Buscar

Questões de residência - OBSTETRÍCIA com gabarito [parte 1]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caderno de questões
Obstetrícia 2021.2
Monitoras:
Ayla Nóbrega, Louyse Morais e
Raquel Hoffmann
LISTA DE QUESTÕES - OBSTETRÍCIA
2ª PROVA
MONITORAS: AYLA NÓBREGA, LOUYSE MORAIS E RAQUEL HOFFMANN
1. Qual é o melhor método contraceptivo para uma mulher de 24 anos, hígida, G3P2A0 [partos
normais], que se encontra na 21ª semana de gestação e não deseja mais engravidar?
a. Pílula anticoncepcional combinada logo após o parto
b. Indicar cesariana para realização de laqueadura tubária
c. Propor inserção de DIU após o parto
d. Laqueadura tubária nas primeiras horas de pós-parto normal por via infra umbilical.
2. Em 1954, Nicholas J. Eastman afirmou que o cuidado pré-natal organizado “foi responsável
pelo salvamento de mais vidas de mães do que qualquer outro fator isoladamente”. Das
seguintes avaliações abaixo, durante o pré-natal de rotina em uma gestação normal, a mais
importante que permite uma decisão informada é:
a. A determinação da pressão arterial.
b. Determinação do índice massa corporal.
c. Determinação da altura do fundo uterino.
d. Do exame físico e exame da pelve.
e. Determinação da idade gestacional.
3. Puérpera apresentando, 2 semanas após o parto, quadro de irritabilidade, desânimo, ansiedade
e sensibilidade exacerbada a críticas. Esse quadro é altamente sugestivo de:
a. Blues puerperal
b. Depressão puerperal
c. Esquizofrenia
d. Psicose puerperal
4. O uso do ácido fólico na prevenção dos defeitos abertos do tubo neural já está bem definido.
Nas pacientes de baixo risco para esse defeito, a dose diária de ácido fólico recomendada na
fase pré-gestacional e durante a fase de organogênese é de:
a. 0,2 mg.
b. 0,3 mg.
c. 0,4 mg.
d. 0,5 mg.
5. Em razão dos casos que começaram a surgir no Brasil recentemente, algumas gestantes têm
procurado pela vacina contra o sarampo. A informação correta a ser dada a essas grávidas é
que a vacina:
a. Deve ser realizada em qualquer idade gestacional.
b. Deve ser realizada após a 12ª semana de gestação.
c. Deve ser realizada a partir da 20ª semana de gestação.
d. Não deve ser realizada durante a gestação.
6. No contexto da assistência integral à saúde da mulher, a assistência pré-natal deve ser
organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes, mediante utilização
dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos disponíveis mais
adequados para cada caso. Os cuidados na gravidez devem ir além das consultas periódicas ao
obstetra. O estilo de vida que a mulher adota entre essas visitas faz toda a diferença. Estar
alerta ao corpo e se manter saudável são medidas que contribuem - e muito - para uma
gravidez tranquila, um parto seguro e uma recuperação mais rápida. Nesse contexto, marque a
afirmativa CORRETA:
a. Exercícios físicos devem ser desestimulados, uma vez que aumentam o risco de parto
prematuro e pioram a lombalgia.
b. As gestantes devem ser vacinadas para rubéola durante o pré-natal, uma vez que a
infecção pelo vírus durante a gestação está associada à síndrome da rubéola
congênita, restrição de crescimento fetal e óbito fetal.
c. A gestante deve ser orientada a reduzir o consumo de álcool durante o pré-natal. A
dose diária não pode ultrapassar 10 g de álcool por semana.
d. É importante a gestante receber informações sobre o aleitamento e técnicas de
amamentação durante as consultas de pré-natal.
