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Caderno de questões Obstetrícia 2021.2 Monitoras: Ayla Nóbrega, Louyse Morais e Raquel Hoffmann LISTA DE QUESTÕES - OBSTETRÍCIA 2ª PROVA MONITORAS: AYLA NÓBREGA, LOUYSE MORAIS E RAQUEL HOFFMANN 1. Qual é o melhor método contraceptivo para uma mulher de 24 anos, hígida, G3P2A0 [partos normais], que se encontra na 21ª semana de gestação e não deseja mais engravidar? a. Pílula anticoncepcional combinada logo após o parto b. Indicar cesariana para realização de laqueadura tubária c. Propor inserção de DIU após o parto d. Laqueadura tubária nas primeiras horas de pós-parto normal por via infra umbilical. 2. Em 1954, Nicholas J. Eastman afirmou que o cuidado pré-natal organizado “foi responsável pelo salvamento de mais vidas de mães do que qualquer outro fator isoladamente”. Das seguintes avaliações abaixo, durante o pré-natal de rotina em uma gestação normal, a mais importante que permite uma decisão informada é: a. A determinação da pressão arterial. b. Determinação do índice massa corporal. c. Determinação da altura do fundo uterino. d. Do exame físico e exame da pelve. e. Determinação da idade gestacional. 3. Puérpera apresentando, 2 semanas após o parto, quadro de irritabilidade, desânimo, ansiedade e sensibilidade exacerbada a críticas. Esse quadro é altamente sugestivo de: a. Blues puerperal b. Depressão puerperal c. Esquizofrenia d. Psicose puerperal 4. O uso do ácido fólico na prevenção dos defeitos abertos do tubo neural já está bem definido. Nas pacientes de baixo risco para esse defeito, a dose diária de ácido fólico recomendada na fase pré-gestacional e durante a fase de organogênese é de: a. 0,2 mg. b. 0,3 mg. c. 0,4 mg. d. 0,5 mg. 5. Em razão dos casos que começaram a surgir no Brasil recentemente, algumas gestantes têm procurado pela vacina contra o sarampo. A informação correta a ser dada a essas grávidas é que a vacina: a. Deve ser realizada em qualquer idade gestacional. b. Deve ser realizada após a 12ª semana de gestação. c. Deve ser realizada a partir da 20ª semana de gestação. d. Não deve ser realizada durante a gestação. 6. No contexto da assistência integral à saúde da mulher, a assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes, mediante utilização dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos disponíveis mais adequados para cada caso. Os cuidados na gravidez devem ir além das consultas periódicas ao obstetra. O estilo de vida que a mulher adota entre essas visitas faz toda a diferença. Estar alerta ao corpo e se manter saudável são medidas que contribuem - e muito - para uma gravidez tranquila, um parto seguro e uma recuperação mais rápida. Nesse contexto, marque a afirmativa CORRETA: a. Exercícios físicos devem ser desestimulados, uma vez que aumentam o risco de parto prematuro e pioram a lombalgia. b. As gestantes devem ser vacinadas para rubéola durante o pré-natal, uma vez que a infecção pelo vírus durante a gestação está associada à síndrome da rubéola congênita, restrição de crescimento fetal e óbito fetal. c. A gestante deve ser orientada a reduzir o consumo de álcool durante o pré-natal. A dose diária não pode ultrapassar 10 g de álcool por semana. d. É importante a gestante receber informações sobre o aleitamento e técnicas de amamentação durante as consultas de pré-natal. 