio Tradicional.
2. Visando otimizar o critério de taxação e análise de riscos, nos Segu-
ros Patrimoniais contratados sob a forma de Compreensivos, Nomeados 
e Operacionais, além das disposições tarifárias constantes dos diversos 
ramos e modalidades de seguro, os inspetores de risco também passaram 
a dedicar especial atenção ao(à):
(a) Localização do imóvel a ser segurado.
(b) Ocupação ou atividade principal do segurado.
(c) Estudo potencial de perdas.
(d) Classe de construção da edificação.
(e) Proximidade do edifício segurado de aeroportos, rios, canais e lagoas.
3. Um dos fatores analisados pelo inspetor de riscos, visando à taxação 
dos Seguros Patrimoniais e que, geralmente, norteia a fixação, pelas segu-
radoras, das franquias e das POS (participações obrigatórias dos segura-
dos), por terem quase sempre grande frequência e baixo custo de reparo, 
é conhecido como:
(a) VRA – Valor em Risco Apurado.
(b) PNE – Perdas Normais Esperadas.
(c) DMP – Dano Máximo Provável.
(d) PI – Período Indenitário.
(e) PMP – Perda Máxima Possível.
4. Correlacione os fatores de análise do potencial de perdas com as res-
pectivas definições:
Fator de Análise do Potencial de Perdas
1. PNE – Perdas Normais Esperadas
2. DMP – Dano Máximo Provável
3. PMP – Perda Máxima Possível
FIXANDO CONCEITOS
36SEGUROS COMPREENSIVOS
Definição Potencial de Perdas
( ) São as perdas corriqueiras reparadas pela equipe de manutenção e 
que, geralmente, não interrompem a produção.
( ) Representa o que pode ocorrer quando as condições desfavoráveis se 
combinarem excepcionalmente e os meios de combate não operarem.
( ) Representa a extensão que o evento pode atingir em condições 
normais de atividade e com os sistemas de proteção e combate ao 
risco analisado do local em funcionamento.
(a) 1 – 2 – 3. (d) 1 – 3 – 2.
(b) 2 – 3 – 1. (e) 3 – 1 – 2.
(c) 3 – 2 – 1.
5. O fator de análise de potencial de perdas, estabelecido pelo inspetor 
de riscos, que, geralmente, auxilia o segurado na fixação da importância 
segurada mínima, para que não sofra perdas, é conhecido como:
(a) VRA – Valor em Risco Apurado.
(b) PNE – Perdas Normais Esperadas.
(c) DMP – Dano Máximo Provável.
(d) PI – Período Indenitário.
(e) PMP – Perda Máxima Possível.
6. O fator de análise de potencial de perdas, estabelecido pelo inspetor 
de riscos, que, geralmente, auxilia o segurado na fixação da importância 
segurada máxima, necessária à proteção dos bens segurados, chama-se:
(a) VRA – Valor em Risco Apurado.
(b) PNE – Perdas Normais Esperadas.
(c) DMP – Dano Máximo Provável.
(d) PI – Período Indenitário.
(e) PMP – Perda Máxima Possível.
7. Nos Seguros Compreensivos, a unidade de risco segurada abrange:
(a) Todos os maquinismos, móveis e utensílios do segurado.
(b) Todas as mercadorias e matérias-primas do segurado.
(c) O local ou endereço segurado.
(d) O edifício e as matérias-primas.
(e) O endereço do local de trabalho do segurado.
FIXANDO CONCEITOS
37SEGUROS COMPREENSIVOS
8. Os Seguros Compreensivos são divididos em: 
(a) Residenciais e Condominiais.
(b) Residenciais e Empresariais.
(c) Condominiais,Nomeados e Residenciais.
(d) Empresariais, Condominiais e Residenciais.
(e) Residenciais, Empresariais, Condominiais e Nomeados.
Marque a alternativa correta
9. Em relação ao procedimento de inspeção dos seguros compreensivos, 
podemos afirmar que:
(a) Todos os seguros compreensivos residenciais são inspecionados.
(b) Verifica se o risco inspecionado possui boas condições de conser-
vação e segurança.
