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Gestão de Trânsito (4294343) Psicologia Aplicada à Segurança de Trânsito (122505) Avaliação da Disciplina (Cod.:715458) Prova 50894687 1) Na teoria psicanalítica, o consciente representa uma pequena parte da psique, responsável por administrar os estímulos vindos de fora (realidade externa) assim como os oriundos da própria psique (realidade interna) – estes últimos vindos do inconsciente. Seu maior objetivo é evitar ao máximo o desprazer vindo dos estímulos destes dois polos, se utilizando de mecanismos de defesa, para que se mantenha em funcionamento com o menor nível de tensão. LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. Vocabulário de Psicanálise. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2008, p. 494 e 514. Sobre o inconsciente, assinale a alternativa CORRETA: A) É a parte de maior influência de toda a psique, pois é onde se concentra a maior fonte de energia pulsional. B) Preenche basicamente por tranquilos para o sistema psíquico e que este não leva em consideração. C) Onde ocorre a busca por insatisfação, não precisando, para isto, de outras instâncias psicológicas. D) Concentra as representações das vivências da vida adulta e que não interferem nas decisões individuais. 2) É o desengajamento, desprendimento dos próprios padrões morais para cometer violações de forma deliberada, sem autocondenação. O desengajamento é a distorção das situações, por exemplo através das justificativas, de modo que não geram sentimento de culpa ou desconforto, permitindo que continuemos agindo daquela maneira. Sobre os mecanismos do desengajamento moral, assinale a alternativa CORRETA: A) Como é praticamente impossível negar para si mesmo o cometimento de um ato já realizado, torna-se mais fácil pensar sobre esse ato de forma prática e objetiva, usando as justificativas que tiverem ao alcance para encontrar as respostas sobre os motivos que nos levam a agir de determinada maneira. B) Como é possível negar para si mesmo o cometimento de um ato já realizado, torna- se mais tranquilo pensar sobre esse ato de forma prática e objetiva, usando as justificativas que tiverem ao alcance. Assim, as pessoas distorcem como interpretam a realidade para se sentirem melhor consigo mesmas. C) Como é praticamente impossível negar para si mesmo o cometimento de um ato já realizado, torna-se mais fácil mudar o pensamento sobre esse ato, de modo a distorcer tornando-o menos negativo. Assim, as pessoas distorcem como interpretam a realidade para se sentirem melhor consigo mesmas. D) Como é praticamente impossível negar para si mesmo o cometimento de um ato já realizado, torna-se mais fácil mudar o pensamento sobre esse ato de forma prática e objetiva, usando as justificativas que tiverem ao alcance para encontrar as respostas para se sentirem melhor consigo mesmas. 3) Menin (1996, p. 40) afirma que “heteronomia significa ser governado por outros, fora de nós; e significa que quando não houver outros a nos mandar, ameaçar, punir, podemos ficar ‘sem governo’ e assim fazermos tudo o que nos der na telha!”. Nessa linha, como o saber e o querer nem sempre andam juntos, ou seja, mesmo sabendo que a regra é “não beba e dirija”, não necessariamente há um querer cumpri- la associado ao conhecimento. MENIN, Maria Suzana de Stefano. Desenvolvimento moral: refletindo com pais e professores. In: MACEDO, Lino de. (org.). Cinco estudos de educação Moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. Considerando o exposto, para que se torne um ato moral, é necessário que intervenha a força de vontade. São apontadas algumas condições necessárias para considerarmos que intervenha a força de vontade para um ato moral. Assinale a alternativa CORRETA: A) I) a existência de conflito entre duas tendências; II) quando a força das duas tendências não é igual, sobrepondo-se uma à outra, sendo que a tendência mais fraca, no curso do ato de vontade, se torne a mais forte, vencendo a originalmente maior; III) que o comportamento corresponda então, à linha de maior resistência, ou seja, a tendência