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5 HIPOTIREOIDISMOS E HIPERTIREOIDISMOS docx
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TXXIV Larissa Cardeal 5. HIPOTIREOIDISMOS E HIPERTIREOIDISMOS - a dosagem do TSH é o principal meio de diagnóstico de hipotireoidismo, visto que 99% são de etiologia primária, facilmente diagnosticados pelos níveis de TSH - os casos de hipotireoidismo central são muito raros, geralmente não deve-se preocupar muito com essa etiologia > quando se suspeita de possível hipotireoidismo central, deve-se dosar o T4 livre, visto que a dosagem de TSH não auxilia muito no diagnóstico > para que se chegue nessa suspeita, a história clínica mostrará possíveis fatores que levem à essa HD - hipotireoidismo por resistência aos hormônios tireoidianos é raro > o T3 entra no núcleo da célula, se liga ao receptor de T3 (nuclear), o que promove o início de uma série de transcrições de genes, levando à expressão de uma série de proteínas, que modulam as atividades celulares > ocorrem mutações nesses receptores dos hormônios tireoideanos > se houver uma resistência a esse receptor, o paciente possuirá hipotireoidismo, visto que o organismo não responderá bem à produção dos próprios hormônios tireoideanos - hipotireoidismo congênito não é tão raro > há o rastreio dessa doença pelo teste do pezinho > se há alteração, o bebê deve ser melhor investigado > hipotireoidismo é causa de retardo mental (cretinismo) quando não se trata na criança > deve ser tratado de forma precoce (antes dos primeiros 15d de vida) > se passar disso, já há riscos de problemáticas irreversíveis no desenvolvimento do SNC - >60a - envelhecimento da tireoide, que pode promover disfunção - os distúrbios endócrinos afetam mais as mulheres - bócio e nódulos podem indicar funcionamento inadequado da tireóide - hipotireoidismo tem influência genética - tireoidite actínica > destruição da tireóide por radiação > tireóide é muito sensível à radiação - doenças auto imunes da tireóide: pacientes com tireoidite de Hashimoto têm maiores riscos de terem hipotireoidismo primário > nem sempre o paciente que tem tireoidite de Hashimoto já possui hipotireoidismo, as vezes, o paciente ainda se encontra em eutireoidismo | obs: doença de Graves > no começo causa hipertireoidismo, mas a longo prazo pode causar hipotireoidismo - outras doenças autoimunes aumentam a chance de doença autoimune da tireoide TXXIV Larissa Cardeal - amIODarona é muito rica em iodo > o iodo em excesso é tóxico para a tireoide; além disso, a própria molécula da amiodarona é tóxica para a tireoide >> pacientes em uso de amiodarona devem ter acompanhamento tireoideano - tionamidas são tratamentos para doença de Graves e tireoitoxicoses - Interferon são utilizados para tratamento de hepatite C > estimula sistema imune para combater o vírus da Hep. C, mas como estimula o sistema imune, pode incentivar uma doença autoimune tireoideana - baixa ingestão de iodo* > iodo é muito importante para a tireoide > iodação do Sal no BR é obrigatória > hipotireoidismo endêmico (por falta de iodo) foi erradicado desde a década de 80, pela iodação do sal | hipotireoidismo endêmico é uma das maiores etiologias de hipotireoidismo no mundo; mas no BR, a maior etiologia é a tireoidite de Hashimoto - Sd de Down devem ter função tireoideana acompanhada - vírus de hepatite C pode promover diversas alterações sistêmicas > pacientes com vírus da hepatite C podem ter a doença pela ação direta viral ou pelo tratamento com tionamidas - tireoidite de Hashimoto > autoimune – destruição e substituição do tecido por fibrose - tratamento prévio de hipertireoidismo (ex: doença de Graves) pode produzir hipotireoidismo, seja pelo tratamento ou pela evolução da doença - agenesia: não formação da tireoide > mais relacionada a hipotireoidismo congênito - a