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ATD2 Catarina Alipio XXIIB Introdução: - Trauma torácico: é sempre grave. • Muito frequente no paciente do PS. - B) avaliação da respiração, inclui cuidados no trauma torácico. - Existem 2 tipos de trauma torácico: • Contuso: tipo de acidente qualquer/ pancada. - Bate diretamente. - Não tem ferimento. - Acidentes automobilísticos, por exemplo. • Penetrante: um instrumento pontiagudo por exemplo, e fere o paciente. - Por ferimento de arma branca (FAB). - Por arma de fogo (FAF): quando se atira em alguém, o tórax é mais fácil de acertar a mira. - Tanto o trauma contuso quanto o penetrante, o que nos preocupa mais são as estruturas dentro do tórax. • Costelas. • Pulmão. • Coração. • Diafragma. • Aorta. • Veia cava. • Esôfago. - Quando temos um trauma contuso, o mais provável é fraturar costelas. - Principalmente no ferimento penetrante (faca, tiro…), todas estruturas do tórax tem risco de serem acometidas. No contuso é mais difícil. - Trauma torácico e drenagem de tórax andam juntos. Drenagem de tórax: - No trauma, é feita na altura do mamilo (+/- 4º ou 5º espaço intercostal), entre a linha axilar anterior e alinha axilar média. • Mais ou menos 4 dedos abaixo da axila. - O braço deve estar aberto. - É feito anestesia local (lindocaína). - Faz um pequeno corte de +/- 3 cm. - Com uma pinça perfura a musculatura e a pleura, abrindo e fazendo a exploração digital (sempre). - Coloca o dreno de tórax, em direção superior. - O nº de dreno utilizado é o 28 a 32. - Selo d’água: serve para que o ar que sai, não voltar. 5 Trauma Torácico Dr. Maurício - 21/03 ATD2 Catarina Alipio XXIIB Caso clínico: - Homem, 45 anos, atropelado. • Sem colar cervical. • Queixa de falta de ar. • Confuso. • Provável uso de álcool (pelo hálito). • Viram ferimento no antebraço. • Respiração muito rápida (taquipneico). - Foi colocada máscara de oxigênio (paciente fala, então está com a via aérea pérvea, não precisamos intubar). - Exame físico: • Ausência de MV do lado direito. • Importante diminuição da expansibilidade do lado direito. • Percussão inconclusiva. • Oximetria 72% em ar ambiente. • Oximetria 80% com máscara 100% de O2 15L/min. • Taquipneico. - Suspeitamos de um pneumotórax e estamos no “B” do ATLS (durante o exame primário do ABCDE, encontrou um problema, resolve, portanto temos que drenar o tórax). Pneumotórax simples: - Para respirarmos, contraímos músculos e aumentamos a caixa torácica, deixando uma pressão menor intra torácica do que o ar ambiente, então o ar entra. - O pulmão está grudado na caixa torácica pelas pleuras (se grudam, estão colabadas). - Se temos um fratura de costela, por exemplo, ou uma facada no tórax, pode furar as pleuras, entrando ar no espaço pleural (onde não deveria ter) = pneumotórax. ✓ Esse lado acometido não ventila/ expande. ✓ Não tem ar, então o MV estará diminuído ou até ausente. ✓ Som timpânico (excesso de ar). - Temos que drenar (4º ou 5º EIC): sonda com furinhos e o ar que está em excesso vai sair do tórax. - A radiografia de tórax faz parte do exame primário, se estamos com dúvida e a situação do paciente permite, podemos fazer um Rx, mas se não tivermos dúvida, a gente já drena. - Como monitorar? • Expansibilidade, presença de MV. • Oximetria. - Se na drenagem sair sangue = hemotórax. Pneumotórax hipertensivo: - Excesso de ar que acaba empurrando o coração, traqueia, esôfago para o lado contralateral. - Fisiopatologia: é o acúmulo de ar no espaço pleural