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AULA 1 – OBRIGAÇÕES PROFA CARMEM PICK DTO DAS OBRIGAÇÕES = DTO DE CRÉDITO / DTOS PESSOAIS OU OBRIGACIONAIS. CONC LATO – QUALQUER ESPÉCIE DE VÍNCULO OU DE SUJEIÇÃO DA PESSOA, SEJA NO CAMPO RELIGIOSO, MORAL OU JURÍDICO. DTO OBRIGÇS - SENTIDO JURÍDICO COMPREENDE SOMENTE AQUELES VÍNCULOS DE CONTEÚDO PATRIMONIAL, QUE SE ESTABELECEM DE PESSOA A PESSOA, COLOCANDO-AS, UMA EM FACE DA OUTRA, COMO CREDOR E DEVEDOR, DE TAL MODO QUE UMA ESTEJA NUMA SITUAÇÃO DE PODER EXIGIR A PRESTAÇÃO, E A OUTRA, NA CONTINGÊNCIA DE CUMPRÍ-LA. João Franzen de Lima DTO DAS OBRGS DISCIPLINA AS RELAÇÕES JURÍDICAS DE NATUREZA PESSOAL, VISTO QUE SEU CONTEÚDO É A PRESTAÇÃO PATRIMONIAL, OU SEJA, A AÇÃO OU OMISSÃO DO DEVEDOR TENDO EM VISTA O INTERESSE DO CREDOR, QUE, POR SUA VEZ, TEM O DTO DE EXIGIR O SEU CUMPRIMENTO, PODENDO P/ TANTO, MOVIMENTAR A MÁQUINA JUDICIÁRIA, SE NECESSÁRIO. LOUIS JOSSERAND – “…A TEORIA DAS OBRIGAÇOES ESTÁ NA BASE, NÃO SOMENTE DO DTO CIVIL MAS DE TODO DTO, NÃO SENDO DE MODO ALGUM EXAGERADO AFIRMAR QUE O CONCEITO OBRIGACIONAL CONSTITUI A ARMADURA E O SUBSTRACTUM DO DIREITO, E MESMO, DE UM MODO MAIS GERAL, DE TODAS CIÊNCIAS SOCIAIS.” CARACTERÍSTICA DO DTO DA OBR SÃO DTOS RELATIVOS É O DTO A UMA PRESTAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA É UM DTO TRANSITÓRIO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 1 – ELEMENTO SUBJETIVO (CREDOR–DEVEDOR) 2 – ELEMENTO MATERIAL (OBJETO) 3 - ELEMENTO ESPIRITUAL (VÍNCULO JURÍDICO) 1)Elemento subjetivo Diz respeito aos sujeitos da obrigação. Os sujeitos da obrigação são chamados de credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo). Os sujeitos podem ser pessoas naturais ou jurídicas, devendo ser determinados ou, ao menos, determináveis. Não se considera, como capaz de gerar uma obrigação, um contrato em que os sujeitos sejam indeterminados. Sujeito indeterminado Ex. recompensa , art. 854; Ex. confusão – art. 381 Figuras secundárias = representantes 2- Elementos objetivo Toda obrigação tem o seu objeto. O objeto da obrigação é sempre uma conduta humana que se chama prestação (dar, fazer ou não fazer). A prestação se constitui na atividade positiva ou negativa do devedor. Ex. a entrega de uma coisa; a abstenção de um comerciante em se estabelecer nas proximidades do outro, etc. O objeto pode ser: imediato da obrigação é a prestação; mediato da obrigação é o bem da vida; 3- VÍNCULO JURÍDICO = elem espiritual - É O QUE UNE CREDOR E DEVEDOR. CARACTERIZA-SE, PELA BIPOLARIDADE, PORÉM NADA OBSTA A INTERVENÇÃO DE TERCEIRO FAVORECIDO OU PREJUDICADO PELA CONSTITUIÇÃO DESSA RELAÇÃO. TEORIA TEORIA PATRIMONIALISTA A OBRIGAÇÃO É UMA RELAÇÃO JURIDICA ENTRE DOIS PATRIMÔNIOS. TEORIA PESSOAL A OBRIGAÇÃO É UM PODER DO CREDOR SOBRE A CONDUTA QUE O DEVEDOR TEM QUE REALIZAR P/ A SATISFAÇÃO DOS SEUS INTERESSES. RELAÇÃO OBRIGACIONAL NA VERDADE, CONSTITUÍDA P/ A SATISFAÇÃO DOS INTERESSES DO CREDOR. O CREDOR POSSUI NECESSIDADES OU UTILIDADES QUE SOMENTE PODEM SER SUPRIDAS PELO PAGAMENTO O MEIO JURÍDICO QUE VIABILIZA A SATISFAÇÃO DO INTERESSE DO CREDOR É DENOMINADO OPERAÇÃO. A OPERAÇÃO É O OBJETO IMEDIATO DA RELAÇÃO JURÍDICA, SEM ELA NÃO SE ATINGE A NECESSIDADE OU UTILIDADE PRETENDIDA DE FORMA LEGÍTIMA. O OBJETO IMEDIATO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL É A PRESTAÇÃO (DAR, FAZER OU NÃO FAZER). A PRESTAÇÃO COMO O OBJETO DEVE SER: LÍCITA, POSSÍVEL E DETERMÍNAVEL Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. APELAÇÃO CÍVEL- EMBARGOS À EXECUÇÃO.NOTA PROMISSÓRIA SEM CIRCULAÇÃO. DISCUSSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO SUBJACENTE. OBJETO ILÍCITO. JOGOS DE AZAR. NULIDADE DE TÍTULO DE CRÉDITO.1- A NULIDADE ABSOLUTA DO NEGÓCIO (ANTE A ILICITUDE DE SEU OBJETO) RETIRA OS EFEITOS JURÍDICOS QUE PORVENTURA JÁ TENHAM OCORRIDO (EFEITOS EX TUNC), TORNANDO INEXISTENTE O NEGÓCIO JURIDICO DESDE A SUA FORMAÇÃO E RETORNANDO, ASSIM, AS PARTES AO STATUS QUO ANTE. POR CONSEGUINTE, INEXIGÍVEIS AS NOTAS PROMISSÓRIAS EXECUTADAS, UMA VEZ VINCULADAS A NEGÓCIO JURÍDICO NULO DE PLENO DIREITO, VISTO QUE ILÍCITO O SEU OBJETO, A TEOR DOS ARTS. 104,II E III, COMBINADO COM O ART 166,II, DO CC. (...) DO CONTRÁRIO, PELA A VIA INDIRETA, ESTAR-SE-IA CONFERINDO VALIDADE A NEGÓCIO JURÍDICO NULO E PROTEGENDO OS INTERESSES DAQUELES QUE PRATICAM ATIVIDADE CONSIDERADA ILEGAL. 3. DESTARTE, AUSENTE OBRIGAÇÃO CERTA, LÍQUIDA E EXIGÍVEL, CONSUBSTANCIADA EM TÍTULO EXECUTIVO, NÃO MERECE PROSPERAR A PRESENTE EXECUÇÃO, PORQUANTO AUSENTE REQUISITO ESSENCIAL PARA SUA INSTAURAÇÃO, DEVENDO, POIS, SER EXTINTA, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, COM FULCRO NO ART.580 C/C ART.267, IV, DO CPC.ÔNUS SUCUMBENCIAIS REDIMENSIONADOS. DERAM PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME.(TJMG – AP CÍVEL 70025424391, 17.12.2008, REL DES ODONE SANGUINÉ OBRIGAÇÃO ≠ RESPONSABILIDADE A obrigação qdo cumprida, extingue-se. Não cumprida, gera a responsabilidade por perdas e danos (artigo 389 do Código Civil). Pode-se dizer, então, que a responsabilidade somente nasce quando não for cumprida a obrigação. Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Há, entretanto, dois casos de obrigação não cumprida e que não geram responsabilidade: dívidas prescritas e dívidas de jogo. FONTE DAS OBRIGS 0S CONTRATOS; AS DECLARAÇOES UNILATERAIS DE VONTADE – ARTS. 854 A 886. Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. ATOS ILICÍTOS (art. 389, 854, 186, 187 e 927) Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. A LEI DIRETAMENTE (Fonte primária ou imediata) EX. Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. A OBRIG RESULTA DA VONTADE DO ESTADO, POR INTERMÉDIO DA LEI, (FONTE IMEDIATA) OU DA VONTADE HUMANA (FONTE MEDIATA) – CONTRATOS, NA DECLARAÇÃO UNILATERAL OU NA PRÁTICA DE UM ATO ILÍCITO. DTOS OBRIGACIONAIS OU PESSOAIS E DTOS REAIS DTO REAL É O PODER JURIDICO, DIRETO E IMEDIATO, DO TITULAR SOBRE A COISA C/ EXCLUSIVIDADE E CONTRA TODOS. É O DTO SOBRE A COISA DTO PESSOAL CONSISTE NUM VÍNCULO JURÍDICO PELA QUAL O SUJEITO ATIVO PODE EXIGIR DO SUJEITO PASSIVO DETERMINADA PRESTAÇÃO. É O DTO CONTRA DETERMINADA PESSOA. TEORIAS ACERCA DOS DTOS REAIS E PESSOAIS T UNITÁRIA REALISTA T DUALISTA OU CLÁSSICA 1) T UNITÁRIA REALISTA PROCURA UNIFICAR OS DTOS REAIS E OBRIGACIONAIS A PARTIR DO CRITÉRIO DO PATRIMÔNIO, CONSIDERANDO QUE O DTO DAS COISAS E O DTO DAS OBRIGAÇÕES FAZEM PARTE DE UMA REALIDADE MAIS AMPLA, RELATIVA AO PATRIMÔNIO. 