(c) Tem o objetivo de avaliar o valor dos bens segurados para o segurado.
(d) Não é realizada em seguros compreensivos empresariais.
(e) É realizada apenas em seguros empresariais voltados ao segmento industrial. 
10. Em relação à politica de aceitação adotada pelo mercado segurador 
para os produtos compreensivos, podemos afirmar que:
(a) Suas regras variam entre as seguradoras que atuam do mercado.
(b) É aplicada apenas em seguros residenciais.
(c) É determinada pela SUSEP ao mercado.
(d) Não tem relação com o resultado apresentado pelo produto.
(e) É adotada por poucas seguradoras no mercado.
SEGUROS COMPREENSIVOS 38
UNIDADE 303
COBERTURAS 
dos SEGUROS
COMPREENSIVOS 
 ■ Identificar as coberturas 
previstas pelos Seguros 
Compreensivos 
Padronizados.
⊲ COBERTURAS DE MERCADO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Conhecer as 
características das 
coberturas previstas pelos 
Seguros Compreensivos.
SEGUROS COMPREENSIVOS 39
UNIDADE 3
Nesta unidade, serão apresentadas as mais representativas coberturas de 
seguro oferecidas pelo mercado segurador em seguros compreensivos.
O objetivo é demonstrar as coberturas praticadas e aquelas características 
e definições comuns a praticamente todas as seguradoras, comentando 
também as variações mais comuns de mercado.
Com a Circular Nº 621/2021, a SUSEP inseriu mais flexibilidade no mercado 
quando, em seu artigo 19, permite a conjunção de coberturas relativas a 
diferentes ramos de seguros em um mesmo produto e apólice, observadas 
as regulamentações específicas de cada ramo e a regulamentação contábil 
vigente.
Cabe ao mercado assimilar estas novas normas instituídas pela SUSEP e 
acompanharmos sua evolução futura.
Nosso estudo abordará as práticas de mercado atuais para seguros com-
preensivos.
O mercado de seguros compreensivos atua oferecendo produtos, modula-
res que combinam um leque de coberturas, sendo normalmente obrigató-
ria a contratação de uma cobertura denominada básica e, pelo menos, 
uma cobertura denominada adicional. A exceção a esta regra de mer-
cado reside no seguro compreensivo condominial, onde a contratação da 
cobertura básica ampla é oferecida como alternativa sem a obrigatorieda-
de de uma cobertura adicional.
Em determinadas ações de comercialização de produtos, o mercado pode 
oferecer também “combos” de coberturas nos quais sempre prevalecerá 
uma cobertura básica e um conjunto de adicionais relacionadas à básica 
por percentuais de LMI predeterminados.
Dicas
Os produtos de seguros 
compreensivos são diferentes 
entre as seguradoras em 
diversos aspectos, inclusive 
na abrangência de suas 
coberturas oferecidas.
Por esta razão, é importante 
que o corretor de seguros 
conheça bem aquilo que 
é oferecido pelo mercado 
e as diferenças entre as 
seguradoras com que ele atua, 
objetivando oferecer o que for 
mais adequado à necessidade 
de proteção de seu cliente.
UNIDADE 3
40SEGUROS COMPREENSIVOS
Importante
Quanto aos riscos cobertos pelos seguros compreensivos, cabem os seguintes 
esclarecimentos:
 ■ Será considerada uma única ocorrência os danos múltiplos ou sucessivos associados 
a diversos fatos geradores, sem que haja possibilidade de individualizá-los, ou seja, 
estabelecer perfeitamente a relação de causa e efeito entre eles.
Exemplo: se houver um incêndio e uma explosão (causas) e, em consequência de tais 
eventos, ocorrerem a quebra, o desmoronamento e a deterioração de mercadorias 
(efeitos) sem que se consiga estabelecer a perfeita relação entre cada causa e cada 
efeito, a ocorrência será caracterizada como uma única.
 ■ Se o risco causador do sinistro estiver, simultaneamente, amparado por varias cobertu-
ras, prevalecerá aquela que for mais favorável ao segurado, a seu critério, não sendo 
admitidos a acumulação de coberturas e seus respectivos limites máximos de indeniza-
ção contratados.