7. Mulher de 18 anos está em uso de antibioticoterapia para tratamento de infecção puerperal,
mas continua com febre persistente, mesmo na ausência clínica ou de exames
complementares que sugiram abscesso. Exame físico normal. O diagnóstico provável é:
a. Parametrite
b. Embolia gordurosa
c. Tromboflebite pélvica séptica
d. Endometrite por anaeróbios
8. Gestante de 18 semanas vem para primeira consulta de rotina e o obstetra encontra altura
uterina de 25 cm. Há suspeita de:
a. Insuficiência placentária.
b. Infecção congênita.
c. Oligoâmnio.
d. Amniorrexe prematura.
e. Erro de data
9. Sobre a assistência pré-natal, é incorreto afirmar:
a. A colpocitologia oncótica não deve ser realizada na primeira consulta de pré-natal,
pois aumenta o risco de abortamento.
b. Pacientes com peso normal devem ganhar de 11,5 a 16 kg durante a gravidez.
c. Como os sais de ferro provenientes apenas da dieta passam a ser insuficientes após 20
semanas para a maioria das gestantes, recomenda-se a suplementação com 60 mg/dia
de ferro elementar.
d. Pacientes com sorologia para toxoplasmose IgG + e IgM - são consideradas imunes.
e. A ultrassonografia realizada entre 20 e 24 semanas de gestação tem por objetivo
avaliar a morfologia do feto.
10. Primigesta de 30 anos de idade, sem antecedentes mórbidos ou cirurgias prévias e índice de
massa corpórea 25 kg/m2, compareceu na primeira consulta pré-natal com 12 semanas de
gravidez. Apresentam tipagem sanguínea “A” Rh positivo e seu parceiro “O” Rh negativo.
Classificada como pré-natal de baixo risco. Para esta pacientes, é correto afirmar que:
a. A suplementação de ácido fólico, ferro, cálcio e ômega-6 será fundamental.
b. A incompatibilidade sanguínea entre os pais aumenta o risco de abortamento.
c. Indicar USG mensal não vai melhorar o prognóstico perinatal.
d. O ganho de peso ideal para ela está entre quatro e sete quilos.
11. Ayla, 23 anos, 10 dias pós-parto cesariana, retorna para a maternidade do HULW com queixa
de dor na mama esquerda e febre de 39°C. Ao exame físico, BEG, hidratada, eupneica, PA
100 x 60 mmHg, FC 98 bpm, TAx 38,5°C, mamas ingurgitadas, principalmente a esquerda.
Mama esquerda muito dolorosa e hiperemiada, com área de flutuação de 5 cm. Abdome sem
alterações, útero em involução e ferida operatória seca. Lóquios discreto e sem odor. Colo
fechado ao toque. Qual a melhor conduta terapêutica?
a. Internação, manter amamentação, cefoxitina e oxacilina IV, drenagem do abscesso.
b. Internação, suspender amamentação na mama esquerda, oxacilina IV
c. Tratamento ambulatorial com cefalexina VO por 14 dias, agendar retorno em 72h,
manter a amamentação.
d. Internação com drenagem do abscesso. Não há indicação de manter antibioticoterapia
após drenagem.
12. O puerpério é o período que vai da dequitação da placenta até a volta do organismo ao estado
pré-gravídico. Quais são as três fases que perpassam esse período?
13. O cuidado com as mamas antes e após o parto é fundamental para que a amamentação ocorra
adequadamente. Relacionado ao puerpério, pode-se afirmar que:
a. A mastite é quase sempre unilateral, precedida de ingurgitamento e a amamentação
deve ser suspensa até o final do tratamento medicamentoso nestes casos.
b. Quando há ingurgitamento mamário, a amamentação deve ser suspensa até que a
situação se resolva e a mama esteja esvaziada.
c. A fonte direta de microrganismos que causam mastite quase sempre é o nariz e a
garganta do bebê, por isso é recomendada a descolonização do bebê, sendo que a
amamentação não deve ser mantida.
d. Na presença de mastite, não é importante continuar a amamentação porque, com a
mama inflamada, o edema torna a aréola mais dura de prender com a boca.
e. Habitualmente, os sintomas da mastite são calafrios ou tremores seguidos de febre e
taquicardia; a dor é intensa, sendo que a mama fica dura e vermelha.
14. Puérpera, no 7º dia pós-cesárea, apresenta queixa de febre e dor abdominal. Ao exame,
encontra-se temperatura oral de 38°C, mamas túrgidas, abdome flácido, doloroso em região
suprapúbica. Ao toque, útero doloroso e hipoinvoluído. Loquiação de aspecto normal. O
diagnóstico mais provável e o tratamento são:
a. Acretismo placentário, curetagem uterina
b. Mastite aguda, penicilina cristalina
c. Pielonefrite, cefalosporina
d. Infecção puerperal, clindamicina e gentamicina.