que inicialmente era a mais fraca, a escolha mais difícil, que é menos desejado. B) I) a existência de conflito entre duas tendências; II) quando a força das duas tendências é igual, em sentido e direção, sendo que a tendência mais forte, no curso do ato de vontade, se torne a ação, vencendo a originalmente maior; III) que o comportamento corresponda então, à linha de maior resistência, ou seja, a tendência que inicialmente era a mais forte, a escolha mais fácil, que é menos desejado. C) I) a existência de conflito entre duas tendências; II) quando a força das duas tendências não é igual, sobrepondo-se uma à outra, sendo que a tendência mais forte, no curso do ato de vontade, se torne a mais fraca, vencendo; III) que o comportamento corresponda então, à linha de maior tranquilidade, ou seja, a tendência inicial, sem que se apresentem dificuldades no caminho percorrido. D) I) a ausência de conflito entre duas tendências; II) quando a força das duas tendências é igualmente fortes e no mesmo sentido uma da outra, sendo que a tendência mais fraca, no curso do ato de vontade, se torne a mais forte, vencendo a originalmente maior; III) que o comportamento corresponda então, à qualquer uma das linhas apresentadas inicialmente não sendo a escolha mais difícil, que é menos desejado. 4) Para La Taille; Oliveira; Dantas (1992), quando alguém deixa de roubar algo por medo da punição, da prisão, está somente seguindo um interesse pessoal, um puro afeto, e sua conduta, embora correta na prática, não poderá ser considerada como moral, já que o “motor” para a ação não foi a avaliação de certo e errado, mas o medo de ser punido. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. Nesse sentido, sobre as ações morais, assinale a alternativa CORRETA: A) Não se segue a regra por ser agradável à vontade do momento, ou por querer, mas por esta ser a obrigação do cidadão. Não há como desenvolver civilidade no trânsito, sem o medo da punição predominando e isso não tem relação com desenvolvimento de igualdade. B) Não se segue a regra por ser agradável à vontade do momento, mas por esta representar o bem, a justiça, não por dever cumprir cegamente, mas por entender que é o que conduz ao desenvolvimento da igualdade. C) Não se segue a regra por querer, mas por esta ser a obrigação do cidadão e pronto. Não há como desenvolver civilidade no trânsito, sem o medo da punição predominando, fazendo as pessoas cumprir cegamente as leis. D) Se segue a regra por ser agradável à vontade do momento, já que este sentimento é que representa o bem estar da pessoa, e deve ser considerado a justiça, não devendo ser descumprida em hipótese alguma, pois deve-se cumprir cegamente. 5) Erros e deslizes no cumprimento das normas de trânsito ocorrem todos os dias na vida de um motorista. Um elemento importante, relacionado ao assunto, é justamente que os condutores fazem distinção entre o cometimento de infração de trânsito e a responsabilidade pela mesma; eles cometem a infração, mas tendem a querer explicá- la, reconstruindo o fato ocorrido, transferindo a outro agente a sua responsabilidade, negando a culpa ou utilizando estratégias sócio culturais. Mas o problema é que quando o desengajamento moral atinge seus objetivos – diminuir o desconforto interno ou escapar de uma punição – ele serve como uma espécie de reforço para a pessoa seguir realizando o comportamento errado, pois já descobriu uma maneira de se esquivar das consequências que ele causa. Sobre as justificativas utilizadas nas situações de fiscalização de trânsito assinale a alternativa CORRETA: A) Nessas situações a pessoa tenta somente convencer o policial ou fiscal de trânsito, poisconsidera que estes é quem são os culpados e também para se esquivar de pagar a multa posteriormente. B) Nessas situações a pessoa não tenta somente convencer o policial ou fiscal de trânsito, mas também a si mesma de errou e que deve assumir a culpa pelo erro, reparando o mesmo através de alguma medida. C) Nessas situações a pessoa tenta somente convencer o policial ou fiscal de trânsito, pois quer se esquivar de pagar a multa posteriormente e também por saber que existe a indústria da multa. D) Nessas situações a pessoa não tenta somente convencer o policial ou fiscal de trânsito, mas também a si mesma, se auto excluindo da participação e responsabilidade pelo ato transgressor cometido. 