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Aula 7 – Entre a indústria e a vocação agrícola a agenda econômica da Primeira República Brasileira.

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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Aula 7 – Entre a indústria e a vocação agrícola: a agenda econômica da Primeira República Brasileira.
Tema da Apresentação
Entre a indústria e a vocação agrícola – Aula 7
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Conteúdo Programático:
Conhecer as estratégias econômicas desenvolvidas pelos governos republicanos;
Compreender os esforços desses governos para proteger o café;
Conhecer as origens da industrialização do Brasil.
Tema da Apresentação
Entre a indústria e a vocação agrícola – Aula 7
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REPÚBLICA: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS (1/2)
As instituições político-administrativas foram mudadas;
O direito dinástico foi substituído pelo princípio eletivo; 
A política externa sofreu uma reorientação;
Os incentivos governamentais para produção e exportação do café foram mantidos. 
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Entre a indústria e a vocação agrícola – Aula 7
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
REPÚBLICA: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS (2/2) 
A economia cafeeira sofreu modificações: os setores agroexportadores mais poderosos estavam, agora, em São Paulo e não mais no Rio de Janeiro;
Entretanto, embora em outras mãos, esse setor agroexportador era aquele que continuava detendo o poder do Estado. 
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A IMIGRAÇÃO (1/6)
EUA, Brasil e Argentina foram os principais países a receber imigrantes italianos e japoneses que buscavam melhores condições de vida;
Para alguns analistas, a imigração em massa foi um dos fatores responsáveis pelas transformações sociais e econômicas dos primeiros anos da República;
Segundo Bóris Fausto, cerca de 2,8 milhões de imigrantes entraram no Brasil entre 1889 e 1930.
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A IMIGRAÇÃO (2/6)
O período entre 1889-1914 concentrou a entrada de maior número de imigrantes, cerca de 2,74 milhões ou 72% do total;
Esses números se explicam pela necessidade de mão-de-obra para a lavoura do café;
Durante a I Guerra Mundial esse fluxo caiu bastante. Mas uma nova corrente migratória acontece a partir do fim do conflito, perdurando até 1930.
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A IMIGRAÇÃO (3/6)
As regiões sul-sudeste concentraram o maior número de imigrantes;
Em 1920, ainda segundo Bóris Fausto, 93,4% de imigrantes viviam nessas regiões;
Em São Paulo a concentração era de 52,4% no período;
Os países que contribuíram com o maior fluxo de imigrantes foram Itália (35,5%), Portugal (29%) e Espanha (14%).
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A IMIGRAÇÃO (4/6)
A imigração não foi uma idéia republicana. Fazia parte dos planos das elites proprietárias desde 1870 e mesmo antes, quando da proibição do tráfico em 1850;
A função dos imigrantes era ocupar o lugar dos escravos quando chegasse a abolição do trabalho compulsório.
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A IMIGRAÇÃO (5/6) 
Inicialmente, a relação entre imigrantes e proprietários foi, muito desfavorável para os primeiros, mas foi sendo modificada na medida em que o sistema se sofisticava;
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IMIGRAÇÃO (6/6)
Tal sofisticação de deu na medida em que abandonava-se o sistema de “parcerias” e adotava-se o sistema de “colonato”.
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ESTRUTURA ECONÔMICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA (1/4 )
A República herdou grave crise econômica que já minava as contas do Estado brasileiro desde 1870;
Os gastos militares com a Revolta da Armada, a Revolução Federalista e a Revolta de Canudos contribuíram para o agravamento da situação;
Os governos republicanos seguiram a mesma estratégia do governo imperial: tomar empréstimos externos para financiar os investimentos do Estado e pagar juros.
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ESTRUTURA ECONÔMICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA (2/4)
Essa tomada sucessiva de empréstimos fez com que a Dívida Externa brasileira crescesse 30% entre 1890 a 1897;
Diante da quase insolvência do Estado brasileiro, o presidente Campos Sales assinou um acordo com os credores brasileiros em 1898 – o funding loan.
Por esse acordo, o governo se comprometia a adotar um rígido programa de austeridade econômica: controle dos gastos públicos e elevação de impostos, o que tornou o governo muito impopular. 
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ESTRUTURA ECONÔMICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA (3/4)
Embora os governos republicanos não fossem contrários à industrialização, até 1930 o Brasil sempre foi um país agrícola;
Em 1897, o café representava 67,6% das exportações brasileiras, segundo Celso Furtado;
De acordo com o censo de 1920, 69,7% das pessoas economicamente ativas estavam envolvidas em atividades agrícolas. 