15. Mulher, 28a, G2P0A1 refere corrimento vaginal em borra de café, leves dores na fossa ilíaca
esquerda e atraso menstrual. Exame físico: abdome: doloroso à palpação do baixo ventre;
toque vaginal: colo embebido e fechado e útero de difícil delimitação. Ultrassonografia
transvaginal: útero vazio, ausência de líquido livre na pelve e presença detumoração anexial
esquerda, de ecogenicidade heterogênea, medindo 3,0 cm de diâmetro, sugestivo de prenhez
ectópica. Beta hCG urinário: positivo. A CONDUTA É:
a. Metotrexato intramuscular seguido de laparotomia exploradora e preservação da
trompa.
b. Metotrexato intramuscular seguido de laparotomia exploradora e preservação da
trompa.
c. Laparotomia exploradora com salpingectomia e metotrexato intramuscular.
d. Metotrexato intramuscular e seguimento do Beta hCG sérico.
e. Conduta expectante e seguimento do Beta hCG sérico.
16. Mulher, 22a, primigesta, com idade gestacional de oito semanas (conforme data da última
menstruação e ultrassonografia precoce transvaginal de seis semanas). Refere sangramento
via vaginal abundante há 2 horas, associado a cólica intensa. Exame especular: moderada
quantidade de sangue coletado em fórnice posterior. Toque vaginal: útero intrapélvico sem dor
a palpação anexial; colo grosso, posterior e impérvio. Ultrassonografia transvaginal: útero de
140 cm3 , linha endometrial de 10 mm, anexos sem alterações. O diagnóstico é:
a. Gestação incipiente.
b. Abortamento incompleto.
c. Gestação ectópica.
d. Abortamento completo.
17. Paciente de 18 anos, com história de ciclos menstruais irregulares e vida sexual ativa, sem uso
de métodos contraceptivos, referindo última menstruação há 45 dias. Apresenta sangramento
transvaginal e dor. Dosagem sérica de beta-hCG 200 mlU/ml, sem imagem de gestação
intraútero na ultrassonografia transvaginal. Qual o diagnóstico mais adequado e a melhor
conduta a ser tomada nesta paciente?
a. Gravidez ectópica. Obter acesso venoso, reservar sangue e proceder a laparotomia
exploradora.
b. Ameaça de aborto. Solicitar novo beta-hCG quantitativo após 48 horas e repetir
ultrassom transvaginal quando beta-hCG > 1500 mlU/ml.
c. Doença trofoblástica gestacional. Solicitar tipagem sanguínea, hemograma e
radiografia de tórax. Realizar curetagem uterina convencional.
d. Abortamento completo. Prescrever antiespasmódico e ferro oral. Solicitar hemograma
e repetir ultrassom após 48 horas.
18. Gestante no 1. Trimestre de gestação, procura o PS com queixa de sangramento genital leve,
associada à dor tipo cólica em baixo ventre. O exame tocoginecológico revelou colo uterino
impermeável, presença de secreção sanguínea discreta em cavidade genital e, ao toque
bimanual, o fundo uterino é compatível com o tempo de amenorreia. O quadro clínico sugere:
a. Aborto completo;
b. Ameaça de aborto;
c. Aborto incompleto;
d. Aborto inevitável.
19. São consideradas condições que permitem o tratamento medicamentoso na gestação ectópica:
a. BHCG < 5000, estabilidade clínica e massa menor que 3-4 cm.
b. BHCG < 10000, líquido livre em pequena quantidade e BCF presentes.
c. Massa maior do que 3-4 cm, líquido livre em grande quantidade e BCF ausentes.
d. Desejo de nova gestação, BHCG < 20000, BCF presentes.
e. Ausência de abdome agudo, massa maior do que 5 cm, multiparidade.