7. Mulher de 18 anos está em uso de antibioticoterapia para tratamento de infecção puerperal, mas continua com febre persistente, mesmo na ausência clínica ou de exames complementares que sugiram abscesso. Exame físico normal. O diagnóstico provável é: a. Parametrite b. Embolia gordurosa c. Tromboflebite pélvica séptica d. Endometrite por anaeróbios 8. Gestante de 18 semanas vem para primeira consulta de rotina e o obstetra encontra altura uterina de 25 cm. Há suspeita de: a. Insuficiência placentária. b. Infecção congênita. c. Oligoâmnio. d. Amniorrexe prematura. e. Erro de data 9. Sobre a assistência pré-natal, é incorreto afirmar: a. A colpocitologia oncótica não deve ser realizada na primeira consulta de pré-natal, pois aumenta o risco de abortamento. b. Pacientes com peso normal devem ganhar de 11,5 a 16 kg durante a gravidez. c. Como os sais de ferro provenientes apenas da dieta passam a ser insuficientes após 20 semanas para a maioria das gestantes, recomenda-se a suplementação com 60 mg/dia de ferro elementar. d. Pacientes com sorologia para toxoplasmose IgG + e IgM - são consideradas imunes. e. A ultrassonografia realizada entre 20 e 24 semanas de gestação tem por objetivo avaliar a morfologia do feto. 10. Primigesta de 30 anos de idade, sem antecedentes mórbidos ou cirurgias prévias e índice de massa corpórea 25 kg/m2, compareceu na primeira consulta pré-natal com 12 semanas de gravidez. Apresentam tipagem sanguínea “A” Rh positivo e seu parceiro “O” Rh negativo. Classificada como pré-natal de baixo risco. Para esta pacientes, é correto afirmar que: a. A suplementação de ácido fólico, ferro, cálcio e ômega-6 será fundamental. b. A incompatibilidade sanguínea entre os pais aumenta o risco de abortamento. c. Indicar USG mensal não vai melhorar o prognóstico perinatal. d. O ganho de peso ideal para ela está entre quatro e sete quilos. 11. Ayla, 23 anos, 10 dias pós-parto cesariana, retorna para a maternidade do HULW com queixa de dor na mama esquerda e febre de 39°C. Ao exame físico, BEG, hidratada, eupneica, PA 100 x 60 mmHg, FC 98 bpm, TAx 38,5°C, mamas ingurgitadas, principalmente a esquerda. Mama esquerda muito dolorosa e hiperemiada, com área de flutuação de 5 cm. Abdome sem alterações, útero em involução e ferida operatória seca. Lóquios discreto e sem odor. Colo fechado ao toque. Qual a melhor conduta terapêutica? a. Internação, manter amamentação, cefoxitina e oxacilina IV, drenagem do abscesso. b. Internação, suspender amamentação na mama esquerda, oxacilina IV c. Tratamento ambulatorial com cefalexina VO por 14 dias, agendar retorno em 72h, manter a amamentação. d. Internação com drenagem do abscesso. Não há indicação de manter antibioticoterapia após drenagem. 12. O puerpério é o período que vai da dequitação da placenta até a volta do organismo ao estado pré-gravídico. Quais são as três fases que perpassam esse período? 13. O cuidado com as mamas antes e após o parto é fundamental para que a amamentação ocorra adequadamente. Relacionado ao puerpério, pode-se afirmar que: a. A mastite é quase sempre unilateral, precedida de ingurgitamento e a amamentação deve ser suspensa até o final do tratamento medicamentoso nestes casos. b. Quando há ingurgitamento mamário, a amamentação deve ser suspensa até que a situação se resolva e a mama esteja esvaziada. c. A fonte direta de microrganismos que causam mastite quase sempre é o nariz e a garganta do bebê, por isso é recomendada a descolonização do bebê, sendo que a amamentação não deve ser mantida. d. Na presença de mastite, não é importante continuar a amamentação porque, com a mama inflamada, o edema torna a aréola mais dura de prender com a boca. e. Habitualmente, os sintomas da mastite são calafrios ou tremores seguidos de febre e taquicardia; a dor é intensa, sendo que a mama fica dura e vermelha. 14. Puérpera, no 7º dia pós-cesárea, apresenta queixa de febre e dor abdominal. Ao exame, encontra-se temperatura oral de 38°C, mamas túrgidas, abdome flácido, doloroso em região suprapúbica. Ao toque, útero doloroso e hipoinvoluído. Loquiação de aspecto normal. O diagnóstico mais provável e o tratamento são: a. Acretismo placentário, curetagem uterina b. Mastite aguda, penicilina cristalina c. Pielonefrite, cefalosporina d. Infecção puerperal, clindamicina e gentamicina. 