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Faculdade de Direito e Ciências Sociais do Leste de Minas Francis Martins, Heliezer de Medeiros, Jeferson Chuengue, e Sabrina Bitencourt Ribeiro DEFESA DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS: REGULAÇÃO DA MÍDIA Vol. 1 Reduto 2015 Francis Martins, Heliezer de Medeiros, Jeferson Chuengue, e Sabrina Bitencourt Ribeiro DEFESA DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS: REGULAÇÃO DA MÍDIA Vol. 1 Artigo Acadêmico apresentado à Faculdade de Direito e Ciências Sociais do Leste de Minas como trabalho acadêmico para a disciplina Teoria Econômica e Direito. Professor: Fernando Cruz de Assumpção Reduto 2015 “Só uma coisa não está representada no legislativo: a nação como um todo. Apenas vozes isoladas se põem ao lado do conjunto da nação.” (Ludwig von Mises) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................. 05 2 DEFESA DA CONCORRÊNCIA .................................................. 06 3 REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ..................... 08 3.1 A TEORIA DA REGULAÇÃO ....................................................... 08 3.2 AGÊNCIAS REGULADORAS ....................................................... 09 4 A ASCENSÃO DA MÍDIA ............................................................ 12 5 REGULAÇÃO ECONÔMICA DA MÍDIA BRASILEIRA ............... 13 5.1 VERBAS DE PUBLICIDADE ........................................................ 13 6 CONCLUSÃO .............................................................................. 16 7 BIBLIOGRAFIA ........................................................................... 17 1 Introdução O princípio da livre concorrência está previsto no Art. 170, inciso IV da Constituição Federal. A concorrência entre produtores de bens ou serviços mantém os preços praticados nos menores níveis possíveis, forçando as empresas a buscarem constantemente formas de se tornarem mais eficientes. Quando a situação de mercado tem um único vendedor, produtor ou comprador para um produto ou serviço é o que chamamos de monopólio. Isso permite que não haja controle sobre os preços. A regulação do mercado, especialmente em setores em que o livre mercado apresenta elevada concentração é indispensável para garantir um adequado ambiente concorrencial. A concentração deve ser vista como uma ação que, mesmo quando não inviabiliza a concorrência, altera o nível de competição, prejudicando em última instância o consumidor. A regulação de setores específicos na economia tem como propósito corrigir eventuais falhas de mercado (LE MOAL, 1979). O mercado para cumprir a função, como as demais instituições humanas, necessita de que determinadas normas sejam preservadas, entre as quais destacamos duas: a liberdade de concorrer no mercado e na autonomia de escolha do consumidor. É preciso que o Estado disponha de instituições de defesa na área. Em decorrente debate a regulação da mídia ainda não foi concretizada, portanto é necessário para reequilibrar o cenário do monopólio midiático no Brasil. Este artigo possui a intenção de evidenciar a necessidade da regulação da mídia para que haja o equilíbrio econômico e a formação de monopólio e oligopólios na mídia brasileira. 2 DEFESA DA CONCORRÊNCIA Os monopólios econômicos existem ao longo da história, traz consigo alguns efeitos indesejáveis do que aqueles oriundos da livre concorrência: menor produtividade de bens e serviços e preços maiores. Com o avanço nas privatizações das empresas estatais no início da década de noventa o papel do Estado mudou. Com a dificuldade de manter o controle dos preços, devido a formação de conglomerados estatais, o Estado brasileiro incentiva as formações empresariais cartelizadas. A economia brasileira se encontrava e apoiava, nas grandes empresas estatais e nas estruturas cartelizadas. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) foi criado pela lei nº 4.137 de 10 de setembro de 1962. Permaneceu inativo até o ano de 1991, quando a lei nº 8.884/94 revogou a anterior (lei nº 4.137/62) e transformou o CADE em uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça. A lei nº 12.529/11 estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC – e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e revoga a lei nº 8.884/94. O CADE, com a relevância dada pelo Estado para a sua função de regulador, ampliou significativamente a sua dimensão. A abertura da economia e a promulgação da lei nº 8.884, de 1994 (revogada pela lei nº 12.529/11) criam as condições