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BLEGER

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Segundo Bleger, a regra básica da entrevista consiste em:
obter dados completos do comportamento total no decorrer da entrevista.
Segundo Bleger a psicologia institucional constitui-se num capítulo novo no desenvolvimento da ciência psicológica, e isto requer um olhar mais demorado quanto aos aspectos implicados neste contexto. Para Bleger, o modelo do enquadramento psicanalítico consiste numa indagação operativa e existem alguns passos, assim é CORRETO afirmar que esses passos são:
Observação de acontecimentos e seus detalhes; compreensão do significado dos fatos; inclusão dos resultados desta compreensão; consideração do passo anterior como uma hipótese.
José Bleger, em sua conhecida obra Temas de Psicologia – entrevista e grupos, afirmou que o campo da entrevista deve ser configurado fundamentalmente pelas variáveis da personalidade
do entrevistado.
Segundo J. Bleger, em uma entrevista classificada “aberta”, o entrevistador tem liberdade para perguntar e intervir, adaptando-se ao contexto de cada caso. Sobre a entrevista aberta, é correto afirmar:
Reside em uma flexibilidade suficiente para permitir que o entrevistado configure o campo da entrevista.
Na avaliação psicológica, segundo Bleger,destaca-se o conhecimento da dimensão inconsciente do comportamento, da transferência e contratransferência, já que a teoria da entrevista foi influenciada por conhecimentos oriundos da psicanálise, da gestalt e do behaviorismo.
Para Bleger (1991), o conceito de instituição refere-se: ao conjunto das normas e atividades agrupadas em torno dos valores e funções.
Na Psicologia Institucional, proposta por José Bleger, a função social do psicólogo deve se desenvolver junto à população, buscando proporcionar condições para a vida e a saúde por meio dos grupos básicos de interação, como a família, a escola, o trabalho e as atividades comunitárias. Esta abordagem foi denominada por ele de: Psico-higiene.
Bleger (2007) aponta o seguinte aspecto ao considerar o grupo familiar sadio: o processo de discriminação, diferenciação e personificação ocorre na dinâmica familiar.
Bleger define grupo como sendo "...um conjunto de pessoas que entram em interação entre si, porém, além disso, o grupo é, fundamentalmente, uma sociabilidade estabelecida sobre um fundo de indiferenciação ou de sincretismo, no qual os indivíduos não têm existência como tais e entre eles atua um transitismo permanente." (pág. 87)
Assim sendo, na visão de Bleger, o grupo terapêutico: Caracteriza-se além dessas qualidades, sendo que o terapeuta está envolvido no mesmo fundo de sincretismo que o grupo.
A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José Bleger (2011), a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação humana entre entrevistador e entrevistado configura uma condição natural desse fenômeno.
Com base nos estudos realizados por José Bleger (1980), no que se refere à entrevista psicológica, é correto dizer que: a ansiedade do entrevistador é um dos fatores mais difíceis de manipular.
De acordo com Bleger (1980), a ansiedade do entrevistador é um dos fatores mais dificeis de manipular, porque é o motor do interesse na investigação e do interesse em penetrar no desconhecido. Toda investigação implica a presença de ansiedade diante do desconhecido, e o investigador deve ter capacidade para tolerá-Ia e poder instrumentalizá-Ia, sem o que se fecha a possibilidade de uma investigação eficaz; isso ocorre também quando o investigador se vê oprimido pela ansiedade ou recorre a mecanismos de defesa ante ela (racionalização, formalismo, etc.)
 a) para obter o campo particular de entrevista devemos contar com um enquadramento rígido, que consiste em transformar um conjunto de variáveis em constantes (p. 10);
 b) na anamnese trabalha-se com a suposição de que o paciente conhece sua vida e está capacitado, portanto, para fornecer dados sobre ela (p. 12);
 d) na entrevista a simulação deve ser considerada como uma parte dissociada da personalidade que o entrevistado não reconhece totalmente como sua (p. 13);
 e) a regra básica já não consiste em obter dados completos da vida total de uma pessoa, mas em obter dados completos de seu comportamento total no decorrer da entrevista (p. 7)
Segundo Bleger, nos atendimentos grupais a tática a ser empregada com vistas a possibilitar mudanças na concepção da situação está em: realizar questionamentos constantes e revisão do esquema referencial.
José Bleger enfatiza que a ansiedade constitui um indicador do desenvolvimento de uma entrevista psicológica e deve ser acompanhada pelo entrevistador. Segundo o teórico, um entrevistador deve estar atento não somente ao aparecimento da ansiedade na situação da entrevista mas também ao seu grau e intensidade.
