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Alteracoes do liquido amniotico

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Alteraçõe� d� líquid� amniótic�
● Funções:
- proteção
- hidratação do feto
- manter a temperatura em equilíbrio
- auxiliar no desenvolvimento músculo-esquelético, gastrointestinal e pulmonar
- manter integridades das membranas corioamnióticos
- evita mal formações fetais
● Produção do líquido amniótico
- no início, o líquido é produzido na placenta
- Ao final do primeiro trimestre a composição do líquido amniótico começa a
mudar, passando a se assemelhar ao plasma fetal
- 9ª semana a filtração glomerular e a produção de urina fetal se iniciam
- 10ª primeira semana é identificada a bexiga fetal, ultrassonograficamente
- Com 18 semanas a produção de urina pode ser estimada em 0,3 a 0,6 ml/h
- O trato gastrointestinal também desempenha importante papel regulação e
diminuição do volume de líquido da cavidade amniótica
● Mecanismo de regulação
- Fontes de produção: produção urinária fetal, fluido pulmonar
- Vias de reabsorção: deglutição, absorção intestinal, trocas através da pele,
superfícies do cordão umbilical e da placenta/membranas amnióticas,
secreções das cavidades oral e nasal
● Fisiologia
No 6° mês de gestação, os Pneumócitos I começam a ser convertidos em
Pneumócitos II, que começam a produzir uma macromolécula glicolipoproteica
chamada surfactante:
- Reveste a superfície interna dos alvéolos pulmonares
- Diminuir a tensão superficial da interfase ar-alvéolo
- Evita atelectasia
A falta de surfactante é a principal causa da doença das membranas hialinas
no RN – PREVENÇÃO corticóide para amadurecimento pulmonar (estimula a
síntese e a liberação de surfactante pelo Pneumócitos II) de 24 a 34 semanas.
→ Polidrâmnio
● Excesso na quantidade de líquido amniótico (LA), quando o volume de LA é
superior a 2000ml
● Etiopatogenia:
- causas fetais – obstruções gastrointestinais, anomalias congênitas, arritmias
cardíacas, infecções, hidropsia fetal não imune, tumores fetais
- causas maternas – diabetes mellitus, aloimunização
- causas placentárias – síndrome da transfusão feto-fetal, corioangioma
● Classificações
- agudo (surge em poucos dias) : mais frequente em no 2º trimestre, mais
grave, geralmente evolui para TPPe aumento da mortalidade perinatal
- crônico (surge em semanas): é a mais comum, é mais frequente no 3º
trimestre, evolução fetal mais favorável, aumento do peso materno, não está
relacionado à má formações (geralmente diabetes gestacional)
● Exame físico
- altura uterina acima do esperado para a fase gestacional
- edema na região suprapúbica
- distensão da pele do abdome, aspecto brilhante e estrias
- dificuldade na palpação do útero
● Diagnóstico ultrassonográfico
- critérios subjetivos: aumento do volume de LA ou grande discrepância entre o
tamanho do feto e o tamanho dos bolsões de LA, a placenta pode
apresentar-se fina pela acentuada distensão da cavidade amniótica (grave),
dificuldade de avaliar a morfologia fetal pelo distanciamento entre a parede
abdominal e o feto
- critério quantitativo: de acordo com a medida do diâmetro vertical do maior
bolsão de LA. Normal 3-8cm, polidrâmnio tudo que for maior que 8cm.
● Índice de líquido amniótico (ILA) – método semiquantitativo
- 8 a 18 cm – normal
- 18 e 24 cm – aumentado
- igual ou maior que 25 cm – polidrâmnio
● Conduta
- pesquisa de diabetes mellitus/gestacional
- pesquisa de anticorpos irregulares
- correção de causas maternas ou fetais
- controle do peso materno
- repouso relativo
- dieta hiperproteica
- investigação de malformações/cardiopatias fetais
- avaliação ultrassonográfica da placenta
- considerar realização de cariótipo fetal nos casos sugestivos de
cromossomopatias
- amniocentese: drenagem da cavidade amniótica por punção, eficaz porém
em poucos dias o polidrâmnio pode se refazer, indicada nos casos de
dispneia materna progressiva e dor abdominal persistente. Complicações –
descolamento de placenta, prolapso de membros ou de cordão, rotura
prematura de membrana, trabalho de parto prematuro, etc.
→ Oligoâmnio
● Volume de líquido amniótico menor que o esperado para a idade gestacional
(menor que 250 ml acima de 20 semanas)
● Etiologia
- 1º trimestre: infecção ou má formação
- 2º trimestre: rotura de membrana, restrição de crescimento fetal, relacionados
ao sistema urinário fetal, idiopático
- 3º trimestre: pós datismo, desidratação, insuficiência placentária
● Diagnóstico clínico
- Altura uterina abaixo do esperado para a fase gestacional
- Facilidade na palpação do útero
- Avaliação subjetivo
● Diagnóstico ultrassonográfico
- primeiro trimestre: diferença menor que 5mm entre o diâmetro médio do saco
gestacional e do comprimento crânio-nádega
- segundo e terceiro trimestre: ILA menor ou igual a 5cm (+ sensível)
- Mensuração isolada do maior bolsão vertical (MBV) <2 cm (+fácil execução)
● Conduta
- Amnioinfusão: técnica útil nos casos de oligoâmnio precoce (<26 semanas)
- Hidratação materna por via oral: pode aumentar o volume de líquido
amniótica nas horas seguintes à ingestão de um grande volume de água (até
2 litros)
- Hospitalização: 3º trimestre, hidratação venosa, investigação de causas e
monitorização da vitalidade fetal
- Oligoâmnio idiopático (isolado): expectante até o termo, avaliação da
vitalidade semanalmente por meio de parâmetros biofísicos e/ou de Doppler,
acompanhamento do crescimento fetal cada 2 semanas, parto a partir de 37
semanas (individualizar).
- Parto: monitorização contínua da frequência cardíaca fetal no intraparto,
parto no pré termo tardio ou no termo precoce (36 a 37 semanas de
gestação) ou a diagnóstico, quando este for feito após esse período.

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