2) T DUALISTA OU CLÁSSICA O DTO REAL APRESENTA CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, QUE O DESTINGUEM DOS DTOS OBRIGACIONAIS, C/ P.EX. PRINCÍPIO DA ADERÊNCIA, DO ABSOLUTISMO, DA PUBLICIDADE, DA TAXATIVIDADE, DA TIPICIDADE, DA PERPETUIDADE, DA EXCLUSIVIDADE E DO DESMENBRAMENTO. ABREVIATURAS UTILIZADAS NO QUADRO A SEGUIR: P = PRINCÍPIOS DR = DTOS REAIS DP = DTOS PESSOAIS OU DTOS PESSOAIS P. DA ADERÊNCIA/ ESPECIALIZAÇÃO/ INERÊNCIA DR – estabelece vínculo entre o sujeito e a coisa- ñ depende de sujeito passivo p/ existir DP – o vínculo existente entre credor e devedor – confere ao 1° odtode exigir a prestação prometida P. DO ABSOLUTISMO DR – exercem-seergaomnes, surgindo odtodeseqüelae odtodepraeferendi DP – ñ estabelece vínculo desta natureza, resolve-se em perdas e danos, exercitável em face de algum(s) sujeito(s) P. Da PUBLICIDADE/VISIBILIDADE DR – a aquisição dedtosreais exige formalidades –arts. 1226/1227 DP – Princ. doconsensualismo, aperfeiçoam-se c/ o acordo de vontades P DA TAXATIVIDADE DR – são númerosclausus– art. 1255 DP –ctrnominados einomiados P DA TIPIFICAÇÃO/TIPICIDADE DR – existem de acordo c / os tipos legais DP – existem em número ilimitado P DA PERPETUIDADE DR – appé umdtoperpétuo, ñ se perde pelo ñ uso, somente nos casos previstos na lei(desapropriação, usucapião, renúncia, abandono,etc) DP – pela sua natureza são eminentemente transitório: cumprida a obrigação se extingue P DA EXCLUSIVIDADE DR – ñ pode haver doisdtosreais de igual conteúdo, sobre a mesma coisa – ex. condomínio P DO DESMEMBRAMENTO DR – mais estáveis, porémtbsão transitórios DO – são transitórios PRINCIPAIS DISTINÇÕES ENTRE OS DTOS REAIS E OBRIGS 1) QTO AO OBJETO DTOS OBRIGACIONAIS – exigem o cumprimento de determinada prestação DTOS REAIS – incidem sobre uma coisa 2) QTO AO SUJEITO DTOS OBRIGACIONAIS – o sujeito é determinado ou determinável DTOS REAIS – o sujeito é indeterminável 3) QTO À DURAÇÃO DTOS OBRIGACIONAIS – são transitórias e se extinguem pelo cumprimento da obrig DTOS REAIS – são perpétuos, ñ se extinguem pelo ñ uso, mas somente nos casos expressos em lei (usucapião, desapropriação, etc) 4) QTO À FORMAÇÃO DTOS OBRIGACIONAIS – podem resultar da vontade das partes DTOS REAIS – números clausus, só se formam em razão da lei 5) QTO AO EXERCÍCIO DTOS OBRIGACIONAIS – exigem uma figura intermediária que é o devedor DTOS REAIS – são exercidos diretamente sobre as coisas 6) QTO À AÇÃO DTOS OBRIGACIONAIS – ação pessoal, dirigida somente contra quem figura na relação jurídica c/ sujeito passivo DTOS REAIS – ação real, pode ser exercida contra qm quer que detenha a coisa FIGURAS HÍBRIDAS OU INTERMEDIÁRIAS Essas figuras se constituem num misto de obrigação e dto real. Obrigações propter rem – in rem – ob rem; Ônus reais; Obrigações c/ eficácia real Obrigações propter rem – in rem – ob rem “As obrigações propter rem são aquelas em que o titular de um dto real sobre determinada coisa passa a ser devedor de uma prestação, sem que p/ tanto, tenha havido qualquer manifestação de vontade sua nesse sentido.” “É um tipo de obrigação ambulatória, a cargo de uma pessoa, em função e na medida de proprietário de uma coisa ou titular de um dto real de um uso e gozo sobre a mesma coisa.” Paulo Carneiro Maia POR SE TRANSFERIR A EVENTUAIS NOVOS OCUPANTES DO IMÓVEL, É TAMBÉM DENOMINADA OBRIGAÇÃO AMBULATÓRIA. Exs: art. 1297; Dever de pagamento da hipoteca que grava um imóvel, que a ele adere, independentemente de quem seja o proprietário ou titular; Obrig do condômino, ARTS. 1315, 1336. 