Bleger (2011), ao se referir à entrevista psicológica, afirma a importância dos cuidados com a interpretação. Segundo ele, quanto maior for a compulsão para interpretar, tanto mais será necessário: calar-se.
José Bleger (2011) destaca que “não há possibilidade de uma entrevista correta e frutífera se não se incluir a investigação”. Para proceder à investigação, é essencial que o psicólogo: formule hipóteses enquanto observa o entrevistado e com ele interage, e as verifique e retifique, se necessário, no mesmo momento em que as levanta durante a entrevista.
De acordo com Bleger, "a chave fundamental da entrevista está na investigação que se realiza durante o seu transcurso. As observações são sempre registradas em função de hipóteses que o observador vai emitindo. Assim, a forma de observar bem é ir formulando hipóteses enquanto se observa, e durante a entrevista verificar e retificar as hipóteses no momento mesmo em que ocorrem em função das observações subseqüentes, que por sua vez se enriquecem com as hipóteses prévias. Observar, pensar e imaginar coincidem totalmente e formam parte de um só e único processo dialético" (p. 18-19).
Bleger (2011), de forma crítica, avalia que psicólogos inexperientes podem se valer dos testes em situações de insegurança pessoal. Segundo o autor, o isolamento profissional contribui muito para a estereotipia, pois: encobre as dificuldades com onipotência.
Shine (2003) discute a posição do psicólogo no jogo de for- ças envolvido em processos de avaliação para determinação da guarda. O autor retoma as indicações de Bleger e aponta que também é preciso: resistir à pressão da urgência e à onipotência e não tomar para si tarefas alheias.
Os dois tipos fundamentais de entrevista psicológica, segundo Bleger, são a aberta e a fechada. A entrevista aberta possibilita uma investigação mais ampla e profunda da personalidade do entrevistado, embora a entrevista fechada permita uma: melhor comparação sistemática de dados;
Segundo Bleger (2011), a entrevista se constitui como um campo que depende principalmente das variáveis da personalidade de quem é entrevistado. Portanto, para permitir maior engajamento da personalidade do entrevistado, aquilo que o entrevistador oferece deve ser: suficientemente ambíguo.
Trecho literal do livro "Temas de Psicologia" do Bleger:  "(...) Insisti em que o campo da entrevista deve ser configurado fundamentalmente pelas variáveis da personalidade do entrevistado. Isso implica que aquilo que o entrevistador oferece deve ser suficientemente ambíguo para permitir o maior engajamento da personalidade do entrevistado." (p.36) 
A intervenção do psicólogo nas instituições, segundo Guirado (2009), se caracteriza nas relações sociais e não no local material, pois se dá na interação dos membros do grupo. De acordo com Bleger, como se caracteriza a intervenção do psicólogo nas instituições? A intervenção psicológica tem um significado social e o objetivo de promover a Pico-Higiene dos integrantes da instituição.
Bleger aponta que o estudo das instituições abarca o estudo da estrutura e dinâmica das instituições; o estudo da psicologia das instituições; e, as estratégias do trabalho em psicologia institucional.
Dentro da estratégia do trabalho institucional,segundo ele, o mais importante é: o enquadramento da tarefa. “o enquadramento da tarefa”, quer dizer, a “fixação de certas constantes dentro das quais podem-se controlar as variáveis do fenômeno, pelo menos em certa medida”( BLEGER, 1984, p. 35/36). 
A atitude do psicólogo, empática e continente das angústias do paciente/cliente ou usuário, em uma disposição para a escuta e para estabelecer um verdadeiro vínculo, deve incluir o paciente no processo, compartilhando o trabalho compreensivo em curso. Segundo Bleger,
A chave fundamental da entrevista está na investigação que se realiza durante seu transcurso. Uma forma de se observar bem é ir formulando hipóteses enquanto observa e, durante a entrevista, verificar e retificar as hipóteses no momento em que ocorrem, em função das observações subsequentes, que, por sua vez, se enriquecem com as hipóteses prévias.
Observar, pensar e imaginar coincidem totalmente e formam parte de um só e único processo dialético. Quem não utiliza sua fantasia poderá ser um bom verificador de dados, porém nunca um investigador.
A entrevista diagnóstica é sempre e, ao mesmo tempo, e, em parte, terapêutica. O primeiro fator terapêutico é sempre a compreensão do entrevistador, que deverá comunicar alguns elementos dessa compreensão que possam ser úteis ao entrevistado. Nesse sentido, Bleger enfatiza a qualidade da relação entre psicólogo e cliente como fator que intervém no efeito terapêutico.
