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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Disciplina: Português Instrumental Professora Regysane Botelho C. Alves Alunos : Francisca Ramilla Cutrim Veras; Carlos Willian Albuquerque Gomes; Alysson Costa Alves. Avaliação 2 (N2) 2022.2 A palmeira que desponta como novo 'ouroverde' do Brasil Mônica Manir De São Paulo para a BBC Brasil 3 maio 2017 Uma planta de uso múltiplo, no ponto para explodir comercialmente. Cotada no início dos anos 2000 como fonte promissora de biocombustível, a macaúba ultrapassou expectativas dos pesquisadores, que agora apostam no seu potencial além da produção de energia. "O óleo de macaúba, por exemplo, é nobre demais", diz Sergio Motoike, biólogo e professor da Universidade Federal de Viçosa. "Ele tem vocação para uso na alimentação humana, na oleoquímica e na cosmética, que pagam bem mais que o mercado de biocombustíveis." Dessa forma, diz Motoike, não haveria a frustração ocorrida, por exemplo, com a mamona. Acultura, encampada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) para produção de biodiesel, naufragou por falta de capital e investimentos em tecnologias de produção. No caso da macaúba, o leque de opções de uso garantiria a sustentabilidade econômica. E o amadurecimento, sem atropelos, das diferentes etapas do processamento parece mostrar que sua hora é agora. A macaúba (Acronomia aculeata) é uma palmeira rústica nativa do Brasil. Atinge de 5 a 15metros de altura e possui espinhos no tronco e nas folhas - daí também ser chamada de coco-espinho. Costuma ser descrita como a palmeira de maior presença no país, praticamente ausente apenas na região Sul, e aguenta bem quando a chuva é pouca. Aplicações O fruto tem quatro partes: casca, polpa, endocarpo (parte dura em volta da semente) e amêndoa. As mais nobres são a polpa e a amêndoa. A polpa produz um óleo recomendado para biodiesel e bioquerosene, e com as mesmas propriedades do óleo de dendê - ou seja, já há um mercado de consumo. E quase não deixa resíduos sem aproveitamento. O óleo da amêndoa tem características ideais para fabricação de cosméticos, por facilitar a penetração do produto na pele. Do resultado do processamento dos frutos e da casca, os produtores obtêm uma torta rica em proteínas, boa para alimentar o gado. O endocarpo pode virar carvão ativado, usado para purificar gases e líquidos. "As tecnologias agrícola e industrial estão consolidadas, o mercado possui demanda para os produtos e os resultados econômicos são impressionantes", afirma Felipe Morbi, diretor da Acrotech, empresa que implantou até o momento 520 hectares da palmeira em João Pinheiro (MG). De imediato, a empresa tem usado a macaúba para recuperar áreas degradadas. A planta é perene, tem raízes fortes que impedem a formação de buracos nos pastos e cria um microclima mais ameno e apropriado à diversificação da vida no solo. Enquanto cuida do terreno, a palmeira produz. No sexto para o sétimo ano de vida, já concebe de três a quatro toneladas de óleo de polpa por hectare. "Com o melhoramento, podemos dobrar tranquilamente essa produtividade", diz Luiz Henrique Berton, bolsista da Fapesp (fundação de amparo à pesquisa de SP) em melhoramento genético de macaúba no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A soja, por exemplo, principal matéria-prima para biocombustível no Brasil, produz 600 kg de óleo por hectare. E o dendê, mesmo após 50anos de melhoramento genético e, ainda assim, dependente de 60 litros diários de água em todos os meses do ano, não passa das cinco toneladas. Outra vantagem da Acronomia aculeata é sua folhagem, bem mais rala do que a do dendezeiro, o que lhe permite ser cultivada com pastagens, por exemplo, em sistemas focados na pecuária e voltados à inclusão social de agricultores familiares. Esse é um dos objetivos de um projeto em Minas Gerais que venceu uma seleção global do Banco Mundial e já conseguiu US$ 6 milhões em investimentos para alavancar a cadeia produtiva da macaúba no país. Localizada em Patos de Minas, região do Alto Paranaíba (MG), a iniciativa da empresa alemã Inocas prevê o plantio adicional da palmeira em 2 mil hectares de pastagem. Os investidores também estão de olho no óleo da amêndoa, valioso na indústria de cosméticos, e na torta advinda da exploração do fruto e da casca. Estudos em andamento avaliam que esse co-produto - a torta da amêndoa -, que contém mais de 30% de proteína, poderia complementar a nutrição animal, diminuindo inclusive o tempo final de engorda do gado. "Com isso podemos falar em segundo andar produtivo nas pastagens", conceitua Johannes Zimpel, diretor executivo da Inocas no Brasil. Construindo a cadeia Pragas e doenças também não parecem problema para a palmeira. Seu adensamento é secular, quase 500 plantas por hectare, o que facilita o controle de enfermidades. "Ela naturalmente evoluiu como se fosse um plantio comercial, vivendo em maciços", diz Berton. O biólogo lembra que a seringueira, por exemplo, se desenvolveu solitariamente: "Na floresta amazônica, há uma seringueira aqui, outra a 500 metros. Quando se deu início ao plantio comercial, uma do lado da outra, não havia barreira; foi um prato cheio para as pragas." O que estaria faltando, então, para a macaúba deslanchar de vez? Um aspecto é o consumo. "Mesmo existindo em grandes maciços, a macaúba é pouco coletada por não existir um mercado comprador", avalia Haroldo César de Oliveira, consultor do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) na Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. Os trabalhos estariam mais avançados em Minas Gerais, com a produção de sabão em Mirabela, no norte do Estado, que também possui contrato com a Petrobras Biocombustíveis, a quem fornecem óleo da polpa para biodiesel. Em Dores do Indaiá e Luz, na região central mineira, a extração está voltada para o coco inteiro, vendido para a Cooper-Riachão. No Recife, agricultores também comercializam o coco inteiro, mas no mercado São José, para consumo direto, além de preparar xarope de macaúba, rico em vitamina C. Em Corumbá (MS), associações de mulheres produzem farinhada polpa e a vendem no mercado local como ingrediente de bolos, biscoitos, tortas, sorvetes. Industrialmente, um entrave é a ausência de cultivares comerciais, sementes padronizadas para venda. "Os plantios realizados até o momento são de mudas de sementes de plantas nativas", diz Carlos Colombo, engenheiro agrônomo e pesquisador da área de genética do IAC. A legislação nacional não permite a comercialização de sementes e mudas que não estejam registradas no Ministério da Agricultura, a não ser que sejam usadas para a recomposição da flora nativa, como a das matas ciliares. Em Minas Gerais, no entanto, um projeto de lei regulamentado em 2012, permite o cultivo, a extração, a comercialização, o consumo e a transformação da macaúba no Estado. Tanto que Minas Gerais é o único Estado do país em que mudas da palmeira são negociadas e seu plantio é feito em escala comercial. "Existe muita gente competente envolvida com a macaúba, mas infelizmente não há, até o momento, uma unidade entre pesquisadores, iniciativa privada e órgãos governamentais no intuito de criar uma agenda para a consolidação da palmeira", analisa Morbi. Um workshop, a ser realizado em junho, em Campinas, buscará "dar liga" a toda a cadeia de produção. "As comunidades indígenas já a usavam para acender tochas, as lamparinas em Ouro Preto (MG) a tinham como combustível, tem os cosméticos, os produtos farmacêuticos, até um fermentado é feito do tronco da planta, o vinho de coyol", entusiasma-se Berton, cuja foto no WhatsApp mostra o biólogo carregando um cacho de macaúba de 40 kg com mais de mil frutos - a média é de 600 por cacho. "Não tem outra palavra: ela é espetacular; só falta omercado descobrir isso." (Texto disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39788968) 1. Elabore um esquema que evidencie o plano de texto da reportagem. (2,5) 2. Redija um resumo escolar acadêmico da reportagem. (3,5) A reportagem fala sobre os efeitos positivos que a macaúba (potencial pivô econômico dos produtos biodegradáveis) tem a oferecer para a indústria, comércio, desenvolvimento sustentável e até a agricultura familiar. A macaúba é uma palmeira que possui um fruto podendo ser dividido em quatro partes: casca, polpa, endocarpo e amêndoa, com cada uma dessas partes havendo a possibilidade de ser usada e reutilizada de maneiras diferentes para a melhor utilização do fruto. A Palmeira não sofre com pragas e doenças e somando isso ao fato de ser uma árvore perene e com raízes fortes, faz dela um tipo ainda mais importante: ela ajuda de maneira relativamente fácil a recuperar áreas degradadas. Mais que isso, enquanto está fornecendo toda essa ‘ajuda’ ao meio, há possibilidades de lucro com os frutos: que concebem de três a quatro toneladas de óleo de polpa por hectare, algo que outros tipos de plantas não produzem com tamanha magnitude, como por exemplo, a soja, principal matéria- prima para biocombustível no