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HIV n� gestaçã� ● Transmissão vertical – tratamento adequado o risco de transmissão fica menor que 2% ● Fator determinante da transmissão vertical é a carga viral ● O ministério da saúde sugere o fluxograma que emprega um imunoensaio da 4ª geração detecta a combinação de antígeno e de anticorpo, reduzindo a janela diagnóstica para HIV para cerca de 15 dias. ● UBS – teste rápido – resultado em 30 minutos Diagnóstico ● Teste inicial 1E4ºG (Elisa) + teste complementar - molecular (Western Blot) (para amostras reagentes no teste inicial) = os dois positivos que fazem diagnóstico. Se o inicial – elisa der positivo, fazer o complementar – WB. ● Os testes complementares convencionais são menos sensíveis que os imunoensaios de 3º e 4º geração. Abordagem na gestação ● Pré-natal de alto risco ● Orientação sobre risco de transmissão vertical (TV) ● Terapia antirretroviral (Tarv) durante o pré-natal como principal intervenção para redução do risco da TV ● Investigar o HIV no parceiro sexual e nos filhos anteriores ● Orientar prática de sexo seguro e uso de preservativo nas relações sexuais ● Investigar infecções oportunistas, principalmente sintomas respiratórias (principalmente tuberculose) e outras ISTs ● Abordagem laboratorial para avaliar a saúde da gestante e identificar o status da infecção HIV, sua situação imunológica e virológica inicial. Pré-natal ● Repetir trimestralmente - hemograma, provas de função renal e hepática, toxoplasmose, urina 1 e urocultura, sorologia para hepatite A, sorologia para Chagas - tuberculose, se sintomas. ● Vacinas - pneumococo, meningococo, influenza, hepatite A ● Primeira consulta - Genotipagem: pré-tratamento de Tarv (iniciar empiricamente), detectar cepas resistentes a antirretrovirais (diminui o risco de transmissão) - Carga viral para monitoramento e avaliar a resposta à Tarv: CV mensal até negativação, perto de 34 semanas (4 a 5 semanas do parto), dúvidas da resistência viral ou da adesão ao Tarv - CD4: linfócitos alvo do HIV, quanto menor o CD4 maior a vulnerabilidade imunológica ● Atenção com comorbidades que alteram as enzimas hepáticas relacionadas à gravidez (pré-eclâmpsia, síndrome HELLP, colestase ou insuficiência hepática) ● A Tarv com inibidores da protease pode levar a elevação das enzimas hepáticas, hiperglicemia e dislipidemias ● Hiperêmese gravídica: não usar metoclopramida (plasil), maior risco de liberação extrapiramidal com Tarv e pode alterar biodisponibilidade e causar falha virológica ● Sintomáticas respiratórias (tosse a mais que duas semanas): tuberculose é a principal causa de óbito em pacientes com HIV. 3 amostras de escarro para teste rápido + pesquisa direta do bacilo de Kock (BAAR) + cultura de micobactéria Tratamento ● Tarv está indicada para toda gestante, e iniciar mesmo sem genotipagem ● Manter Tarv no puerpério ● Considerar se virgem de tratamento, medicamentos usados, falhas e genotipagem, toxicidade e tolerância relatadas ● Não há estudos suficientes que garantam segurança total da exposição fetal à Tarv, pesar risco-benefício no 1° trimestre ● Esquema inicial se menor que 12 semanas: - inibidores da transcriptase reversa de nucleotídeos (ITRN): Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + inibidor da integrasse (II): dolutegravir (DTG) → geralmente só faz uso depois de 12 semanas; se a paciente já faz o uso deve ser mantido, contraindicação – uso de anticonvulsivantes. Profilaxia de infecções oportunidades ● Profilaxia primária – visa evitar infecções oportunistas conforme CD4 - CD4 < 350 células/mm3: profilaxia de tuberculose – isoniazida (preferencialmente postergar para pós-parto) - CD4 < 200 células/mm3: profilaxia de pneumocitose e toxoplasmose – Sulfametoxazol-trimetoprim (SMX-TMP) - CD4 < 50 células/mm3: profilaxia de Mycobacterium avium – azitromicina ● Profilaxia secundária – evitar a recidiva com doses subterapêuticas de infecções oportunistas que já tenham recebido tratamento completo Via de parto ● CV desconhecida ou > 1.000 cópias/mL: cesárea eletiva com 38 semanas agendada na 34° semana (< risco de TV) ● Gestante com Tarv e com supressão da CV sustentada, ou < 1.000 cópias/mL: via de parto obstétrica (cesárea com CV <1.000 cópias/mL não muda o risco de TV) ● Profilaxia intraparto: CV indetectável > 34 semanas de gestação com Tarv com boa adesão — não é necessário uso de AZT intraparto IV (independente da CV, se história de má adesão à Tarv, a equipe pode decidir usar ou não o AZT intraparto IV) ● CV < 1.000 cópias/mL, mas detectável— AZT IV 2 mg/kg no início do trabalho de parto AZT 1 mg/kg de hora em hora, em infusão contínua, até o clampeamento do cordão ● CV alta — AZT IV >3 horas antes da cesariana eletiva Parto vaginal ● Parto instrumentalizado deve ser evitado ● Iniciar AZT EV quando indicado (se CV detectável) e manter infusão contínua até o clampeamento do cordão. ● Evitar toques sucessivos durante o trabalho de parto, assim como ● amniotomia artificial. Utilizar o partograma. ● Se CV for >50 cópias e <1.000 cópias, evitar CP por longos períodos. A taxa de TV se eleva depois de quatro horas da bolsa rota. ● A ligadura do cordão deve ser feita imediatamente após a expulsão do ● feto. Nunca ordenhar o cordão. ● A episiotomia deve ser realizada apenas após avaliação criteriosa e protegida por compressas úmidas com o degermante utilizado na assepsia inicial. Cesárea eletiva ● Confirmar idade gestacional de 38 semanas ● Caso haja trabalho de parto antes da realização da cesárea, avaliar dilatação cervical. Em caso de dilatação menor que 4 cm, manter indicação de cesárea e iniciar imediatamente o AZT EV por pelo menos três horas. ● Proceder a parto empelicado sempre que possível. ● A ligadura do cordão deve ser imediata após a retirada do feto. ● Antes da histerotomia, realizar a hemostasia do máximo de vasos maternos da parede abdominal com troca de campos estéreis, reduzindo o contato do feto com o sangue materno. Puerpério ● Manter Tarv ● Amamentação bloqueada SEMPRE ● Bebê tem direito de receber fórmula até os 6 meses de vida ● Aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz), a alimentação mista (leite humano e fórmula infantil) e o uso de leite humano com pasteurização domiciliar são contraindicados ● Mulheres que não amamentam podem voltar a ovular em 4 meses Recém nascido ● Aspirar delicadamente as vias aéreas e conteúdo gástrico ● Banho para limpar todo o sangue e as secreções maternas ● Ficar com mãe o mais breve possível, mas sem amamentação ● Dosar CV + AZT solução oral na sala de parto + AZT xarope por 4 semanas de vida — Tarv pelo menos desde a metade da gestação + CV indetectável > 28 semanas
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