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Estudo Dirigido Psico Jurídica

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Instituto de Educação Superior de Brasília - IESB
Turma: OCJUD3B
Disciplina: Psicologia Jurídica
Michelly Lohanne – 13111010077
Estudo Dirigido
Questão 01
Parte A: O papel da luta antimanicomial nas críticas à aplicação da medida de segurança.
A luta antimanicomial é um incessante projeto organizado que visa a transformação dos serviços psiquiátricos. O objetivo principal é acabar com os manicômios que existem nas sociedades visto que eles não funcionam para alcançar o devido fim esperado que é o tratamento e a cura dos doentes mentais. Com isso, advém o debate sobre o negativo emprego da medida de segurança.
Salo de Carvalho traz, em seu livro “Antimanual de criminologia”, um comparativo entre prisão e manicômio. Ambos são espaços institucionais de controle social que abrigam pessoas ditas perigosas demais para permanecerem no meio social. Acontece que nas áreas carcerárias os presos que lá estão são imputáveis que foram condenados por algum crime que cometeram e como consequência receberam pena restritiva de liberdade e na área manicomial estão aqueles que são “portadores de sofrimento mental, inimputáveis que cometeram algum crime e através da medida de segurança (que não deixa de ser pena) foram internados a fim de que se tratassem e curassem. O grande problema, porém, é a forma como estes manicômios funcionam. Que se assemelha, e muito, às prisões. 
Nos manicômios, o tratamento dos doentes mentais é totalmente desprovido de preparo. Primeiro que a principal preocupação não é nem a cura em si da “loucura” e sim, a segregação dos loucos infratores que são tidos como perigosos e incapazes de conviver no meio social, pois trazem grandes riscos à coletividade. Sem contar com as inúmeras técnicas de tratamento violentas – uso de camisa de força, medicamentos indevidos, etc.
O foco da luta antimanicomial é a reforma sanitária democrática e popular. É necessário, portanto, acabar com o instituto manicomial e elaborar projetos que sejam realmente eficazes no tratamento aos doentes mentais e que estejam verdadeiramente preocupados com estas pessoas e engajados na busca pela cura psiquiátrica. Desta forma, a medida de segurança seria completamente dispensável e acabaria, por fim, com o caráter criminológico e punitivo que a medida de segurança traz.
Parte B. De acordo com o trabalho realizado pelo PAI-PJ (Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental Infrator) aponte e discuta:
Estrutura oferecida para a recuperação do chamado “louco infrator”;
Questões sociais e familiares contempladas;
A revisão da medida de segurança como meio ineficaz de punição.
A proposta trazida pelo PAI-PJ (Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental Infrator) é focada em extinguir o caráter de alta periculosidade que a medida de segurança emprega ao portador de sofrimento mental. O intuito do programa é estabelecer um acompanhamento monitorado ao doente mental que tenha cometido qualquer conduta típica.
Com o PAI-PJ os pacientes judiciários possuem chance de recuperação, atendimentos clínico e jurídico devidos e humanitários que objetivam a inserção destas pessoas ao meio social. O acompanhamento é feito de forma cuidadosa e observando os mínimos detalhes. O acompanhante visita regularmente o paciente e o auxilia nas tarefas simples do dia-a-dia como ir ao banco, lanchar, etc.; o que gera inúmeros benefícios ao paciente que aos poucos percebe que já consegue seguir de forma mais independente. As vantagens e melhorias são inúmeras e mostram o quanto a medida de segurança é grosseira e desnecessária. O dito “louco infrator” convive de forma melhor tanto no seu âmbito familiar, quanto no social, uma vez que ele se vê capaz de fazer coisas que antes do tratamento não fazia. É vantajoso até mesmo para a reformulação da consciência social que o paciente tem de si mesmo (ele se vê parte efetivamente da sociedade) e também que a sociedade tem dele (não o vendo mais como um agente perigoso e sim como indivíduo).
Questão 2
Esta questão põe no centro a Lei 11.340/06 e as questões psicossociais relacionadas à violência contra a mulher. 
Com isso, comente:
A definição de violência contra a mulher dada pelos Direitos Humanos e os tipos de violência coibidos pela Lei 11.340/06 
A partir da história da Maria da Pena, no ano de 1994 o Brasil assinou o documento da Convenção Interamericana com o intuito de prevenir, punir e erradicar com a violência contra a mulher. A resolução dada pelo projeto e posteriormente pela lei está intrinsecamente ligada aos Direito Humanos uma vez que estes têm como princípios a universalidade. Acabar com a violência contra a mulher é eliminar a discriminação em uma sociedade machista que aos poucos se molda às mudanças históricas e sociais.
A violência contra as mulheres é o que caracteriza o mais alto grau de discriminação do gênero feminino. De acordo com o artigo 1º da Convenção de Belém do Pará “deve-se entender por violência contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.”. Os tipos de violência elencados na lei nº 11.340 de 2006 e em estudos acerca do assunto são: violência de gênero; violência intrafamiliar; violência doméstica, violência física; violência sexual; violência psicológica; violência econômica ou financeira e violência institucional.
Os diversos tipos de violência servem para tipificar absolutamente toda e qualquer hipótese agressiva que uma mulher possa sofrer. Frise-se, ainda, que em relação aos direito humanos, antigamente os atos de violência cometidos contra as mulheres não eram tidos como violações aos direitos humanos uma vez que estes, em sua origem, foram elaborados para prevenir e coibir a violência estatal contra seus cidadãos. Porém, frente à uma sociedade machista e que vê o feminino como o sexo frágil, considerou-se a violência contra a mulher como efetiva violação os direitos humanos.
A ideia de trauma familiar e sua relação com a violência contra a mulher de acordo com o texto: "Mulheres que sofrem violência doméstica contribuições da psicanálise" (Lima e Verlang, 2011).
Os traumas vivenciados pela mulher na infância e adolescência podem deixar uma forte marca; estudos apontam que estes indivíduos possuem alto risco de desenvolver problemas comportamentais, psicológicos e neurológicos por conta da exposição à vivências traumáticas ou experiências de vida estressantes. Para Ferenczi, eles podem mais tarde, em virtude da lei da compulsão à repetição, reviver esse prazer incessantemente, podendo se desencadear  com o estabelecimento de uma relação conjugal, por criarem condições de simetria entre o casal, fazendo que uma história de maus tratos se irradie para a nova relação. É o que ocorre com a maioria das mulheres que sofrem agressões por parte de seus companheiros; elas já os escolhem com uma certa predisposição a repetir as situações vividas quando eram pequenas. O trauma se permeia e se apresenta de forma até mesmo obscura, por isso que muitas das vezes não se compreende o porquê da mulher voltar a se relacionar com o mesmo homem que a espancou e até mesmo não se entende o porquê que ela suspende o processo criminal que já havia sido aberto por conta da denúncia inicial.
C) Como se organizam os Juizados Especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher e qual a sua importância para o combate a este tipo de violência.
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher é uma unidade do Judiciário que serve para julgar especificamente casos de violência contra mulher de acordo com a Lei nº 11.340/2006. Este Juizado foi criado pela Resolução N. 005/2006 e se organizou para atender as vítimas com mais celeridade, facilidade, oferecendo tratamento específico e exclusivo, o que é de enorme importância, pois geralmente a agredida está completamente abalada e com medo.
O processo se inicia com a denúncia prestada pela mulher em uma delegaciae em um prazo d 48 horas o inquérito é remetido para o juízo competente a fim de seguir com o processo. É notável a importância de uma unidade exclusiva para casos de violência contra mulheres, haja vista os inúmeros casos existentes e a necessidade de um procedimento mais cauteloso que vise preservar a todo o momento a integridade da agredida. Com isso, tornou-se possível decisões liminares que trazem segurança à mulher e todo o aparato judicial que a situação necessita.
	