20. Não é causa comum de polidramnia:
a. Doença hemolítica perinatal
b. Atresia de esôfago
c. Hipoxemia crônica
d. Diabetes mellitus
21. Qual a alternativa incorreta em relação aos valores do líquido amniótico medidos pela
ultrassonografia?
a. ILA = 5cm = oligoidrâmnio
b. Bolsão único = 2cm = oligoidrâmnio
c. ILA = 25 cm = polidrâmnio
d. Bolsão único entre 2,1 – 8 cm = normal
e. ILA entre 8,1 e 25 = normal
22. Durante consulta de pré-natal normal, observa-se altura uterina abaixo do esperado para a
idade gestacional. Deve-se pensar, nesse caso, em:
a. diabetes gestacional.
b. agenesia renal fetal.
c. atresia de esôfago
d. isoimunização materno-fetal.
23. No puerpério imediato de uma gestação que transcorria com polidramnia, a principal
complicação a ser observada é a hemorragia por:
a. Inversão uterina aguda.
b. Laceração de trajeto, principalmente colo uterino
c. Atonia uterina
d. Restos placentários
e. Sinéquias
24. São causas de oligoâmnio, EXCETO:
a. Atresia esofágica fetal.
b. Insuficiência placentária grave.
c. Agenesia renal bilateral fetal.
d. Ruptura prematura de membranas.
e. Uso, por parte da mãe, de substâncias inibidoras da síntese de prostaglandinas.
25. Gestante de 8 semanas, altura uterina 13 cm, apresenta sangramento via vaginal com cólicas
discretas. Ao toque, colo dilatado 1 cm com eliminação de material amorfo de aspecto
vesicular. O diagnóstico mais provável é:
a. abortamento inevitável.
b. abortamento retido.
c. mola hidatiforme.
d. abortamento incompleto.
26. A NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL, é um tumor funcionante, produtor de
HCG e que compreende dois tipos de mola: a mola completa e a mola parcial. A respeito da
mola completa é correto afirmar que:
a. É menos comum, tem pequenas vesículas hidrópicas (até 5 mm, existe feto e/ou
amnio.
b. O cariótipo é habitualmente triplóide ( 69, XXX ou 69, XXY.
c. É a mais encontrada, com grandes vesículas, ausência de feto e/ou amnio, tem níveis
elevados de beta - HCG e hiperplasia trofoblástica grosseira.
d. Tem menor probabilidade de transformação em coriocarcinoma.
e. Tem cariótipo 46 XXY e não faz edema generalizado das vilosidades.
27. Em relação à Doença Trofoblástica Gestacional, assinale a alternativa INCORRETA.
a. Representa diagnóstico diferencial com prevalência rara dos sangramentos de
primeiro trimestre gestacional.
b. A eliminação via vaginal de vesículas em meio a sangramento constitui forte indício
da presença de gestação molar.
c. Achado de embrião com vitalidade exclui a possibilidade de mola hidatiforme.
d. Coriocarcinoma é precedido em 50% dos casos por uma gestação molar e em 50% de
uma gestação não molar.
28. São drogas sabidamente teratogênicas, EXCETO:
a. Isotretinoína.
b. Metotrexate.
c. Tetraciclina.
d. Dimenidrinato.
29. Em relação ao uso de drogas na gestação, marque a alternativa incorreta:
a. A insulina é o agente preferido para o manejo do diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 na
gravidez, porque não atravessa a placenta.
b. A metildopa é a droga de escolha para HAS na gravidez, sendo a segunda escolha,
quando precisa associar, um bloqueador de canal de cálcio, como o nifedipino,
embora exista efeito teórico de baixar bruscamente a pressão, afetando a perfusão
uteroplacentária.
c. Metronidazol via oral é uma boa escolha para o tratamento da vaginose bacteriana.
d. A prednisona, por atravessar a barreira útero-placentária, não deve ser utilizada na
gestação, sendo os antiinflamatórios não esteroidais - AINES - a melhor escolha.
30. Em relação à Síndrome Alcoólica fetal, NÃO se pode afirmar:
a. Baixo peso ao nascer.
b. O comprometimento do Sistema nervoso central é estrutural, não comprometendo a
sua função.
c. Fissuras palpebrais pequenas.
d. Implantação baixa de orelhas.
e. Microftalmia.
GABARITO
1. Letra C. A pílula combinada é contraindicada logo após o parto, pois a mulher está em um
estado de alto risco de trombose [até mais do que era na gravidez]. Laqueadura não indica
cesárea, principalmente porque os dois últimos partos da mulher foram normais [vai submeter
a mulher a uma cesariana só para isso?]. Poderia fazer laqueadura infraumbilical após o parto
vaginal? Sim, mas só se a mulher tivesse indicação [cesarianas sucessivas anteriores ou
doença de base que daria risco para a mulher caso fosse submetida ao segundo ato cirúrgico
ou anestésico]. Sendo assim, a melhor alternativa é o DIU pós-parto.