tireoide migra da base da língua, desce no ducto tireoglosso e desce para região cervical anterior > há descrições de tireoide sublingual – tireoide não desceu – mas funcionante > ectopia ocorre quando a migração embriológica não ocorreu de forma adequada – não há o desenvolvimento natural > distópica e hipofuncionante – deve-se avaliar se há hipotireoidismo - tireoidite autoimune, que se deve a fatores genéticos e ambientais > há predisposição genética - pode aparecer em crianças e em pessoas mais velhas - TSH é o que permite a avaliação do hipotireoidismo, sendo que o T4 livre pode ser solicitado de forma adicional > avaliação de um possível hipotireoidismo primário subclínico – quando os níveis de TSH já subiram um pouquinho, mas os de T4 ainda não caíram > avaliação de um possível hipotireoidismo primário declarado - quando os níveis de TSH já estão acima de 20, e os de T4 já caíram - dosagem de TPO documenta a natureza autoimune da doença TXXIV Larissa Cardeal - palpação da tireoide: costuma ser firme e endurecida - pode-se solicitar um US: ecotextura heterogênea com áreas hipoecoicas entremeadas, sinalizando achados de tireoidopatia crônica > não é obrigatória, mas há possibilidades de se solicitar - tratamento é com levotiroxina – T4 (Puran T) - raro linfoma de tireoide, mas é possível > ficar atento quando há presença de nódulo de crescimento rápido | TIREOIDITES SUBAGUDAS: I. Tireoidite subaguda granulomatosa II. Tireoidite subaguda linfocítica III. Tireoidite pós parto - única causa de dor na tireoide > paciente terá um relativo bócio com dor intensa - causa provável: quadro de IVAS – infiltração viral na tireoide que leva inflamação na tireoide > dor, calor, rubor, edema > após a infiltração viral, há destruição das células tireoideanas (seja pelo vírus ou pelas células do sistema imune que tentam destruir os vírus) > ocorre liberação dos hormônios tireoideanos que estão estocados, em decorrência da morte das células tireoideanas > após esse primeiro momento, há diminuição da produção de hormônios, visto que a tireoide do paciente não consegue realizar sua função de forma adequada em decorrência da recuperação após a inflamação > depois da recuperação total, volta a produzir hormônios tireoideanos | obs: pode ser que o paciente evolua com hipotireoidismo permanente – por essa causa, pacientes com tireoidite subaguda devem ser reavaliados em 2m - avaliação laboratorial: > fase do hipotireoidismo: TSH e T4 livre > fase do hipertireoidismo (tireotoxicose): pode-se solicitar T3 livre também > solicitar VHS: marcador inflamatório que está elevado nessa tireoidite - cintilografia da tireoide (não solicitar US pela dor intensa): avalia a captação de iodo pela tireoide, que estará baixa – na fase da tireotoxicose há destruição das células, que não captam iodo; na fase de hipotireoidismo, as células estão machucadas, se recuperando, e também não responderão ao iodo | tratamento: - beta-bloqueador para fase de tireotoxicose > há tremor, irritabilidade, sudorese, ansiedade, palpitações nessa fase - para a dor: AAS (em dose anti-inflamatória), AINEs (diclofenaco, cetoprofeno) ou corticoide (predinisona) > corticoide é bom para quadros de dor muito intensa TXXIV Larissa Cardeal - são muito parecidas com a tireoidite subaguda granulomatosa, exceto pela ausência de dor nessa tireoidite - é autoimune > presença de anti-TPO > DD com tireoidite de Hashimoto – difícil diferenciar na clínica - processo agudo destrutivo por anticorpos, com liberação de hormônios tireoideanos (tireotoxicose) e depois queda na produção pela destruição > hipotireoidismo > instalação aguda da doença autoimune e depois a tireoide pode retornar ao normal, com recuperação da função tireoideana - avaliação laboratorial: > fase do hipotireoidismo: TSH e T4 livre > fase do hipertireoidismo (tireotoxicose):