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Missão: “Promover educação transformadora, inclusiva e de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano, formando cidadãos éticos, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”. UNIFATECIE FACULDADE DE TECNOLOGIA DO NORTE DO PARANÁ Autorizada pela portaria Nº 1179 de 05 de dezembro de 2007 Rua Getúlio Vargas n°. 333 – Paranavaí – PR Fone: (44) 3045 9898 X NOME: MARIA JULIA ZORZI DE OLIVEIRA R.A: 19043; DATA: 14/06/2022 CURSO: DIREITO PROF. FABIOLA ATIVIDADES LAV DISCIPLINA: DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ANO/SEMESTRE: Terceiro Ano / Quinto Semestre. - Noturno 1) Sobre as fontes do direito do trabalho, explique o que é a sentença normativa: As fontes do direito do trabalho podem ser subdivididas em material, as quais se referem a fatores sociais, políticos e econômicos, quais darão origem as normas e ao direito propriamente dito, e as de maneira formal, quais mostram as manifestações do direito no sistema jurídico, em outras palavras, a própria norma jurídica, assim em modo geral. Podendo ainda se dividir em heterônomas e autônomas. Fontes autônomas são de maneira direta, sendo assim, dos próprios destinatários da norma, são instrumentos de negociação que regulam a situação e condição dos trabalhadores, de maneira democrática, dentre eles, como exemplo: Convenção Coletiva de Trabalho, acordo pelo qual dois ou mais sindicatos estipulam condições de trabalho aplicáveis para ambos e todos seus trabalhadores quais se encaixam na mesma categoria, sob base territorial dos sindicatos; Acordo Coletivo de Trabalho, qual se pactua entre duas ou mais empresas, juntamente com o sindicato dos trabalhadores, aplicando-se apenas as empresas signatárias e aos respectivos empregados, com situações estabelecidas em acordos coletivos sempre quais prevalecerão sobre as estipuladas em convenções coletivas; Costumes, quais se enquadram em prática reiterada e espontânea de certas condutas de conteúdo jurídico por determinação de certo grupo social, fontes esta quais são consideradas informativas das relações de emprego na medida em que não são promulgadas as leis á seu respeito. Por fim, na qualificação de autônomas, o regulamento da empresa, norma esta que, no âmbito interno da empresa cria regras a serem cumpridas/adotadas na relação jurídica empregado- empregador. Já as fontes formais denominadas heterônomas, quais são produzidas por terceiros alheios a relação jurídica, enquadrando-se as normas de origem estatal, sentenças normativas e sentenças arbitrais, assim sendo: Constituição Federal, considerada principal fonte de direito, qual “agrupa” todas as outras normas, quis devem estar em consonância com suas regras e princípios, dentre isso, estabelecendo limites dentre quais as normas trabalhistas devem agir; As leis, segundo Sussekind: "É toda regra de direito geral, abstrata e permanente, tornada obrigatória pela vontade da autoridade competente para produzir direito e expressa numa fórmula escrita, enquanto, no sentido estrito, é a norma jurídica emanada do Poder Legislativo, sancionada e promulgada pelo Presidente da República."; Missão: “Promover educação transformadora, inclusiva e de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano, formando cidadãos éticos, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”. Ato Administrativo, norma estabelecida pela administração publica que permite fiel execução das leis; Sentença normativa, é o ato de exteriorização do poder normativo da Justiça do Trabalho, qual se designa os julgamentos e resoluções de conflito, que estabelecem regras e abstratas aplicáveis a todos os trabalhadores e empregados das categorias envolvidas no litígio. Esta fonte do direito é utilizada quando os conflitos coletivos de trabalho não conseguem ser solucionados por negociação; Jurisprudência, são interpretações dos tribunais acerca da ordem jurídica; Sentença arbitral, decisão tomada por um arbitro, qual é escolhido por sindicatos e empresas, de caráter normativo, com finalidade de solucionar conflitos coletivos no âmbito trabalhista. Segundo autor Carlos Henrique Bezerra Leite, em seu livro, “Curso de Direito do trabalho - 11ª edição - 2019”, página 114, o qual cita que a sentença normativa é fonte heterônoma estatal proveniente dos Tribunais Regionais do Trabalho ou do Tribunal Superior do Trabalho, conforme a abrangência territorial do conflito e a representatividade categorial do ente sindical correspondente. O art. 114, § 2o, da Constituição Federal reconhece o poder normativo da Justiça do Trabalho como fonte de solução dos conflitos coletivos trabalhistas. “§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3423) (Vide ADI n º 3431) (Vide ADI n º 3432) (Vide ADI n º 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)” Em outras palavras, sentença normativa é uma decisão proferida por Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho, isso em julgamento dos dissídios coletivos, fazendo assim, a sentença normativa qual cria condições e normas de caráter trabalhista a uma categoria sindical. 2) Sobre a estrutura sindical, explique a hierarquia existente: A estrutura sindical se divide hierarquicamente em Sindicatos, os quais protegem os direitos dos trabalhadores, cada qual em sua categoria, quais lidam diretamente com os empregadores e seus interesses, sobre a defesa de seus direitos trabalhistas e sobre outros assuntos, como exemplo, questões salariais; As Federações, que são criadas para defender interesses em comum aos sindicatos que compõem tal federação, podendo ser regionais ou nacionais, sendo criada com no mínimo de cinco sindicatos reunidos, de um mesmo setor e por fim, as Confederações Nacionais, que é formada por no mínimo três federações, quis representam um mesmo departamento, e tem papel impotente, indo da área de projetos quais, por exemplo, desenvolvem sua área de atuação, e indo ate em situações politicas, atuando como essa confederações, podemos verificar a Confederação Nacional do Comercio, e a Confederação Nacional da Industria. Foram reconhecidas, as centrais sindicais formalmente como entidades de representação geral dos trabalhadores pela Lei n. 11.648/2008, assim, passaram as centrais sindicais a integrar a estrutura sindical brasileira, criando no ápice da pirâmide um sistema de pluralidade, em oposição ao sistema de unicidade da base. Missão: “Promover educação transformadora, inclusiva e de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano, formando cidadãos éticos, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”. 