 ■ As despesas de socorro e salvamento estarão amparados pela respectiva cobertura 
de seguro.
 COBERTURAS DE MERCADO 
 — Cobertura Básica
Os seguros compreensivos do mercado (residenciais, empresariais e con-
dominiais) costumam oferecer cobertura básica de seguros combinando 
os seguintes eventos:
 ■ Incêndio;
 ■ queda de raio ocorrido dentro da área do terreno ou edifício onde 
estiverem localizados os bens segurados;
 ■ explosão
 ■ implosão;
 ■ fumaça;
 ■ incêndio decorrente de tumultos, greves e lockout;
 ■ queda de aeronave;
 ■ queimada em zona rural.
UNIDADE 3
41SEGUROS COMPREENSIVOS
Agora, vejamos algumas observações sobre estes eventos:
Incêndio
O evento Incêndio está sempre presente em todas as coberturas básicas 
do mercado.
Queda de Raio
A queda de raio abrange a queda de raio ocorrida sempre dentro do terreno 
ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados, excluindo a mes-
ma quando fora desses locais.
Explosão
As coberturas básicas de todo o mercado de compreensivos também 
abrangem o evento explosão. Mas é preciso atentar para as diferentes 
situações de explosão oferecidas como cobertura pelo mercado. As mais 
frequentes são:
 ■ Explosão de qualquer natureza e onde quer que tenha sido origi-
nada (a mais abrangente).
 ■ Explosão de quaisquer natureza e desde que ocorrida no prédio 
onde se situe o bem segurado.
Implosão
O evento implosão vem sendo cada vez mais oferecido pelo mercado, mas 
é preciso entender exatamente a definição de implosão para fins de seguro.
Implosão para fins de seguro: fenômeno físico, violento, que ocorre 
quando, em um recipiente fechado a pressão interna é menor do que a 
existente do lado externo, de forma a que provoque sua destruição.
Esta cobertura é mais aplicável a seguros empresariais e para caldeiras, 
silos, tanques e outros equipamentos similares.
Fumaça
Danos causados aos bens segurados pela fumaça proveniente de incên-
dio já encontra-se amparado pela cobertura de Incêndio.
O termo fumaça a que o mercado se refere possui a seguinte definição:
 ■ Fumaça que provenha de desarranjo imprevisível, repentino e 
extraordinário no funcionamento de qualquer aparelho que seja 
parte integrante da instalação de calefação, aquecimento ou da 
cozinha do imóvel segurado, e somente quando tal aparelho se 
encontre conectado a uma chaminé por um cano condutor de fumo.
OBS.: Muitas vezes, a cobertura para o evento fumaça é cobertura de vendaval, 
a qual será abordada adiante nesta apostila.
Importante
Também estão amparados pelas 
coberturas básicas oferecidas 
pelo marcado segurador:
 ■ desmoronamento diretamente 
resultante de riscoscobertos;
 ■ impossibilidade de remoção 
ou proteção dos salvados por 
motivos de força maior;
 ■ providências tomadas para o 
combate a propagação dos 
riscoscobertos;
 ■ desentulho do local sinistrado.
UNIDADE 3
42SEGUROS COMPREENSIVOS
Incêndio decorrente de tumultos, 
greves e lockout
No mercado, há seguradoras que amparam o evento de incêndio decor-
rente de tumultos, greves e lockout na cobertura básica, e outras que 
excluem o mesmo.
Há seguradoras também que oferecem este evento como uma extensão 
da cobertura básica, ou como uma cobertura básica alternativa, adequan-
do o prêmio de seguro à inclusão de tal evento.
Queda de aeronave
A inclusão do evento queda de aeronave na cobertura básica dos segu-
ros compreensivos é um fenômeno mais recente no mercado segurador.
Este evento pode ser oferecido também no mercado como cobertura ape-
nas para queda de aeronave ou incluído na cobertura de vendaval.
Entende-se por aeronave qualquerengenho aéreo ou espacial, bem 
como qualquer objeto integrante dela ou por ela transportado.
