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Letícia S Moda Silva Planejamento PPR classe III e IV Prótese dento-muco-suportada x Prótese dentossuportada Suporte de tecido mucoso e dentes (possuem diferentes movimentações: a mucosa permite uma movimentação maior do que o ligamento periodontal) Forças transmitidas ao osso pelo ligamento periodontal Suporte apenas de dentes Cargas transferidas para o tecido ósseo apenas pelo ligamento periodontal Prognóstico favorável Alavancas sempre presentes nas próteses de extremidades livres, quando utilizamos os princípios adequados apenas estaremos mudando o tipo de alavanca tornando-a menos nociva. Requerem maior cuidado, especialmente próteses mandibulares – paciente tona mais ao consultório Sequência para o desenho das PPRs 1. Delimitação da área anodôntica (classificação) 2. Escolha dos dentes pilares Regra geral: Dentes adjacentes a área anodôntica Sempre devem ter apoio, mas não necessariamente grampos 3. Posicionamento dos apoios Regra geral: adjacentes a área anodôntica Exceções: extremidades livres (distante da área anodôntica) e interferência oclusal (que me impeça de colocar o apoio, principalmente dentes muito inclinados, mesialisados) 4. Determinação da linha de fulcro Eixo imaginário, determinado pelos apoios mais posteriores da PPR, em torno da qual a prótese tem tendência a rotação Se a prótese tem tendência de movimento são necessários retentores indiretos Podem ser grampos, apoios, parte do conector maior 5. Posicionamento do retentor indireto Devem ser posicionados na maior perpendicular à linha de fulcro, para impedir a rotação da prótese 6. Escolha e posicionamento dos retentores diretos (grampos) Regra geral: adjacentes a área anodôntica Exceções: dentes com comprometimento periodontal, dentes tratados com prognóstico duvidoso, mas nunca dentes condenados Dentes pilares sempre devem ter apoio, mas não necessariamente grampos 7. Escolha e posicionamento dos conectores Letícia S Moda Silva Planejamento classe III Seleção do conector maior maxilar Necessidade de suporte Presença de torus Necessidade de substituição de dentes anteriores Seleção de conector maior mandibular Necessidade de retenção indireta Presença de torus Necessidade de substituição de dentes anteriores Estabilização de dentes Exemplos: Classe III de Kennedy Dentes pilares: 14, 17 Apoios: distal do 14, mesial do 17 Linha de fulcro: passando nos apoios dos dentes pilares 14 e 17 Retentor indireto: grampo geminado nos dentes 26 e 27 (lembrando que para usar o geminado, deve-se ter retenção na mésio-vestibular e disto-vestibular de cada molar respectivamente). Retentores diretos (grampos): circunferencial simples (linha do sorriso alto) ou tipo barra no 14 (linha do sorriso baixa), circunferencial simples no 17 Conector: barra palatina (cuidado para não deixá-la afilada, pois pode fraturar) Obs.: Confecção de um apoio na mesial do 25 para o desenho da prótese ficar mais estável Obs.: O conector palatino completo poderia ser utilizado, entretanto eu não preciso utilizá-lo, pois não é preciso muito suporte nesse caso, já que serão substituídos apenas dois elementos área desdentada pequena Para escolha dos grampos corretos devo analisar clinicamente a linha do sorriso e a oclusão, e, no modelo, as retenções verificadas no delineamento. Classe III de Kennedy Letícia S Moda Silva Dentes pilares: 33, 36 + grampo geminado Apoios: cíngulo do 33, mesial do 36 + os do grampo geminado Linha de fulcro: passando nos apoios dos dentes pilares 33 e 36 Retentor indireto: grampo geminado nos dentes 46 e 47 Retentores diretos (grampos): tipo barra no 33 e circunferencial simples no 36 Conector: barra lingual Obs.: Todo braço de retenção deve ter um braço de