1345 Penhora. Bem de família. Incidência sobre apartamento. Dívida decorrente de despesas condominiais. Inaplicabilidade do benefício legal da impenhorabilidade. Lei 4591/64, art.12. caráter propter rem da dívida, de responsabilidade do próprio imóvel, sendo secundário quem possa ser seu proprietário, devendo ser preservado o direito dos demais condôminos. Constrição mantida. Recurso improvido(1º TACivSP, Proc 00658.501-6/00SP, 9ª Câm. J.9.04.1996, Re. Ópice Blum) “Penhora. Incidência sobre apartamento tendo em vista o não pagamento de despesas condominiais, admissibilidade, visto trata-se de obrigação propter rem. Irrelevância, no caso, do bem estar gravado c/ cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade. Constrição determinada. Recurso provido (TACivSP, Processo 00696.834-5/00SP, 1ª Câm, Rel Luiz Correia Lima) Características: Somente a lei civil, de competência da União, possui o condão de criar obrigação propter rem; b) A obrigação está indelevelmente ligada ao titular de um dto, seja ele quem for, independentemente de sua vontade; c) Abandonado o bem, o devedor libera-se da dívida que adere à coisa e ñ ao titular. Serpa Lopes “A principal característica da obrigação real é ser ligada a um dto real, do qual decorre. d) A obrigação transmite-se as sucessores a título particular, o que, em tese normalmente só ocorre c/ herdeiro a título universal, que assume o ativo e o passivo do de cujus. (art.1207) 2) ÔNUS REAIS SÃO OBRIGAÇÕES QUE LIMITAM O USO E GOZO DA PROPRIEDADE, CONSTITUINDO GRAVAMES OU DTOS OPONÍVEIS ERGA OMNES, C/, PEX, A RENDA CONSTITUIÍDA SOBRE IMÓVEL(ART.803). Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. DIFERENÇA ENTRE ÔNUS REAL(OR) E OB PROPTER REM(OPR) RESPONS OR - É LIMITADA AO BEM ONERADO OPR - RESPONDE O DEV C/ TODOS OS SEUS BENS PERECIMENTO DO OBJETO OR - A RESPONSABILIDADE DESAPARECE C/ O PERECIMETO DO OBJETO OPR – PODE PERMANCER EMBORA PERECIMENTO DO OBJETO QTO A OBRIG OR – IMPLICA SEMPRE UMA PRESTAÇÃO POSITIVA OPR – PODE SURGIR C/ UMA PRESTÇ NEGATIVA QTO A AÇÃO AÇÃO CABÍVEL É DE NATUREZA REAL AÇÃO CABÍVEL É DE NATUREZA PESSOAL 3) OBRIGAÇÃO C/ EFICÁCIA REAL SÃO AS QUE, SEM PERDER SEU CARÁTER DE DTO A UMA PRESTAÇÃO, HÁ POSSIBILIDADE DA OPONIBILIDADE A TERCEIROS, QDO HOUVER ANOTAÇÃO PREVENTIVA NO REGISTRO IMOBILIÁRIO, PORTANTO, SÃO CERTAS OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE CONTRATOS QUE ALCANÇAM, POR FORÇA DE LEI, DIMENSÃO DE DTO REAL. ART. 474 Art. 576. Se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não constar de registro. § 1o O registro a que se refere este artigo será o de Títulos e Documentos do domicílio do locador, quando a coisa for móvel; e será o Registro de Imóveis da respectiva circunscrição, quando imóvel. § 2o Em se tratando de imóvel, e ainda no caso em que o locador não esteja obrigado a respeitar o contrato, não poderá ele despedir o locatário, senão observado o prazo de noventa dias após a notificação. A. MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES - DIVISÃO Por razões de didática escolhemos a subdividão dada por Maria Helena Diniz: Há duas subdivisões principais: 1. Obrigações consideradas em si mesmas e 2. Obrigações reciprocamente consideradas. 