para garantir a defesa da concorrência no país. Impõe restrições à competição nos mercados em que as empresas atuam, ou que unam seu poder de mercado por meio de alianças ou fusões com as empresas concorrentes. As políticas de defesa da concorrência, além de impedir que as barreiras excluídas pelo governo sejam recompostas pelos agentes com elevado nível de poder econômico, propõe-se a criar uma cultura concorrencial entre produtores e consumidores, cujas normas de competição passam a ser necessárias para garantir a própria existência no mercado. Empresas com participações elevadas nos mercados adotam estratégias comerciais anticompetitivas ocasionando prejuízos à sociedade. Um fabricante ou prestador de serviços, tem a possibilidade de bloquear os canais de distribuição disponíveis, limitar a capacidade de seus compradores (ou vendedores) de adquirir outros produtos ou serviços que não os seus, criando sérios obstáculos para a entrada de seus concorrentes no mercado. Outro caso é a integração vertical poder provocar o bloqueio de um mercado para um conjunto de empresas nele atuantes. “Na verdade, a situação de foreclosure é semelhante à anterior, aplicando-se, no entanto, às empresas já instaladas.” (PONDÉ; FAGUNDES, POSSAS, 1993). 3 REGULAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS 3.1 A TEORIA DA REGULAÇÃO No Brasil, o Estado Regulador surge na década de 90, quando o país sente a necessidade de adotar outra postura econômica para a produção de bens e serviços de qualidade à população. Nas mãos do estado se concentrava a execução direta de atividades econômicas, voltadas para a produção e serviços públicos, mas as dificuldades financeiras tornavam inviável ao Estado manter o mesmo modelo econômico. Assim, incapacitado de produzir com qualidade, eficiência e a custos razoáveis os bens e serviços, era preciso uma mudança ideológica e política na forma de se governar e de se conduzir a economia. A mudança ocorreu através da descentralização de funções públicas para particulares. É o momento das privatizações, inaugurado pelo Programa Nacional de Desestatização (PND), com relevância principalmente no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Então, reduzir à categoria de serviços públicos apenas aqueles considerados essenciais e primordiais, desafogando o aparelho estatal mediante a concessão da produção de bens e serviços, antes de responsabilidade direta do estado, ao setor privado, buscando a concorrência, a eficiência e a liberdade de mercado. Neste modelo de Estado Regulador, devemos levar em consideração a sua atuação normativa, da qual não estará mais dissociado. Uma das principaisfinalidades do modelo de intervenção econômica seria a de corrigir as chamadas falhas de mercado, que “são situações ou eventos em que os agentes econômicos, deixados à própria sorte e sob as regras de mercado, não atingem uma situação ótima”, conforme indica Eduardo Corte Danelon. (DANELON, Eduardo Corte, Dissertação – Faculdade de Direito. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2011. P.13). O Estado precisa exercer maior controle – deixar que estes setores sejam regulados exclusivamente pelo mercado e pela iniciativa privada poderia causar desigualdades e exclusão social, visto que somente uma parcela da população teria condições de usufruir de tais bens. A produção de bens coletivos não seria vista como prioridade pelas empresas privadas, que buscariam produtos de lucro imediato, incentivada pelo capitalismo de consumo. Neste cenário, surgem as agências reguladores. Descentralizando as atividades estatais, passou a ser necessário criar mecanismos de controle e regulação do novo modelo econômico, impulsionado pela iniciativa privada e pela maior liberdade de mercado. Assim, o Estado cria órgãos públicos, agências reguladoras ou de regulação, responsáveis pela fiscalização das atividades econômicas, edição de normas regulatórias, entre outras competências. 