Queimada em zona rural
Este é um evento mais incomum de ser oferecido pelo mercado segurador 
em seus compreensivos.
É comum a exclusão do evento de incêndio decorrente de queimada em 
zona rural nos produtos compreensivos do mercado.
Algumas seguradoras podem oferecer a extensão da cobertura básica 
para este evento.
Importante
Os riscos excluídos para a cobertura básica pelo mercado e pelas coberturas do 
Seguro Compreensivo Padronizado vão depender da abrangência dos riscos cober-
tos. No entanto, em geral, essas são exclusões comuns a qualquer tipo de cobertura 
básica:
 ■ Extravio, roubo ou furto, ainda que, direta ou indiretamente, tenham concorrido para 
tais perdas quaisquer dos riscos cobertos por essa cobertura;
 ■ Fermentação ou combustão espontânea;
 ■ Dano elétrico isolado, ou seja, não decorrente de incêndio, explosão/ implosão ou 
queda de raio. 
UNIDADE 3
43SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Danos Elétricos
Esta é uma das coberturas adicionais mais demandadas em qualquer pro-
duto compreensivo, seja ele residencial, condominial ou empresarial.
Garante as perdas ou danos físicos diretamente causados a quaisquer 
máquinas, equipamentos ou instalações eletrônicas ou elétricas devido a 
variações anormais de tensão, curto-circuito, arco voltaico, calor gerado aci-
dentalmente por eletricidade, descargas elétricas, eletricidade estática ou 
qualquer efeito ou fenômeno de natureza elétrica, inclusive a queda de raio.
Os principais riscos excluídos comuns às seguradoras do mercado são:
 ■ Danos elétricos decorrentes de causa mecânica;
 ■ Perda de dados, instruções eletrônicas ou software de sistemas 
computacionais;
 ■ Danos em consequência de curtos-circuitos causados por água de 
chuva ou de vazamento da rede hidráulica ou de esgoto origina-
dos no local do risco;
 ■ Alagamento, inundação, ressaca ou maremoto;
 ■ Sobrecarga, isto é, por carga ou operação que exceda a capacida-
de normal de operação dos bens segurados, exceto por variação 
anormal de tensão;
 ■ Inadequação ou insuficiência de demanda de energia elétrica ins-
talada no local do risco; e
 ■ Desligamento intencional de dispositivo de segurança ou de con-
troles automáticos.
 — Cobertura Vendaval, Furacão, 
Ciclone, Tornado e Granizo
Esta é uma das coberturas adicionais bastante demandadas também em 
todos os produtos compreensivos e, dependendo da região onde esteja 
localizado o risco segurado, de fundamental contratação. A região Sul bra-
sileira é a maior contratante de vendaval.
Visa garantir as perdas e os danos causados aos bens segurados direta- 
mente por vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo.
Conforme a seguradora envolvida, a cobertura de vendaval pode ainda 
ser oferecida incluindo os eventos de queda de aeronave e/ou impacto de 
veículos terrestres e/ou fumaça.
Dicas
Algumas seguradoras limitam 
o dano elétrico decorrente 
de queda de raio ao evento 
ter ocorrido fora do local 
segurado.
Observação
Para fins da cobertura 
de Vendaval/ Fumaça, 
compreende-se, num mesmo 
evento, a manifestação de 
fenômenos cobertos, ainda que 
de forma não contínua, durante 
um período de 72 horas.
UNIDADE 3
44SEGUROS COMPREENSIVOS
Exemplo de cobertura de mercado:
 ■ Vendaval, Furacão, Ciclone,Tornado, Granizo, Queda de Aeronave, 
Impacto de Veículos Terrestres, e Fumaça.
Entende-se por:
 ■ Aeronave - qualquer engenho aéreo ou espacial, bem como qual-
quer objeto integrante dela ou por ela transportado.
 ■ Veículo terrestre - aquele que possa ou não dispor de tração pró-
pria.
 ■ Fumaça – aquela que provenha de desarranjo imprevisível, repen-
tino e extraordinário no funcionamento de qualquer aparelho que 
seja parte integrante da instalação de calefação, aquecimento ou 
da cozinha do imóvel segurado e somente quando tal aparelho se 
encontre conectado a uma chaminé por um cano condutor de fumo.
