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Direito Civil III - Estácio

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1)Renato adquiriu imóvel e assinou contrato no âmbito do qual foi excluída, por cláusula expressa, a responsabilidade pela evicção. A cláusula é
A) Válida, mas, se Renato restar evicto, terá direito de receber o preço que pagou pelo imóvel, ainda que soubesse do risco da evicção.
B) Válida, excluindo, em qualquer caso, o direito de Renato receber quaisquer valores em caso de evicção.
C) Nula, porque fere preceito de ordem pública.
D) Válida, mas, se Renato restar evicto, terá direito de receber o preço que pagou pelo imóvel, se não soube do risco da evicção ou se, dele informado, não o assumiu.
E) Válida, mas, se Renato restar evicto, terá direito de receber o preço que pagou pelo imóvel mais indenização pelos prejuízos decorrentes da evicção, tais como despesas de contrato e custas judiciais, se não soube do risco da evicção ou se, dele informado, não o assumiu.
Primeiro cuidaremos de analisar a validade ou não da cláusula que exclui a responsabilidade do alienante pela evicção.
A evicção é uma situação em que o objeto do negocio jurídico não pertence ao alienante. Segundo o artigo 448 do código cívil brasileiro, as partes podem reforçar, diminuir ou mesmo excluir a responsabilidade pela evicção. Vejamos:
Art 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir, ou excluir a responsabilidade pela evicção.
A cláusula de que fala o enunciado portanto é VALIDA, sendo assim, a alternativa C já está errada e passaremos para a analise das demais situações decorrentes desta validade,
A) ERRADA. O artigo 449 do código civil brasileiro determina que o evicto tem o direito de receber o preço que pagou pelo bem, SE NÃO SOUBER DO RISCO da evicção, ou, não a tenha assumido. Podemos concluir portanto, que em caso da assertiva, onde o evicto sabe do risco da evicção, ele não terá direito a ter restituído o valor pago pelo bem. Sendo assim, a alternativa está errada.
B) ERRADA. Para concluirmos que a assertiva B está errada, trabalharemos ainda sobre o artigo 449 nos aproveitando do raciocínio construído até aqui. O direito que Renato tem de ser restituído no valor pago existe sim, nos casos já mencionados onde o risco pela evicção não é sabido ou não se é assumido (embora aqui haja possa se concluir que a assinatura do contrato conclui anuência do risco isso pode ser relativizado). Sendo assim, a assertiva erra ao dizer que este direito não existe em qualquer caso. 
C) ERRADA. Como já observamos acima, a alternativa C está errada pois a clausula é sim valida, com fundamento jurídico no artigo 448 do CC,
D) CORRETA. A alternativa D fala exatamente o argumento que usamos para justificar o erro das alternativas A e B. Afirmando exatamente o que está previsto no artigo 449. Chegamos dessa maneira ao nosso gabarito.
E) ERRADA. Existe grande discussão em torno desta alternativa que muitos julgam como correta pela leitura do artigo 450. Vemos o que diz esse dispositivo:
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Essa alternativa diz exatamente a mesma coisa da anterior, apenas estendendo o rol de direitos do evicto que assinou contrato que continha clausula de irresponsabilidade pela evicção, o que está errado, já que, o artigo 450, nada menciona a respeito desta cláusula.
Desta interpretação concluímos que, no caso da existência da clausula, os direitos do evicto são restritos ao disciplinado pelo artigo 449, sendo o artigo seguinte usado, nos casos em que essa cláusula não existe. Reforça esse tese a primeira frase do caput do artigo 450, "Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto..."
2)Não possui nem direito adquirido nem expectativa de direito, pois o contrato é nulo, visto que não é permitido contrato de herança de pessoa viva, art. 426 CC:
“Não pode ser objeto de contrato a herança a herança de pessoa viva”
3) Com relação aos contratos por adesão, no âmbito da relação civil diversa da relação de consumo, é correto afirmar que:
A possibilidade de alteração de determinadas cláusulas, como a forma de pagamento, não descaracteriza a natureza de contrato por adesão.
4) Assinale a alternativa correta acerca do instituto do contrato preliminar no direito brasileiro.
Regularmente concluído o contrato preliminar, qualquer das partes pode exigir a celebração do contrato definitivo.
5) Assinale a alternativa correta acerca dos vícios redibitórios.
Admite-se a estipulação de cláusula contratual afastando a responsabilidade do alienante pelos vícios redibitórios, desde que este desconheça a existência de vícios. 
*Os vícios redibitórios, como se extrai do artigo 441 do Código Civil de 2002, constituem defeitos ocultos, que tornam a coisa imprópria ao uso a que é destinada, ou que lhe diminuam o valor.
6) Observada a disciplina contida no Código Civil em vigor, assinale a única alternativa que contém afirmação INCORRETA:
a) Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas ambíguas, contraditórias ou que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. 
7) “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato”. Este enunciado refere-se à:
a) Resolução por onerosidade excessiva, nos termos da teoria da imprevisão prevista no Código Civil. 
8) A propósito dos contratos, assinale a alternativa correta:
Levado o contrato preliminar a registro no cartório competente, se o estipulante não lhe der execução, a outra parte poderá considerá-lo desfeito e pleitear perdas e danos, em caso de prejuízo, sem, antes, requerer a execução específica.
São os princípios básicos dos contratos:
-Autonomia da vontade: liberdade das partes para estipular o que melhor lhes convier. É a liberdade de contratar, desde que respeitados os limites da lei. 
-Supremacia da ordem pública: autonomia da vontade é relativa, sujeita-se à lei e aos princípios da moral e da ordem pública.
-Obrigatoriedade do contrato: o contrato faz lei entre as partes - “pacta sunt servanda”. Uma vez celebrado pelas partes, não pode mais ser modificado, a não ser por mútuo acordo.
-Consensualismo: os contratos podem ser realizados sem quaisquer formalidades, obrigando as partes no momento em que estas cheguem a um consenso. É regra geral, com várias exceções, quando a lei exige formalidades extras para alguns contratos.
-Principio da boa-fé e da probidade
EVICTO é aquele que sofre os efeitos da evicção, é a parte prejudicada, é o adquirente do bem pertencente a terceiro e EVICTOR, a pessoa que reivindica a coisa, o terceiro interessado. O ALIENANTE é quem vai suportar as conseqüências da sentença judicial.
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
(Código Civil de 2002)
São direitos do evicto:
- restituição integral do preço ou das quantias que pagou;
- indenização dos frutos que tiver sido obrigado a pagar;
- indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que, diretamente, resultarem da evicção;
- custas judiciais; 
Por cláusula expressa, as partes podem diminuir, excluir ou reforçar a responsabilidade pela evicção.
Evicção é a perda total ou parcial da coisa adquirida em favor de terceiro, que tem direito anterior.
O preço a ser pago deve ser o do valor integral da coisa na evicção totalou, se parcial, proporcional ao prejuízo sofrido. 
Para que ocorra a evicção devem concorrer os seguintes requisitos:
- que existam vícios no direito do alienante;
- que isso se dê em contrato oneroso;
- que se verifique a perda da posse ou do domínio;
- que esse vício ou defeito seja anterior ao contrato;
- que essa perda da posse ou do domínio seja decretada judicialmente;
- que o adquirente não tenha ciência de que se trata de coisa alheia ou litigiosa.

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