6) “As pessoas aceitam certo nível de risco”. Esta é a principal ideia da teoria da homeostase do risco - THR. Sabendo-se que as pessoas aceitam se arriscar, a homeostase refere-se à constante busca em manter estável esse nível de risco. Qualquer tentativa de “desequilibrar” o nível de risco que costumeiramente se tem, gera espontaneamente a busca por uma nova fonte de risco que compense e consiga reestabelecer o nível anterior. BALBINOT, Amanda Bifano. Desenvolvimento e aplicação de um método de avaliação de comportamento de risco em condutores. 182p. Tese Doutorado em Informática na educação. UFRGS, Porto Alegre, 2011. A partir dessa linha de pensamento, o risco estaria no resultado da interpretação da percepção de risco e da disposição para enfrentá-lo, no intuito de atingir um objetivo, sendo assim, o ajustamento entre a ação executada e uma das possíveis consequências. No trânsito, geralmente esta nova fonte de risco é:Assinale a alternativa CORRETA: A) A potência do veículo. B) As condições das estradas e rodovias. C) Os demais motoristas que circulam. D) O comportamento do condutor. 7) A psicologia do trânsito ainda é muito associada ao conhecido “exame psicotécnico”, que é a avaliação psicológica realizada durante o processo de habilitação de condutor. Como você pode ver, ela tem muitas outras contribuições e campos de atuação. Por isso, independentemente da área em que você atua, procure visualizar a interseção da psicologia e dos psicólogos nos diversos campos de atuação relacionados ao trânsito. Dentre alguns exemplos de campos de atuação dos psicólogos do trânsito, estão: Assinale a alternativa CORRETA: A) Órgãos de Trânsito, Organizações Não Governamentais e Empresas de transportes. B) Centros de formação de condutores, centros de remoção e depósitos e empresas de transportes. C) Empresas de transportes, Escolas de ensino regular e centros de registro de veículos automotores. D) Escolas de ensino regular, Centros de formação de condutores e centros de remoção e depósitos 8) No dicionário, quando pesquisamos a palavra “justificativa”, encontramos algo como “desculpa; razão usada como pretexto para se esquivar de algo ou alguém” (Dicio, 2021, s/n). Por isso, podemos observar que a justificativa no trânsito pode ter exatamente este sentido, o de minimizar ou de nos esquivarmos da culpa. A grande questão é que, quando fazemos isto, tendemos a nos sentirmos tranquilos e continuar agindo sempre da mesma maneira. DICIO. Engajamento. É importante considerar que as ações morais são resultado da interação de aspectos cognitivos, afetivos e sociais. Para a teoria social cognitiva, a ação moral: Assinale a alternativa CORRETA: A) Apresenta uma desregulação efetiva no âmbito do funcionamento psíquico de cada um de nós. Por isso, as justificativas são importantes para que individualmente se avalie o certo e o errado como dever ser sempre, em qualquer área da vida. B) Sofre uma autorregulação afetiva no âmbito do funcionamento psíquico de cada um de nós. Nessa linha, as justificativas podem servir como um mecanismo de desengajamento moral para regular nosso próprio comportamento. C) Sofre uma desregulação efetiva no âmbito do funcionamento psíquico de cada um de nós. Nessa linha, as justificativas podem servir como um mecanismo para regular nosso próprio comportamento e mudar quando agimos de forma errada. D) Sofre uma autorregulação no âmbito do funcionamento psíquico, pois as justificativas sobre a forma como as pessoas percebem os motivos pelos quais agiram de determinada maneira, sendo então importantes para o engajamento moral. 