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Doenças de notificação obrigatoria em bovinos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
 FACULDADE DE VETERINÁRIA – FAVET 
Disciplina de Higiene, Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal I 
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM BOVINOS 
Discente: Glenda Roberta 
1. Anaplasmose bovina 
A anaplasmose é uma enfermidade hemoparasitária infecciosa, causada pelo Anaplasma 
marginale e por Anaplasma centrale, riquétsias intra-eritrocitárias obrigatórias, que afeta 
bovinos, ovinos e animais silvestres, sendo a primeira a mais patogênica e de maior 
importância para os bovinos. Essa doença é transmitida biológica e mecanicamente por 
carrapatos, como Boophilus microplus e insetos hematófagos, como moscas, mosquitos, 
tabanídeos, além da possibilidade de contaminação por meio de agulhas de injeção usadas 
anteriormente em outros animais acometidos. A transmissão congênita pode ocorrer. Os 
sinais clinicos são variáveis, podendo se dar em forma de anemia hemolítica, icterícia, 
dispnéia, taquicardia, febre, fadiga, lacrimejamento, sialorréia, diarréia, micção 
freqüente, anorexia, perda de peso, aborto, e às vezes agressividade, podendo levar o 
animal a morte em menos de 24 horas. O diagnóstico é baseado em sinais clínicos, 
detecção do microrganismo no sangue, principalmente na fase aguda da doença, 
anticorpos no soro ou alterações patológicas post mortem. Sangue fino e aquoso, mucosas 
e serosas anêmicas ou ictéricas, hepatoesplenomegalia, rins aumentados e escuros, 
vesícula biliar distendida com bile densa, grumosa e congestão cerebral são possíveis 
achados de necropsia (VIDOTTO e MARANA, 2001). O tratamento é constituído na 
administração de tetraciclinas e manejo de suporte (OUROFINO, 2012). 
2. Botulismo 
Doença zoonótica infectocontagiosa causada pela bactéria Clostridium botulinum, dos 
quais é anaeróbia esporulada e putrefativa. Seu meio de contaminação se dá através da 
ingestão de agua, alimentos e restos de cadáveres contaminados pela bactéria. Bovinos 
mantidos em áreas com deficiência de fosforo, inadequada suplementação mineral, com 
contaminação ambiental e presença de carcaças são os principais acometidos. Os sinais 
clinicos vão variar de acordo com a quantidade de toxina ingerida e a susceptibilidade do 
animal, entretanto, a mesma pode variar de dificuldade de locomoção, paralisia fácida 
parcial ou total da musculatura dos membros e diminuição do tônus muscular e da língua. 
Presença de fragmentos de ossos ou restos de carcaças animais no rumen ou retículos, 
enterite catarro-hemorrágica e petéquias no intestino delgado e endocárdio podem ser 
achados de necropsia. A suspeita da doença pode ser feita com a anamnese, exame fisico 
e analise dos sinais clinicos, porém o diagnóstico confirmatório se faz através da 
purificação da toxina ou bioensaio em animais de laboratório. Tratamento é realizado com 
uso de drogas antagonistas efetivas, porem as mesmas não neutralizam efetivamente o 
efeito na toxina (DOBEREINER e DUTRA, 2004). 
3. Brucelose 
Doença infectocontagiosa crônica com baixa mortalidade e alta morbidade, causada por 
bactérias intracelulares facultativas do gênero Brucella, sendo a mesma, uma zoonose. 
Sua distribuição de faz de forma mundial e a vaca em gestação são os animais mais 
susceptíveis a doença. Sua contaminação pode ser realizada através do contato direto, 
como por lambedura de membrana fetais, fetos abortados e bezerros recém-nascidos, e 
por contato indireto, como ingestão de água e alimentos contaminados, dentre eles, o 
pasto e forragens. Seus sinais clinicos variam de abortos, geralmente por volta do 5° e 7° 
mês de gestação, nascimento de animais mortos ou fracos, acometimento de glândula 
mamária, orquites, epididimites, diminuição de libido e infertilidade. O diagnóstico no 
Brasil se faz através do teste de triagem, o teste do antígeno acidificado tamponado, o 
teste de monitoramento, como o Teste do complemeneto e os testes confirmatórios, como 
o 2 Mercaptoetanol, teste de fixação do complemento e Teste de polarização Fluorescente 
(AIRES et al., 2018). 
