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Aula 09 - Fragilidade e Sd da imobilização

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FRAGILIDADE E SINDROME DA IMOBILIZAÇÃO 
Aula 9 – Internato APS – Profº Paulo Apratto 01/06/22 
 
 
É uma síndrome que provoca um estado de vulnerabilidade fisiológica devido a reservas funcionais 
comprometidas o que resulta em capacidade reduzida do organismo de resistir aos estressores. 
 
 Síndrome da imobilidade e fragilidade 
 
 Quanto mais idoso é o paciente, maior o risco de fragilidade 
 7% de prevalência nas pessoas entre 65 e 69 anos 
 26% acima de 85 anos 
 A importância de reconhecer a fragilidade: 
o Perda de funcionalidade 
o Dependência 
o Hospitalização 
o Quedas 
o Alto risco de complicações clínicas, doenças agudas e mortalidade 
 
O conceito de fragilidade tem modificado sua natureza ao longo dos últimos 30 anos 
Na década de 1980, um idoso dependente era um idoso frágil 
Na última década, a base se tornou fisiopatológica 
A teoria fisiopatológica mais estudada é a da professora Linda Fried 
 
SARCOPENIA 
 
 Perda da funcionalidade 
 Alterações relacionadas a idade 
 Interações endócrinas 
 Doenças neurodegenerativas 
 Desuso 
 Nutrição inadequada/ má absorção 
 Caquexia 
 
- É a perda de massa muscular associado a perda de função (força ou desempenho) – definição 
desde 2010 pelo Consenso Europeu de Sarcopenia 
- Força muscular não depende somente de massa. E não é uma reação linear entre força e massa. 
- Em 2018, o novo Consenso Europeu de Sarcopenia destacou a importância da força no cenceito de 
sarcopenia 
 
 Questionáio Sarc-F – rastreio sarcopenia 
5 perguntas com numeração de 0 a 2 pontos 
I. Força (carregar um peso de 5 kg) 
II. Assistência para caminhar 
III. Levantar de uma cadeira 
IV. Subir escadas 
V. Número de quedas no último ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Igual ou acima de 4 pontos é preditivo 
de sarcopenia 
- No Brasil, o Sarc-F não se mostrou 
eficiente, porém quando associado a 
medida da circunferência da panturrilha* 
atingiu melhora significativa 
* deve ser ≥ 31 cm 
Avaliação da sarcopenia 
 
FORÇA MASSA MUSCULAR DESEMPENHO 
- Força de apreensão palmar 
< 27 kg para homens e < 16 
kg para mulheres 
- Teste de levantar e sentar 
na cadeira 5 vezes sem usar 
as mãos > 15 segundos 
- RNM e TC são padrão-ouro, 
mas caro e pouco acessível 
- Absorciometria de radiografia 
dupla energia (DXA): < 20 kg 
ou 7 kg/m² para homens e < 15 
kg ou 6 kg/m² para mulheres 
- Circunferência da panturrilha 
< 31 cm 
- Teste de velocidade de 
marcha: <0,8 m/s (sugere 
sarcopenia grave) – 
distância: 4m 
- Teste de Timed up and Go: 
levantar sem as mãos, andar 
3 m ≥ 20 segundos 
- Teste de caminhada de 
400m (20 voltas de 20m ≥ 6 
min 
 
 
 
 
FRAGILIDADE 
- diagnóstico 
 
 Há 67 instrumentos ara avaliação de fragilidade, falta padronização entre eles 
 Porém, há unanimidade sobre os seguintes parâmetros: 
o É síndrome clínica 
o Aumenta o risco de vulnerabilidade pelo mínimo estresse 
o Pode ser reversível ou atenuada por intervenções 
o Há necessidade de detecção precoce, principalmente, na atenção básica 
 
 O modelo para diagnóstico mais conceituado é o desenvolvido pela professora LINDA FRIED 
 
 Redução da força da pressão palmar 
 Redução da velocidade de marcha 
 Perda de peso não intencional (>5% do peso em 1 ano) 
 Sensação de exaustão 
 Baixa atividade física 
 
 
 
3 critérios = frágil 
1 a 2 critérios = pré-frágil 
0 = não frágil 
Escala FRAIL 
 
 Fadiga 
 Resistência (capacidade de subir 1 lance de escada) 
 Deambulação (capacidade de andar 1 quarteirão) 
 Comorbidades (mais do que 5) 
 Perda de peso não intencional (>5% em um ano) 
 
 
SOF (Study os Osteoporostic Fractures) 
 
 Perda de 5% do peso corpóreo em 2 anos 
 Incapacidade de levantar e sentar em uma cadeira sem uso 
dos braços 5 vezes 
 Resposta “não” para a seguinte pergunta: “Você se sente 
cheio de energia?” 
 