1-) OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS EM SI MESMAS Dividem-se: a) quanto ao vínculo; b) quanto ao objeto; c) quanto ao modo de execução; d) quanto ao tempo do adimplemento; e) quanto aos elementos acidentais; f) quanto a plularidade de sujeitos; g) quanto ao conteúdo. CUMULATIVAS/CONJUNTIVAS FACULTATIVAS ALTERNATIVAS 3) QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO OBRIGS SIMPLES OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS. Há duas subdivisões: 1) Obrigação Natural De acordo c/ a tutelabilidade, a obrigação pode ser: civil ou natural. O nosso CC não trata da matéria, havendo uma definição sobre o tema no artigo 2.º do Código Libanês. Ali está estabelecido: "A obrigação natural é um dever jurídico cujo cumprimento não pode ser exigido, mas cuja execução voluntária tem o mesmo valor e produz os mesmos efeitos de uma obrigação civil". Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. Art. 564. Não se revogam por ingratidão: III – as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural; Não é possível revitalizar obrig natural por novação; Não se admite a compensação; Não comporta fiança nem ônus reais; A promessa de cumpri-la não a torna eficaz; O pagamento parcial não autoriza o credor a reclamar o cumprimento do restante; 2) OBRIGAÇÃO CIVIL É AQUELA QUE PODE SER EXIGIDA POR MEDIDA JUDICIAL COMPATÍVEL, P/ SATISFAÇÃO DO INTERESSE DO CREDOR Obg Natural x Obg Civil A obrigação natural, é aquela da qual não se pode exigir o cumprimento, enquanto a obrigação civil é aquela cujo cumprimento pode ser exigido, porque encontra respaldo no direito positivo. Art. 189 Violado o dto, nasce p/ o titular a pretensão, a ql se extingue, pela prescrição, nos prazos a q aludem os arts 205 a 206. OBG LEGAL X OBG VOLUNTÁRIA 1 – É AQLA FIXADA POR LEI, EM FACE DE ATOS ILICITOS OU DA PRATICA DE ATIVIDADES CONSIDERADAS PERIGOSAS 2 – É AQUELA FIXADA PELA VONTADE HUMANA, ATRAVÉS DA CELEBRAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO OU DA EXPEDIÇÃO DE DECLARAÇAO UNILATERAL OBG COMISSIVA X OBG OMISSIVA 1 – É AQUELA FIXADA QUE É CUMPRIDA MEDIANTE UM COMPORTAMENTE EXTERIORIZADO E MODIFICATIVO DE DETERMINADA SITUAÇÃO ANTERIOR. 2 – É AQUELA QU É CUMPRIDA MEDIANTE A ABSTENÇÃO DO DEVEDOR OBG DE DAR A COISA CERTA OU OBG DE DAR A COISA INCERTA 1)Obg de dar coisa certa “É aqla em virtude do qual o devedor fica jungido a promover, em benefício do credor, a tradição da coisa (móvel ou imóvel), já com o fim de outorgar um novo dto, já com o de restituir a mesma ao seu dono.”Rubens Lomongi França **Aplica-se a obrigação de dar a coisa certa o princípio acessorium sequitur principale. A obrigação de dar consiste na atividade de: DAR (transferindo a propriedade da coisa) ENTREGAR (transferindo-se a posse ou a detenção da coisa) RESTITUIR (quando o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entre ao devedor) **Impossibilidade de entregar coisa diversa ainda que mais valiosa – art. 313 Perecimento e Deterioração da Coisa Prevalece a regra res perit domino suo, ou seja, a coisa perece para o dono. Portanto, se a coisa desapareceu antes da alienação, quem perde é o alienante. Perecimento Havendo o perecimento (perda total) da coisa, deve-se verificar se houve ou não culpa do devedor. Não havendo a culpa, resolve-se a obrigação, sem qualquer responsabilidade. (Art.393) Se o perecimento ocorreu por culpa