4. Babesiose 
A babesiose bovina é uma hemoparasitose causada, no Brasil, pelos protozoários Babesia 
bovis e Babesia bigemina, as quais apresentam como único vetor biológico o carrapato 
Boophilus microplus. Essa doença é mais predominante em locais com condições 
climáticas favoráveis a crescimento de populações de carrapatos. Os sinais clinicos são 
caracterizados por febre, anemia, hemoglobinemia, hemoglobinúria e, em muitos casos, 
morte. O diagnóstico é realizado através de testes sorológicos, como ELISA. O 
tratamento se faz através da aplicação de medicações endectocidas e o protocolo vacinal 
deve ser realizado (BAZAN et al., 2008). 
5. Carbúnculo hemático 
Também conhecido também como antraz, anthrax, febre esplênica, entre outros, é Doença 
infectocontagiosa causada por bactérias Bacillus anthracis, dos quais é anaeróbica e 
gram-positiva e são transmitidas pela ingestão de alimentos, animais e água contaminada, 
logo, acontecendo principalmente bovinos que pastam em áreas com solo contaminado. 
Configura uma zoonose. Quanto ao hospedeiro, bovinos eqüinos e ovinos são os mais 
atacados, enquanto suínos, caprinos, felinos e caninos são raramente atingidos. Essa 
bactéria em presença de ar os bacilos dão origem a uns corpúsculos pequenos, altamente 
refringentes, denominados esporos, os quais se localizam no centro do bastonete sem 
deformar o copo bacilar, além disso, produzem exotoxinas, como fator edema e fator letal 
(SANTOS et al., 2008). Seus sinais clinicos variam de acordo com a localidade afetada, 
dos quais pode se dar de forma cutânea, resultando em lesões de carácter enegrecido, de 
forma inalatória, com febre, dispneia, e comprometimento respiratório e, por fim, a forma 
intestinal, resultando em sinais de inflamação intestinal aguda, como náuseas, vômitos 
sanguinolento, perda de apetite, febre e dores abdominais, além disso, alguns sintomas 
são mais rotineiramente observáveis como moléstia febril, manifestações de depressão, 
debilidade, corrimentos hemorrágicos de orifícios corporais e tumefações subcutâneas 
edematosas (GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). O diagnóstico do carbúnculo 
hemático normalmente é realizado laboratorialmente com o auxílio da necropsia em 
função da morte rápida, o que impede na maioria das vezes a observação dos sinais 
clínicos (HÉLVIO, 2012). O tratamento se faz através da utilização de antibióticos, 
porém, para a efetividade do mesmo, deve ser realizado até 60 dias após a exposição a 
bactérias (Governo do estado de Goiás, 2019). 
6. Carbúnculo sintomático 
Doença infectocontagiosa também conhecida como clostridiose ou “Mal do Ano”, é uma 
enfermidade de alta mortalidade, causada por Clostridium chauvoei, bacilo anaeróbico 
que esporula e pode manter-se no meio ambiente por período prolongado. Bovinos que 
residem em locais que possuem grandes chuvas ao longo do ano são os mais acometidos. 
O carbúnculo sintomático verdadeiro (endógeno) só é comum em bovinos, podendo 
ocorrer em ovinos, mas a infecção que se inicia por traumatismo (edema maligno) ocorre 
em outros animais. Os sinais clinicos é caracterizado por temperatura elevada, anorexia, 
depressão e manqueira quando o membro é atingido, além de edema e hemorragia 
localizado na lesão e crepitações no local de multiplicação bacteriana, podendo levar o 
animal a morte em 12 a 36 horas. O diagnóstico é realizado através da identificação do 
Clostridium chauvoei do músculo lesionado ou sangue cardíaco, através de esfregaço, além do 
uso de PCR e achados de necropsia, sendo este feito sob avaliação preferencial do 
musculo esquelético, cardíaco e fígado. O tratamento para as clostridioses baseia-se no 
uso de penicilina, sulfa e oxitetraciclina que por muitas vezes torna-se ineficaz devido à 
rápida evolução da doença (MACHADO, 2008). 
7. Cisticercose 
Doença ocasionada pelo estagio larval da Taenia saginata, sendo esta transmitida por 
ingestão de alimento e água contaminadas com ovos maduros detênia, que podem ser 
contaminadas com fezes eliminadas diretamente nos campos de criação e por portadores 
humanos da tênia. Os sinais clinicos normalmente são inaparantes, porem podem se 
apresentar em grave miocardite, insuficiência cardíaca, dificuldade na apreensão de 
alimentos, na mastigação ou até mesmo uma pseudo-paralisia do maxilar inferior, tosse 
seca nos ataques dos músculos ou da submucosa da laringe e transtornos cerebrais em 
casos de infecções intensas. Diagnóstico é realizado através da inspeção das carcaças, 
após o abate, através da presença de cisticercos. O tratamento pode ser realizado através 
do uso de compostos químicos como Mebendazol, Niclosamida ou Clorossalicilamida, 
Praziquantel, Albendazol (RISPOLI, 2007). 
8. Encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca) 
São doenças neurodegenerativas crônicas que acometem a estrutura do sistema nervoso 
central, causada por um agente transmissível não convencional, denominado príon 
(PrPsc), que é uma proteína infecciosa decorrente da modificação pós-translacional de 
uma proteína normal. Não possui predisposição por raças ou sexo, porém acomete 
principalmente os bovinos criados sob sistema de fornecimento de rações ou 
concentrados, como suplementação nutricional. Não possui meio de transmissão 
horizontal ou vertical entre os animais, porém os mesmo se contaminam através da 
ingestão de alimentos contaminados pelo príon infeccioso ou por mutação espontânea de 
uma proteína normal. A inoculação iatrogênica é possível de ser realizada. Como sinais 
clinicos, esta pode se dar por alterações comportamentais, do temperamento, da 
sensibilidade e da locomoção, isolada ou concomitante, decrescimento na produção de 
leite e perda de peso. Diagnóstico se faz através do exame post mortem, através da 
avaliação das características morfológicas do tecido encefálico, através de 
histopatológico e a detecção da forma anormal do príon, como o exame de Western 
Blooting, ELISA, sendo este um teste de triagem e imuno-histoquimica (MAPA, 2015). 
9. Febre aftosa 
Doença viral grave e altamente infecciosa, podendo ocorrer em bovinos, suínos, ovinos, 
caprinos e outros animais de casco fendido. A transmissão ocorre de forma direta, através 
do contato com outros animais portadores da doença ou através da ingestão de água e 
alimentos contaminados. Os sinais clinicos se dão por formação de vesículas, semelhantes 
a bolhas, que estouram num curto espaço de tempo e causam erosões na boca ou nos pés, 
resultando em salivação excessiva e/ou claudicação, aumento da temperatura corporal, 
saliva viscosa, anorexia em decorrência da dor, laminite, abortos, diminuição da produção 
de leite e doenças cardíacas e morte (SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA 
E IRRIGAÇÃO DO RS, 2017). O diagnóstico é realizado com testes sorológico, como 
fixação de complemento, vírus soroneutralização e ELISA (EMBRAPA, 2007). 
10. Febre catarral 
Doença viral multissistêmica que tem como agente etiológico um Herpesvirus do gênero 
Rhadinovirus, possuindo o acometimento neurológico cerca de 60% dos casos. O vírus é 
transmitido por filhotes de gnus, os quais podem se tornar infectados in útero, por contato 
direto com outros gnus ou por aerossóis durante contato próximo. Seus sinais clinicos se 
dão através de depressão, anorexia, taquicardia, corrimento nasal purulento, salivação 
profusa, dispneia com estertor devido a obstrução da cavidade nasal pelo corrimento 
nasal, congestão dos vasos episclerais, opacidade de córnea iniciando como um halo cinza 
na junção corneoescleral disseminando-se centripetamente, corrimento ocular com edema 
de pálpebra, blefaroespasmo, hematútia e fotofobia. O diagnóstico é feito através da 
análise dos sinais clinicos, achados de necropsia, exame histológico, isolamento viral em 
cultivo celular, ELISA, imunofluorescência indireta e PCR. Lesões ulcerativas no trato 
gastrointestinal e respiratório, opacidade de córnea, lesões puntiformes nos rins, dermatite 
crostosa, hiperemia, erosões e úlceras nas mucosas são possíveis achados de necropsia. 
Não existe tratamento eficaz para essa patologia, sendo feito apenas o de suporte 
(SOUZA, 2015). 
11. Paratuberculose 
Doença infectocontagiosa incurável, causada pela bactéria Mycobacterium avium 
subespécie paratuberculosis e comumente conhecida por doença de Johne. Sua 
distribuição é mundial, visto que é uma bactéria cosmopolita. Bovinos, bubalinos, 
caprinos e ovinos podem ser comumente afetados. Sua contaminação se faz através da 
ingestão de colostro, leite ou água contaminada por fezes de animais acometidos, além da 
infecção através do contato com o úbere contaminado, na hora da amamentação e por via 
transplacentária. Seus sinais clinicos se dão por perda progressiva de peso, desidratação, 
diarreia crônica intermitente, semifluida e homogênea, tornando-se profusa e liquida em 
formas de jatos na sua eliminação, edema submandibular, perda na qualidade produtiva, 
caquexia e morte. Diagnóstico é realizado através da análise dos sinais clinicos, como 
emagrecimento progressivo e diarreia profusa sem resposta a tratamento convencionais, 
através da realização da necropsia e de exames como, ELISA, fixação do complemento, 
imunodifusão em gel de ágar, ensaio com gama interferon, cultivo bacteriológico, PCR 
ou imuno-histoquímica, porém, em muitos casos o exame histopatológico, compactuando 
com sinais clinicos fecham o diagnóstico. 
