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ATD2 Catarina Alipio XXIIB Reanimar ou ressuscitar? - Ressuscitação: restabelecer o movimento, a vida. - Reanimação: renovação do sopro = entrada de ar nus pulmões. histórico: - 1º relato em RCP na Bíblia: “então formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente”. - Relatos esporádicos através da história: uso da flagelação com o açoite, trotar sobre um cavalo com a vítima debruçada sobre este, fumigação, rolar sobre o barril. - O 1º relato de ressuscitação pelo método da ventilação boca-a-boca – William Tossach em 1732, em vitima de aspiração de fumaça durante incêndio em uma mina de carvão. - 1960 = Kouwenhoven, Jude e Knickerbocker: compressão sobre 1/3 inferior do esterno, feita adequadamente, fornecia uma circulação artificial suficiente para manter a vida em animais e seres humanos com parada cardíaca. - Safar e Jude: necessidade de associação da massagem card íaca externa com a respiração artificial p/ a técnica de RCP. • International Symposium on Emergency Resuscitation, 1961. - 1966 = a primeira reunião de consenso sobre RCP. Epidemiologia: - Morte súbita por PCR pode atingir qualquer um, a qualquer hora em qualquer lugar. Número de mortes súbitas: - No mundo: 3 milhões. • EUA = 450 mil. • Europa = 500 mil. • 30/ semana por 1 milhão de habitantes. - BRASIL:; • 335.213 em 2017. • 748 por dia. • 1 a cada 2 minutos. • Média de sobrevida de 5%. - As melhores chances de sobrevivência dependem da RCP e da desfibrilação precoces. • 4 min = inicia-se lesão cerebral. • 10 min = korte cerebral estabelecida. - Apesar dos avanços recentes, menos de 40% dos adultos recebem RCP iniciada por leigos e menos de 12% tem um DEA aplicado antes da chegada do SME. - Novo consenso: • 100 mil pessoas salvas/ ano na Europa. • 80 mil pessoas salvas/ ano nos EUA. • 60 mil pessoas salvas/ ano no Brasil. 13 P!ada C!diorrespiratória Dra. Kelly- 18/04 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Diretrizes 2020: - . 14 ATD2 Catarina Alipio XXIIB - Início precoce de RCP por socorristas leigos: • Recomenda-se que leigos iniciem a RCP, pois o risco de dano ao paciente é baixo se o paciente não estiver em PCR. • Por quê: - Baixo risco das compressoas às vítimas que não estão em PCR. - Socorristas leigos não conseguem determinar com precisão se uma vítima tem um pulso e o risco de esperar para realizar a RCP em uma vítima sem pulso é maior que o dano por compressões torácicas desnecessárias. - Danos potenciais de RCP:; • Para vítimas que não sofreram PCR: continuamos recomendando que façam a RCP. Suporte básico de vida: - Segurança do local: não realizar em rodovias, por exemplo. - Superfície firme para compressões torácicas. • Não sugerimos mover um paciente da cama para o chão para melhorar a compressão, se estiver na cama, fazer ali mesmo. - Ativar respostas de emergência: Waze da PCR e locais próximos que possuam DEA. - RCP de alta qualidade: • RCPAQ é o principal componente em influenciar a sobrevivência de PCR. • Compressão com profundidade < 38 mm = taxas de sobrevida até a alta após PCR < 30% e compressão lenta, a sobrevida cai de 72 para 42%. • Deve ser uma compressão suficiente para diminui a pressão torácica e expandir o pulmão. - Compressão torácica: permitir retorno completo do tórax. • Compressão: - Aumento da pressão torácica. - Esvaziamento (coração e pulmão). • Descompressão (retorno): - Diminuição da pressão torácica. - Reenchimento (coração e pulmão). PONTOS CHAVES: - A corrente da sobrevivência é uma sequência de ações organizadas de forma lógica para aumentar as chances de vítimas de PCR conseguirem retorno à circulação espontânea. • Acesso rápido. • Reanimação cardiopulmonar precoce. • Desfibrilação precoce. • Suporte avançado. • Cuidados pós PCR. - TECA: checar responsividade da vítima: • Nível de consciência. • Respiração. • Pulso central (carotídeo). ➡ Iniciar RCP. Ressuscitação Cardiopulmonar: - Compressões efetivas: • 30:2. • 100 a 120 bpm. • Descer 5 a 6cm. • Retorno do tórax a posição inicial. - Ventilação: • Abrir as vias aéreas. • 2 ventilações. • Observar a movimentação do tórax. 