9) Para Piaget (1994), a moral está relacionada a um sistema de regras, sendo o essencial no âmbito da moralidade, justamente o respeito que o sujeito adquire por essas regras. Assim, seus achados utilizando como métodos principais a entrevista clínica e a observação, semelhante ao estudo do desenvolvimento da inteligência, que o levaram à identificação de etapas, que são sucessivas. Piaget (1994, 2014) defende que a moralidade é construída paralelamente às etapas de desenvolvimento cognitivo do sujeito. PIAGET, Jean. Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança. Tradução e organização: Cláudio J. Saltini e Diralice B. Cavenaghi. Rio de Janeiro: Wak, 2014. No desenvolvimento das etapas da moralidade, assinale a alternativa CORRETA: A) Os estágios são sucessivamente anomia, autonomia e heteronomia, sem a possibilidade de “pular” nenhuma dessas etapas de desenvolvimento. B) Os estágios são sucessivamente anomia, autonomia e heteronomia, havendo a possibilidade de “pular” etapas de desenvolvimento. C) Os estágios são sucessivamente anomia, heteronomia e autonomia, havendo a possibilidade de “pular” etapas de desenvolvimento. D) Os estágios são anomia, heteronomia e autonomia, sem a possibilidade de “pular” nenhuma dessas, pois são sucessivas em um continuum de desenvolvimento. 10) O objetivo da publicidade comercial e da propaganda é justamente atrair, persuadir o público da necessidade de adquirir aquele bem. Os atos discursivos, em propagandas, procuram não só informar, como também modificar comportamentos. O discurso da propaganda tem por objeto “atingir o alocutário, de modo a levá-lo a uma ação específica, que é a de comprar o produto que se apresenta”. Com base nessa afirmativa, assinale a alternativa CORRETA: A) A propaganda tem como finalidade seduzir o consumidor, pois ele tem necessidade daquele item de consumo e a propaganda vem para facilitar seu acesso. B) A propaganda tem como finalidade mostrar ao consumidor, as vantagens de adquirir o produto, justamente por este ser o que ele necessita. C) A propaganda tem como finalidade seduzir o consumidor, ela não vende só o produto, ela atua no imaginário do comprador. D) A propaganda tem como finalidade demonstrar ao consumidor somente as funcionalidades objetivas e práticas do produto que está se oferecendo. 11) Ao alcançar a autonomia, a noção do que é fazer o bem é associada ao respeito mútuo, ultrapassando o conformismo que o respeito unilateral traz consigo, para além do dever, do obedecer, mas ligando-se ao respeito pela regra, mais do que a subserviência do em relação à autoridade. Para o indivíduo autônomo, o respeito à regra toma outro sentido, pois: Assinale a alternativa CORRETA: A) Se “obedece” a regras, pois obedecer a regra significa, para quem já tem condições de ser autônomo, respeitar as autoridades, ligado à ideia de coação, como na heteronomia. B) Mais do que “obedecer” a regras, se respeita ela, pois respeitar a regra significa, para quem já tem condições de ser autônomo, respeitar as autoridades, ligado à ideia de coação, como na heteronomia. C) Mais do que “obedecer” a regras, se respeita ela, pois respeitar a regra significa, para quem já tem condições de ser autônomo, respeitar aos demais, aos iguais a si próprio, ligado à ideia de cooperação e não de cumprimento da regra pela coação, como na heteronomia. D) Mais do que “respeitar” a regras, se busca obedecer aautoridade, pois respeitar a regra significa, para quem já tem condições de ser autônomo, respeitar as autoridades, ligado à ideia de coação, como na heteronomia. 12) Quando pensamos na história de uma área de atuação profissional, logo imaginamos que começa por algo semelhante com o que atualmente ocorre. Na psicologia do trânsito foi um pouco diferente. Apesar de hoje vermos a área muito ligada aos comportamentos na circulação de veículos automotores, sua origem não foi aí. Sobre como surgiu a psicologia do trânsito em nosso país, assinale a alternativa CORRETA: A) Ela nasceu da seleção de pilotos e copilotos de avião em Sorocaba com o engenheiro Roberto Duarte Mange. B) Ela nasceu da análise de acidentes a partir da observação, em São Paulo, com a psicóloga Maria Cecília Duarte. C) Ela nasceu da propensão do risco controlado, já estudada internacionalmente e trazida para o Brasil, em Minas, por Roberto Mange. D) Ela nasceu da seleção de profissionais para atuar nas estradas de ferro de Sorocaba com o engenheiro Roberto Mange. 