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Associações - Prof Bruno Maggi

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Professor Bruno Maggi
Associações e fundações são pessoas jurídicas. 
Associações não possuem fins econômicos. Não geram lucro, portanto. Mas não pode haver lucro 
algum? Não pode haver a distribuição de lucro entre os associados. Pode então ter atividade lucrativa, 
mas esse lucro não pode ser divido entre os associados, mas pode ser reinvestido. O C.A. XI, o A.A.A.XI, a 
comissão de formatura são exemplos de associações. Já numa empresa, os lucros devem ser dividos 
entre os membros. Tudo é gerido na associação como se fosse uma empresa, mas sem divisão do lucro. 
Mas e os diretores de uma associação? São remunerados? Podem ser remunerados. Numa empresa 
podem ter títulos que darão aos sócios cotas e direitos. Numa associação não pode haver alguém, como 
numa empresa que responda por uma maior porcentagem da associação do que outros. Pode -se haver 
uma caracterização de funções, mas não há alguém que possua maior direito de voto. A qualidade dos 
sócios é algo individual.
Quando se fala em atividades filantrópicas (um tipo de associação) é 
uma associação com mais restrições. Há uma restrição quanto a 
remuneração. Associação filantrópica = algo que trará benefícios para 
sociedade e definem-se filantrópicas.
O documento que regula uma associação é o estatuto social. Precisa ter denominação, fins e um local de 
sede, entre outras características (código civil, artigo 60). Toda a questão da administração pode ser 
delegada a uma diretoria. O número de cargos dependerá do tamanho da associação. Os associados 
participam da assembléia. Há os empregados (faxineiros, treinadores de natação, por exemplo num 
clube) e também os diretores que são responsáveis pela administração (que não necessariamente é 
sócio). A assembléia geral define as coisas mais importantes e é feita pelos associados (num clube não 
há sócios, mas associados). Cabe a esta assembléia a eleições dos administradores, a prestação de 
contas e o regimento interno. Hoje (mudou o código civil) a assembléia pode somente eleger um 
presidente e este pode fazer todas as demais decisões.
A associação pode se autorregular. Na associação para que haja a convocação dos órgãos deliberativos 
deve haver a manifestação de 20% dos associados. Para destituição de administradores era preciso de 
assembléia geral. Hoje (novo código), deve haver a formação de uma assembléia formada 
especialmente para esse fim (para tanto precisam ser os 20% de associados, no mínimo). Quorum é o 
mínimo necessário para deliberar sobre qualquer questão - nesse caso o quorum é de 20%. Fica no 
regulamento o mínimo necessário para a assembléia (o quorum do mínimo para a assembléia), o 
mínimo de votos necessários para a aprovação de algo ( quorum mínimo) etc. 
Dissociada uma associação, os seus recursos devem ser passados a uma outra associação. Não podem 
ser passados a uma organização que possua fins lucrativos (pois a associação possui vários benefícios 
fiscais e empresas poderiam criar associações e depois dissolve-las, ficando com seus recursos). Se não 
houver uma destinação específica, dependendo da localização da sede, será procurada uma associação 
com fins parecidos no mesmo município. Pode estar no estatuto o destinatário dos recursos após a 
dissolução.
Se não há uma associação com fins parecidos, nem houver no 
regulamento a destinação específica
(Pode haver mudança do fim a que se presta a associação)
Quem sustenta a associação são seus próprios sócios.
Associações (art. 60)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
08:14
 Marino Page 1 
As fundações também não possuem fins lucrativos, mas diferentemente das associações, as fundações 
devem ter um fim específico. Fins religiosos, culturais, de assistência ou moral. São também muito mais 
controladas: estão sob o olhar do ministério público. A fundação, desde sua fundação, precisa ter um 
patrimônio livre (não podem estar penhorados esses bens, por exemplo). 
São comuns a formação de fundações após a morte das 
pessoas, especificadas em seu testamento. Supondo que 
no testamento esteja escrito para que o dinheiro forme 
uma fundação. Caso o dinheiro seja insuficiente para a 
formação de uma fundação ele poderá ser destinado para 
uma fundação com fins semelhantes.
A G.V. é um exemplo de fundação. A G.V., por exemplo 
cobra uma mensalidade de seus alunos e , dessa forma, 
consegue se sustentar.
Se o instituidor da fundação não transferir os bens que ele destinou para a fundação, ele será obrigado 
mediante a justiça a entregar o bem para a fundação. O Ministério Público do Estado cuidar -fiscalizar-
para que isto ocorra. Se a fundação foi criada para um fim, ela deve seguir este fim. Os Estados também 
possuem regulamento específico para as suas fundações.
Para alteração do estatuto da fundação deve haver 2/3 dos membros. O instituidor deve determinar 
previamente como se escolherão os gestores, quem a representará legalmente. Não pode haver 
mudança do fim. Na associação pode haver mudança do fim.