Questão 03
Dados da entrevista
 Gênero: Feminino
 Idade: 21 anos
 Profissão: Estudante de Psicologia
 
Comente, de acordo com os textos disponíveis no Black sobre “O menor e as medidas socioeducativas”, as respostas às seguintes perguntas:
O que você sabe sobre o surgimento da noção de infância?
Antigamente, as crianças eram vistas como “adultos em miniaturas”, tanto que eram tratadas como adultos e muitos assuntos eram abertamente expostos a elas. Com o decorrer dos anos, esses assuntos passaram a ter pudor e leis foram criadas para que a inocência fosse preservada. É no período da infância que os laços familiares são criados, valores são aprendidos e o reconhecimento da paternidade se torna necessário. A criança passou a ser tratada como tal, respeitada e protegida pela sociedade.
Comentário: A noção de infância surgiu no século XIX mas ainda de forma muito escassa. Estudiosos não acreditavam que as crianças poderiam ser um potencial objeto de estudos científicos. Não havia uma demarcação dos estágios da vida como temos hoje a infância, a pré-adolescência, a adolescência, a juventude e a velhice. Durante a Idade Média as crianças frequentavam os mesmo lugares dos adultos sem qualquer distinção. Com o decorrer do tempo, a infância começou a ser vista como uma fase em que o indivíduo necessita de cuidado (por ser tão dependente) e disciplina (entra então a importância da educação desde cedo).
 
O que você sabe sobre as teorias da psicologia ou da psicanálise sobre a infância?
Existem inúmeras teorias, dentre elas, uma que diz respeito ao desenvolvimento da 1ª, 2ª e 3ª infância. A Psicologia do Desenvolvimento objetiva estudar o desenvolver humano ao longo da vida, em todas as faixas etárias, começando mesmo antes do nascimento. Os fatores tanto biológicos como ambientais e/ou educativos, se inter-relacionam de forma complexa e influenciam o desenvolvimento humano. Outro exemplo de teoria que envolve também, o processo infantil é a Abordagem da Maturação Biológica que caracterizam o desenvolvimento humano é endógena, ou seja, a mudança vem de dentro do organismo, tornando o papel do ambiente secundário.
Comentário: A teoria psicanalista sobre a infância remete às crianças potencial capacidade de serem efetivamente perigosas. Tão perigosas quanto um psicopata adulto, porém com mais agravos já que ninguém espera que um doce indivíduo de até 12 anos de idade vá ser responsável por detestáveis condutas. Os mais comuns casos de psicanálises infantis são de meninas que tiveram ou apenas queriam alguma experiência sexual com seus pais. 
O que você sabe sobre as medidas socioeducativas adotadas no Direito brasileiro?
Medidas aplicadas pelo Juiz da infância e da juventude, destinadas a adolescentes (entre 12 e 18 anos) quando praticam atos infracionais são vistas e aceitas com um caráter educativo, e não punitivo. Vale ressaltar que deve-se realizar uma análise da capacidade do adolescente de cumprir a medida, das circunstâncias e da gravidade da infração.
Comentário: A resposta da entrevistada condiz com o requerimento do enunciado.

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