2. Letra E. Preciso justificar? A idade gestacional é fundamental para o acompanhamento da
gestação, a determinação dos exames a serem solicitados e a data provável do parto. Sem ele,
o acompanhamento pré-natal fica perdido.
3. Letra A. A depressão puerperal costuma ter início nas primeiras 4 semanas do puerpério,
apresentando sintomas mais graves, como perda de apetite, desinteresse pela amamentação e
pela criança, anedonia. A esquizofrenia é uma condição psiquiátrica caracterizada por
distorções do pensamento e da percepção, por inadequação e embotamento do afeto, o que
não está relacionado com o quadro descrito. Já a psicose puerperal é um quadro muito grave,
em que há perdade senso da realidade, com alucinações e delírios maternos, havendo risco de
vida para mãe e filho. O diagnóstico, portanto, é de blues puerperal, que costuma ter início no
terceiro dia após o parto, podendo se estender até as 2 semanas de puerpério, com resolução
espontânea em seguida.
4. Letra C. Sim, isso pode ser cobrado.
5. Letra D. Grávida não pode receber vacina de vírus atenuado.
6. Letra D. Deve-se estimular exercícios físicos de leve a moderada intensidade. A vacina da
rubéola é de vírus atenuado e, portanto, contraindicada na gestação. Não existe dose segura de
álcool durante a gestação.
7. Letra C. A tromboflebite pélvica séptica é um diagnóstico de exclusão, caracterizado pela
formação de coágulos nos vasos pélvicos relacionada a infecções, estando envolvidos os
vasos ovarianos, ilíacos comuns, hipogástricos, vaginais e veia cava inferior. A veia ovariana
é o sítio mais comum. A parametrite se manifesta com toque genital muito doloroso e febre
alta [não é o caso da paciente]. Além disso, não há história de trauma ou fratura óssea para
pensar em embolia gordurosa [também não há sinais de insuficiência respiratória no exame
físico]. Por fim, se fosse endometrite, a paciente não estaria com exame físico normal na
vigência de febre e apresentaria sintomas, como útero subinvoluído, hipersensível, amolecido,
colo entreaberto, com lóquios piossanguinolentos e fétidos.
8. Letra E. Uma dica: em geral, entre 20 e 32 semanas, a altura uterina da mulher é
correspondente à idade gestacional que ela apresenta. Por exemplo, uma gestante de 25
semanas tem que ter, aproximadamente, 25 cm de altura uterina. Perceba que essa gestante
tem uma altura uterina aumentada para a idade gestacional. Como ela não foi para a consulta
de pré-natal no primeiro trimestre, muito provavelmente há um erro na datação da sua
gestação. Lembre-se que o período mais fidedigno para datar uma gestação é o primeiro
trimestre.
9. Letra A. A colpocitologia oncótica deve ser realizada na primeira consulta de pré-natal, se a
última coleta foi feita há mais de um ano. A coleta não aumenta o risco de abortamento.
10. Letra C. Cálcio e ômega 3 não são suplementados rotineiramente em gestantes. Ácido fólico
é indicado até a 4ª-5ª semana de gestação. Não existe incompatibilidade sanguínea [mãe
Rh+]. O ganho ideal de peso seria entre 7 e 11,5 kg, pois ela está em sobrepeso.
11. Letra A. A paciente deve ser internada para drenagem do abscesso, a amamentação deve ser
mantida e se deve usar uma cefalosporina e oxacilina no caso. Não há indicação de suspender
a amamentação e a antibioticoterapia deve ser mantida após a drenagem por um período
mínimo de 14 dias.
12. Pós-parto imediato - 1º ao 10º dia; pós-parto tardio - 10º ao 45º dia; pós-parto remoto - >
45 dias até o fim da amamentação.
13. Letra E. A amamentação não deve ser suspensa nos casos de mastite. A fonte de infecção
pode ser o nariz e a garganta do lactente quando em presença de infecção, porém o principal
meio de infecção ocorre através de fissuras mamárias [porta de entrada], permitindo a
infecção por bactérias da própria pele da mãe.
