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Aula 8 – 1922 Questionamentos e projetos de modernidade

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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Aula 8 – 1922: Questionamentos e projetos de modernidade
Tema da Apresentação
1922: Questões e Projetos de Modernidade – Aula 8
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Conteúdo Programático (1/2):
Compreender a importância do ano de 1922 para a 1ª. República;
Perceber a década de 1920 como o momento de crise nas estruturas políticas oligárquicas;
Conhecer os diversos projetos de modernidade desenvolvidos ao longo da década de 1920;
Tema da Apresentação
1922: Questões e Projetos de Modernidade – Aula 8
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Conteúdo Programático (2/2):
Identificar as especificidades dos diversos movimentos de contestação do período:
Semana de Arte Moderna;
Revolta dos 18 do Forte;
Reação Republicana.
Tema da Apresentação
1922: Questões e Projetos de Modernidade – Aula 8
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
Na última aula, vimos que, a partir da I Guerra Mundial, o Brasil passou por notáveis mudanças econômicas;
A guerra suspendeu o fornecimento ao Brasil dos bens de que necessitava normalmente levando a um processo de substituição de importações;
A evolução do processo produtivo vai engendrar, também, mudanças no plano social.
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1922: Questões e Projetos de Modernidade – Aula 8
HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
SOCIEDADE E PODER OLIGÁRQUICO (1/2) 
O desenvolvimento industrial é responsável pela modificação da sociedade brasileira na medida em que os centros urbanos passam por um sensível desenvolvimento;
Setores da sociedade sem ligações com as estruturas de poder oligárquico começam a pressionar por mudanças.
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SOCIEDADE E PODER OLIGÁRQUICO (2/2)
Esses setores começam a buscar modos de transformar a situação política brasileira;
Passam a apoiar idéias e movimentos que defendessem a instalação de práticas políticas limpas, sem fraudes;
Começa-se a falar em reformas sociais, educação do povo, voto secreto e, devido às fraudes eleitorais, numa Justiça Eleitoral autônoma.
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HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1/13)
É na década de 1920 que vemos essas reivindicações se tornarem mais fortes e mais presentes. Movimentos militares começam a acontecer;
Percebe-se um início de enfraquecimento dos mecanismos de dominação política responsáveis pela estabilidade do sistema oligárquico;
É a crise da República Oligárquica.
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (2/13)
Tivemos oportunidade de estudar a hegemonia da chamada “política do café-com-leite” (SP e MG).
Essa política sofre o seu primeiro abalo em 1910, quando não há consenso entre esses dois estados em torno de um nome para a sucessão presidencial, havendo a disputa entre Rui Barbosa e o Mal. Hermes da Fonseca;
O mesmo vai acontecer em 1919, com a eleição do paraibano Epitácio Pessoa
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (3/13)
Na medida em que a sociedade brasileira vai se tornando mais complexa, mais difícil fica para os dois grandes estados (SP e MG) manter sua hegemonia na determinação da escolha dos presidentes da República;
Não é que os estados mais fracos economicamente passem a se rebelar, mas começam a ser procurados pelas oposições que vão surgindo no RJ, MG, RGS, BA, etc. 
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (4/13) 
A sucessão de 1922 evidencia mais os sinais de que o sistema político começava a dar sinais de esgotamento;
Embora o café ainda ocupasse um lugar hegemônico na nossa economia, outros interesses agora eram defendidos por outros grupos de pressão, que abalavam a sucessão;
Artur Bernardes (MG) era apoiado por Washington Luis, presidente do estado de São Paulo;
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (5/13) 
A oposição lançou o movimento “Reação Republicana” com a chapa Nilo Peçanha e J.J. Seabra, apoiada pela BA, PE, RJ e RGS.
Durante a campanha, ocorreu o chamado episódio das “cartas falsas”;
No dia 09-10-1921, o jornal “Correio da Manhã” publicou documentos insultuosos ao Mal. Hermes e ao Exército, atribuídos a Artur Bernardes.
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (6/13) 
No texto publicado, lia-se:
“(...) Estou informado do ridículo e acintoso banquete dado pelo Hermes, esse sargentão sem compostura, aos seus apaniguados e de tudo que nessa orgia se passou. Espero que use de toda energia, de acordo com as minhas últimas instruções, pois esse canalha precisa se uma reprimenta para entrar na disciplina.”