Para efeito dessa cobertura, entende-se por “vendaval” os ventos de velo-
cidade igual ou superior a 15 metros por segundo ou 54 km/h (quilômetros 
por hora).
 — Cobertura Tumulto, Greve e Lockout
Cobertura que ampara as perdas e danos causados aos bens cobertos por 
atos predatórios, ocorridos durante tumulto, greve ou lockout, cujas defini-
ções apresentamos a seguir:
Tumulto 
Ação de pessoas, com características de aglomeração, que perturbe 
a ordem pública por meio da prática de atos predatórios, para cuja 
repressão não haja necessidade de intervenção das Forças Armadas.
Greve
Ajuntamento de mais de três pessoas da mesma categoria ocupacional 
que se recusam a trabalhar ou a comparecer onde as chama o dever.
Lockout 
Cessação da atividade por ato ou fato do empregador.
Saiba mais
As coberturas de tumulto 
do mercado podem incluir 
também danos causados 
por Incêndio e Atos Dolosos, 
desde que decorrentes dos 
eventos cobertos e conforme a 
seguradora.
A maioria das seguradoras exclui 
o Saque da cobertura de Tumulto/
Greve/Lockout, entendido como 
a subtração violenta dos bens 
pertences ao segurado, por uma 
ou mais pessoas.
UNIDADE 3
45SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Roubo ou Furto 
Qualificado de Bens
Cobertura comum a todos os compreensivos e que ampara as perdas e/ou 
danos materiais causados aos bens de propriedade do segurado por:
 ■ roubo ou furto qualificado, caracterizado com destruição ou rompi-
mento de obstáculo;
 ■ extorsão, de acordo com a definição do artigo 158 do Código Penal;
 ■ danos causados a portas e janelas, bem como danos às fechaduras 
e outras partes do imóvel, onde os bens cobertos encontram-se 
localizados, quer o furto qualificado tenha se consumado ou não, 
ou tenha se caracterizado como simples tentativa.
Riscos Excluídos / Prejuízos Não Indenizáveis 
/ Bens Não Compreendidos no Seguro
Normalmente, o mercado de seguros não ampara quaisquer prejuízos, 
ônus, perdas ou danos, direta ou indiretamente causados por, resultantes 
de, ou para os quais tenham contribuído:
a) apropriação indébita, nos termos do artigo 168 do Código Penal: 
“Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção”;
b) furto simples (sem qualquer vestígio de sua ocorrência);
c) estelionato, na forma definida pelo artigo 171 do Código Penal: 
“Obter para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo alguém em erro mediante artifício, ardil ou qualquer 
outro meio fraudulento”;
d) extorsão mediante sequestro, nos termos do artigo 159 do Códi-
go Penal: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”;
e) infidelidade, cumplicidade, dolo ou culpa grave equiparável ao 
dolo de diretores, sócios, empregados ou prepostos do segurado;
f) roubo ou furto praticado com cumplicidade, dolo ou culpa grave 
equiparável ao dolo de diretores, sócios, empregados ou prepos-
tos do segurado.
Observação
Entende-se por:
Roubo: ato de subtração de 
bens segurados cometido 
mediante grave ameaça ou 
emprego de violência contra a 
pessoa, ou depois de havê-la, 
por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência, 
quer pela ação física, quer pela 
aplicação de narcóticos ou 
assalto à mão armada.
Furto qualificado: furto 
cometido, exclusivamente, com 
destruição ou rompimento 
de obstáculos, ou mediante 
emprego de chave falsa, gazua 
ou instrumentos semelhantes, 
desde que a utilização de 
qualquer desses meios tenha 
deixado vestígios materiais 
inequívocos ou sido constatada 
por laudo pericial policial.
Extorsão: constranger 
alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, com o intuito de 
obter, para si ou para outrem, 
indevida vantagem econômica, 
a fazer, tolerar que se faça, ou 
deixar de fazer alguma coisa 
(artigo 158 do Código Penal).
