Buscar

Regeneração e Reparo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Izabelle Santana 
Turma XXIV 
REGENERAÇÃO E REPARO 
Exemplificação de como os tecidos se recuperam após lesionados – modelo de cicatrização de ferida cutânea. 
Em determinadas situações se faz uma cirurgia com todos os cuidados, mas esteticamente a cicatriz não fica 
adequada. Por outro lado, algumas situações sem grandes cuidados podem deixar cicatrizes mais discretas. 
 Regeneração – qualquer parte de um tecido perdido, é substituído por tecido idêntico, com mesmas 
características e funções. 
 Reparo – restauração de uma estrutura original, mas pode causar desarranjos estruturais. 
REGENERAÇÃO 
Parte de um tecido perdido é substituído por outro idêntico, sem distúrbio estrutural. Ocorre de forma muito 
limitada em humanos. 
 Ex.: regiões de mucosa tem alta capacidade de proliferação; assim como o epitélio da pele. 
 Podem regenerar (devido preservação das células tronco); 
 Não ocorre em tecidos que não proliferam, miocárdio, como exemplo, casos em que só ocorre reparo; 
 OBS.: regeneração não está relacionado a hiperplasia compensatória. O fígado, após um transplante, 
irá realizar hiperplasia compensatória, e não regeneração. 
 
 A regeneração pura só ocorre em danos muito superficiais; 
 Normalmente o que ocorre é um equilíbrio – regeneração x cicatrização (reparo); 
 Tecidos com capacidade proliferativa – balanço entre os dois. A extensão da lesão pode ser 
determinante no balanço. Quanto mais a lesão envolver componentes da matriz, mais vai tender ao 
reparo. 
FUNÇÕES MEC 
 Suporte mecânico; 
 Controle do crescimento celular; 
 Manutenção da diferenciação celular; 
 Arcabouço para renovação tecidual; 
 Estabelecimento de microambientes 
teciduais; 
 Armazenamento e apresentação de 
moléculas reguladores. 
Composição – proteínas estruturais fibrosas (colágenos e elastina, resistência à tensão e retração); 
glicoproteínas adesivas (conectam os elementos da matriz às células); proteoglicanos (elasticidade e 
lubrificação). 
 
REPARO 
 Cicatrização e fibrose; 
 Reparo – substituir o tecido perdido por colágeno (tecido fibroso). Resposta fibroproliferativa que 
“remenda” em vez de restaurar; 
 O reparo consiste mais frequentemente em uma combinação de regeneração e formação de cicatriz 
pela deposição de colágeno; 
 Quando a lesão é extensa e ultrapassa o epitélio, atingindo MEC de tecidos profundos, sempre haverá 
reparo, e não apenas regeneração. 
 MEC – colágeno, elastina, arcabouço de conexão entre tecidos. Quanto maior a extensão de prejuízo 
sobre ela, maior o reparo, menor a regeneração. 
 Cronicidade – processo de cura que se estende. Qualquer processo infeccioso arrasta o processo de 
cura por mais tempo, quanto maior o tempo, maior o balanço para o reparo. 
∙ A maioria dos tecidos ocorre combinação do reparo e regeneração (menos tecidos como miocárdio e 
tec. nervoso). 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
BALANÇO REGENERAÇÃO x REPARO 
Influenciado por: 
 Capacidade proliferativa das células do tecido; 
 Integridade da MEC (extensão da lesão); 
 Resolução ou cronicidade da lesão e da inflamação. 
FASES DO PROCESSO DE CURA 
São 3 fases: 
1. Inflamatória – primeira horas e dias. Se inicia com o sangramento (formação do tampão/hemostasia), 
adesão e agregação plaquetária formando coágulo. Ocorre resposta inflamatória. Ápice no 2 dia; 
2. Proliferativa – substituir o coágulo por tecido de característica singular (tecido de granulação), 
proliferação e migração de células do tecido conjuntivo. Reepitelização da ferida. 
3. Maturação – substituição gradual do tecido de granulação por um tecido semelhante a MEC, 
remodelamento do tecido e contração da ferida. Se estende por várias semanas. 
 