Diferentemente de uma associação, os gestores não tem o direito de ser dissolver a fundação. Se o 
objetivo da fundação for cumprido (por exemplo, uma instituição destinada para achar a cura para o 
câncer e a mesma for achada, a fundação não tem mais sentido de existir). Se o que a fundação tiver um 
fim que se torne ilícito, a fundação precisa deixar de existir.
Como se mantém uma fundação?
Fundações (art.62)
quinta-feira, 28 de abril de 2011
08:28
 Marino Page 2 
Nas fundações, via de regra, o fundador não é administrador.
O patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o patrimônio da pessoa jurídica. A pessoa é um 
centro de interesses. Separação patrimonial.
As sociedades podem ser limitadas (Ltda.) ou anônimas (S.A.). Cada sócio tem uma parte do capital do 
social. Cada sócio de uma limitada responde por sua parte, após o capital ser integralizado. Nas 
sociedades anônimas ocorre o mesmo, mas não com cotas, mas com ações. 
Abuso - uso além de certo limite. Qualquer direito 
pode ser usado abusivamente.
Atos emulativos - são usados para prejudicar o 
outro sem benefício reais para quem o faz.
Se a pessoa detém ações de uma companhia, o patrimônio é de quem?
O artigo 187 do C.C. fala em parâmetros para evitar abusos: boa fé, bons costumes e fins econômicos e 
sociais. Esses são os três limites de um ato jurídico. É um artigo que carece de preenchimento.
Boa fé: vertente subjetiva e objetiva. Subjetiva: estado psicológico 
(exemplo daquele que compra o imóvel de um ladrão, sem saber 
que o imóvel havia sido roubado). Objetivo: regras de conduta 
socialmente consolidadas (homem médio). Padrão que se 
espera das pessoas.
Boa fé também é utilizada para corrigir certos abusos.Desconsideração: desconsiderar a pessoa jurídica é afastar, por um momento, o principio da separação 
patrimonial e, com ela, a separação das esferas e ir atrás dos bens dos administradores. Não é 
despersonalizar. A pessoa continua existindo. Mas, em caso de irregularidade, suspende -se 
provisoriamente a pessoa jurídica. "Levantar o véu corporativo".
(Aparência e realidade da pessoa jurídica - Rolf Serick).
Há uma sistematização que se tornou tradicional que passa pela idéia de fraude. O núcleo dos casos em 
que há desconsiderações são as fraudes. 
Há uma doutrina subjetiva da desconsideração: quando há uma clara intenção de prejudicar o outro 
com a pessoa jurídica.
Há também uma corrente objetivista que não valoriza a intenção ou não de prejudicar.
Confusão patrimonial é quando não há distinção clara entre o patrimônio da pessoa e dos sócios. Na 
prática são em maioria os casos de sociedades (um imóvel pertence a uma pessoa jurídica; a empregada 
doméstica e o jardineiro estão relacionadas com a pessoa jurídica; as despesas são utilizadas no cartão 
de crédito corporativo). Nesse tipo de situação há uma grande confusão patrimonial. É uma boa razão 
para desconsiderar a personalidade. Isto pode criar problemas para terceiros e é feito para se conseguir 
benefícios de ordem tributária etc.
•
Fraudea meação (direito que o cônjuge tem de metade do patrimônio ou uma parte). Prevendo uma 
separação o cônjuge passa seus bens para a pessoa jurídica e na hora de divisão dos bens, esse bens não 
passam pela meação. Freqüente em casos de direito de família.
A jurisprudência tem decidido por desconsiderar a personalidade e exigir a divisão desses bens.
Subcapitalização - capital social inferior ao que deveria ser. A pessoa jurídica deve realizar certa 
atividade. Supondo que uma Construtora irá construir um shopping e o capital da pessoa jurídica é de 
R$: 10.000,00. Qual o benefício da descapitalização? Esses três conceitos podem aparecer juntos. Pode 
haver um caso de desvio de finalidade sem os outros dois conceitos, mas pode também ser tudo ao 
mesmo tempo.
•
Desvio de finalidade - a sociedade nasce com uma finalidade e os sócio depois desviam sua finalidade.•
Laranja é o sujeito que aparece como titular de alguma mas na 
verdade está agindo em nome de alguém. É uma pessoa interposta. 
Coloca um terceiro porque, por algum motivo não pode aparecer. 
Simulação - aparência de ato que visa simular outro ato.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe 
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
O código civil deve ser interpretado de uma maneira sistemática.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Companhia aberta ou fechada: aberta tem ações na bolsa.
Abuso da personalidade
Lei maior e lei menor.
A pessoa jurídica pode não ter bens suficientes para pagar, por exemplo, uma indenização. Assim, a 
dívida cabe aos sócios.
Art. 4º. Lei 9605/98. Poderá ser desconsiderada 
a pessoa jurídica sempre que sua personalidade 
for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados à qualidade do meio ambiente.
Pessoa Jurídica
quinta-feira, 12 de maio de 2011
07:40
 Marino Page 3 
Desconsideração da pessoa jurídica tem na jurisprudência do STJ:
Teoria maior - mais ampla. Mais ampla no sentido de exigir mais requisitos. Art. 50. Teoria do código 
civil.
•
Teoria menor - menos ampla. Baseada no código do consumidor e no código ambiental. Basta que a 
existência da pessoa jurídica. Basta que a pessoa jurídica não tenha bens. 
•
Desconsiderar a personalidade não é extinção, mas desconsideração. Como se dá a extinção da pessoa 
jurídica?
Se a aquisição da personalidade jurídica tem um procedimento, a extinção também. Há um 
procedimento com etapas bastante marcadas. O regime de extinção está espalhado pelo código art. 51; 
61; 69; 1033 a 1038 e 1102 a 1112.
Dissolução - é o ponto de partida. Pode advir de um série de causas. Há a convencional e a legal. 1.
A convencional é proveniente do acordo das partes. •
-Por deliberação dos sócios de uma sociedade ou dos associados de uma associação. Quantos sócios são 
necessários? Qual é o quorum? Nas sociedades cujo prazo é determinado, diz o código civil, que é 
necessário uma concordância unânime. Nas sociedades com prazo indeterminado, o artigo 1033 diz, que 
é necessário maioria absoluta. No que diz respeito as associações, segue-se o que está no regimento 
(estatuto) da mesma, logo o estatuto das associações terá que necessariamente tratar disto, sob pena 
de nulidade do estatuto. Esta primeira forma de dissolução não é válida para as fundações - não cabe ao 
administrador decidir pela dissolução.
-Vencimento do prazo de existência da pessoa jurídica - se existe termo final (data para o término da 
pessoa jurídica), vale a data do termo. O advento desse prazo, seja sociedade, seja associação, seja 
fundação, resulta na extinção da pessoa.
-Perda de autorização do poder público pode assinalar o início do processo de dissolução.
-Procedimento de exclusão. Basta que um sócio esteja colocando em risco a sociedade, que ele pode ser 
eliminado. 
-Quando o fim que determinou a existência da fundação acabar, se tornar ilícito ou impossível. Inicia-se 
o processo de dissolução. 
Nos casos de dissolução não convencional - há algo judicial ou administrativo. É um processo que não é 
feito por iniciativa dos membros.
•
Quando há dissolução deve haver um registro. No mesmo órgão onde foi registrada a pessoa jurídica 
deve haver o registro do fim. Dar notícia na junta competente. Art. 51.
Liquidação. A extinção da pessoa jurídica não se faz rapidamente. Há bens envolvidos que deverão ser 
divididos. Há necessidade de divisão dos bens. Abre-se necessariamente um processo, um período, que 
pode ser mais ou menos longo que é a liquidação da pessoa jurídica. Liquidar o ativo e o passivo da 
pessoa jurídica. Pagar os credores da pessoa jurídica. Atribuir os bens remanescentes, uma vez pagos os 
credores, aos sócios. Conclui-se que a personalidade jurídica não acaba com a liquidação. Nos casos de 
dissolução da pessoa jurídica a personalidade se prolonga até que seja concluída a liquidação. O 
procedimento de liquidação está nos artigos 1102 a 1112. A lei manda aplicar a regra das sociedade às 
demais pessoas jurídicas. O liquidante pode ou não ser membro da pessoa jurídica. Será escolhido 
conforme o estatuto ou conforme decisão dos sócios. O liquidante deve dar publicidade no registro. 
Deve fazer o inventário dos bens e conseqüentemente um balanço do ativo e do passivo. Pagar os 
credores, podendo para tanto realizar o ativo (vendendo bens). E, em se tratando de sociedade, 
partilhar o remanescente entre os sócios. Isto, evidentemente se houver bens remanescentes. Se não há 
bens suficientes, deve-se declarar a falência. Pode haver também, além da falência, a recuperação 
judicial (lei ?/05). Antes de 2005, havia um prazo para a recuperação de uma sociedade falida. É 
possível, após 2005 a elaboração de um plano de recuperação, mediante a um pedido feito para o juiz. 
O plano é apresentado. O juiz, analisando o plano, dá início ao processo, há uma assembléia de credores 
e se houver aprovação, há uma chance de continuar funcionando. É um processo que continua sendo 
utilizado. É o princípio da preservação da empresa. A associação também está sujeita à insolvência (só as 
sociedades entram em falência), o patrimônio vai, diferente das sociedades, para uma associação 
pública com fins semelhantes. No caso de fundações deve-se ver no estatuto. Se nada houver 
declaração os bens vão para fundação com fins iguais ou semelhantes.
2.
Cancelamento do registro - artigo 51 § 3º. Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da 
inscrição da pessoa. Informa-se ao registro o fim da liquidação e está acabada a 
sociedade/associação/fundação.
3.
Quando há uma classificação, não há certo ou errado, 
mas útil e inútil.
Maioria simples é mais que a metade dos presentes. 
Maioria absoluta é necessário de mais da metade dos 
que existem.
Termo é o início ou fim do prazo.
A posição que era ocupada pelo indivíduo que morre 
é ocupada pelos herdeiros. Se o contrato social 
discorrer neste sentido.
A expressão dissolução parcial é quando sai um sócio. 
Não é dissolução da pessoa, mas de apenas um sócio. 
Neste caso, o capital deste sairá da pessoa.
Quando a pluralidade não for recomposta em até 6 
meses, inicia-se a dissolução. 1033 inciso 4º. Este é 
um dos dois casos em que há pessoa fica com apenas 
um sócio. 
As atividades empresariais podem ser realizadas só ou em conjunto.
O que pode ocorrer às vezes é dissolução irregular. A pessoa jurídica não 
está indo bem. Aí a sociedade para de operar e nada é feito. É um dos 
casos mais comuns de desconsideração da pessoa jurídica. Supondo que 
a pessoa tenha uma dívida com você. Aí o oficial que foi citar informa que 
a pessoa não pode ser encontrada. Tenta-se achar o sócio,mas na 
prática, não existe mais a pessoa jurídica. Isto leva a um pedido de 
desconsideração. Alguns autores acreditam que isto é um abuso que 
gerará a desconsideração da pessoa jurídica. Outros não.
Lei 11101/05
Extinção da pessoa jurídica
quinta-feira, 19 de maio de 2011
07:43
 Marino Page 4 
Afeta pessoas físicas e pessoas jurídicas. As regras dos artigos 70 a 78 tratam do domicílio de ambas as 
pessoas. (O domicílio da física 70 a 74 e 75 jurídica, 78 pessoa física e jurídica). Etimologicamente, 
domicílio é a casa onde se mora. Entretanto, domicílio é noção jurídica, não fática. Há certos requisitos 
jurídicos para que o domicílio exista. Residência é algo fático. É o fator de localização da pessoa. "É a 
sede da pessoa para fins jurídicos". É um elemento de fixação espacial. É um lugar juridicamente 
relevante. 
Domicílio tem uma importância muito grande para a pessoa. 
Primeiro, para identificação da pessoa. 
Em segundo lugar, o domicílio é o lugar onde as obrigações são cumpridas. O credor deve ir até o 
domicílio do devedor para receber o pagamento (salvo exceções).
Em terceiro lugar, se o credor não receber, onde é que ele vai cobrar? Será que qualquer juiz é 
competente para julgar uma ação de qualquer local. Eu moro em Piauí e o sujeito em São Paulo. As 
ações devem ser propostas no domicílio do réu. A regra geral, na falta de geras específicas elas devem 
ser propostas no domicílio do réu. O local do imóvel é uma exceção. Art. 94.
Outra regra importante. O sujeito morre. É preciso fazer um inventário do seus bens. A regra onde se faz 
o inventário é o último domicílio do falecido.
Pagamento é o cumprimento de uma obrigação. Para o leigo é a 
entrega do dinheiro, mas para um empreiteiro é a entrega de uma 
obra.
Regras de ausência. O domicílio também é importante para 
determinar a ausência do indivíduo.
Conceitos que não se confundem com domicílio.
Paradeiro: é onde estamos em um momento determinado. É uma noção fática. É útil em certos casos 
em que não há residência.
•
Morada/ Habitação: num sentido mais restrito é o lugar que o sujeito mora sem o caráter de 
permanência. Hotel é uma morada ou habitação. Casa de praia alugada.
•
Residência: exige uma permanência (noção fática). Deve haver uma estabilidade para que haja 
residência.
•
Domicílio: local onde o indivíduo estabeleceu sua residência com ânimo definitivo. Fixação da residência 
(elemento objetivo). Há também o elemento subjetivo: ânimo/ intenção de permanecer. 
•
Noções fáticas
Noção jurídica
Como se prova o ânimo definitivo? A partir das 
circunstâncias. Deve-se analisar o conjunto das circunstâncias 
relevantes. Para o direito não importa somente a vontade do 
indivíduo, mas as circunstâncias relevantes. O nosso código 
não trata delas especificamente, pois variam de casos em 
caso. Aquisição de bens no local; declarações feitas às 
autoridades; declarações acerca do trabalho. 
Domicílio
quinta-feira, 19 de maio de 2011
08:38
 Marino Page 5

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