do devedor, haverá obrigação de pagar o equivalente em dinheiro – mais perdas e danos, desde que provado o prejuízo. Deterioração É a perda parcial da coisa; também nesse caso deve-se observar se houve ou não a culpa do devedor. Não havendo culpa, o credor poderá optar por desfazer o negócio, ou ficar com a coisa mediante abatimento do preço avençado. Se houve culpa do devedor, as opções continuam as mesmas, acrescidas do pedido de perdas e danos, desde que provado o prejuízo. COM RELAÇÃO AOS MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS: Arts. 241 e 242 Acréscimos e frutos, arts. 1214, 1216, 1219, 1220 2) Obrig de dar coisa Incerta A coisa incerta não deve ser entendida como coisa totalmente indeterminada. Ao menos, deve ser determinada pelo gênero e quantidade (artigo 243 do Código Civil). Há coisa incerta quando alguém se obriga a entregar coisa sem determinar sua qualidade. Faltando, porém, a determinação do gênero ou da quantidade, não existe obrigação. CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO OU CONCENTRAÇÃO DA PRESTAÇÃO DEVIDA A escolha da qualidade caberá ao devedor, se o contrário não for convencionado. Pode-se, no contrato, convencionar que a escolha caberá ao comprador ou a um terceiro. Quando a escolha couber ao devedor, ele não poderá escolher a pior qualidade, entretanto, também não será obrigado a entregar a melhor qualidade. O legislador optou pelo princípio da qualidade média nos casos de escolha pelo devedor. Se existirem apenas duas qualidades, e a escolha couber ao devedor, o critério lógico seria poder escolher qualquer delas, entretanto a lei é omissa nesse caso. Feita a escolha: Feita a escolha, a coisa não é mais incerta. A obrigação de dar coisa incerta passa a reger-se pelas regras da obrigação de dar coisa certa. Antes da escolha o devedor não poderá alegar caso fortuito ou força maior (artigo 246 do Código Civil), porque antes da escolha não existe coisa certa. Tem-se apenas o gênero e esse nunca perece (genus nunquam perit). OBRIG DE FAZER OBRIG DE FAZER É aquela em que o devedor se compromete a realizar um serviço ou uma determinada tarefa. Semelhanças entre a obrigação de dar e de fazer: a) Compra de quadro – se o quadro estiver pronto trata-se de uma obrigação de dar; se o quadro ainda tiver de pintar que ser pintado trata-se de uma obrigação de fazer; b) É possível conjugar as duas em um mesmo contrato. Ex. ctr de depósito, o depositante deve entregar a coisa(obrigação de dar) e o depositário deve cuidar a coisa (obrigação de fazer) art. 629. Três são as espécies de obrigação de fazer: infungível (personalíssima ou intuito personae); fungível (impessoal); emissão de declaração de vontade. 1) Obrg de fazer infungível Obrigação infungível é aquela que não pode ser substituída por outra de mesmo gênero, quantidade ou qualidade. A obrigação sempre será infungível quando a pessoa for contratada em razão de suas condições pessoais, de suas qualidades técnicas ou artísticas. O credor ainda pode dispor, nesse tipo de contrato, que somente aquele devedor poderá cumprir a obrigação. *Então, pode-se dizer que há duas hipóteses de obrigações de fazer infungíveis: quando é evidente que a pessoa foi contratada em razão de suas qualidades pessoais (exemplo: contrato de show com um artista conhecido); quando houver cláusula expressa, no contrato, dizendo que somente o devedor poderá cumprir a obrigação. 