UNIDADE 3
46SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Roubo de Valores no 
Interior do Estabelecimento Segurado
Cobertura voltadapara contratações de seguros compreensivos empresa-
riais e que ampara os prejuízos decorrentes de:
a) roubo ou furto qualificado caracterizado, com destruição ou rom-
pimento de obstáculo, de valores de propriedade do segurado, 
quando ocorridos no interior do estabelecimento segurado;
b) destruição ou perecimento dos valores em consequência ou 
decorrente da simples tentativa de roubo ou furto qualificado; 
c) extorsão de acordo com a definição do artigo 158 do Código Penal.
As definições para roubo, furto qualificado e extorsão encontram-se na 
página anterior.
Entende-se por valores: dinheiro em espécie, cheques em moeda corren-
te, vale-refeição, vale alimentação, vale-transporte, vale-combustível e outras 
formas de títulos ou certificados que representem dinheiro, desde que não 
sejam mercadorias inerentes ao ramo de negócio do segurado.
Riscos Excluídos/Prejuízos Não Indenizáveis/
Bens Não Compreendidos no Seguro
Normalmente, o mercado de seguros não ampara quaisquer prejuízos, 
ônus, perdas ou danos, direta ou indiretamente causados por, resultantes 
de, ou para os quais tenham contribuído:
a) apropriação indébita, nos termos do artigo 168 do Código Penal: 
“Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção”;
b) furto simples (sem qualquer vestígio de sua ocorrência);
c) estelionato, na forma definida pelo artigo 171 do Código Penal: 
“Obter para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo alguém em erro mediante artifício, ardil ou qualquer 
outro meio fraudulento”;
d) extorsão mediante sequestro, nos termos do artigo 159 do Códi-
go Penal: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”;
e) infidelidade, cumplicidade, dolo ou culpa grave equiparável ao 
dolo de diretores, sócios, empregados ou prepostos do segurado;
f) roubo ou furto praticado com cumplicidade, dolo ou culpa grave 
equiparável ao dolo de diretores, sócios, empregados ou prepos-
tos do segurado. 
Saiba mais
As seguradoras costumam exigir 
determinados critérios para o 
acondicionamento de valores 
e limites de valores cobertos 
dentro e fora de cofres, conforme 
o tipo de atividade empresarial 
envolvida.
UNIDADE 3
47SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Roubo de Valores em 
Trânsito em Mãos de Portadores
Cobertura também voltada para contratações de seguros compreensivos 
empresariais e que ampara os prejuízos decorrentes de roubo ou furto de 
valores ocorridos em trânsito em mãos de portadores.
Entende-se por portadores: pessoas às quais são confiados os valores 
para missões externas de remessas, retiradas ou pagamentos, entenden-
do-se como tais empregados do Segurado, com o respectivo registro em 
carteira, bem como os sócios e diretores que façam parte do estatuto ou 
contrato social da empresa.
Entende-se por valores: dinheiro em espécie, cheques em moeda cor-
rente, vale-refeição, vale alimentação, vale-transporte, vale-combustível e 
outras formas de títulos ou certificados que representem dinheiro, desde 
que não sejam mercadorias inerentes ao ramo de negócio do segurado.
Riscos Excluídos/Prejuízos Não Indenizáveis/
Bens Não Compreendidos no Seguro
Normalmente, o mercado de seguros não ampara quaisquer prejuízos, 
ônus, perdas ou danos, direta ou indiretamente causados por, resultantes 
de, ou para os quais tenham contribuído:
a) apropriação indébita, nos termos do artigo 168 do Código Penal: 
“Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção”;
b) furto simples (sem qualquer vestígio de sua ocorrência);
c) estelionato, na forma definida pelo artigo 171 do Código Penal: 
“Obter para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo alguém em erro mediante artifício, ardil ou qualquer 
outro meio fraudulento”;
d) extorsão mediante sequestro, nos termos do artigo 159 do Código 
Penal: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”;
e) infidelidade, cumplicidade, dolo ou culpa grave equiparável ao 
dolo de diretores, sócios, empregados ou prepostos do segurado;
f) roubo ou furto praticado com cumplicidade, dolo ou culpa grave equipará-
vel ao dolo de diretores, sócios, empregados ou prepostos do segurado.