sob pressão, comprimindo os pulmões e diminuindo o retorno venoso para o coração. O ar se acumula e comprime o pulmão, com o tempo deslocando o mediastino, comprimindo o pulmão contralateral e aumentando a pressão intratorácica o bastante para diminuir o retorno venoso para o coração, o que causa choque. - O coração é tão comprimido que não consegue bombear direito e começa perder 6 ATD2 Catarina Alipio XXIIB a função de bomba (problema circulatório), o sangue então não circula. ✓ Veias incham (turgência jugular). ✓ MV abolido. ✓ Percussão muito timpâmico. ✓ Pode começar alteração de PA. - Diferença do pneumotórax hipertensivo para o simples é que além do protelam respiratório, ele causa um problema circulatório. - Nesse momento podemos fazer uma descompressão imediata cim uma aguda e depois drenar. • No 4º ou 5º espaço intercostal. • Urgência hipertensiva coma agulha, e depois drenar. - Por 20 anos, a drenagem e punção de alívio era no 2º EIC na linha hemiclavicular, mas há 4 anos, o ATLS mudou para o 4º ou 5º EIC pela facilidade de alcançar o espaço pleural. Trauma de tórax: - Causa significativa de morte. - Trauma fechado: < 10% precisam de operação. - Ferimentos penetrantes: 15 a 30% precisam de operação. - Maioria: precisa de procedimentos simples. - A maioria das lesões com risco de vida deve ser identificada durante a avaliação primária. Pneumotórax aberto: - Toda ferida que atinge o pulmão que tenha mais ou menos 2/3 da traqueia. • Ao respirar, o ar entra por esse buraco, e começa a acumular ar entre as pleuras. - TRATAMENTO: • Curativo sobre o defeito, fixado em 3 lados. - Curativo de 3 pontas: quadrado preso em 3 pontas e 1 ponta não presa, funcionando como uma válvula. • Drenagem de tórax. • Operação definitiva. Tórax instável e contusão pulmonar: - TÓRAX INSTÁVEL: se tiver 2 costelas consecutivas quebradas em 2 pontos, esse pedaço fraturado ano ficara sincronizado com a respiração. - Contusão pulmonar: • Dá para ver no raio X. • Quanto mais fartura de costela, mais podemos suspeitar de contusão pulmonar. • Pulmão pode sangrar dentro (sangra dentro do pulmão sem extravasar para pleura). • Não conseguimos drenar, o próprio corpo tem que conseguir resolver. - Exames: raio X, oximetria, exame físico, gasometria arterial. 7 ATD2 Catarina Alipio XXIIB - A principal causa de pneumotórax hipertensivo é um pneumotórax simples que não drenou e intubou o paciente. Hemotórax maciço: - Ruptura de vasos da circulação sistêmica/ pulmonar. - Perda de sangue ≥ 1500 mL. • Vemos pelo sangue drenado. • Sangue extravasado para o espaço pleural. - Veias do pescoço distendidas ou não. - Choque com ausência de MV e/ ou maciez à percussão. - Quase sempre temos que abrir o paciente para ver qual vaso está sangrando. Tamponamento cardíaco: - O coração ele tem em seu entorno o pericárdio. Se o ferimento atinge o coração e faz ele sangrar, o sangue extravasa para o saco pericárdico, impedindo que o coração faça sua função de bomba. - Lembrar sempre em ferimentos penetrantes no meio da caixa torácica. - Diagnóstico clínico (difícil): • Abafamento de bulhas. • Turgência jugular (não tem RV). • Hipotensão e taquipneia. - USG FAST: fecha o diagnóstico. - Tratamento é cirúrgico (precisa abrir o pericárdio = janela pericárdica). • Em trauma, no tapamento cardíaco o tratamento é janela pericárdico. - OBS: quase nunca em uma sala de emergência está indicado abrir o tórax do paciente. - 8
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