14. Letra D. Provavelmente é uma endometrite, que é a infecção puerperal mais prevalente,
surgindo normalmente entre o 4º e 5º dia após o parto.
15. Letra D. Uma paciente com atraso menstrual, discreto sangramento transvaginal, dor em
fossa ilíaca esquerda, beta-hcg positivo e cavidade uterina vazia à ultrassonografia tem como
principal hipótese diagnóstica a gestação ectópica. Diante da estabilidade clínica e do
tamanho da tumoração anexial, podemos optar pelo tratamento medicamentoso com
metotrexate e seguimento com beta-hCG. Uma outra opção de tratamento, ausente nas
alternativas, seria o tratamento cirúrgico com laparoscopia.
16. Letra D. Sangramento no 1o trimestre até que se prove o contrário, pensamos em
abortamento. Se colo uterino aberto poderíamos ter um abortamento em curso / inevitável ou
abortamento incompleto. Com colo fechado temos as opções: abortamento retido, ameaça de
aborto ou abortamento completo. A paciente já tem um ultrassom com 6 semanas de gestação
que comprovou gestação intrauterina com essa idade gestacional, o que já exclui gestação
ectópica (letra c). Com 8 semanas deveríamos ver o saco gestacional com embrião e até com
batimento cardíaco embrionário, mas a paciente chega com sangramento abundante, cólicas e
no ultrassom foi evidenciado apenas uma linha endometrial de 10mm, ou seja, já eliminou
tudo o que tinha no útero, configurando um abortamento completo. Não é incompleto por dois
motivos: teríamos um eco endometrial acima de 15mm e o colo estaria aberto.
17. Letra B. Devemos lembrar que todo sangramento no começo da gestação recebe o nome de
“ameaça de abortamento” inicialmente até que haja maiores esclarecimentos sobre a
localização. Além disso, quando temos um beta-hcg abaixo do limite discriminatório, não é
possível visualizar imagem intraútero, não sendo capaz de diferenciar gestação ectópica de
gestação tópica nesse momento. A conduta, portanto, deve ser a realização de beta-hcg
quantitativo seriado, com repetição da ultrassonografia após atingir o limite discriminatório de
1500 mUI/ml.
18. Letra B. Gestante no 1o trimestre com sangramento genital leve e dor em cólica. Ao exame,
foi identificado colo impérvio e secreção sanguínea discreta em cavidade genital, com fundo
uterino compatível com tempo de amenorreia. Ou seja, gestação com tamanho uterino
compatível com a data da última menstruação + sangramento vaginal + colo impérvio é
AMEAÇA DE ABORTO. No aborto completo o útero estaria menor que o tempo de
amenorreia, no aborto incompleto e no inevitável o colo uterino estaria pérvio.
19. Letra A. Critérios para tratamento clínico com Metotrexato na gestação ectópica: paciente
estável hemodinamicamente, com gestação ectópica ÍNTEGRA, massa anexial menor que 3,5
a 4cm (depende da referência), ausência de batimento cardíaco embrionário, BhCG menor
que 5.000 mUI/mL.
20. Letra C. Alternativa A - Incorreta: A doença hemolítica perinatal gera um estado
hiperdinâmico do fluxo sanguíneo fetal, o que aumenta a perfusão renal e, consequentemente,
a diurese do bebê. Sendo assim, essa doença pode dar origem a uma polidramnia. Alternativa
B - Incorreta: A atresia de esôfago é uma condição que vai atrapalhar esse ciclo de renovação
do LA por prejudicar a deglutição fetal. Cerca de 24 a 48 horas são suficientes para que todo
o LA seja renovado! Mas, em casos assim, a reabsorção fica comprometida e há acúmulo
desse líquido, gerando polidramnia. Alternativa C - Correta: O estado de hipóxia não tem
relação com aumento do volume amniótico. Sendo assim, essa alternativa não traz uma causa
de polidramnia. Alternativa D - Incorreta: O DM faz com que o LA ganhe poder oncótico
pela hiperosmolaridade. Por conta disso, a tendência é que esse líquido ganhe volume na
tentativa de equilibrar as forças osmóticas.