15. Mulher, 28a, G2P0A1 refere corrimento vaginal em borra de café, leves dores na fossa ilíaca esquerda e atraso menstrual. Exame físico: abdome: doloroso à palpação do baixo ventre; toque vaginal: colo embebido e fechado e útero de difícil delimitação. Ultrassonografia transvaginal: útero vazio, ausência de líquido livre na pelve e presença detumoração anexial esquerda, de ecogenicidade heterogênea, medindo 3,0 cm de diâmetro, sugestivo de prenhez ectópica. Beta hCG urinário: positivo. A CONDUTA É: a. Metotrexato intramuscular seguido de laparotomia exploradora e preservação da trompa. b. Metotrexato intramuscular seguido de laparotomia exploradora e preservação da trompa. c. Laparotomia exploradora com salpingectomia e metotrexato intramuscular. d. Metotrexato intramuscular e seguimento do Beta hCG sérico. e. Conduta expectante e seguimento do Beta hCG sérico. 16. Mulher, 22a, primigesta, com idade gestacional de oito semanas (conforme data da última menstruação e ultrassonografia precoce transvaginal de seis semanas). Refere sangramento via vaginal abundante há 2 horas, associado a cólica intensa. Exame especular: moderada quantidade de sangue coletado em fórnice posterior. Toque vaginal: útero intrapélvico sem dor a palpação anexial; colo grosso, posterior e impérvio. Ultrassonografia transvaginal: útero de 140 cm3 , linha endometrial de 10 mm, anexos sem alterações. O diagnóstico é: a. Gestação incipiente. b. Abortamento incompleto. c. Gestação ectópica. d. Abortamento completo. 17. Paciente de 18 anos, com história de ciclos menstruais irregulares e vida sexual ativa, sem uso de métodos contraceptivos, referindo última menstruação há 45 dias. Apresenta sangramento transvaginal e dor. Dosagem sérica de beta-hCG 200 mlU/ml, sem imagem de gestação intraútero na ultrassonografia transvaginal. Qual o diagnóstico mais adequado e a melhor conduta a ser tomada nesta paciente? a. Gravidez ectópica. Obter acesso venoso, reservar sangue e proceder a laparotomia exploradora. b. Ameaça de aborto. Solicitar novo beta-hCG quantitativo após 48 horas e repetir ultrassom transvaginal quando beta-hCG > 1500 mlU/ml. c. Doença trofoblástica gestacional. Solicitar tipagem sanguínea, hemograma e radiografia de tórax. Realizar curetagem uterina convencional. d. Abortamento completo. Prescrever antiespasmódico e ferro oral. Solicitar hemograma e repetir ultrassom após 48 horas. 18. Gestante no 1. Trimestre de gestação, procura o PS com queixa de sangramento genital leve, associada à dor tipo cólica em baixo ventre. O exame tocoginecológico revelou colo uterino impermeável, presença de secreção sanguínea discreta em cavidade genital e, ao toque bimanual, o fundo uterino é compatível com o tempo de amenorreia. O quadro clínico sugere: a. Aborto completo; b. Ameaça de aborto; c. Aborto incompleto; d. Aborto inevitável. 19. São consideradas condições que permitem o tratamento medicamentoso na gestação ectópica: a. BHCG < 5000, estabilidade clínica e massa menor que 3-4 cm. b. BHCG < 10000, líquido livre em pequena quantidade e BCF presentes. c. Massa maior do que 3-4 cm, líquido livre em grande quantidade e BCF ausentes. d. Desejo de nova gestação, BHCG < 20000, BCF presentes. e. Ausência de abdome agudo, massa maior do que 5 cm, multiparidade. 20. Não é causa comum de polidramnia: a. Doença hemolítica perinatal b. Atresia de esôfago c. Hipoxemia crônica d. Diabetes mellitus 21. Qual a alternativa incorreta em relação aos valores do líquido amniótico medidos pela ultrassonografia? a. ILA = 5cm = oligoidrâmnio b. Bolsão único = 2cm = oligoidrâmnio c. ILA = 25 cm = polidrâmnio d. Bolsão único entre 2,1 – 8 cm = normal e. ILA entre 8,1 e 25 = normal 22. Durante consulta de pré-natal normal, observa-se altura uterina abaixo do esperado para a idade gestacional. Deve-se pensar, nesse caso, em: a. diabetes gestacional. b. agenesia renal fetal. c. atresia de esôfago d. isoimunização materno-fetal. 