3.2 AGÊNCIAS REGULADORAS NO BRASIL A criação das agências reguladoras no sistema jurídico brasileiro como parte da Administração Publica representa uma novidade, pois a Constituição Federal, quando outorgada, não fazia menção à sua instituição. A partir das Emendas Constitucionais, o legislador concedeu poder de normatização a estes entes integrantes da administração indireta, dando-lhes autonomia administrativa, financeira e patrimonial, no objetivo de obter uma Administração Pública gerencial e eficiente. São autarquias em entes descentralizados da Administração Pública, com personalidade jurídica de direito público, com autonomia, inclusive no tocante à gestão administrativa e financeira, patrimônio e receita próprios, destinada a controlar (regular e fiscalizar) um setor de atividades, de interesse público, em nome do Estado brasileiro. O primeiro ente regulador instituído no país foi a Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEL), através da Lei nº 9.427 de 1996, com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no país. Em 1997 foi criada a Agencia Nacional de Telecomunicações – ANATEL, pela Lei 9.472. sua criação é intimamente ligada ao processo de reforma estatal, e caracteriza-se por ser um órgão autônomo com a responsabilidade de regular e fiscalizar os serviços de telecomunicações, também incumbida de desempenhar as funções do poder concedente. Da mesma forma foi estabelecida a Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pela Lei nº 9.478/97, com a finalidade de ser um ente regulador da indústria do petróleo, gás natural e biocombustíveis. Estas três agências reguladoras marcaram o início do processo de regulação. Em 1999 tivemos a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS), através da Lei nº 9.782, com o objetivo de promover a proteção à saúde da população, com o controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços, como também dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias usadas na produção, e o controle sanitário dos portos, aeroportos e fronteiras. No ano 2.000, foram instituídos dois entes, a Agência Nacional e Saúde Suplementar (ANS), pela Lei nº 9.961, com a finalidade de regular e fiscalizar a prestação dos serviços de saúde por particulares, e assim defender o interesse público na assistência suplementar à saúde, com o poder de polícia que lhe é atribuído. No mesmo ano surgiu a Agência Nacional de Águas (ANA), pela Lei nº 9.984, responsável em gerenciar os recursos hídricos. Em 2001 houve a criação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), pela Lei nº 10.233/01, com o objetivo de regulação de suas esferas de atuação, para garantir o transporte de pessoas e coisas com eficiência, segurança, conforto, pontualidade, e modicidade nos fretes e tarifas. A Agência Nacional do Cinema (ANCINE), criada pela Medida Provisória 2.228-1 de 6 de setembro de 2001, tem o objetivo de regular e fiscalizar a indústria cinematográfica e videofonográfica brasileira. Em 2005 criou-se a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), através da Lei nº 11.182, com a finalidade de regular e fiscalizar as atividades da aviação civil e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária, sendo o último órgão regulador criado no Estado brasileiro. As agências reguladoras possuem personalidade jurídica de direito público, que lhes permite titularizar as tarefas atribuídas por meio de lei. A independência desses entes se dá em relação às entidades econômicas reguladas, por pela área de atuação e complexidade da atividade regulatória, as agências podem tomar atitudes que contrariem o interesse das empresas reguladas em face do interesse público e do cumprimento dos seus objetivos de acordo com seus mandamentos legais. O poder regulador é atribuído pelo Estado a órgãos da Administração Direta e a entidades da Administração Indireta, integrantes da sua estrutura, para regular determinado setor. A regulação é uma atividade normativa onde o Estado, por meio de entes técnicos, intervém no mercado, determinando requisitos para a atuação dos agentes econômicos. Regular significa estabelecer regras, harmonizar o mercado, é a edição de normas capazes de influenciar o mercado, para evitar a sua deturpação e a atuação irregular de empresários mal intencionados. Observamos que o Estado exerce controle sobre as atividades privadas para evitar injustiças sociais. Mas a sua atuação necessita da participação da sociedade para que as normas possam ser legítimas, e para que o Estado possa responder aos seus anseios, levando justiça social. As agências reguladoras são entidades competentes para regular os diversos setores da economia, produzindo normas técnicas para determinar o melhor desempenho dos agentes integrantes do setor em que atuam. Mas a competência regulatória do Estado não se restringe apenas às agências, como defende parte da doutrina, pois autarquias como o Banco Central e o CADE atuam na atividade normativa do país. 4 A ASCENSÃO DA MÍDIA Na Idade média a comunicação entre os humanos era direta, sem intermediários, através de desenhos, música ou discurso. A mediação do