12. Pasteurelose 
Doença causada por Pasteurella multocida, acomete bovinos de qualquer raça, sexo 
ou faixa etária, predispondo principalmente em animais jovens quando expostos a 
fatores estressantes e comumente conhecida por pneumonia enzoótica, febre dos 
embarques, pasteurelose ou septicemia hemorrágica. Seus sinais clinicos se dão por 
depressão, perda ou redução do apetite, aumento da frequencia respiratória, 
aumento da temperatura, crostas ao redor do muflo e secreção muco purulenta nasal 
e ocular. O tratamento é realizado a base de antibioticoterapia com tetraciclinas 
(CULTIVAR, 2015). O diagnóstico é realizado através da análise dos sinais 
clinicos, achados de necropsia e cultura (SMITH, 2010). 
13. Pseudo-raiva 
Doença infectocontagiosa, comumente chamada de doença de aujeszky, causada por um 
herpesvirus tipo 1, podendo infectar diversas espécies de animais, sendo os suínos os mais 
comumente afetados. A transmissão da doença se dá preferencialmente por meio 
nasofaringeo, através do contato direto com animais doentes, além da via transplacentária. 
O diagnostico se faz através de achados histológicos, como meningoencefalite não 
supurativa, corpúsculos de inclusão basofilicos em astrócitos são possíveis de serem 
observados. As amídalas, cérebro e cerebelo são os principais órgãos para análise 
(AVANTE et al., 2009). Os sinais clinicos podem se dar através de febre, inapetência, 
depressão, pelos eriçados, salivação espumosa, incoordenação dos membros pélvicos, 
tremores musculares, decúbito lateral, convulsões crônicas, vimentos de pedalagem, 
excitação, decúbito, ranger de dentes e opistótono (TOMPOROSKI, 2009). 
14. Raiva 
Doença infecciosa de alta letalidade causada por um vírus do gênero Lyssavirus, sendo 
transmitida mais comumente por morcegos hematófagos, sem predisposição de raça, sexo 
ou idade. Os sinais clinicos podem variar de paralisia ascendente, preensão, ansiedade, 
midríase, pêlos eriçados, transtornos locomotores, caracterizados por incoordenação dos 
membros posteriores, evoluindo para paralisia e hipoestesia dos membros pélvicos e 
paralisia flácida da cauda, perda do apetite, mugidos roucos, relaxamento do esfíncter 
anal com protusão do ânus, ausência de reflexo anal, salivação abundante e espumosa, 
fezes ressequidas e escassas, retenção ou incontinência urinária, mugidos constantes e 
roufenhos, agressividade, hiperexcitabilidade e hiperestesia a qualquer estímulo. 
Meningoencefalite e meningomielite não purulentas com ganglioneurite dos gânglios dos 
nervos cranianos espinhais são possíveisachados de necropsia. O diagnóstico é feito 
predominantemente pela imunofluorescência direta, mas pode-se fazer uso da analise 
histopatológica, através do achado de inclusões acidofilicas intracitoplasmáticas 
(corpusulo de Negri). Não existe tratamento para a raiva (LEMOS, 2005). 
15. Tétano 
Doença neurológica infecciosa, não contagiosa, causada pelas toxinas produzidas 
pelo Clostridium tetani, sendo esta uma bactéria anaeróbica, formadora de esporos e 
gram-positiva. Os sinais clinicos podem se dar por timpanismo, seguido de rigidez e 
claudicação do membro infectado, espasticidade generalizada, deambulação rígida e 
postura de extensão de cabeça, hipertonia e postura de cavalete, trismo mandibular, 
marcha tropega, dispneia, dificuldade de deglutição, hiperestesia, fotosensibilidade, 
prolapso de terceira pálpebra, orelhas eretas, rigidez do pescoço, sudorese, cauda elevada 
(cauda em bandeira), decúbito permanente e opistótono (Barbosa et al. 2009). A morte 
geralmente ocorre por asfixia após a paralisia dos músculos respiratórios. Diagnóstico é 
realizado através da analise de sinais clinicos, histórico, isolamento da bactéria e análise 
de creatina quinase. Tratamento é feito com o uso de tetraciclinas e terapia de suporte 
(PROCHNO et al., 2021). 
