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LD - Codigo Civil (2020)
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Código Civil DECRETO-LEI Nº 4.657 - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. § 1o § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei bra- sileira, quando admitida, se inicia 3 meses depois de oficialmente publicada. ENTRADA EM VIGOR BRASIL ESTADO ESTRANGEIRO 45 dias, salvo disposição em contrário 3 meses § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos pa- rágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. § 4o As correções a texto de lei já em vigor CONSIDERAM-SE LEI NOVA. LC 95/98. Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma ex- pressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vi- gor na data de sua publicação" para as leis de pequena re- percussão. § 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. § 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utili- zar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vi- gor até que outra a modifique ou revogue [PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE OU PERMANÊNCIA] § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, NÃO REVOGA NEM MODIFICA a lei an- terior. REVOGAÇÃO TOTAL Ab-rogação REVOGAÇÃO PARCIAL Derrogação § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada NÃO SE RESTAURA por ter a lei revogadora perdido a vigência. (RE- PRISTINAÇÃO) Repristinação Efeito Repristinatório/ Repristinação Oblíqua ou Indireta É um fenômeno legislativo no qual há a entrada novamente em vigor de uma norma efe- tivamente revogada, pela re- vogação da norma que a re- vogou. A repristinação deve ser ex- É a reentrada em vigor de nor- ma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que a revogou é declarada in- constitucional. STF: “A declaração de incons- titucionalidade em tese en- pressa dada a dicção do artigo 2º, § 3º da LICC cerra um juízo de exclusão, que, fundado numa competên- cia de rejeição deferida ao STF, consiste em remover do orde- namento positivo a manifesta- ção estatal inválida e descon- forme ao modelo plasmado na Carta Política, com todas as consequências daí decorrentes, inclusive a plena restauração de eficácia das leis e das nor- mas afetadas pelo ato decla- rado inconstitucional” *Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece [PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA NORMA] Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º Reputa-se ATO JURÍDICO PERFEITO o já consumado se- gundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se ADQUIRIDOS assim os direitos que o seu ti- tular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo co- meço do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré- estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º Chama-se COISA JULGADA ou caso julgado a decisão judici- al de que já não caiba recurso. Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família Estatuto pessoal: Pressupõe compatibilidade interna, chamada de filtragem constitucional. Somente é possível aplicar a lei do domicílio se houver compatibilidade com o ordenamento interno. § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formali- dades da celebração. § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante au- toridades diplomáticas ou consulares DO PAÍS DE AMBOS os nu- bentes. § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de in- validade do matrimônio a lei do 1° domicílio conjugal. § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diver- so, a do 1° domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homolo- gação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabe- lecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Supe- rior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, pode- rá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferi- das em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á do- miciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se en- contre. Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concer- nentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o propri- etário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destina- rem a transporte para outros lugares. § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pes- soa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e de- pendendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrín- secos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Art. 10. A SUCESSÃO POR MORTE OU POR AUSÊNCIA obede- ce à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desapare- cido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos fi- lhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capa- cidade para suceder. LEI DO PAÍS DO DOMICÍLIO DA PESSOA Começo e fim da personalidade Nome Capacidade Direitos de família Penhor LEI DO PAÍS DA SITUAÇÃO DOS BENS Qualificar os bens e regular as relações a eles concernen- tes LEI DO PAÍS DO DOMICÍLIO DO PROPRIETÁRIO Bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares LEI DO PAÍS ME QUE SE CONSTITUÍREM Qualificar e reger as obriga- ções LEI DO PAÍS EM QUE DOMICILIADO O DEFUNTO OU O DESAPARECIDO Sucessão por morte ou por ausência Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações,