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DCV0117 - Teoria Geral do Direito Privado I - Marino - Laura

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DIREITO CIVIL – Francisco Marino 
AULA 1 (03/03/2011) 
AULA 2 (10/03/2011) 
NORMOGÊNESE (processo de elaboração de normas) 
Norma: regra de conduta; criadas para tutelar os interesses de uma comunidade. Envolve 
certa valoração (apreciação sobre um prisma de valor), positiva ou negativa. Para serem 
estabelecidas, se deve analisar e valorar o “complexo fático” 
Problema: conflitos de valores 
 Por isso a norma não é uma só; existem diversas normas possíveis e, em algum 
momento, estas resultam em normas jurídicas. 
Norma Jurídica: 
 Geral + Abstrata 
o Legislativa 
o Consuetudinária 
 Individual + Concreta 
o Poder Judicial 
 Acórdão (decisão de um tribunal) 
 Sentença (decisão de um juiz) 
o Poder Negocial (envolve um acordo) 
 Testamento 
 Casamento 
 Adoção 
 Fiança 
Teoria da Tridimensionalidade do Direito 
 Fato 
 Valor 
 Norma 
“Ex post norma” (depois de posta a norma) 
 Deve-se interpretar a norma, de modo que as três dimensões permaneçam presentes; 
 Cada nova norma provoca um rearranjo no sistema (novos fatos = novos valores) 
Caráter Distintivo das Normas Jurídicas (critério da sanção de Bobbio) 
Normas Morais: 
 Regulam uma ação moral 
 Sanção: arrependimento, remorso (ineficaz) 
Normas Sociais 
 Visam melhorar a convivência; 
 Sanção: externa; reação do grupo contra a quebra da norma social (exemplo: rejeição, 
linchamento. É mais eficaz) 
o Problema: instável, falta imparcialidade, não se sabe se a sanção será 
proporcional à lesão 
Normas Jurídicas 
 Acarretam uma sanção externa e institucionalizada (só existe no âmbito de uma 
instituição) 
Instituição 
 Grupo social organizado o orgânico no qual os membros são órgãos do grupo. 
 Possui regras primárias, que tratam de fins, meios e órgãos, e secundárias, que 
são as regras de sanção; cada Instituição possui o seu próprio ordenamento 
jurídico. 
 
Exemplo: família, pessoas jurídicas, sindicatos, partidos políticos, seitas, máfias. 
1. Monismo Jurídico 
 Só há um ordenamento jurídico 
 Normas são integradas 
Exemplo: jusnaturalismo (direito natural), ordenamento divino. 
2. Pluralismo Jurídico 
 Estatal: número de ordenamentos equivalente ao numero de estados 
o Visão estatizante do Direito 
Exemplo: ordenamento jurídico brasileiro. 
 Institucionalista: defende que o Estado não é a única instituição 
o Visão mais moderada 
o Há instituições tanto ao lado, abaixo e acima do Estado, ou mesmo contra ele, 
entretanto, se deve reconhecer a primazia das normas estatais 
Por que a primazia do Estado? 
 Estado é irrenunciável 
 Autoridade estatal é soberana (independe de vontade) 
AULA 3 (15/03/2011) 
FONTES DO DIREITO 
“Uma metáfora cheia de ambigüidades” 
Fonte: origem do Direito, dos pontos de vista histórico, cientifico, dogmático, analítico; 
 
 
Iniciativa 
Aprovação 
Publicação = processo legislativo cujo resultado é a lei 
Revogação 
 
 
 Fonte Material: conjunto de fatos e valores que compõem o complexo fático. 
 Fonte Formal: modo pelo qual as regras são produzidas no ordenamento jurídico. 
Logo: 
 Fonte = Sistema Jurídico = centro produtor das normas 
 Normas: vem de diversas fontes; devem segui-las; 
 
 Lei Negócio Jurídico 
 
 
 
 
 Costume Sentença 
 
FONTE NÃO É A LEI, É A LEGISLAÇÃO; 
 Regras de entrada válida no sistema: estão no código de processo 
 Regras de saída (normas output): dizem respeito à revogação, à caducidade das leis; 
Classificação das fontes 
Direta: Lei 
 