conteúdo se deu à necessidade de levar o conteúdo a público remoto, devido a ampliação da capacidade de comunicação dos indivíduos. A ascensão da mídia não aconteceu de forma uniforme, algumas deram seguimento a outras e não as substituindo, sua antiga forma não desaparece, evolui. Nossa sociedade é moldada pela mídia – hoje mais do que em qualquer outro momento da história. Os meios de comunicação desempenham um papel crucial na cultura, no comércio e na política. A convergência de internet, telefonia móvel e tablets estão transformando a nossa cultura. Gigantes da mídia tradicional lutam para sobreviver, enquanto novas empresas como Google e Apple desabrocham na era digital. (Autor desconhecido, Elsevier Brasi, 2015). Por mais que os antigos formatos da mídia estejam sob ameaça, porém, a maioria vai se adaptar e funcionar junto com as novas mídias digitais. Estas, por sua vez, confrontam-se com temas tradicionalmente desafiadores, tais como as questões da censura, da privacidade, dos direitos autorais, da pirataria e da remuneraçãopelo conteúdo. Sua ascensão, provocou o surgimento de oligopólios e monopólios da mídia brasileira. O que levou à necessidade de regulamentação econômica da mídia brasileira, assim como aconteceu em países como Reino Unido, França, Estados Unidos, Portugal e Alemanha. 5 REGULAÇÃO ECONÔMICA DA MÍDIA BRASILEIRA A regulação da mídia volta a ser colocada em pauta para debates no Congresso este ano. Cria-se uma forte polêmica quanto a regulação da mídia significa a censura. Regular a mídia não significa censurar conteúdo, entende a professora Magali Cunha. Um marco regulatório para a imprensa brasileira, fará crescer mídias independentes, com realidade nos fatos, a grande mídia é dominada por poucas famílias, estas que dominam a maioria dos veículos que concentram desde portais na internet a emissoras de radio e TV aberta, de jornais a revistas impressas, a canais a cabo pagos. Nesse cenário temos a formação de monopólios e oligopólios, onde “os donos da mídia brasileira” impedem a diversidade de conteúdos de informação, fazendo com que todos os veículos do mesmo grupo tem a mesma narrativa. Como existe a ANS (Agência Nacional de Saúude Suplementar), para regular planos de saúde, deve haver organismo semelhante para os meios de comunicação, sobretudo para rádio e TV pelo impacto social que causam”, defende a professora. É forte a tendência ao monopólio e ao oligopólio, como a concentração simbólica do pensamento, o que dificulta a manifestação da pluralidade de opiniões. Afetando diretamente a liberdade de expressão e o fortalecimento da democracia brasileira. Em países como Reino Unido, França, Estados Unidos, Portugal e Alemanha, a existência de instrumentos de regulação não tem configurado censura; ao contrário, tem significado a garantia de maior liberdade de expressão para amplos setores sociais. 5.1 VERBAS DE PUBLICIDADE A atual “distribuição” das verbas de publicidade utiliza-se do critério da mídia técnica, com base somente na audiência como definidor da aplicação dos recursos. A Secretaria de Comunicação da Presidencia da República – Secom/PR, provoca as distorções: 1. Afronta a nossa Constituição: arts. 220, §5º, 170, IV(livre concorrência), VII(redução das desigualdades regionais e sociais) e IX(tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte) e do art. 173, §4º(repressão ao abuso de poder econômico, com vistas à eliminação da concorrência e aumento arbitrário dos lucros). 2. Afronta ao Decreto nº 6.555/2008, regulamentado pela Instrução Normativa nº 2/2009, que não traz nenhuma restrição à distribuição dos investimentos à mídia alternativa. Ao contrário, distribuir os investimentos, sejam quais forem, é um dever do Estado. A ALTERCOM (Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação, tem em suas reivindicações: I) A aplicação de 30% das verbas publicitárias dos diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal) em mídias e plataformas não vinculadas a oligopólios e monopólios de comunicação; II) O atendimento ao disposto na Instrução Normativa 2 do Decreto nº 6.555, que garante o amparo legal para essa iniciativa; III) A adoção da experiência do Fundo Setorial do Audiovisual como referencia para o setor da publicidade governamental, contribuindo assim para a desconcentração financeira e a descentralização regional dos recursos; IV) A regulamentação do disposto no inciso III do art. 221 da Constituição Federal, para estabelecer os percentuais de regionalização da produção cultural, artística e