Brasil, que produz pouco mais 600kg de óleo por hectare. O óleo da macaúba, que é produzido a partir da polpa da fruta é recomendado para o biodiesel e o bioquerosene, onde há um mercado de consumo. Enquanto o óleo da amêndoa é útil para a fabricação de cosméticos, pela sua característica que facilita a penetração do produto na pele. Do processamento dos frutos e da casca, se obtêm a torta de amêndoa, que é um composto rico em proteína que poderia complementar a alimentação e nutrição animal dos pastos, consequentemente, diminuindo o tempo de engorda dos animais e acelerando a indústria. E mesmo o endorcapo pode ser reaproveitado: ele é transformado em carvão ativado, usado para purificar gases e líquidos. Mas o que faz a macaúba ser “apenas um potencial pivô” para a indústria se esta tem tantas qualidades e vantagens? De acordo com o Haroldo César de Oliveira, consultor do Pnud, a causa é a falta de consumo. O que isso quer dizer? Que apesar da boa demanda para a amêndoa, ela enfrenta um problema, que é o fato de a semente não ser comercialmente padronizada (os plantios são de mudas de sementes de plantas nativas), o que vai em desacordo com a legislação nacional, que não permite a comercialização de sementes que não estejam padronizadas no Ministério da Agricultura. 3. Selecione dois parágrafos da reportagem e identifique o tópico frasal de cada um. Em seguida, classifique o parágrafo segundo o tipo de desenvolvimento das ideias secundárias e explique. (2,0) §1 “óleo da amêndoa tem características ideais para fabricação de cosméticos, por facilitar a penetração do produto na pele. Do resultado do processamento dos frutos e da casca, os produtores obtêm uma torta rica em proteínas, boa para alimentar o gado. O endocarpo pode virar carvão ativado, usado para purificar gases e líquidos.” - O tópico frasal é Definição pois foi citado característica do Óleo de Amêndoa, do fruto, casca e endocarpo, esse parágrafo é classificado como descritivo pois é utilizado para descrever o fruto e suas partes. §2 “Os trabalhos estariam mais avançados em Minas Gerais, com a produção de sabão em Mirabela, no norte do Estado, que também possui contrato com a Petrobras Biocombustíveis, a quem fornecem óleo da polpa para biodiesel.” - O tópico frasal é Declaração Inicial pois apresenta o tema a ser tratado com a frase inicial do texto afirmando que os trabalhadores estariam mais avançados em Minas Gerais, com isso, os períodos seguintes explicam essa declaração, esse parágrafo é classificado como médio, trás informações definidas sobre os trabalhadores e produções. 4. Revise os fragmentos a seguir e reescreva-os, corrigindo e melhorando o texto. Além de corrigir as inadequações linguísticas e gramaticais, garanta que a reescrita apresente uma boa organização textual. (2,0) a) Os engenheiros são profissionais que trabalham buscando soluções para problemas concretos, onde devem ser econômica e tecnicamente viáveis. Contudo, além de propor essas soluções, o mesmo deve acompanhar os projetos de implantação das mesmas. Ida 1- Os engenheiros são profissionais que trabalham em busca de soluções viáveis, no âmbito econômico e técnico, para problemas concretos. No entanto, além de propor, os engenheiros devem acompanhar os projetos de implantações das referidas soluções. 2 – Os engenheiros trabalham buscando soluções para problemas concretos, de modo economicamente e tecnicamente viável. E além de propor essas soluções, eles também acompanham os projetos de implantação. b) Os conhecimentos técnicos sozinhos, não conseguem garantir sucesso profissional ao engenheiro. Habilidades de leitura e escrita de textos diversos e conhecimento de administração, não podem se tornar um diferencial no mercado de trabalho. 1 – Os conhecimentos técnicos, por si só, não conseguem garantir sucesso profissional ao engenheiro. Ademais, habilidades de leitura e escrita de textos diversos, assim como conhecimento de administração, podem se tornar diferenciais no mercado de trabalho. 2 – Apenas conhecimentos técnicos não garantem sucesso profissional ao engenheiro. Habilidades como leitura, escrita de textos diversos e conhecimento de administração, tornam-se um diferencial no mercado de trabalho. Critérios de avaliação: 1. Adequação das repostas ao que foi estudado na disciplina; 2. Respostas completas, com textos organizados e claros; 3. Correção gramatical. Alunos : Francisca Ramilla Cutrim Veras; Carlos Willian Albuquerque Gomes; Alysson Costa Alves.
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