23. No puerpério imediato de uma gestação que transcorria com polidramnia, a principal complicação a ser observada é a hemorragia por: a. Inversão uterina aguda. b. Laceração de trajeto, principalmente colo uterino c. Atonia uterina d. Restos placentários e. Sinéquias 24. São causas de oligoâmnio, EXCETO: a. Atresia esofágica fetal. b. Insuficiência placentária grave. c. Agenesia renal bilateral fetal. d. Ruptura prematura de membranas. e. Uso, por parte da mãe, de substâncias inibidoras da síntese de prostaglandinas. 25. Gestante de 8 semanas, altura uterina 13 cm, apresenta sangramento via vaginal com cólicas discretas. Ao toque, colo dilatado 1 cm com eliminação de material amorfo de aspecto vesicular. O diagnóstico mais provável é: a. abortamento inevitável. b. abortamento retido. c. mola hidatiforme. d. abortamento incompleto. 26. A NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL, é um tumor funcionante, produtor de HCG e que compreende dois tipos de mola: a mola completa e a mola parcial. A respeito da mola completa é correto afirmar que: a. É menos comum, tem pequenas vesículas hidrópicas (até 5 mm, existe feto e/ou amnio. b. O cariótipo é habitualmente triplóide ( 69, XXX ou 69, XXY. c. É a mais encontrada, com grandes vesículas, ausência de feto e/ou amnio, tem níveis elevados de beta - HCG e hiperplasia trofoblástica grosseira. d. Tem menor probabilidade de transformação em coriocarcinoma. e. Tem cariótipo 46 XXY e não faz edema generalizado das vilosidades. 27. Em relação à Doença Trofoblástica Gestacional, assinale a alternativa INCORRETA. a. Representa diagnóstico diferencial com prevalência rara dos sangramentos de primeiro trimestre gestacional. b. A eliminação via vaginal de vesículas em meio a sangramento constitui forte indício da presença de gestação molar. c. Achado de embrião com vitalidade exclui a possibilidade de mola hidatiforme. d. Coriocarcinoma é precedido em 50% dos casos por uma gestação molar e em 50% de uma gestação não molar. 28. São drogas sabidamente teratogênicas, EXCETO: a. Isotretinoína. b. Metotrexate. c. Tetraciclina. d. Dimenidrinato. 29. Em relação ao uso de drogas na gestação, marque a alternativa incorreta: a. A insulina é o agente preferido para o manejo do diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 na gravidez, porque não atravessa a placenta. b. A metildopa é a droga de escolha para HAS na gravidez, sendo a segunda escolha, quando precisa associar, um bloqueador de canal de cálcio, como o nifedipino, embora exista efeito teórico de baixar bruscamente a pressão, afetando a perfusão uteroplacentária. c. Metronidazol via oral é uma boa escolha para o tratamento da vaginose bacteriana. d. A prednisona, por atravessar a barreira útero-placentária, não deve ser utilizada na gestação, sendo os antiinflamatórios não esteroidais - AINES - a melhor escolha. 30. Em relação à Síndrome Alcoólica fetal, NÃO se pode afirmar: a. Baixo peso ao nascer. b. O comprometimento do Sistema nervoso central é estrutural, não comprometendo a sua função. c. Fissuras palpebrais pequenas. d. Implantação baixa de orelhas. e. Microftalmia. GABARITO 1. Letra C. A pílula combinada é contraindicada logo após o parto, pois a mulher está em um estado de alto risco de trombose [até mais do que era na gravidez]. Laqueadura não indica cesárea, principalmente porque os dois últimos partos da mulher foram normais [vai submeter a mulher a uma cesariana só para isso?]. Poderia fazer laqueadura infraumbilical após o parto vaginal? Sim, mas só se a mulher tivesse indicação [cesarianas sucessivas anteriores ou doença de base que daria risco para a mulher caso fosse submetida ao segundo ato cirúrgico ou anestésico]. Sendo assim, a melhor alternativa é o DIU pós-parto. 