24 HORAS 
 Processo hemostático (coágulo); 
48 HORAS 
 O coágulo é arcabouço (rede de fibrina 
com hemácias e leucócitos presos) – 
suporte para que as células da inflamação 
aguda adentrem a ferida; 
 Migração de neutrófilos; 
 Aspecto avermelhado, edemaciado e 
dolorido; 
 
TERCEIRO/QUARTO DIA 
No terceiro dia, o coágulo não existe mais, foi substituído por tecido de granulação (apenas resquício de 
coágulo, substituição gradativa). 
 Tecido de granulação – fibroblastos e novos vasos sanguíneos. 
 Resquício de coágulo desidrata na superfície e transforma-se na crosta nos primeiros 7 dias. 
SEMANAS EM DIANTE 
No local onde havia o tecido de granulação, o macrófago chega no local, remove resíduos extracelulares, 
fibrina e materiais estranhos. 
 Também secreta mediadores: TNF, PDGF, TGF-β, EGF, e IL-1; 
 Recrutam mais fibroblastos (aumenta concentração de colágeno); 
 Com mais algum tempo, leva a uma involução de vasos. Ferida a princípio avermelhada, depois se 
aproxima mais a cor normal = involução de vasos; 
CONTRAÇÃO DA FERIDA 
Reflexo natural do tecido. 
 Traz as bordas para mais perto da ferida, facilitando o processo cicatricial. Ex.: cicatrização de grandes 
queimados. 
 Feita pelos miofibroblastos (originados a partir dos fibroblastos). 
 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
REMODELAMENTO 
 Substituição do tecido de granulação por uma 
cicatriz; 
 Equilíbrio entre degradação e síntese de MEC 
(MMP – metaloproteinases de matriz); 
 Diminui a quantidade de colágeno e aumenta 
a elasticidade, aumenta-se a lubrificação para 
ficar mais próximo de um tecido saudável. 
 
 
RECUPERAÇÃO FORÇA TENSIL 
 Com o passar do tempo se recupera a força 
tênsil (colágeno tipo I da ferida); 
 Aumento da síntese e diminuição da 
degradação; 
 Na retirada da sutura, a região apresenta 
aproximadamente 10% da sua resistência, 
atinge aproximadamente 80% da resistência 
meses depois (platô). 
Cicatrização por 1° intensão – quando se faz a aproximação, com pouco espaço entre as bordas, pouca 
formação de tecido de granulação, pouca retração, com cicatriz satisfatória. Cirúrgica. 
Cicatrização por 2° intensão – margens irregulares, bordas afastadas, grande espaço entre as margens 
formando grande coágulo, grande quantidade de tecido de granulação, cicatriz larga. Traumática. 
 Envolve uma resposta inflamatória mais acentuada, maior coágulo e maior chance de infecções. 
FATORES SISTÊMICOS 
 Nutrição; 
∙ Deficiência proteica; 
∙ ↓ Vitamina C – inibe a síntese de 
colágeno; 
 
 Estado metabólico (diabetes melito); 
∙ Microangiopatia – dificulta a 
circulação, dificultando a cicatrização; 
 
 Estado circulatório; 
∙ Arterioesclerose, anomalias venosas; 
 
 Hormônios (glicocorticoides); 
∙ ↓ inflamação – pode alongar o tempo 
de cicatrização, dificuldade na 
resposta celular, migração de 
neutrófilos e macrófagos (menor 
síntese de colágeno). 
 
FATORES LOCAIS 
 Infecção; 
∙ Inflamação persistente – cronificação; 
 
 Fatores mecânicos; 
∙ Movimento precoce; 
∙ Separação das margens; 
 
 Corpos estranhos; 
∙ Suturas desnecessárias; 
∙ Fragmentos de vidro, metais, osso; 
 
 Tamanho, localização e o tipo de ferida. 
 
ASPECTOS PATOLÓGICOS DO REPARO 
 Formação deficiente da cicatriz – deiscência; ulceração – ferimentos em membros inferiores, comum 
em diabéticos; 
 Formação excessiva dos componentes do reparo: 
∙ Cicatrizes hipertróficas (deposição excessiva de fibras colágenas, não passa das bordas da ferida); 
∙ Queloides (excesso de deposição de colágeno, passa dos limites da cicatriz); 
∙ Formação excessiva de tecido de granulação; 
 Formação de contraturas – contração excessiva da ferida, palmas das mãos, plantas dos pés, 
queimaduras. 
 
 
 
Izabelle Santana 
Turma XXIV 
FIBROSE 
Perpetuação de algum estímulo danoso em órgãos pode levar a fibrose. Predomínio de reparo. 
Exemplo: 
 Fígado lesionado de forma intermitente (álcool/medicamentos ocasionalmente) – reposição dos 
hepatócitos perdidos, regeneração; 
 Fígado lesionado de maneira crônica – predomínio de reparo, substituição do tecido hepático perdido 
constantemente por fibrose. Traz prejuízos estruturais ao órgão.

Outros materiais