3) Sobre a liberdade sindical, estabeleça os desdobramentos de sua aplicação no Brasil: A liberação sindical é de suma importância como princípio fundamental a reger as relações coletivas, por vez que, traduz a livre manifestação de vontade das classes profissionais e econômicas, para promover e defender seus direitos e interesses, com que assim aconteça maior aceitabilidade sobre as decisões do grupo. No Brasil, os sindicatos estão atrelados as características internas, principalmente sobre organizações econômicas, sociais e políticas. A Constituição de 1934, procurou anular o ponto de vista anterior, com a adoção da pluralidade sindical. Em seguimento, a Constituição de 1937, de forte cunho corporativista, prevendo a figura do sindicato único e instituindo a contribuição sindical compulsória. Na atualidade,estão “protegidas” pela Carta Magna de 1988 a liberdade associativa (vedada a de caráter paramilitar), artigo 5°, XVII; “XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;” E a livre associação profissional ou sindical – caput do artigo 8°; Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: Entretanto, tais institutos não são estendidos a todos os trabalhadores, uma vez que restou proibida a sindicalização dos servidores militares (art. 142, IV, CRFB de 1988). “IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)” Para Maurício Godinho Delgado, na espécie, traz o conceito sobre complexo de institutos, princípios de regras jurídicas que regulam as relações laborais de empregados e empregadores e outros grupos jurídicos normativamente especificados, considerada sua ação coletiva, realizada autonomamente ou através das respectivas entidades sindicais. Segundo a Constituição Federal de 1988, qual determinas o sistema sindical atual no Brasil, pode ser classificado como semi-corporativista, pois verifica-se avanços do sistema corporativista, mas não comportando até o momento a liberdade sindical absoluta, conforme os termos da Convenção nº 87 da OIT, para assim ser considerada pós-corporativista. Artigo 8, caput da Constituição, coloca como regra a liberdade de associação profissional ou sindical; “Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:” Porém, em seu inciso ll, coloca limitações a liberdade sindical, sendo assim, não há liberdade sindical para que sejam criados o número de sindicatos. “II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;” Missão: “Promover educação transformadora, inclusiva e de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano, formando cidadãos éticos, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”. Por fim, o que limita a liberdade sindical é a contribuição sindical compulsória, estabelecida no artigo 8, inciso IV da Constituição Federal. Não cabendo ao Estado a garantia de receita à entidade sindical, significando uma interferência indireta do sistema, assim sendo necessário os sindicatos procurar meios de manutenção própria, utilizando-se da contribuição dos filiados e frutos da participação nas negociações coletivas. “IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;” 4) Sobre o procedimento de greve, estabeleça os passos para deflagração de greve, diferenciando as atividades essenciais: A greve possui previsão tanto constitucional quanto infraconstitucional, porem, o movimento paredista preencher alguns requisitos para que tenha a sua legitimidade, e sua validade considerada “legal”. Assim segundo os ditames da Lei 7783/89, que delimita os direitos grevistas, para a que possa a greve ocorrer de forma lícita, necessário se faz o preenchimento de alguns requisitos para a suspensão da atividade laboral, tais requisitos descritos nos artigos 3 caput, e 4 paragrafo 1 e 2: “Artigo 3º - Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho. Parágrafo único - A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação. Artigo 4º - Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços. § 1º - O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve. § 2º - Na falta de entidade sindical, a assembleia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no caput, constituindo comissão de negociação.” Em outras palavras, para que aconteça a existência da greve é necessário que haja uma frustrada tentativa prévia de conciliação, a Assembleia Geral convocada para esta finalidade e prévia notificação no prazo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas ou 72 horas no caso de serviços essenciais. Missão: “Promover educação transformadora, inclusiva e de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano, formando cidadãos éticos, comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”. Referências Bibliográficas Planalto Constituição Federal – Artigos citados Constituição Federal LEI N. 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 9. Ed, São Paulo: LTR. 2013 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 8. Ed. São Paulo: Metodo, 2013 SUSSEKIND, Arnaldo. et al. Instituições de Direito do Trabalho. 19 ed. São Paulo: LTr, 2000, v2. (SUSSEKIND, 2003, p. 154). Constituição Federal LEI N. 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989
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