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Resposta Endócrino-metabólica ao Trauma Trauma → ferimento extenso, decorrente de energia ou barreiras físicas - Tipos de energias → mecânica, química, térmica, irradiação, elétrica - Trauma acidental → politrauma, queimaduras graves, pancreatite necrosante, afogamentos, choque elétrico, hemorragias agudas Complicações do trauma - Comprometimento de cicatrização de feridas - Atrofia de musculatura - Comprometimento do diafragma → insuficiência respiratória aguda - Hipóxia plégica → shunts, desvios da circulação pulmonar - Distúrbios de coagulação → coagulopatia de consumo, tromboses - Anemia aguda - Isquemia visceral - Insuficiência renal - Síndrome do desconforto respiratório agudo/critérios de Berlim → inflamações sistêmicas - Sepse, choque/sofa + qsofa - Disfunção de múltiplos órgãos Resposta Metabólica - Aumento na taxa metabólica basal (em pacientes previamente hígidos) - Temperatura, FC aumentam - Aumento de metabolismo energético - Proporcional ao trauma Fases ● Fase de declínio ou refluxo ○ 24-48h após trauma ○ Tentativa de restaurar a perfusão tissular → cérebro, coração, rins ○ Distúrbios hemodinâmicos ○ Alta demanda por a.a. → Proteólise → perda de massa magra → pacientes internados perdem peso ○ Balanço nitrogenado negativo ○ Síntese de proteínas de fase aguda ○ Mediadores pró-inflamatórios ○ Aumento de catecolaminas e cortisol → estado de luta/fuga ○ Diminuição do débito cardíaco e temperatura ○ Redução do gasto de energia ○ Diminuição da concentração de insulina + aumenta da resistência a insulina ○ Aumento de glucagon ○ Lipólise ○ Aumento da produção de lactato ● Fase de fluxo (flow) ○ Aumento do metabolismo ○ Duração variável ○ Inicia-se após melhora e estabilização cardiopulmonar ○ Aumenta débito cardíaco, temperatura ○ Aumento da produção de glicose ○ Mais insulina + mais resistência ○ Mais glucagon ○ Níveis normais de lactato ○ Aumento do consumo de oxigênio OBS: Idosos → menor reserva funcional → menor resposta metabólica → precisa de maior cuidado Crianças → resposta volátil → qualquer conduta repercute muito intensamente ● Subfases do flow ○ Catabolismo: 2-5 dias ○ Transição: 1-2 dias ■ Aumento da diurese + perda de nitrogênio ○ Anabólica: pode ser precoce 3-12 semanas (ganho de massa muscular magra) ou tardia = meses (reposição de gordura) Resposta neuroendócrina - Dor - Acidose - Hipóxia - Hipercapnia - Hipovolemia Ativação hipotálamo-hipófise-adrenal - Barorreceptores → aórticos, carotídeos, artérias renais - Osmorreceptores → receptores atriais de hipovolemia - Quimiorreceptores - Nociceptores → dor somática e visceral - Estimulação simpática - Liberação hormonal - GHRH → GH → aumento da lipólise, neoglicogênese, redução de consumo de glicose, síntese proteica → Fase de Refluxo - TRH → TSH → Consumo lipídico + mais metabolismo + mais débito cardíaco + síndrome de eutireoideo doente (processo inflamatório = redução de T4 + aumento de T3 reverso = hipotireoidismo relativo) tem que dosar T3 livre - CRH → ACTH → liberação de cortisol + adrenalina + aldosterona → Fase de Refluxo - Pacientes com uso de corticoide prévio ao trauma, tem que repor corticosteróide IV - Cortisol → aumento da glicemia + lipólise + proteínas, efeito anti-inflamatório - ADH + ocitocina - Vasoconstrição esplâncnica - Retenção hídrica → anúria, oligúria ou edema - Catecolaminas/Epinefrina - Taquicardia/Taquipneia - Midríase - Atonia intestinal, obstrução intestinal - Broncodilatação, relaxamento esfincteriano - Glicogenólise, gliconeogênese, lipólise, glucagon - Glucagon → neoglicogênese hepática, glicogenólise - Aldosterona → manutenção de água intravascular, acidose/alcalose metabólica - Insulina → Fase de Fluxpo Hiperglicemia e Trauma - Mais desfechos desfavoráveis → infecções, CIVD, tromboses, acidose, anemias, complicações hemodinâmicas e neurológica, preditor de falência de órgãos e mortalidade - CONTROLAR entre 140-180 em pacientes críticos ou em UTI - Na enfermaria, manter abaixo de 100 Resposta Inflamatória no Trauma - Vasodilatação, rubor, calor, desidratação, temperatura alta, edema - Migração de células, neutrófilos - Ativação da cascata de coagulação - Anorexia, caquexia Suporte no Trauma - Estabilização hemodinâmica - Hidratação adequada - Suporte nutricional → SG, sonda parenteral, enteral - 24h iniciais: dieta zero - monitorizar glicose, se hiperglicemia, não faz SG - Após 24h, mesmo com hiperglicemia, fazer SG - Repor insulina para controlar - Pode fazer o SG + SF para diluir mais - Após 24h iniciais, se estável → dieta enteral - Após 72h, choque leve → parenteral → enteral - Após 7 dias → se não estabilizou → dieta parenteral - Suplementar glutamina, arginina, alanina? - Controle glicêmico - Anticorpos monoclonais? - Anti-inflamatórios não esteroidais? tentam melhorar a hipercoagulabilidade - Glicocorticóides → pode gerar imunossupressão - Hemoderivados - Ácido tranexâmico? - Melatonina? - Controle de danos - Correção cirúrgica
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