Sistema 
Jurídico 
Indireta: 
 Reconhecida: já existiam antes do sistema e este as reconhece (exemplo: costumes) 
 Delegada: certas normas inferiores às leis, subordinadas a elas; complemento 
(exemplo: decretos) 
DICOTOMIA DIREITO PÚBLICO/DIREITO PRVADO 
Critérios: 
1. Destinatário da norma: 
 Membros do poder publico 
 Partículas 
Crítica: algumas normas não se endereçam somente a um ou outro; critério ambíguo. 
2. Interesse: 
 Público 
 Particular 
Crítica: distinção igualmente ambígua, deve-se falar em predominância; 
3. Relação: 
 Hierárquica: Direito Público 
 Parentária: Direito Privado 
Observação: o Estado pode também agir como “particular” 
FAMÍLIAS DO DIREITO 
Direito Público 
1. Constitucional 
2. Administrativo 
3. Penal 
4. Tributário 
5. Trabalho 
6. Previdenciário 
7. Internacional (público e privado) 
8. Econômico/Financeiro 
9. Processual 
Direito Privado 
1. Civil 
2. Comercial/Empresarial (societário) 
DICOTOMIA DIREITO OBJETIVO/DIREITO SUBJETIVO 
Perfis diferentes, planos distintos do direito. 
1. Subjetivo: determina posição jurídica atribuída ao sujeito (aparece como titular); 
posição jurídica de vantagem; 
2. Objetivo: plano da norma 
Observação: EUA 
 Law = Direito 
 Satute = Lei 
 Right = Direitos Subjetivos 
AULA 4 (24/03/2011) 
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 
Cânones Hermenêuticos (Betti) 
1. Autonomia Hermenêutica: autonomia da obra, pois esta é uma representação alheia 
que deve ser respeitada. Deve-se dela extrair um sentido, e não atribuir-lhe um 
sentido. Deve-se extrair aquilo que a obra pretende. 
2. Totalidade: iluminar as partes pelo todo e o todo pelas partes. Inserção do texto em 
um contexto. Permite criar uma totalidade plena de sentido. É a interpretação 
sistemática das leis. 
3. Atualidade: consiste na interpretação atual da obra. Aplicar e transpor uma lei ao 
presente. (Observação: lacunas secundárias são aquelas que não existiam no 
momento da criação da norma, mas passam a existir com o decorrer do tempo) 
4. Adequação: busca assinalar um equilíbrio entre o respeito à obra e a interpretação da 
mesma. O intérprete deve adotar uma posição adequada em relação à obra. Abertura 
mental, humildade intelectual (aptidão para que o intérprete modifique suas idéias 
iniciais) 
“Arco Hermenêutico” 
Percurso entre o sujeito que interpreta e a obra 
“Círculo Hermenêutico” 
Fecha o arco, mas não retorna ao ponto de partida, podendo ser considerado, portanto, uma 
espiral hermenêutica. 
Direito Objetivo 
 