jornalística das emissoras de radiodifusão sonora e de sons e imagens, respeitando as especificidades da comunicação de TV(radiodifusão de sons e imagens) e do rádio(radiodifusão sonora). V) A adoção da ferramenta do Google Analytics para o controle de desempenho dos veículos de mídia na internet, por ser de uso gratuito e por oferecer às agências de publicidade e aos anunciantes todas as informações necessárias na avaliação dos investimentos de publicidade. No Brasil, emissoras de rádios e TV são concessões públicas – é como se o governo “emprestasse” às empresas o espaço para a transmissão, que é um bem público. Por isso, como em outros setores em que há concessões, são passíveis de regulação. Ainda não existe um projeto definido para a regulação da mídia, mas alguns Projetos de Lei já existem desde de 2004, portanto a Presidenta Dilma afirma que o debate terá que ser feito com a sociedade. O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, é contrário à regulação de conteúdo. “Quando se fala em regulação da mídia no sentido de acompanhar, fiscalizar, o conteúdo das emissoras, controle social da mídia, é óbvio que isso tem um viés de interferência do conteúdo, e conteúdo não pode sofrer intervenção. A mídia pode ser responsabilizada pelos eventuais excessos: tem Código Civil, Penal, etc. Mas acho que qualquer iniciativa que, mesmo de forma indireta, interfira no funcionamento é uma interferência indevida”, acrescenta Daniel. A construção de um ambiente de comunicação mais justo e democrático é uma dívida antiga do país consigo mesmo. (EKMAN, Pedro e BARBOSA, Bia – membros da coordenação executiva do Intervozes. 6 CONCLUSÃO Concluímos que para que houvesse o equilíbrio econômico foi necessária a regulamentação das atividades econômicas, para se evitar a formação de monopólios e oligopólios no Brasil. A criação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, impõe restrições à competição nos mercados, criando as políticas de defesa da concorrência, criando uma cultura concorrencial, cujas normas de competição passam a ser necessárias. Devido a necessidade do Estado de exercer maior controle sobre as atividades econômicas, foram criadas as Agências Reguladoras com finalidade de regular e fiscalizar. As existentes hoje no país são Agência Nacional de Energia Elética (ANEL); Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Agência Nacional de Águas (ANA) Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ); Agência Nacional do Cinema (ANCINE); Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). São entidades competentes para regular os diversos setores da economia. Em pesquisa no campo da Mídia brasileira, percebe-se a necessidade da regulação dessa atividade econômica, sobre tudo para rádio e TV pelo impacto social que causam. A Mídia tem uma forte tendência ao monopólio e ao oligopólio, o que dificulta a manifestação da pluralidade de opiniões. O artigo mostra em seu aspecto a forma e necessidade da construção de um ambiente mais justo e democrático nas atividades econômicas, em estudo mais profundo da Mídia brasileira. 7 BIBLIOGRAFIA Andi Comunicação e Direitos http://www.andi.org.br/politicas-de-comunicacao/page/regulacao-da-midia Portal Metodista http://portal.metodista.br/nfc/noticias/regular-midia-nao-significa-censurar-conteudo- entende-professora-magali-cunha Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor http://www.idec.org.br/em-acao/revista/de-onde-vem-a-sua-comida/materia/midia-regular- para-democratizar Observatório da Imprensa: Jornalista, Pindamonhangaba, SP http://observatoriodaimprensa.com.br/feitos-desfeitas/regular-e-regulamentar-uma- necessidade/ BBC Brasil http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/11/141128_regulacao_midia_lab Brasil.Controladoria-Geral da União (2011a). Portal da Transparência. Acesso: www.portaldatransparencia.gov.br Brasil. Ministério do Planejamento (2013). Plano Plurianual. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=155&sub=175&sec=10##ppaAtual Brasil. Conselho Administrativo de Defesa Econômica (2007). CADE Guia Prático do CADE. Disponível em: www.Cade.gov.br/publicacoes/guia_Cade_3d_100108.pdf Brasil. Câmara dos Deputados. Centro de Documentação e Informação Acesso: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4117-27-agosto-1962- 353835-norma-pl.html Revista de Administração Conteporânea – SCIELO. Pereira, José Matias http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552006000200004&script=sci_arttext
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