2. Letra E. Preciso justificar? A idade gestacional é fundamental para o acompanhamento da gestação, a determinação dos exames a serem solicitados e a data provável do parto. Sem ele, o acompanhamento pré-natal fica perdido. 3. Letra A. A depressão puerperal costuma ter início nas primeiras 4 semanas do puerpério, apresentando sintomas mais graves, como perda de apetite, desinteresse pela amamentação e pela criança, anedonia. A esquizofrenia é uma condição psiquiátrica caracterizada por distorções do pensamento e da percepção, por inadequação e embotamento do afeto, o que não está relacionado com o quadro descrito. Já a psicose puerperal é um quadro muito grave, em que há perdade senso da realidade, com alucinações e delírios maternos, havendo risco de vida para mãe e filho. O diagnóstico, portanto, é de blues puerperal, que costuma ter início no terceiro dia após o parto, podendo se estender até as 2 semanas de puerpério, com resolução espontânea em seguida. 4. Letra C. Sim, isso pode ser cobrado. 5. Letra D. Grávida não pode receber vacina de vírus atenuado. 6. Letra D. Deve-se estimular exercícios físicos de leve a moderada intensidade. A vacina da rubéola é de vírus atenuado e, portanto, contraindicada na gestação. Não existe dose segura de álcool durante a gestação. 7. Letra C. A tromboflebite pélvica séptica é um diagnóstico de exclusão, caracterizado pela formação de coágulos nos vasos pélvicos relacionada a infecções, estando envolvidos os vasos ovarianos, ilíacos comuns, hipogástricos, vaginais e veia cava inferior. A veia ovariana é o sítio mais comum. A parametrite se manifesta com toque genital muito doloroso e febre alta [não é o caso da paciente]. Além disso, não há história de trauma ou fratura óssea para pensar em embolia gordurosa [também não há sinais de insuficiência respiratória no exame físico]. Por fim, se fosse endometrite, a paciente não estaria com exame físico normal na vigência de febre e apresentaria sintomas, como útero subinvoluído, hipersensível, amolecido, colo entreaberto, com lóquios piossanguinolentos e fétidos. 8. Letra E. Uma dica: em geral, entre 20 e 32 semanas, a altura uterina da mulher é correspondente à idade gestacional que ela apresenta. Por exemplo, uma gestante de 25 semanas tem que ter, aproximadamente, 25 cm de altura uterina. Perceba que essa gestante tem uma altura uterina aumentada para a idade gestacional. Como ela não foi para a consulta de pré-natal no primeiro trimestre, muito provavelmente há um erro na datação da sua gestação. Lembre-se que o período mais fidedigno para datar uma gestação é o primeiro trimestre. 9. Letra A. A colpocitologia oncótica deve ser realizada na primeira consulta de pré-natal, se a última coleta foi feita há mais de um ano. A coleta não aumenta o risco de abortamento. 10. Letra C. Cálcio e ômega 3 não são suplementados rotineiramente em gestantes. Ácido fólico é indicado até a 4ª-5ª semana de gestação. Não existe incompatibilidade sanguínea [mãe Rh+]. O ganho ideal de peso seria entre 7 e 11,5 kg, pois ela está em sobrepeso. 11. Letra A. A paciente deve ser internada para drenagem do abscesso, a amamentação deve ser mantida e se deve usar uma cefalosporina e oxacilina no caso. Não há indicação de suspender a amamentação e a antibioticoterapia deve ser mantida após a drenagem por um período mínimo de 14 dias. 12. Pós-parto imediato - 1º ao 10º dia; pós-parto tardio - 10º ao 45º dia; pós-parto remoto - > 45 dias até o fim da amamentação. 13. Letra E. A amamentação não deve ser suspensa nos casos de mastite. A fonte de infecção pode ser o nariz e a garganta do lactente quando em presença de infecção, porém o principal meio de infecção ocorre através de fissuras mamárias [porta de entrada], permitindo a infecção por bactérias da própria pele da mãe. 14. Letra D. Provavelmente é uma endometrite, que é a infecção puerperal mais prevalente, surgindo normalmente entre o 4º e 5º dia após o parto. 