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TXXIV Larissa Cardeal 2. TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS 1. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO - o paciente com DM pode e deve comer carboidratos em sua refeição, no entanto, a quantidade deve ser diminuída - a ingesta de fibras é importante, especialmente para pacientes com DM 2 - a proporção de carboidratos é maior nas refeições, no geral - 45 a 65% da dieta deve ser o carboidrato - sacarose = açúcar branco de cozinha >> geralmente indica-se que não deve fazer o consumo - pacientes com DM devem consumir mais fibras do que os pacientes sem DM - fibras são classificadas, no geral, em solúveis e insolúveis > de acordo com a possibilidade de dissolver ou não na água > solúveis viram gelatinas na água e são digeríveis: chia – dão uma “amortecida no efeito hiperglicemiante após a ingesta > insolúveis não são digeríveis: folha de alface - estão associadas à diminuição do risco cardiovascular - os adoçantes são classificados em calóricos (nutritivos) e não calóricos > o açúcar branco (sacarose) é um açúcar nutritivo > a busca pelos adoçantes é com o objetivo de substituir esse açúcar branco > para o controle do DM e para o controle de perda de peso, não são bons substitutivos e não há provas científicas que corroborem com tal atitude TXXIV Larissa Cardeal > troca por adoçantes nutritivos tem objetivo de melhora do paladar, mas não na quantidade de calorias - os adoçantes não nutritivos (não calóricos) são indicados para os diabéticos > há estudos que mostram maior chance de CA com uso de adoçantes – mas nas pesquisas, foi verificado esse aumento da incidência com o uso de altas doses > há sugestão de se fazer rodízio de adoçantes > obs: o açúcar também pode aumentar a incidência de CA - não há consumo seguro de bebida alcóolica para os diabéticos; há um consumo que é tolerado (o que não traz toxicidade ao indivíduo) - 1 dose = 1 equivalente alcóolico = 15g de etanol = 1 copo de chopp = meia taça de vinho = 1 pequeno copo de whisky - para que o paciente com DM tenha a tolerância permitida para o consumo de bebida alcóolica, deve primeiro estar com o seu DM controlado > mulher: 1 dose/dia > homem: 2 doses/dia - não deve-se incentivar ingesta de álcool diário, orientar apenas aos fds, e pouca ingesta, dentro desse quadro preconizado - o consumo de álcool está associado a episódios de: > hiperglicemia (principalmente com ingesta de cerveja + salgadinhos) – o álcool é metabolizado pelo fígado, que opta por metabolizar o álcool ao invés de captar e metabolizar a glicose circulante (dá preferência para o álcool) > hipoglicemia (especialmente se consumo de whisky, que não tem carboidratos) – se indivíduo consome essa bebida de estômago vazio, o álcool é rapidamente absorvido – o álcool inibe a gliconeogênese hepática, o que promove a hipoglicemia no paciente - o ideal é que o paciente tenha uma nutricionista acompanhando a alimentação, mas o médico deve sempre orientar a melhora na alimentação - diminui o risco cardiovascular e melhora o efeito glicêmico - estimular musculação intercalada com aeróbico - atividade física melhora a vascularização muscular, a sinalização insulínica > tem efeito durante, logo após e horas após - obs: o músculo também é um tecido endócrino e secreta hormônios: - miostatina > hormônio relacionado à massa óssea (osteopore) - irisina > sensibilidade insulínica – liberada quando se faz atividades físicas TXXIV Larissa Cardeal - orientar que, se possível, fazer de 3 a 4x aeróbico e de 2 a 3x musculação e alongamento >> sempre deve-se prescrever os 3 tipos de exercício - importante para os pacientes insulinizados, com DM tipo 1: cuidados para fazer exercício físico > aferir a glicemia antes de ir fazer a atividade – se estiver muita alta, não deve praticar naquele momento, pois corre riscos de desidratar durante o exercício e de ter uma crise hiperglicêmica – glicemia acima de 300, paciente já está tendo poliúria (por diurese osmótica) e já está desidratando; o exercício físico promove transpiração, o que pode piorar essa desidratação, com piora da função renal e isso desencadear uma crise hiperglicêmica > se a glicemia estiver baixa (<100), sugere- se que o paciente faça um lanche, visto que a glicemia tende a cair durante a prática de atividade física e o paciente pode fazer uma hipoglicemia, que é perigoso para o paciente > sugere-se que o paciente esteja com uma glicemia entre 100 a 200 antes da prática de atividade física > é sugerido, também, que o paciente sempre faça algum lanchinho antes da atividade física, pela possibilidade de queda da glicemia durante a prática de atividade | obs: orientações mais direcionadas para o paciente com DM1, que utiliza insulina - pacientes com DM têm alto risco CV > deve-se orientar que o paciente faça uma avaliação cardiovascular antes de iniciar as atividades físicas, pelo risco que a prática pode oferecer a ele > paciente pode ter mal súbito e falecer durante prática de atividade física, a depender do risco que o paciente tiver | no geral: caminhada é indicada para todos os pacientes, atividades físicas mais intensas > paciente deve passar por avaliação CV – pelo menos um eletro e um teste de esteira TXXIV Larissa Cardeal 2. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - quanto menor o valor de Hb glicada = menor risco CV ao paciente com DM > diminuição dos níveis de Hb glicada promove diminuição do risco CV, diminuição de complicações crônicas - abaixar Hb glicada = abaixar a glicemia >> riscos de abaixar muito a glicemia, que pode matar o paciente, se abaixar muito - a hiperglicemia tem efeito a longo prazo, sendo a hipoglicemia mais prejudicial do que a hiperglicemia > deve-se ter esse cuidado - variabilidade glicêmica > TIR (Time In Range) > a Hb glicada é uma média – Hb glicada alta indica que a glicemia está ficando elevada praticamente durante a maior parte do tempo; o mesmo serve para Hb glicada mais baixas > como se trata de uma média, há cuidados que devem ser tomados na análise, visto que pode ter havido momentos em que a glicemia estava muito elevada e em outros, muito baixa, encontrando uma média relativamente boa, mesmo como uma grande variabilidade glicêmica - deve-se individualizar os tratamentos - meta glicêmica baixa >>>> meta glicêmica “mais frouxa” - deve-se sempre buscar a motivação ao paciente em todas consultas, orientá-lo e incentivá-lo - sempre avaliar o contexto do paciente para se objetivar a meta de Hb glicada > antigo triunvirato clássico e formas que era manejado: - disfunção pancreática na secreção de insulina > sulfoniluréias e insulinas - resistência periférica à ação da insulina > metformina e glicazonas - aumento da produção hepática de glicose > metformina TXXIV Larissa Cardeal - o triunvirato clássico evoluiu para o octeto destruidor - METFORMINA > 1º OPÇÃO PARA O TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 - melhora a resistência periférica à insulina, diminui a produção hepática de glicose, possui efeitos antineoplásicos, reduz risco CV para os diabéticos, controla a glicemia - cloridrato de metiformina e gliface (metformina XR) > XR (GLIFAGE): liberação prolongada - paciente pode tomar uma única posologia diária (500mg – 4 comprimidos de 1x só por dia) - cápsula porosa que vai liberando no estômago o princípio ativo – a cápsula sai nas fezes, mas o conteúdo foi absorvido; riscos de efeitos colaterais são menores > metformina comum deve ser tomada em 3 doses diárias (800mg – 3x ao dia) e pode ter maior efeito GI (diarreia, principalmente) – pacientes com constipação podem até preferir