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (7/13) 
Pouco antes da posse de Artur Bernardes, o governo, ainda sob o comando de Epitácio Pessoa, interveio na sucessão de Pernambuco sendo criticado pelo Mal. Hermes da Fonseca;
Epitácio Pessoa, em 02 de julho de 1922, ordenou a prisão de Hermes e o fechamento do Clube Militar; 
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (8/13)
Na madrugada de 5 de julho houve uma série de levantes militares por todo o país; 
O Forte de Copacabana, rebelado, usou seus canhões contra vários objetivos militares da cidade;
As forças militares fiéis ao governo revidaram, e o Forte sofreu severo bombardeio;
No dia 6 de julho, vendo que era impossível prosseguir com o Movimento, os revoltosos abandonam o forte e vão ao encontro das tropas legalistas pela Avenida Atlântica; 
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (9/13)
Embora não se saiba, ao certo, o número de revoltosos, esse episódio ficou conhecido como “Os 18 do Forte”;
Os revoltosos eram formados por tenentes e a eles juntou-se o civil Otávio Correia;
Do tiroteio entre revoltosos e forças do governo houve apenas 2 sobreviventes: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes;
Dia 15 de novembro Artur Bernardes assumia sob estado de sítio, sob o qual governaria. 
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (10/13)
Durante o governo de Artur Bernardes verificaram-se outros movimentos militares comandados pelos tenentes:
O julgamento e punição dos militares envolvidos nos movimentos de 1922, aumentaram a animosidade entre militares e governo;
Em 5 de julho de 1924 eclode uma rebelião em São Paulo comandada pelo gal. Isidoro Dias Lopes e pelo major Miguel Costa;
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (11/13)
Dessa rebelião participaram também os tenentes Juarez Távora, Eduardo Gomes, Filinto Muller e Newton Estillac Leal;
Em 28 de julho, diante da ação das forças do governo, abandonam a capital e rumam para o interior;
Outras rebeliões aconteceram no Amazonas, Sergipe e Mato Grosso, mas os revoltosos paulistas não sabiam disso;
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (12/13)
Em outubro, tropas sediadas no RGS associadas à líderes gaúchos contrários à situação política local se rebelam, lideradas pelo tenente Luis
Carlos Preste;
Em 25 de abril de 1925, essas forças rebeldes juntam-se às forças paulistas em Foz do Iguaçú;
Formava-se a coluna Miguel Costa-Luis Carlos Prestes que, depois, seria conhecida como Coluna Prestes, que percorreria 26.000 Km pelo território brasileiro. 
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A CRISE DA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (13/13)
A idéia da Coluna Prestes era percorrer o interior do Brasil para levantar a população contra o governo de Artur Bernardes. 
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O QUE QUERIAM OS TENENTES?
Os tenentes não tinham um programa claro de governo, apenas propostas gerais;
Defendiam soluções nacionalistas e a centralização política a partir de um governo forte;
Defendiam, também, melhorias para a condição do povo, educação gratuita de qualidade, criação de uma Justiça Eleitoral e eleições secretas.
Não contavam com o apoio das Forças Armadas em geral.
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SEMANA DE ARTE MODERNA (1/3)
A Semana de Arte Moderna iniciou um movimento artístico-cultural que buscava mudar as bases da arte e da cultura no Brasil;
Num país em ebulição política e militar, o movimento da Semana de Arte Moderna vinha de encontro à essa busca por mudanças.
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SEMANA DE ARTE MODERNA (2/3)
Pintores, escultores, escritores, poetas, músicos, todos estavam em busca de trazer para o Brasil as produções modernas que se faziam na Europa e Estados Unidos e abandonar uma arte que tinha sua origem no final do século XIX.
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SEMANA DE ARTE MODERNA (3/3)
Antropofagia cultural: significava abrir-se a todas as tendências e experiências estrangeiras, assimilá-las, sintetizá-las e, a partir daí, criar algo novo, local, brasileiro.
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CONCLUSÃO
As oligarquias secundárias estavam insatisfeitas com a falta de participação política imposta pelas oligarquias cafeeiras;
As classes médias urbanas estavam insatisfeitas com o modelo de governo e de administração seguido pelas oligarquias de São Paulo e Minas;
Os militares (tenentes) defendiam um outro modelo de governo que permitisse a “refundação” da República.
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RESUMINDO
A insatisfação de segmentos médios urbanos;
A insatisfação das oligarquias secundárias;
A insatisfação militar traduzida pelos movimentos tenentistas;
A Semana de Arte Moderna que vai contribuir para que a intelectualidade participe desse movimento de mudanças. 
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