6.2 As obrigações infungíveis algumas vezes podem não ser cumpridas, ou por impossibilidade ou por recusa. Impossibilidade: se a obrigação se tornar impossível, sem culpa do devedor, resolve-se a obrigação; se o devedor der causa a essa impossibilidade, responderá por perdas e danos. Recusa: o devedor não cumpre a obrigação porque não quer. Será sempre culposa e, por este motivo, o devedor responderá por perdas e danos. Às vezes o credor não exige indenização, querendo que o devedor cumpra a obrigação. Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 2) Obrigação de fazer fungível A obrigação será fungível sempre que o devedor ou a coisa puder ser substituída, por não haver necessidade de determinadas qualidades para o cumprimento da obrigação. EX – um pedreiro é contratado p/ construir uma calçada, a obrigação assumida é de caráter material, podendo o credor providenciar sua execução por terceiro, caso o devedor não a cumpra. Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parág único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE VONTADE EX. OUTORGAR A ESCRIT PUBLICA OBG DE NÃO FAZER Obrig de não fazer Obrig negativa em que o devedor deve se abster, se omitir de praticar determinada conduta. Não se confunde c/ a renúncia, q é ato unilateral, enquanto a obrigação de não fazer é bilateral. A natureza jurídica da obrigação de não fazer é de obrigação infungível. Ex. de obrigação de não fazer art. 642 CPC; Art. 251, CC EX – O PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL RURAL QUE SE OBRIGOU A PERMITIR QUE TERCEIRO A UTILIZE P/ PASTAR – DTO DE VIZINHANÇA - SERVIDÕES – ART. 1378 Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. ****NO CASO DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, A MORA, É PRESUMIDA PELO SÓ DESCUMPRIMENTO PELO DO DEVER DE ABSTENÇÃO, INDEPENDENTE DE QUALQUER INTIMAÇÃO. OBRIG LÍQUIDA “é aquela obrigação certa, quanto a sua existência, e determinada quanto ao seu objeto. Seu objeto é certo e individuado; sua prestação é relativa a coisa determinada quanto à espécie, quantidade e qualidade. Ex. art. 397; 369 OBRG ILÍQUIDA A OBRG SERÁ ILÍQUIDA QUANDO O SEU OBJETO DEPENDE DE PRÉVIA APURAÇÃO, POIS O VALOR DO MONTANTE, APRESENTA-SE INCERTO LIQUIDAÇÃO – CONSISTE NO CONJUNTO DE ATOS QUE VISAM À QUANTIFICAÇÃO DOS VALORES DEVIDOS, POR FORÇA DO COMANDO SENTENCIAL EXEQÜENDO. CONSISTE NUMA FASE PREPARATÓRIA DA EXECUÇÃO, EM QUE UM OU MAIS ATOS SÃO PRATICADOS, POR UMA OU POR AMBAS AS PARTES,C/ FINALIDADE DE ESTABELECER O VALOR DA CONDENAÇÃO OU DE INDIVIDUALIZAR O OBJETO DA OBRG, MEDIANTE A UTILIZAÇÃO, QDO NECESSÁRIO, DOS DIVERSOS MEIOS DE PROVA ADMITIDOS EM LEI. PROF MANOELL ANTONIO TEIXEIRA FILHO MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULO – ART 475 -B POR ARTIGOS – ART 475 - E POR ARBITRAMENTO – ART 475 – C A obrigação ilíquida não comporta compensação – art.369, imputação do pagamento - art. 352; consignação em pagamento e concessão de arresto, art. 814, I, CPC; É suscetível de fiança, art. 821. Art. 644, parag único. MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULO – ART 475 -B POR ARTIGOS – ART 475 - E POR ARBITRAMENTO – ART 475 – C
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