 
Outros aspectos a serem rastreados: 
 Déficit de cognição 
 Depressão 
 Dor crônica 
 Polifarmácia 
 Polipatologias 
 
Fatores predisponentes e desencadeantes da fragilidade: 
 
PREDISPONENTES DESENCADEANTES 
Inapetência 
Sarcopenia 
Imobilidade 
Desequilíbrio 
Depressão 
Déficit cognitivo 
 
Doença aguda 
Dor 
Depressão 
Polipatologias 
Hospitalização 
Cirurgias 
 
 
 
MANEJO DA FRAGILIDADE 
 
o Exercícios aeróbicos: 150 minutos/semana 
o Exercício físico resistido 
o Aumentar a ingestão proteica para ≥ 1,2 g/ kg/ dia 
o Doenças crônicas: 1,2 a 1,5 g/kg/dia (exceto DRC classe 4) 
o Suplementos: 
 Leucina, aminoácido essencial 2,5 mg/dia 
 Beta-hidroxi-beta-metilbutirato (HMB), metabólito ativo da leucina: 2g/dia 
 Vitamina D: 800 a 1000 UI/dia 
 Ácidos graxos poli-insaturados ômega 3: 2 a 3g/dia 
o A intervenção isolada om anabolizantes, reposição hormonal e anti-inflamatórios não mostrou 
resultado de impacto 
o A única exceção e a suplementação de testosterona a idosos frágeis com deficiência desse 
hormônio 
 
 
3 critérios = frágil 
1 a 2 critérios = pré-frágil 
0 = não frágil 
2 critérios = frágil 
1 critério = pré-frágil 
0 = não frágil 
SÍNDROME DE IMOBILIZAÇÃO 
 
 Resulta da limitação, da perda de todos os movimentos articulares, da mudança postural 
associada com deficiência cognitiva moderada a grave associada com contraturas 
 Resulta na perda da funcionalidade culminando em incapacidade ou fragilidade 
 Definida por 2 critérios maiores associados a 2 critérios menores: 
 
MAIORES 
Déficit cognitivo moderado a grave 
Múltiplas contraturas 
Menores 
Sofrimento cutâneo (úlcera de pressão) 
Disfagia 
Incontinência (fecal e urinária) 
Afasia 
 
 O paciente que sofre de imobilidade está em um estado de fragilidade e vulnerabilidade muito 
elevado 
 A taxa de mortalidade chega a 50% ao ano 
 
 
Consequências da imobilização: 
 
 A taxa de perda muscular aumenta a partir do 5º e do 6º dia de imobilização e atinge o máximo 
a partir da 2ª semana 
 Um paciente acamado perde de 10 a 15% de força muscular por semana 
 Em 5 semanas, já terá perdido metade de sua força muscular 
 Alguns grupos musculares sofrem perdas mais rápidas, como quadríceps, flexores da coluna e 
plantares (músculos antigravitacionais) 
 Risco de até 45% de perda óssea no calcâneo 
 As vértebras perdem 1% por semana, o que aumenta a chance de fratura 
 Hipercalemia 
 Os locais mais comuns de contraturas são os flexores do quadril, joelho, cotovelo, punho e 
dedos, bem como rotadores de quadril e ombros 
 
Pele 
 
 As lesões cutâneas mais comuns da SI são as dermatites nas dobras de pele e amoniacal 
(fraldas), equimoses, micose e as úlceras por pressão 
 Os 3 fatores mais importantes relacionados ao aparecimento de úlceras de pressão são: 
o Perda da mobilidade 
o Estado nutricional precário 
o Pele fragilizada 
 Locais mais comuns para úlceras de pressão na SI: proeminências ósseas como sacro, 
calcâneo, occipício, cotovelos e joelhos 
 Tratamento para úlceras de pressão: é complexo e depende de vários fatores: presença ou 
não de exsudato, infecção, grau da úlcera, tamanho, local etc 
o Recomendações universais: mudança de posição (decúbito) a cada 2 horas e a 
hidratação da pele íntegra como medidas profiláticas 
o A infecção bacteriana secundária é a complicação mais comum 
 
Classificação 
- Grau das úlceras de pressão: 
 
1) Eritema persistente e pele intacta, conhecida também como “pré-úlcera” 
 
 
 
 
 
2) Perda parcial da pele. Úlcera superficial, que se apresenta como abrasão, 
bolha ou ferida superficial 
 
 
 
 
3) Perda total da pele, com lesão ou necrose do subcutâneo 
 
 
 
4) Perda total da pele com extensa destruição, necrose do tecido ou lesão em 
músculo, ossos ou estruturas de sustentação 
 
 
 
Gastrintestinal 
 
 Inapetência: decorre da inatividade, transito intestinal lento e metaboliso basal diminuído 
 Disfagia 
 Impactação fecal é frequente e agravada pela desidratação 
 
 
Sistema Nervoso 
 
 Há agitação, irritabilidade, desorientação temporoespacial, diminuição de concentração, 
depressão ou ansiedade 
 DeliriumRespiratório 
 
 A capacidade respiratória máxima, a capacidade vital e o volume-minuto pode sofrer redução 
de até 50% 
 A movimentação diafragmática e da musculatura intercostal está diminuída, com ventilação 
alveolar prejudicada 
 O clearence mucocliar e a tosse tornam-se ineficazes 
 Broncopneumonia 
 
Cardiovascular 
 
 Trombose venosa profunda e embolia pulmonar – 60 a 80% dos casos não são identificados 
 Hipotensão ortostática – diminuição dos barorreceptores 
 Isquemia arterial aguda – evitar quadril e joelhos fletidos com ângulo menor que 20º

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