15. Letra D. Uma paciente com atraso menstrual, discreto sangramento transvaginal, dor em fossa ilíaca esquerda, beta-hcg positivo e cavidade uterina vazia à ultrassonografia tem como principal hipótese diagnóstica a gestação ectópica. Diante da estabilidade clínica e do tamanho da tumoração anexial, podemos optar pelo tratamento medicamentoso com metotrexate e seguimento com beta-hCG. Uma outra opção de tratamento, ausente nas alternativas, seria o tratamento cirúrgico com laparoscopia. 16. Letra D. Sangramento no 1o trimestre até que se prove o contrário, pensamos em abortamento. Se colo uterino aberto poderíamos ter um abortamento em curso / inevitável ou abortamento incompleto. Com colo fechado temos as opções: abortamento retido, ameaça de aborto ou abortamento completo. A paciente já tem um ultrassom com 6 semanas de gestação que comprovou gestação intrauterina com essa idade gestacional, o que já exclui gestação ectópica (letra c). Com 8 semanas deveríamos ver o saco gestacional com embrião e até com batimento cardíaco embrionário, mas a paciente chega com sangramento abundante, cólicas e no ultrassom foi evidenciado apenas uma linha endometrial de 10mm, ou seja, já eliminou tudo o que tinha no útero, configurando um abortamento completo. Não é incompleto por dois motivos: teríamos um eco endometrial acima de 15mm e o colo estaria aberto. 17. Letra B. Devemos lembrar que todo sangramento no começo da gestação recebe o nome de “ameaça de abortamento” inicialmente até que haja maiores esclarecimentos sobre a localização. Além disso, quando temos um beta-hcg abaixo do limite discriminatório, não é possível visualizar imagem intraútero, não sendo capaz de diferenciar gestação ectópica de gestação tópica nesse momento. A conduta, portanto, deve ser a realização de beta-hcg quantitativo seriado, com repetição da ultrassonografia após atingir o limite discriminatório de 1500 mUI/ml. 18. Letra B. Gestante no 1o trimestre com sangramento genital leve e dor em cólica. Ao exame, foi identificado colo impérvio e secreção sanguínea discreta em cavidade genital, com fundo uterino compatível com tempo de amenorreia. Ou seja, gestação com tamanho uterino compatível com a data da última menstruação + sangramento vaginal + colo impérvio é AMEAÇA DE ABORTO. No aborto completo o útero estaria menor que o tempo de amenorreia, no aborto incompleto e no inevitável o colo uterino estaria pérvio. 19. Letra A. Critérios para tratamento clínico com Metotrexato na gestação ectópica: paciente estável hemodinamicamente, com gestação ectópica ÍNTEGRA, massa anexial menor que 3,5 a 4cm (depende da referência), ausência de batimento cardíaco embrionário, BhCG menor que 5.000 mUI/mL. 20. Letra C. Alternativa A - Incorreta: A doença hemolítica perinatal gera um estado hiperdinâmico do fluxo sanguíneo fetal, o que aumenta a perfusão renal e, consequentemente, a diurese do bebê. Sendo assim, essa doença pode dar origem a uma polidramnia. Alternativa B - Incorreta: A atresia de esôfago é uma condição que vai atrapalhar esse ciclo de renovação do LA por prejudicar a deglutição fetal. Cerca de 24 a 48 horas são suficientes para que todo o LA seja renovado! Mas, em casos assim, a reabsorção fica comprometida e há acúmulo desse líquido, gerando polidramnia. Alternativa C - Correta: O estado de hipóxia não tem relação com aumento do volume amniótico. Sendo assim, essa alternativa não traz uma causa de polidramnia. Alternativa D - Incorreta: O DM faz com que o LA ganhe poder oncótico pela hiperosmolaridade. Por conta disso, a tendência é que esse líquido ganhe volume na tentativa de equilibrar as forças osmóticas. 