13) Não é difícil observar que diversas mensagens veiculadas em comerciais de veículos acabam gerando a sensação de que as vias públicas e o trânsito são espaços de disputa de poder, de competição, ou simplesmente espaço onde posso fazer o que desejo, sem que nada me impeça, nem mesmo “o buraco” na via. Sobre os impactos dos comerciais de veículos, assinale a alternativa CORRETA: A) Não podemos negar que em algum grau o comportamento das pessoas pode ser influenciado por esse turbilhão de campanhas publicitárias de carros e por suas mensagens. B) Os comerciais não possuem poder algum de influência sobre o consumidor, e, consequentemente, sobre os condutores que circulam nas vias. C) O poder de influência dos comerciais leva que cada pessoa que visualizou a propaganda trafegue pelas vias como um piloto de game ou como um poderoso ser insuperável. D) Os comerciais de veículos não têm responsabilidade ou influência alguma sobre os comportamentos das pessoas no trânsito. 14) Os mecanismos de defesa são o que o nosso psiquismo aciona para se defender de conteúdos intoleráveis para a consciência, oriundos do próprio inconsciente. Eles são regidos pelo processo de diminuir o desprazer ao máximo e o mais rápido possível. Este mecanismo está presente tanto no dia a dia de pessoas psiquicamente saudáveis quanto na psicopatologia. LAPLANCHE, J; PONTALIS, J. Vocabulário de Psicanálise. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2008, p. 494 e 514. Dois mecanismos de defesa são importantes quando o observamos no campo do trânsito. Ambos têm o objetivo de minimizar a tensão investida no consciente, por serem intoleráveis. Então, no contexto do trânsito, o indivíduo utiliza estes mecanismos para rejeitar a responsabilidade própria de condutas intoleráveis ou até mesmo pensamentos que provocam sofrimento ao consciente.Qual das opções a seguir demonstra o funcionamento do mecanismo da projeção? Assinale a alternativa CORRETA: A) Quando o sujeito se depara com características angustiantes relacionadas ao seu Eu, um meio de diminuir sua tensão é deslocar estas características para si mesmo. Então no contexto do trânsito, o indivíduo que apresenta características agressivas e comete um acidente, pode se culpar e se deprimir por estar deslocando essa agressividade para si, negando estas características reprováveis e assumindo o próprio erro de modo pacífico com o agente fiscalizador, mas culpando-o por fiscalizar. B) Quando o sujeito se depara com características angustiantes relacionadas ao seu Eu, um meio de diminuir sua tensão é projetar estas características em objetos externos, sejam pessoas, entidades, etc. Então no contexto do trânsito, o indivíduo que apresenta características agressivas e comete um acidente, pode negar estas características reprováveis e projetá-las no outro indivíduo envolvido no acidente, ou, no caso das infrações, ao invés de assumir o próprio erro, declarando “guerra” ao agente fiscalizador e culpando-o por fiscalizar. C) Ela consiste em dar explicações altamente racionalizadas a pensamentos ou condutas as quais não encontramos um sentido – principalmente por serem carregadas de investimento emocional. Isto não se refere apenas a uma tentativa de convencer outra pessoa de agirmos desse jeito, mas sim uma justificativa para nós mesmos. Caso um condutor cometa alguma manobra de risco devido a alterações emocionais, poderá minimizar o seu sentimento de culpa aplicando um significado racional ao seu comportamento. Contudo, conflitos mais profundos sempre estão por trás destes sentimentos. D) Ela consiste em dar explicações altamente racionalizadas a pensamentos ou condutas as quais não encontramos um sentido – principalmente colocando a culpa de tudo o que faz em outra pessoa, para que ela se sinta mal e possa fazer algo para que as explicações façam sentido, sem considerar as consequências de tais elucidações ou ao menos racionalmente fazendo sua parte