Grátis
28 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 4 de 8
extensores ao nível do dorso da mão. Graças ao tendão extensor próprio do dedo mínimo é possível realizar a extensão independente deste dedo. Compartimento 6 – Situa-se medial- mente a articulação radio ulnar distal, pos- terior à cabeça da ulna. O tendão exten- sor ulnar do carpo passa por este compar- timento para se inserir na base do V meta- carpo. Este tendão é mais facilmente pal- pado com a extensão e desvio ulnar do punho. Quando ocorre lesão desse com- partimento o tendão extensor ulnar do carpo pode deslocar-se medialmente durante a pronação. Na região ventral do punho podemos também palpar as estruturas tendinosas: • Flexor Ulnar do Carpo- Pode ser pal- pado pedindo para o paciente fletir o punho. Localiza-se na porção ventro medial do punho e pode ser palpado até o pisiforme ao nível da base da eminência hipotenar. O flexor ulnar do carpo situa-se imediatamente anterior ao feixe vásculo- nervoso da artéria e nervo ulnar. O pulso da artéria ulnar pode ser palpado até a base da eminência hipotenar. Nessa região, o feixe vásculo-nervoso penetra numa depressão que existe entre o osso pisiforme e o hâmulo do hamato que é convertido em um túnel osteofibroso. Este canal é denominado túnel de Guyon, e é sede frequente de patologias compressi- vas. 16 Da mesma forma que no punho, esses tendões podem ser palpados ao nível do dorso da mão quando os dedos são Palpação do palmar longo com a flexão do punho contra resistência. Palpação do flexor radial do carpo com a flexão do punho contra resistência. Palpação do flexor ulnar do carpo. • Palpar Longo é mais facilmente pal- pado com o punho fletido. Sua palpação pode ser ainda facilitada realizando uma pinça digital entre os dedos mínimos e polegar. Dessa forma, o Palmar Longo torna-se mais evidente ao nível da linha média da face anterior do punho. Em cer- ca de 5% a 10% da população encontra- mos ausência do palmar longo. O tendão do palmar longo é muito utilizado como enxerto já que sua ausência não compro- mete significativamente a função da mão. • Flexor Radial do Carpo pode ser pal- pado na região ventro lateral do punho. É um tendão espesso e mais centralizado em relação ao punho quando comparado com o flexor ulnar do carpo. A artéria radial situa-se lateralmente ao tendão radial do carpo. Entre o flexor ulnar do carpo e o flexor radial do carpo, por baixo do palmar lon- go, encontramos os tendões flexores superficiais e profundo dos dedos, além do nervo mediano. Túnel do Carpo – O túnel do carpo pode ser delimitado por quatro proeminên- cias ósseas: proximalmente pelo pisiforme e pelo tubérculo do escafóide; distalmente pelo hâmulo do hamato e pelo tubérculo do trapézio. O ligamento transverso do carpo corre por entre essas quatro proeminên- cias ósseas constituindo-se no teto do túnel do carpo. O assoalho deste túnel é formado pelos óssos do carpo, cápsula e ligamento volares. Por este túnel passam o nervo mediano, tendões flexores profundo dos dedos e flexor longo do polegar. O túnel do carpo é importante por conter estruturas nobres, por ser sede freqüente de patologias compressivas e por se cons- tituir em um túnel osteofibroso revestido por tecido sinovial. Nessa região os ten- dões são também nutridos por embebição pelo líquido sinovial. Na síndrome do túnel do carpo a compressão do nervo mediano causará uma hipoestesia no território deste nervo, além de uma paresia com hipotrofia ao nível da eminência tenar. A síndrome do túnel do carpo poderá ser conseqüência de seqüela de traumas, que alteram a anato- mia da região, como nas fraturas de Colles ou fraturas e luxações dos ossos do carpo (diminuição do continente), ou ainda por sinovites secundárias a doença reumatói- de, patologias sistêmicas que causam ede- ma (aumento do conteúdo), etc.. A síndro- me do túnel do carpo é potencialmente fre- quente em mulheres