16. Tuberculose 
Doença bacteriana crônica, zoonótica, causada por Mycobacterium bovis, bactéria Gram 
positiva, ácido-álcool resistente do complexo Mycobacterium tuberculosis da família 
Mycobacteriaceae. Sua transmissão ocorre através da inalação de aerossóis, por ingestão 
ou através de lesões na pele. Os sinais clinicos variam de emagrecimento progressivo, 
febre com oscilações de baixo grau, fraqueza, inapetência, tosse produtiva, dispneia, 
taquipneia, caquexia, linfonodomegalia, diarreia intermitente e constipação. Granulomas 
amarelados e caseosos, normalmente com mineralização é um achado comum no exame 
post mortem. O diagnóstico é feito pelo teste de tuberculinização cutânea, e o exame 
histopatológico e a presença de bacilos álcool-ácido resistentes e PCR (INSTITUTO 
FEDERAL CATARINENSE, 2009).. 
17. Tripanossomíase 
Doença causada por um grupo de parasitos protozoários pertencentes ao gênero 
Trypanosoma. Possuem ocorrência mundial e pode acometer diversas espécies de 
animais. As espécies mais importantes aqui na américa do sul são o Trypanosoma cruzi, 
T. evansi e T. vivax. A transmissão se faz através de moscas do gênero Glossina sp. 
popularmente conhecida como TséTsé e, de forma mecânica através de outras moscas 
hematófagas. A transmissão iatrogênica a partir de agulhas usadas em animais 
contaminado também é possível. Os sinais clinicos variam de anemia, febre, letargia, 
perda progressiva de peso, alterações neurológicas e alterações na visão. O diagnóstico 
se faz através de métodos parasitológicos, como esfregaços sanguíneos ou de matéria 
aspirado de linfonodos, concentração em tubo de microhematócrito e método de buffy 
coa, sorológicos, como imunofluorescência indireta e ELISA ou moleculares, como PCR. 
Como tratamento, pode-se utilizar o composto químico acetato de diminazeno 
(KATAOKA, 2019). 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
AIRES, D. M. P.; COELHO, K. O.; SILVEIRA NETO, O . J. BRUCELOSE BOVINA: 
ASPECTOS GERAIS E CONTEXTO NOS PROGRAMAS OFICIAIS DE 
CONTROLE. Revista cientifica de medicina veterinária, n.30, 2018. 
AVANTE, M. L.; ZANGIROLAMI FILHO, D.; FERREIRA, M. G.; ROSA, B. T.; 
MARTINS, I. S.; AVANZO, M. F. B. Doença de aujeszky. Revista cientifica de 
medicina veterinária, n.12, 2009. 
BAZAN, C. T.; CAMARGO, G. O. A.; SANTOS, M. A.; NEVES, M. F. Babesiose 
bovina. Revista cientifica eletrônica de medicina veterinária, n.11, 2008. 
CULTIVAR. Pasteurelose: a pneumonia dos confinados. 2015. Disponível em: 
https://revistacultivar.com.br/artigos/pasteurelose-a-pneumonia-dos-confinamentos. 
DOBEREINER, J. DUTRA, I. O botulismo dos bovinos e o seu controle. EMBRAPA: 
Comunicado técnico n° 72, 2004. 
EMBRAPA. Epidemiologia, patogenia, diagnóstico, prevenção e controle da febre 
aftosa. 2007. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPGC-
2009-09/12401/1/DOC166.pdf. 
HÉLVIO, T. S. CARBÚNCULO HEMÁTICO (ANTRAZ): UMA ZOONOSE 
IMPORTANTE NO RIO GRANDE DO SUL. 2012. Disponível em: 
http://www.webrural.com.br/webrural/artigos/pecuariacorte/sanidade/carbunculoh.htm#
:~:text=O%20diagnóstico%20do%20carbúnculo%20hemático,a%20observação%20dos
%20sinais%20clínicos. 
KATAOKA, C. F. R. F. Tripanossomíase bovina: uma breve revisão. Scientific eletronic 
archives, v.12, 2019. 
INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE. Tuberculose bovina. 2009. Disponível em: 
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PROCHNO, H. C.; REZENDE, E. C.; HELLU, J. A. A. Tétano em bovinos. 
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V. 31, n.2, 2001.

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