Saiba mais
As seguradoras costumam exigir 
determinados critérios para o 
transporte de valores conforme o 
limite dos valores transportados.
UNIDADE 3
48SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Quebra de Vidros 
Cobertura demandada por todos os seguros compreensivos e que, nor-
malmente, garante as perdas ou pelos danos materiais sofridos por vidros, 
regularmente existentes e instalados no(s) local(is) segurado(s) descrito(s) 
na apólice, em consequência de:
 ■ quebra de vidros, causada por imprudência ou culpa de terceiros, 
ou por ato involuntário do segurado, de membros de sua família ou 
de seus empregados e prepostos;
 ■ quebra de vidros resultante da ação de calor artificial e granizo.
E mais as despesas decorrentes das seguintes medidas:
 ■ reparo ou reposição dos encaixes dos vidros, quando atingidos 
pelo sinistro, ou remoção, reposição ou substituição de obstru-
ções, exceto janelas, paredes e aparelhos quando necessário ao 
serviço de reparo ou substituição dos vidros danificados;
 ■ instalação provisória de vidros ou vedação nas aberturas que con-
tenham os vidros danificados durante o tempo necessário ao seu 
reparo ou à substituição.
Esta cobertura pode variar pelo mercado tanto pelos tipos de vidros cober-
tos, como pelas exclusões de cada seguradora. De uma forma geral, ampa-
ra os vidros regularmente existentes e instalados em portas, janelas, clara-
boias, paredes divisórias vitrinas, balcões e mesas de escritório.
O mercado oferece ainda variantes desta cobertura, incluindo mais bens 
cobertos, como:
 ■ Cobertura de Quebra de Vidros, Espelhos, Mármores e Azulejos.
 — Cobertura Anúncio Luminoso
Cobertura demandada por compreensivos condominiais e empresariais, 
garante perdas ou danos materiais causados aos letreiros, anúncios lumi-
nosos e painéis, inclusive às respectivas estruturas e bases, decorrentes de 
quaisquer acidentes de causa externa, salvo os expressamente excluídos.
Os principais riscos excluídos são:
 ■ sobrecarga, isto é, por carga cujo peso exceda a capacidade nor-
mal da estrutura do suporte;
 ■ danos elétricos;
 ■ queda, quebra, amassamento ou arranhadura, salvo se decorren-
tes de acidente coberto por esta apólice;
 ■ operações de reparos, ajustamentos, serviços de manutenção em 
geral.
UNIDADE 3
49SEGUROS COMPREENSIVOS
 — Cobertura Desmoronamento 
Cobertura mais restrita no mercado, comum a todos os compreensivos, que 
abrange as perdas e os danos materiais decorrentes de desmoronamen-
to parcial ou total de edifícios/prédios existentes no local segurado, 
decorrente de qualquer causa, inclusive por convulsões da natureza, tais 
como tufão, furacão, erupção vulcânica, inundação e terremoto ou qualquer 
outra convulsão da natureza.
Para efeito dessa cobertura, entende-se por “desmoronamento parcial”: 
o desmoronamento de paredes ou de qualquer elemento estrutural (colu-
na, viga, laje de piso ou de teto), excetuando-se o simples desabamento de 
revestimentos, marquises, beirais, acabamentos, efeitos arqui- tetônicos, 
telhas e similares, os quais somente estarão cobertos se os danos sofridos 
por tais elementos forem consequentes de desmoronamento de parede 
ou de qualquer elemento estrutural citado.
 — Cobertura Equipamentos Móveis 
Cobertura oferecida normalmente em compreensivos empresariais, garan-
te as perdas ou os danos materiais causados aos equipamentos móveis 
descritos na apólice, por acidentes decorrentes de causa externa, enquan-
to estiverem nos canteiros de obras ou locais de trabalho, considerando-
-se, também, como tais, locais de guarda, assim como sua transladação 
fora desses lugares, por autopropulsão ou qualquer

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