quanto ao comportamento adotado no momento do fato que gerou essa defesa, ou a ativação desse mecanismo de defesa, bem como a dificuldade assinalada profundamente que o levou a agir daquele modo. 15) Os fatores de risco, por sua vez, são elementos com grande probabilidade de desencadear ou contribuir para que um evento indesejado ocorra, não sendo, necessariamente, fator causal. Por exemplo, dirigir acima da velocidade permitida ou em desacordo com as condições de uma via, dirigir utilizando o celular, não usar cinto de segurança. Em contrapartida, temos os fatores de proteção que são recursos pessoais ou sociais que atenuam ou neutralizam o risco e/ou o impacto do acidente. São exemplos de fatores de proteção no trânsito: Assinale a alternativa CORRETA: A) Controle de velocidade dos veículos de duas rodas, com redutores de velocidade. B) Controladores de velocidade no modelo de lombada eletrônica digital. C) Uso de celular e smartphones ao volante, com bluetooth conectado. D) Uso de cinto de segurança e dispositivos de proteção adequados para crianças. 16) A década de 1990 foi de inúmeras movimentações, especialmente quanto às discussões e avaliações sobre o Sistema Nacional de Trânsito. A caminhada das reuniões em que a Associação Brasileira de Psicologia do Trânsito (ABRAPT) participou, e das diversas formulações de políticas públicas culminou na publicação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1997, o que apresentava 341 artigos. Neste, houve um importante veto no que se refere à atuação dos psicólogos do trânsito. Acerca do veto apresentado, revisto e inserido novamente no código no ano seguinte (1998), assinale a alternativa CORRETA: A) Veto à realização de aulas teóricas na formação de condutores. B) Veto à participação dos psicólogos em equipes de prevenção de acidentes. C) Veto à avaliação psicológica como preliminar à licença para dirigir. D) Veto ao exame de saúde para obtenção da habilitação de condutores. 17) Alguns autores defendem que o risco e as respostas ao risco são construtos sociais e que as teorias das probabilidades de risco são criações mentais e sociais definidas em termos de graus de crença. Slovic (2010) adota esta perspectiva quando estabelece uma distinção entre a probabilidade de risco e a percepção do risco, partindo da ideia de que risco real e risco percebido são duas dimensões diferentes. SLOVIC, P. Risk as analysis and risk as feelings: some thoughts about affect, reason, risk and rationality. In: ______. (Org.). The feeling risk:new perspectives on risk perception. London: Earthscan, 2010. p. 21-36. Quando abordamos a percepção de risco, assinale a alternativa CORRETA: A) A relação risco x resposta ao risco não possui relação com os valores e crenças, pouco influenciando nas escolhas no trânsito. B)A avaliação técnica do risco é especialmente importante para a compreensão de como as pessoas percebem e respondem aos riscos. C) Pode-se considerar que não é o risco real que afeta as decisões das pessoas, mas sim a percepção do risco. D) Pode-se considerar que é o risco real que afeta as decisões das pessoas e seus comportamentos no trânsito. 18) Na década de 1980, com a volta de Rozestraten para o Brasil, após ter realizado seu pós doutorado na França, a área ganha um reforço em termos acadêmicos. O pesquisador criou na Universidade Federal de Uberlândia o grupo de pesquisa em Psicologia do trânsito, gerando uma revista dedicada ao tema e um guia internacional de pesquisas, além de oferecer as primeiras disciplinas de graduação e especializações específicos da área, com publicações que já ultrapassavam o olhar para o fazer restrito aos psicotécnicos. SILVA, Fábio Henrique Vieira de Cristo e. A Psicologia do trânsito e os 50 anos de profissão no Brasil. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 32, n. spe, p. 176-193, 2012. No ano de 1982, por mobilização dos profissionais da área, ocorreu um importante encontro, no qual foi fundada a Associação Brasileira de Psicologia do Trânsito (ABRAPT). Na verdade, foi um dos muitos eventos de diversas profissões, devido à preocupação da época com a segurança no trânsito. Além da psicologia, ocorreram com a medicina, educação, engenharia e direito de trânsito. Assinale a alternativa correta que corresponde ao evento descrito. No que se refere o enunciado, assinale a alternativa CORRETA: A) Conferência Nacional de Trânsito. B) Seminário Nacional de Psicologia do Tráfego. C) Seminário Brasileiro de Psicologia do Tráfego. D) Congresso Brasileiro de Psicologia do Trânsito. 19) Ao tratarmos da percepção do risco é importante reconhecer que existem 4 perspectivas básicas de risco que geralmente as pessoas se identificam a partir de uma delas, que são (CAMARGO, 2020) os maximizadores; os conservadores; os gerentes e os pragmáticos. CAMARGO, Renata Freitas. Compreendendo a psicologia da percepção do risco para melhorar o gerenciamento de risco. 2020. Disponível em: https://glicfas.com.br/percepcao-do-risco/ Acesso em: 25 abr. 2021. Sobre as quatro perspectivas do risco, qual descrição a seguir refere-se especificamente aos maximizadores? Assinale a alternativa CORRETA: A) Aqueles que acreditam que os ganhos acabarão compensando as perdas, ou seja, aceitam assumir grandes riscos desde que haja uma compensação considerável, um ganho importante para si. B) São aqueles que têm como ponto principal conseguir equilibrar riscos e recompensas. Gerenciam e calibram cuidadosamente a quantidade e o tipo de risco. O foco é encontrar riscos que ofereçam melhores recompensas, escolhendo um ou outro risco, de acordo com o ganho que pode ter. C) Para estes, os ganhos devem ser tão importantes quanto evitar perdas. Nessa perspectiva, costumam evitar todo tipo de risco. D) Na visão deles o futuro não é muito previsível, por isso não acham necessário um planejamento e preferem ter liberdade para reagir às mudanças à medida que vão surgindo. 20) O conceito de descentração nos leva a subordinação de nossos desejos aos nossos valores. Em suma, o único meio de sair da situação presente e escapar à tendência atualmente forte é nos "descentrarmos". A solução é apelar para valores momentaneamente esquecidos e, a partir do momento em que chegamos a esta descentração, em vista dos valores posteriores ou anteriores, o problema da vontade está resolvido. A tendência momentaneamente mais forte se torna a mais fraca e se subordina a valores que se tornam mais importantes pelo próprio fato da descentração (PIAGET, 2014, p. 244). PIAGET, Jean. Relações entre a afetividade e a inteligência no desenvolvimento mental da criança. Tradução e organização: Cláudio J. Saltini e Diralice B. Cavenaghi. Rio de Janeiro: Wak, 2014. Se antes nosso interesse seria por ultrapassar o limite de velocidade, digamos que a sinalização indica a velocidade máxima de 60 km/h em uma via urbana, indicando a proibição de trafegar a mais que isto, ampliando este campo, poderíamos nos colocar sob o ponto de vista de quem está saindo de um estacionamento de forma cautelosa e deduzir que esta pessoa não esperaria que alguém dirigindo seu veículo naquela via estaria a uma velocidade de 80km/h, o que gera um risco acentuado de não visualizar este veículo a tempo para evitar uma colisão na saída do estacionamento; e após essa ampliação da visão sobre a situação, decidir por manter-se na velocidade máxima indicada pela sinalização. Esta situação é um exemplo da: Assinale a alternativa CORRETA: A) Capacidade de se descentrar e olhar de forma mais ampla, própria da heteronomia moral, utilizando o juízo da avaliação das consequências por meio da responsabilidade objetiva. B) Capacidade de heteronomia moral dos sujeitos que conseguem respeitar as regras de trânsito pelo mecanismo da descentração, bem como pela cooperação entre pares. C) Ampliação do campo de comparação proporcionada pela anomia, na qual os indivíduos conseguem entender as regras e obedecer como deve ser, mesmo com estranhos. D) Ampliação do campo de comparação, possibilitando analisar de modo mais amplo e sob outros pontos de vista, antes não percebidos, mecanismos próprios da descentração.
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