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ESTRUTURA ECONÔMICA NA PRIMEIRA REPÚBLICA (4/4)
O café estava sujeito a crises devido à queda das cotações, determinadas pelo mercado internacional;
A partir de Campos Sales, os governos republicanos passam a agir com austeridade com relação aos assuntos econômicos contrariando os interesses dos grandes fazendeiros de café;
Até então, as crises que causavam a diminuição da renda dos fazendeiros era resolvida por desvalorizações cambiais;
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MECANISMOS DE PROTEÇÃO DE RENDA (1/3)
1 SACA = US$ 25,00
US$ 1,00 = R$ 8,00
US$ 25,00 = R$ 200.00 
1 SACA = US$ 25,00 X R$ 8,00 = R$ 200,00
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MECANISMOS DE PROTEÇÃO DE RENDA (2/3)
1 SACA = US$ 15,00 (cotação cai 40%)
US$ 1,00 = R$ 8,00
US$ 15,00 = R$ 120.00 
1 SACA = US$ 15,00 X R$ 8,00 = R$ 120,00
DESVALORIZAÇÃO DE 50% DO REAL
US$ 1,00 = R$ 12,00
US$ 15,00 = R$ 180,00 
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MECANISMOS DE PROTEÇÃO DE RENDA (3/3)
VLR. SACA ANTES QUEDA: R$ 200,00
VLR. SACA DEPOIS QUEDA: R$ 120,00 
QUEDA RENDA P/ SACA:		R$ 80,00 (40%)
COM A DESVALORIZAÇÃO DO REAL
VLR. SACA ANTES QUEDA: R$ 200,00
VLR. SACA C/DESV. REAL:	R$ 180,00
QUEDA RENDA P/ SACA: R$ 20,00 (10%) 
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EXPANSÃO CAFEEIRA (1/)
No último decênio do século XIX a situação era favorável à expansão da cultura do café:
Produção asiática em dificuldades;
Imigração, com a descentralização da República, passa para a responsabilidade dos estados produtores;
A expansão do crédito do “encilhamento”;
Desvalorização cambial elevou o preço do café em moeda nacional; 
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EXPANSÃO CAFEEIRA (2/)
Produção de café:
3,7 milhões de sacas – 1880 – 1881;
5,5 milhões de sacas – 1890 – 1891;
16,3 milhões de sacas - 1901 – 1902; 
 
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CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1/2)
Para conter a insatisfação dos cafeicultores, os governadores de SP, MG e RJ se reuniram na cidade de Taubaté, em fevereiro/1906 para discutir alternativas para o café;
Do convênio ali estabelecido
ficaram definidas as bases do que ficou conhecido como “Política de Valorização do Café”.
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CONVÊNIO DE TAUBATÉ (2/2)
Nesse convênio ficou decidido:
O governo interviria no mercado comprando os excedentes, restabelecendo equilíbrio entre oferta e procura;
O financiamento dessas compras se faria com empréstimos estrangeiros;
O serviço desses empréstimos seria financiado com um novo imposto em ouro sobre cada saca exportada;
Os governos dos estados produtores deveriam desencorajar a expansão das plantações.
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (1/6)
Gerou acalorada polêmica deixando claro as transformações da estrutura político-social da época;
A descentralização republicana reforçou o poder dos plantadores de café a nível regional, refletindo-se na expansão das plantações entre 1891 - 1897; 
Nesse mesmo período, o número de grupos que exerciam pressão sobre o governo central cresceu em número e em complexidade;
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (2/6)
Dentre esses grupos destaca-se a também crescente importância da classe média urbana, incluindo a burocracia civil e militar, diretamente afetada pela depreciação cambial;
A casa Rothshild acompanha a política econômica do governo brasileiro principalmente depois do funding loan;
Comerciantes importadores e industriais cujos interesses se opunham aos dos cafeicultores encontram espaço para aumentar seu poder político.
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (3/6)
O governo de Rodrigues Alves recusa financiamento para a Política de Valorização do Café;
Os estados cafeicultores, liderados por SP, buscam empréstimos externos e implantam o projeto;
O governo de Afonso Pena aceita tomar a responsabilidade por essa política;
O êxito dessa política consolida o poder dos cafeicultores até 1930.
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (4/6)
A Política de Valorização do Café serviu para resolver um problema imediato mas não se preocupou com a superprodução;
O sucesso dessa política em manter firmes os preços do café e os lucros elevados faziam com que o negócio do café continuasse atrativo levando a novas inversões em terras e plantações;
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (56/)
Cria-se um paradoxo: de um lado, a redução artificial da oferta. Do outro, expande-se essa mesma oferta;
A solução para esse problema seria oferecer outras oportunidades para diversificação da produção;
Como nada disso foi feito, as inversões em novas terras e novas mudas continuaram.
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POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (6/6)
Para se ter idéia do problema que essa política causou:
Produção média 1927-1929: 20,9 milhões de sacas (60 k);
Exportação de café no mesmo período: 14,1 milhões;
Ano de 1929: produção de 28,9 milhões de sacas;
Exportação de café no mesmo período: 14,2 milhões. 
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A INDUSTRIALIZAÇÃO (1/3)
A discussão sobre o início da industrialização do Brasil ainda é polêmica devido, principalmente, à condição de país agroexportador do país;
Entretanto, a I Guerra Mundial torna-se um marco para a industrialização brasileira devido à necessidade de substituição de importações;
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A INDUSTRIALIZAÇÃO (2/3)
Se observarmos o perfil da indústria no Brasil de antes e depois da I Guerra Mundial, veremos que tal perfil se modifica sensivelmente.
Embora, como vimos, o governo estimulasse de todas as maneiras a economia cafeeira, não significa que havia um comportamento anti-industrialista por parte deste;
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A INDUSTRIALIZAÇÃO (3/3)
Sempre que, por motivos diversos, havia uma desvalorização cambial com o encarecimento das importações, a indústria procurava suprir internamente os bens normalmente importados;
Da mesma forma, sempre que havia uma valorização cambial, que permitia importações mais baratas, era o momento dos industriais investirem na compra de maquinário para suas fábricas. 
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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
RESUMO
Compreender as razões da imigração;
Entender as razões para a opção pelo café;
Conhecer os diversos mecanismos de valorização do café;
Compreender as razões do Convênio de Taubaté;
Analisar as causas que levaram à superprodução do café;
Perceber as verdades e mitos relacionadas à industrialização do Brasil.
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