15 ATD2 Catarina Alipio XXIIB 16 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Desfibrilação (DEA): - Manter a RCP por 2 minutos e checar o ritmo. • Chocável? Fornecer choque. FT/ VT sem pulso: - F ibr i lação ventr icular e taquicardia ventricular sem pulso. - Desfibrilação precoce: • Duração da arritmia (pior prognóstico). • Ideal 10 a 30 segundos. • Aceitável = 30 min. - Posição das pás: antero lateral ou antero posterior. - Desfibrilação: • Compressão torácica por 2 minutos. • Checar pulso por 10 segundos, é FT/ VT sem pulso? Realizar choque (200J bifásico ou 360J monofásico) e reiniciar RCP. • Medicação: - Adrenalina 1mg. - Amiodarona 300mg. - . 17 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Protocolo da linha reta: 1. Checar cabos. 2. Aumentar ganho. 3. Trocar derivação. - . Diagnósticos diferenciais: 5H e 5H: 1. Hipovolemia = dar volume. 2. Hipotermia = reaquecimento. 3. Hidrogênio (acidose) = bicarbonato de sódio. 4. Hipo ou hipercalemia = hipo (cloreto de potássio) e hiper (bicarbonato de sódio + gluconato de cálcio). 5. Hipóxia = oxigênio (IOT). 1. Tamponamento cardíaco = punção pericárdica. 2. Tensão no tórax = punção de alívio. 3. Tr o m b o s e c o r o n a r i a n a ( I A M ) = cateterismo + angioplastia. 4. Tromboembolismo pulmonar = volume + trombólise. 5. Tóxicos = antagonista periférico. Feedback audiovisual em tempo real: - Dispositivos audiovisuais durante a RCP para otimização em tempo real do desempenho da RCP. - Por quê: aumento de 25% na sobrevivência depois de alta hospitalar utilizando feedback audiovisuais. Técnicas alternativas: - Golpe precordial: não recomendamos o uso de um golpe precordial para PCR classe IC. - Estimulação do punho: para PCR classe IC. 18 ATD2 Catarina Alipio XXIIB - Tosse: não recomendamos o uso rotineiros para PCR classe IC, apenas em circunstâncias excepcionais, testemunhadas e monitoras (ex: laboratório de cateterismo cardíaco). Situações especiais: - OVACE: obstrução das VA por corpo estranho. • Tapa nas costas usados em crianças e adultos com tosse ineficaz. • Compressões abdominais em adultos e crianças > 1ano quando tapas são ineficazes. • Extração manual visíveis da boca. • Não sugerimos varredura às cegas com os dedos. • Quando nenhum desses é eficaz, fazemos a manobra de Helmilich. - Afogamento: a duração da submersão é usada como um indicador prognóstico ao tomar decisões em torno do gerenciamento/ operações de busca e resgate. • N ã o s u g e r i m o s t o m a r d e c i s õ e s prognósticos quando: - Idade. - Tempo de resposta. - Tipo de água. - Temperatura. - Status. - Intoxicação por opioides: • 70 mil mortes/ ano. • Sugerimos que a RCP seja iniciada sem demora em qualquer pessoa inconsciente que não respire normalmente e que a naloxona seja usada por socorristas leigos em suspeita de PCR relacionada a opioides. - . 19 ATD2 Catarina Alipio XXIIB - RCP em grávidas: é um evento raro e a principal causa é trauma. - RCP em covid: devem ter o rosto coberto para receber RCP. Resumindo… 1. Verifique se o paciente responde: • Toque o paciente, “você está bem?” • Verifique se há respiração eficaz (observe o tórax de 5 a 10 segundos). • Atenção: respirações agônicas (gasping) são consideradas ineficazes. 2. Acione o SME e busque um DEA: • Acione o samu (192). • Busque ou encarregue alguém de buscar um DEA. 3. Circulação: • Verifique pulso carotídeo 5 a 10 segundos. • Atenção a esta tarefa: apenas o pulso carotídeo (máximo 10 segundos). • Se não perceberpulso, incide as compressões torácicas. 