21. Letra E. Alternativa A - Correta: ILA menor ou igual a 5 é considerado oligoâmnio.
Alternativa B - Correta: Maior bolsão menor ou igual a 2cm também é considerado
oligoâmnio. Alternativa C - Correta: Um ILA de 25cm ultrapassa 18cm, logo já é considerado
polidrâmnio. Alternativa D - Correta: Exato! Bolsão único entre 2,1 – 8 cm está dentro dos
padrões da normalidade. Alternativa E - Incorreta: Ultrapassou 18cm, já é considerado
polidrâmnio por alguns autores.
22. Letra B. [Alternativa A - incorreta]. Diabetes gestacional: no diabetes, devido ao quadro de
hiperglicemia fetal, ocorre uma maior diurese do feto, gerando um AUMENTO do líquido
amniótico - INCORRETA. [Alternativa B - correta]. Agenesia renal: devido a insuficiente
produção de urina pelo feto, por conta de uma malformação fetal, temos uma DIMINUIÇÃO
do líquido amniótico - CORRETA. [Alternativa C - incorreta]. Atresia de esôfago: devido a
menor absorção de líquido amniótico pelo feto, por conta de uma malformação esofágica,
temos um ACÚMULO do líquido amniótico - INCORRETA. [Alternativa D - incorreta].
Isoimunização: devido a mecanismos ainda nãomuito bem definidos, essa patologia materno
fetal tende a gerar um aumento do líquido amniótico - INCORRETA.
23. Letra C. O polidrâmnio pode aumentar o risco de complicações maternas e perinatais, como
dificuldade respiratória materna, apresentações fetais anômalas, rotura prematura das
membranas, trabalho de parto pré-termo, descolamento prematuro de placenta, distocia
funcional, prolapso de membros ou do cordão umbilical e atonia uterina, sendo esta a
principal complicação hemorrágica de polidrâmnio.
24. Letra A. Atresia Esofágica é uma causa de polidrâmnio e não de oligoâmnio.
25. Letra C. Sangramento uterino de primeira metade nos faz pensar em 3 diferenciais:
Abortamento, Gestação ectópica, Mola hidatiforme. Sangramento com VESÍCULAS
acontece na mola hidatiforme!!
26. Letra C. [Alternativa A - Incorreta]: a mola hidatiforme completa é o tipo de neoplasia
trofoblástica gestacional mais comum e apresenta inúmeras vesículas hidrópicas sem tecido
embrionário. [Alternativa B - Incorreta]: ela resulta da fecundação de um óvulo sem núcleo
ativo, sendo todos os genes de origem paterna. Dessa forma, o **cariótipo é diploide **(46,
XX ou 46, XY). [Alternativa C - Correta]: quanto à histopatologia, na mola hidatiforme
completa não há elementos fetais, havendo proliferação generalizada e mais pronunciada do
trofoblasto e, consequentemente, maior produção de beta-hCG. [Alternativa D - Incorreta]:
ela apresenta maior frequência de atipias, o que resulta em maior risco de malignização.
27. Letra C. A mola hidatiforme é um tipo histológico benigno de doença trofoblástica
gestacional, que pode ser completa ou incompleta. Nos casos de mola incompletas, também
chamadas de mola parcial, tem-se a fecundação de um mesmo óvulo por dois espermatozóide.
Assim, teremos material materno e paterno formando o tecido fetal, cujo embrião a ser
formado pode, ou não ter BCF. Logo, o embrião com vitalidade, ou seja, BCF presente, não
exclui o diagnóstico de DTG.
28. Letra D. O Dimenidrinato é uma droga de categoria de risco B na gestação, o que implica
dizer que nos estudos não foram constatados relatos de malformação com o seu uso, sendo
assim liberado o seu uso na gestação.
29. Letra D. A prednisona tem seu metabólito ativo inativado em nível placentário, portanto não
alcança o feto e pode ser usada durante gestação. Em relação aos AINES, no primeiro
trimestre estão relacionados com aborto espontâneo e defeitos congênitos e no terceiro
trimestre seu uso deve ser evitado por mais de 48 horas, por causa do risco de constrição do
ducto arterioso.
30. Letra B. O comprometimento do SNC na SAF é estrutural, neurológico e funcional.

Outros materiais