21. Letra E. Alternativa A - Correta: ILA menor ou igual a 5 é considerado oligoâmnio. Alternativa B - Correta: Maior bolsão menor ou igual a 2cm também é considerado oligoâmnio. Alternativa C - Correta: Um ILA de 25cm ultrapassa 18cm, logo já é considerado polidrâmnio. Alternativa D - Correta: Exato! Bolsão único entre 2,1 – 8 cm está dentro dos padrões da normalidade. Alternativa E - Incorreta: Ultrapassou 18cm, já é considerado polidrâmnio por alguns autores. 22. Letra B. [Alternativa A - incorreta]. Diabetes gestacional: no diabetes, devido ao quadro de hiperglicemia fetal, ocorre uma maior diurese do feto, gerando um AUMENTO do líquido amniótico - INCORRETA. [Alternativa B - correta]. Agenesia renal: devido a insuficiente produção de urina pelo feto, por conta de uma malformação fetal, temos uma DIMINUIÇÃO do líquido amniótico - CORRETA. [Alternativa C - incorreta]. Atresia de esôfago: devido a menor absorção de líquido amniótico pelo feto, por conta de uma malformação esofágica, temos um ACÚMULO do líquido amniótico - INCORRETA. [Alternativa D - incorreta]. Isoimunização: devido a mecanismos ainda nãomuito bem definidos, essa patologia materno fetal tende a gerar um aumento do líquido amniótico - INCORRETA. 23. Letra C. O polidrâmnio pode aumentar o risco de complicações maternas e perinatais, como dificuldade respiratória materna, apresentações fetais anômalas, rotura prematura das membranas, trabalho de parto pré-termo, descolamento prematuro de placenta, distocia funcional, prolapso de membros ou do cordão umbilical e atonia uterina, sendo esta a principal complicação hemorrágica de polidrâmnio. 24. Letra A. Atresia Esofágica é uma causa de polidrâmnio e não de oligoâmnio. 25. Letra C. Sangramento uterino de primeira metade nos faz pensar em 3 diferenciais: Abortamento, Gestação ectópica, Mola hidatiforme. Sangramento com VESÍCULAS acontece na mola hidatiforme!! 26. Letra C. [Alternativa A - Incorreta]: a mola hidatiforme completa é o tipo de neoplasia trofoblástica gestacional mais comum e apresenta inúmeras vesículas hidrópicas sem tecido embrionário. [Alternativa B - Incorreta]: ela resulta da fecundação de um óvulo sem núcleo ativo, sendo todos os genes de origem paterna. Dessa forma, o **cariótipo é diploide **(46, XX ou 46, XY). [Alternativa C - Correta]: quanto à histopatologia, na mola hidatiforme completa não há elementos fetais, havendo proliferação generalizada e mais pronunciada do trofoblasto e, consequentemente, maior produção de beta-hCG. [Alternativa D - Incorreta]: ela apresenta maior frequência de atipias, o que resulta em maior risco de malignização. 27. Letra C. A mola hidatiforme é um tipo histológico benigno de doença trofoblástica gestacional, que pode ser completa ou incompleta. Nos casos de mola incompletas, também chamadas de mola parcial, tem-se a fecundação de um mesmo óvulo por dois espermatozóide. Assim, teremos material materno e paterno formando o tecido fetal, cujo embrião a ser formado pode, ou não ter BCF. Logo, o embrião com vitalidade, ou seja, BCF presente, não exclui o diagnóstico de DTG. 28. Letra D. O Dimenidrinato é uma droga de categoria de risco B na gestação, o que implica dizer que nos estudos não foram constatados relatos de malformação com o seu uso, sendo assim liberado o seu uso na gestação. 29. Letra D. A prednisona tem seu metabólito ativo inativado em nível placentário, portanto não alcança o feto e pode ser usada durante gestação. Em relação aos AINES, no primeiro trimestre estão relacionados com aborto espontâneo e defeitos congênitos e no terceiro trimestre seu uso deve ser evitado por mais de 48 horas, por causa do risco de constrição do ducto arterioso. 30. Letra B. O comprometimento do SNC na SAF é estrutural, neurológico e funcional.
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