Direito Subjetivo 
Pré-compreensão 
É o conjunto da experiência e do conhecimento do intérprete naquela matéria, que permitirá a 
ele a formulação de uma hipótese de sentido. Permite o entranhamento do intérprete. Pode 
ser usada no sentido do desvirtuamento, que é a pré-compreensão usada para solucionar o 
processo. 
MEIOS (TRADICIONAIS) DE INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 
1. Sentido Literal da Linguagem 
É o sentido denotativo sem adequação no contexto. Possui duas funções: 
o Assinalar o ponto de partida da linguagem. Fixa o ponto de partida, porem 
desnecessário à interpretação. 
o Mostra o quadro de sentidos possíveis 
2. Elemento Sistemático (totalidade) 
É o contexto normativo (norma). Deve-se considerá-la sistematicamente. 
3. Elemento Histórico 
Gênese da norma. Esta ajuda a entender a história da norma. 
4. Elemento Finalístico 
É a razão/finalidade pela qual a norma foi criada. A norma nemsempre tem apenas 
um fim, às vezes o mesmo é muito amplo ou existe mais de um. Desta forma, tal 
elemento nem sempre pode ser utilizado para interpretar a norma. 
Posições Teoricas sobre o relacionamento dos Meios de Interpretação 
1. Existe uma hierarquia entre os meios de interpretação, sendo esta determinada por 
cada autor. São, na verdade várias hierarquias possíveis. (excesso de limitação) 
Sujeito Obra
2. Não há relação alguma entre os meios de interpretação, não havendo, portanto, 
hierarquia. Seria uma ilusão limitar a atuação do intérprete. Este deve ter liberdade 
para interpretar a norma como melhor lhe convier. (excesso de liberdade) 
3. Critério do caso concreto: o caso determina qual a hierarquia entre os meios de 
interpretação (Larenz) 
Fatores que colaboram para a efetivação da terceira corrente 
1. Está ligado à linguagem que a norma usa, podendo ser esta mais “aberta” ou mais 
“fechada”. Há os chamados conceitos jurídicos indeterminados, já que alguns termos 
não tem claro significado. 
Observação: CLÁUSULA GERAL: norma redigida com uma linguagem intencionalmente 
imprecisa, dando ao intérprete a possibilidade de modificá-la ou mesmo modificar 
suas conseqüências jurídicas. 
2. Distanciamento temporal do intérprete em relação à norma 
3. Ratio Legis: nem sempre o fim da norma está expresso para o legislador. É preciso 
deduzir se a norma permite uma interpretação. O fim está presente na norma, está 
distante ou é genérico? 
AULA 6 (07/04/2011) 
DESENVOLVIMENTO JUDICIAL DAS LEIS 
Consiste no preenchimento das lacunas da lei por meio da analogia, dos costumes ou dos 
princípios gerais de direito. Em alguns casos, cabe equidade, quando a lei a prevê 
expressamente. Integração de leis. 
Lacunas: 
 Própria: é autêntica, ou seja, não há no sistema norma que solucione o caso concreto. 
 Imprópria: não há lacuna propriamente dita, o intérprete que a cria por achar a norma 
falha. 
 Voluntária: espaço vazio intencional deixado pelo legislador. 
 Involuntária: ocorre por desatenção ou mudança das circunstâncias. 
 Primária/Originária: existe desde a promulgação da lei. 
 Secundária: surge com a mudança das circunstâncias. 
 Prater legem: solução para um caso que a lei não define, sendo aquela construída 
paralelamente à lei existente. 
 Intra legem: normas muito amplas que, por isso, deixam espaço para que seja aplicada 
a diferentes situações. 
Meios de preenchimento das lacunas: 
1. Costumes 
2. Analogia: transposição de uma norma que regula expressamente uma dada hipótese 
para outra hipótese não expressamente regulada, mas análoga à primeira. Os pontos 
diferentes entre as duas hipóteses não devem afetar o raciocínio valorativo. 
3. Princípios Gerais de Direito: são normas jurídicas fundamentais a determinada área e 
não expressos. 
AULA 7 (14/04/2011) 
PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL (3 LIVROS) 
1. Pessoas: entes/sujeitos de direitos e deveres (personalidade). 
2. Bens: objetos de direito, materiais ou imateriais. 
3. Fato jurídico: fatos que uma vez verificados produzem conseqüências juridicamente 
relevantes, tais quais o surgimento de uma relação jurídica (ex: direitos de família) ou 
de situações jurídicas (ex: direitos da personalidade) 
Posição Jurídica: posição que o indivíduo ocupa em uma dada relação jurídica. 
PESSOAS JURÍDICAS 
Classificação das pessoas jurídicas 
Direito Público 
 Interno (art. 41): entidades de caráter público criadas por lei. 
 Externo (art. 42): estados estrangeiros e pessoas regidas pelo direito público 
internacional. 
Direito Privado (artigo 44) 
 Sociedades, associações, fundações, organizações religiosas, partidos políticos. 
Diferença entre EMPRESA e PESSOA JURÍDICA 
 Empresa constitui uma atividade de produção/distribuição de bens de serviço para o 
mercado, podendo ser exercida por pessoa física ou por pessoa jurídica (individual ou 
coletiva). 
 Sociedades podem ser empresárias, quando exercem uma atividade empresarial, ou 
não empresárias. 
Histórico das Pessoas Jurídicas 
Direito Romano 
 Pupulus romanus (público) 
 Univertatis (privado) 
Idade Média 
Não foram muito além do conceito de Pessoa Jurídica como uma união de pessoas. 
Canonistas: Pessoa Jurídica como uma pessoa fictícia 
Século XVI 
Pessoa Singular X Pessoa Coletiva (Humanistas; posição consolidada pelos Jusnaturalistas) 
Pessoa Moral Pessoa Natural 
Pessoa Coletiva 
Pessoa Mística 
Pessoa Jurídica 
Observação: nem sempre há um conjunto de pessoas na Pessoa Jurídica, podendo esta ser 
um conjunto de bens. 
Natureza das Pessoas Jurídicas 
1. Teoria da Ficção: são sujeitos de direito que muito embora tecnicamente não sejam 
pessoas naturais são tratadas por pessoas por uma definição teórica a fim de permitir 
o alcance de certos objetivos humanos. Atribuir personalidade a certos conjuntos de 
bens ou em ver nas sociedades/associações uma pessoa distinta de seus membros. 
Pessoa Jurídica dotada de capacidade limitada (ex: possui capacidade contratual e não 
capacidade delitual) (Savigny/Jhering) 
2. Teorias Negativistas: levam à ultima instância a idéia da Ficção. Para Brinz, a essência 
da Pessoa Jurídica não é uma pessoa, e sim um patrimônio (“Patrimônio de Afetação”). 
Para Duguit e Planiol, é uma propriedade coletiva. 
3. Teorias Realistas: evidenciar a realidade pré-jurídica existente na Pessoa Jurídica, ou 
seja, procurar demonstrar que o Direito não cria a Pessoa Jurídica, apenas reconhece e 
representa algo que já existe. 
Hauriou: “Teoria da Instituição”: Pessoa Jurídica é uma instituição e, como tal, já existe 
na sociedade. 
Gierke: “Teoria Organicista ou do Realismo Organico”: metáfora com o corpo humano 
AULA 8 (28/04/2011) 
Associações (artigos 53 a 61 do Código Civil) 
Fundações (artigos 62 a 69 do Código Civil)

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