Tempo, lugar e papel do profissional são fatores do enquadramento da entrevista. O papel técnico do psicólogo implica que ele nunca deverá ser como um amigo em um encontro fortuito nem pretender outro benefício da entrevista que não sejam os seus honorários e(ou) interesses científicos e(ou) profissionais.
Estruturas de conduta (ou papéis assumidos):
1º) Momento paranóide: o objeto do conhecimento é vivenciado como perigoso e é adotada uma atitude de desconfiança ou hostilidade ou, então, há uma reação direta com a ansiedade correspondente. 
2º) Momento fóbico: o objeto do conhecimento é evitado, estabelecendo-se uma distância em relação a ele, fugindo-se ao contato ou aproximação. 
3º) Momento contrafóbico: precipitação compulsiva ou agressiva sobre o objeto de conhecimento que é atacado ou ridicularizado. 
4º) Momento obsessivo: tentativa de controle e imobilização do objeto de conhecimento e um controle da distância em relação a esse objeto por meio de um ritual, uma estereotipia do esquema referencial*, ou de perguntas que tendem a controlar. 
5º) Momento confusional: a defesa (de qualquer uma das anteriores) fracassa e acontece a entrada numa situação de confusão entre o eu e o objeto com seus diferentes aspectos que não podem ser discriminados.
6º) Momento esquizóide: organização relativamente estável da evitação fóbica; há uma estabilização da distância em relação ao objeto através do alheamento e volta para os objetos internos. 
7º) Momento depressivo: os diferentes aspectos do objeto de conhecimento foram introjetados e procede-se (ou tenta proceder) à sua elaboração. 
8º) Momento epileptóide: reação contra o objeto para destruí-lo. * Esquema referencial: conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais o indivíduo pensa e atua.BLEGER, J. Temas em Psicologia
Temas de Psicologia - Entrevista e Grupos: "Uma diferença fundamental entre entrevista e anamnese, no que diz respeito à teoria da personalidade e à teoria da técnica, reside em que, na anamnese, trabalha- se com a suposição de que o paciente conhece sua vida e está capacitado, portanto, para fornecer dados sobre ela, enquanto a hipótese da entrevista é que cada ser humano tem organizada uma história de sua vida e um esquema de seu presente, e desta história e deste esquema temos de deduzir o que ele não sabe. Em segundo lugar, aquilo que não nos pode dar como conhecimento explícito, nos é oferecido ou emerge através do seu comportamento não-verbal; e este último pode informar sobre sua história ou seu presente em graus muito variáveis de coincidência ou contradição com o que expressa de modo verbal e consciente. Por outro lado além disso, em diferentes entrevistas, o entrevistado pode oferecer-nos diferentes histórias ou diferentes esquemas de sua defesa contra a penetração do entrevistador e ao seu próprio contato com áreas de conflito de sua situação real e de sua personalidade; esse tipo de entrevistado repete a mesma história estereotipada em diferentes entrevistas, seja com o mesmo ou com diferentes entrevistadores". 
Segundo Bleger (2003), a entrevista psicológica se diferencia de acordo com o beneficiário do resultado. Cada uma delas implica variáveis distintas a serem levadas em conta, já que modificam ou atuam sobre a atitude do entrevistador, assim como do entrevistado, e sobre o campo total da entrevista. Acerca dos tipos de entrevista psicológica, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F).
( v) A entrevista que se realiza em benefício do entrevistado.
( v) A entrevista cujo objetivo é a pesquisa, valorizando apenas o resultado científico da mesma.
( v) A entrevista que se realiza para terceiros (organização, instituição).
Uma importante técnica, utilizada nos diferentes contextos da psicologia, é a Entrevista Psicológica. José Bleger, por exemplo, postula uma série de considerações sobre o tema. Quanto à entrevista psicológica, considere as seguintes afirmativas:
1. A entrevista psicológica pode se dar de modo aberto ou fechado.
2. O termo entrevista diz respeito a “entre” e “vista”, que se refere ao próprio objetivo da técnica, que prima pela relação estabelecida entre os dois participantes do processo.
3. A observação assistida do entrevistador é uma das principais estratégias para a coleta e a organização de informações para a avaliação da situação psíquica do entrevistado.
4. As entrevistas psicológicas devem levar em consideração quem é o beneficiado dela – o próprio sujeito, uma pesquisa ou uma instituição, por exemplo.

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