reciprocidade (independente se o grampo tiver desenho circular ou em barra). Nos incisivos e caninos, o próprio apoio no cíngulo faz a função do braço de reciprocidade, já que ocupa uma grande parte do dente. Obs.: Se tenho um apoio, dele deve sair um retentor menor, mas por onde ele sai? - Casos dentossuportados: o conector menor sai pela área anodôntica. - Casos dento-muco-suportados: conector menor sai pela mesial. Obs.: Não posso fazer grampo geminado entre pré-molares, mas posso fazer entre pré-molar/molar e molar/molar Classe III de Kennedy, modificação 1, inf. Dentes pilares: 33, 37, 44, 47 Apoios: cíngulo do 33, mesial do 37 e 47, distal do 44 Linha de fulcro: passando nos apoios + posteriores: 37 e 47 Retentor indireto: não há necessidade, pois a prótese não irá girar, já que os grampos do lados oposto evitam a rotação da prótese e, portanto a linha de fulcro não é ativa. Os retentores diretos também não atuam como retentores indiretos, simplesmente porque não há necessidade de retenção indireta. Retentores diretos (grampos): tipo barra no 33 e 44, circunferencial simples no 37 e 47 Conector: barra lingual Toda a prótese classe III com modificação não tem linha de fulcro, portanto não tem tendência a girar e não necessitam de retenção indireta! Letícia S Moda Silva Classe III de Kennedy, modificação 1, superior Dentes pilares: 14, 17, 24, 27 / 33, 37, 44, 47 Apoios: adjacentes a área anodôntica Linha de fulcro: passando nos apoios + posteriores: 17, 27 / 37, 47 (ambas não tendem a girar, devido os grampos dos lados opostos que evitam a rotação da prótese) Retentor indireto: não há necessidade Retentores diretos (grampos): Conector: Barra palatina e barra lingual Classe III de Kennedy superior Dentes pilares: 11, 26 Apoios: cíngulo do 11, mesial do 26 + nos grampos geminados Linha de fulcro: passando nos apoios dos dentes pilares: 11, 26 Retentor indireto: grampo geminado nos dentes 16 e 17 Retentores diretos (grampos): sem grampo no 11 (estética), grampo geminado nos dentes 16 e 17, 26 e 27 Conector: Barra palatina em forma de U ou ferradura ou Barra palatina dupla Obs.: Apoio no 14 p/ dar mais estabilidade e melhor formato do conector maior Obs.: grampo geminado nos dentes 26 e 27 (equivalente ao grampo geminado do lado oposto – maior estabilidade) No caso acima, se eu quisesse usar um grampo MDL, o incisivo central não poderia ter dentes adjacentes ou deveria ter a presença de um diastema Sempre devem ter apoio, mas não necessariamente grampos (estética) Letícia S Moda Silva Quando eu vou selecionar um conector maior da maxila, o que devo pensar: - desdentamento muito grande (preciso de suporte com conectores amplos): conector palatino completo ou placa palatina - desdentamento pequeno: barra palatina, barra palatina em U ou uma barra dupla (ântero-posterior), sendo que desses três devo ver: - se meu paciente possui tórus: barra palatina em U ou barra dupla (ântero-posterior) - se eu precisar repor dente anterior: barra palatina em U ou barra dupla (ântero-posterior) - se eu não for repor um dente anterior (não há porque utilizar um conector que fica nas rugosidades palatinas): barra palatina Quando eu vou selecionar um conector maior da mandíbula, o que devo pensar: O conector maior inferior não dá suporte, pois é bem fino, então o que vai orientar a minha escolha é a necessidade de retenção indireta - casos de extremidade livre (presença de apenas dentes anteriores): barra dupla de Kennedy ou placa dental ou barra lingual - casos onde não há necessidade de retenção indireta (utiliza o retentor mais simples): barra lingual Classe III de Kennedy, modificação, inferior Dentes pilares: 32, 35, 37, 42, 44, 47 Apoios: cíngulo do 32 e 42, mesial do 37 e 47, distal do 35