20 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Suporte básico de vida (SBV): - Segurança do local (para o paciente e o socorrista). - Responsividade (ver se o paciente está te respondendo). - Checar pulso (carotídeo). - Ligar para SAMU e trazer o DEA. - Localizar a posição das mãos para as compressões torácicas: • Desce 5 a 6 cm do tórax. • 30 compressões para 2 respirações. • 100 a 120/ min. • Quem ventila é quem avalia a vítima (2º socorrista). Suporte básico de vida (SBV): - Feito por 2 socorristas: • Quem ventila. • Quem avalia a vítima. - Olhar, ouvir, sentir. - Duração de 10 segundos. - Presença de MR: posição de recuperação. Suporte avançado de vida: - Definir tipo de PCR: • FT/ TV sem pulso. • Assistia/ AESP. • Chocáveis. • Não chocáveis. - Melhor, mais usado: 120 joules. - Posicionamento da PÁS: • Posição antero apical: UMA pá é colocada em ápice cardíaco e a outra pá em região infraclavicular direito. • Posição antero posterior: UMA pá é co locada em reg ião paraesterna l esquerda e a outra pá em região infraclavicular esquerda - é a que usamos. • Posição postero apical: uma pá é colocada em região precordial e a outra pá é colocada em região infraescapular esquerda. FT/ VT sem pulso: - Desfibrilação precoce: • Duração da arritmia (pior prognóstico). • Ideal 10 a 30 segundos. • Aceitável = 30 min. - FV: desorganização dos miócitos que não provoca contração levando à assistolia. - Paciente chega ao PS temos que tentar uma IOT = 1 respiração a cada 6 segundos + continuar RCP. • Obs: sempre ligar o AMBU ao oxigênio (6L/ min). - Paciente em assistolia = administramos adrenalina 1mg e continua RCP (não chocamos). - Paciente em TV: administramos amiodarona. - Junto com a PCR temos que tentar reverter algumas situações “reversível”: 5H e 5T. 21 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Drogas anti arrítmicas: - AMIODARONA: 300 mg IV em bolus para FV/ TV sem pulso persistente. • Segundo bolus de 150mg iv, se recorrer. • Dose máxima 2.2g/24hs (classe IIb). - LIDOCAÍNA: em bolus de 1-1.5 mg/Kg IV para FV/TV sem pulso persistente. • Repetir 3-5min, até dose máxima de 3mg/ Kg (classe indeterminada). • Não usamos muito pois deprime a repolarização, mas usamos em pacientes que fazem muita extra sístole. - SULFATO DE MAGNÉSIO: 1-2g iv bolus na torsades de points ou quando se suspeita q u e a a r r i t m i a é c a u s a d a p o r hipomagnesemia (classe IIb). Drogas usadas na FV/TV sem pulso: - Epinefrina: • Dose traqueal 2 a 2,5x dose periférica. • Does maiores sem benefício: disfunção miocárdica. • Dose: 1mg IV em bolus 3 a 5 min (20 mL de fluído). - Vasopressina: • Não promove isquemia nem irritabilidade miocárdica. • Sozinha não mantém, temos que associar noripinefrina. • Dose única: 40U IV. - Naloxona: reversão de intoxicação de opioide, não ultrapassar 10 mg (se passar disso e não melhorar, provavelmente não é intoxicação por opiode). Cuidados pós parada: - Só se coloca o paciente no respirador depois que ele voltar. - Buscar causa (fluxograma). - . 22 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Critérios de instabilidade: ➡ Alteração do nível de consciência. ➡ Hipotensão arterial sistêmica (PAS < 90 mmH) ou choque circulatório com alteração da perfusão periférica. ➡ Congestão pulmonar. ➡ Dor precordial anginosa. Dor torácica: - T ipo A : definit ivamente anginosa (presença das características típicas). - Tipo B: provavelmente anginosa (presença de 2 características típicas). - Tipo C: provavelmente não anginosa (presença de 1 característica típica). - Tipo D: definitivamente não anginosa (nenhuma característica típica). MOVE: • M) Monitor de ECG, PA não invasiva e oximetria de pulso. • O) Oxigênio. • V) Acesso venoso. • E) Exame clínico. - . Instável X estável: - PAS < 90 mmHg, IOT, pulso fino, confusão mental, taquicárdico, pálido = instável. • Coincide parâmetros de um paciente chocado. - Qual o ritmo mais comum que o paciente saí de uma parada? Ritmo sinusal com extra sístole ventricular ou arritmia. 23
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