pós menopausa ou durante a gravidez, graças à alterações hormonais existentes. O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo pode ser feito clinicamente através da história do pacien- te, existência da hipoestesia com ou sem hipotrofia característica, presença de sinais especiais (Tinel e Phalen), sendo que a eletromiografia poderá auxiliar em casos duvidosos. Os tendões flexores dos dedos e do polegar podem ser palpados na região cen- tral da mão, pedindo para o paciente realizar a flexão dos dedos a partir da extensão total. Dessa mesma forma pode-se palpar o flexor longo do polegar no limite medial de emi- nência tenar. Ocasionalmente, a primeira 17 ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Sinal de Tinel: percussão ao nível do nervo mediano e presença de choque, hiperestesia ou formigamen- to no território inervado pelo mediano. Sinal de Phalen: flexão dos punhos provoca uma diminuição do continente do canal do carpo e provoca piora da compressão do nervo mediano. Aparece sinais de hipoestesia ou hiperestesia no território inervado pelo mediano. polia arciforme (A 1) pode se tornar estreita para a passagem de tendões flexores dos dedos. Nessa situação ocorrerá um trave- mento do dedo na posição de flexão, deno- minado dedo em gatilho (trigger finger). Pela dificuldade em penetrar no túnel osteofibro- so, forma-se um pseudo nódulo ao nível do tendão flexor. Dessa forma, ao realizar a fle- xão, o pseudo nódulo dirige-se proximal- mente até sair do túnel osteofibroso. Ao rea- lizar a extensão o pseudo nódulo trava o movimento devido a dificuldade em penetrar na primeira polia arciforme. Com algum esforço, o pseudo nódulo consegue passar pela polia estenosada, e aí, correr rapida- mente pelo túnel, como se fosse um gatilho que dispara repentinamente. Ocasionalmente, pode-se até ouvir um esta- lido. Eminência Tenar – Localiza-se na base do polegar, e é constituída por quatro músculos que concedem mobilidade ao polegar. Esses músculos são basicamente inervados pelo nervo mediano, com exce- ção do adutor do polegar e porção profun- da do flexor curto, que são inervados pelo nervo ulnar. Deve-se observar hipotrofia e hipertrofia dessa região. Eminência Hipotenar – Localiza-se imediata e proximalmente ao dedo mínimo indo até o punho. É formada por três mús- culos que são inervados pelo nervo ulnar. Deve-se observar o trofismo desses mús- culos. A hipotrofia muscular pode aparecer como síndrome de compressão do nervo ulnar ao nível do Canal de Guyon ou canal cubital no cotovelo. Superficialmente aos tendões flexo- res existe a aponeurose palmar, que deve ser examinada procurando-se nódulo e aderências, que podem ser as caracterís- ticas da Moléstia de Dupuytren. O aumento de volume de uma articu- lação interfalangiana poderá traduzir uma sinovite secundária a artrite reumatóide (nódulo de Bouchart). Da mesma forma, os nódulos duros e dolorosos localizados na articulação interfalangiana distal são característicos da osteoartrose (nódulos de Heberden). As polpas digitais possuem uma con- sistência própria. Há uma grande riqueza de terminações nervosas e vasculares. As patologias que as comprometem devem ser consideradas graves por afe- tarem uma região que participa de prati- camente todas as funções das mãos. As 18 Palpação do processo estilóide do rádio. Distalmente encontra-se o escafóide na tabaqueira anatômica. Palpação do tubérculo de Lister. Distalmente e no eixo do 3º metacarpo encontra-se o semilunar e o capitato. polpas distais são particularmente sensí- veis à infecção, por não haver espaço para progressão de edema ou hemato- mas. Os processos infecciosos ou tumo- rais são dolorosos, exigindo descompres- são. PALPAÇÃO DE PARTES ÓSSEAS Rádio – Podemos palpar o processo estilóide do rádio na face mais lateral e distal desse osso. Localizado mais dorsal- mente e proximalmente ao processo esti- lóide, palpamos outro acidente