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TXXIV Larissa Cardeal 10. DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DO CÁLCIO - são também conhecidos como doenças osteometabólicas - as paratireoides, classicamente, são em número de 4 pequenas glândulas, localizadas nas regiões posterosuperior e posteroinferior da tireoide - há uma grande variabilidade anatômica, sendo que há indivíduos que possuem de 6 a 8 paratireoides e há indivíduos que essas glândulas estão localizadas intratireoideanas ou na região mediastinal > importante: pois há indivíduos que possuem paratireoidismo I e a glândula responsável pela doença estará localizada no mediastino – em casos de conduta cirúrgica, o médico deve se atentar à variabilidade anatômica - o Ca é importante para uma série de funções no organismo, sendo sua manutenção em níveis séricos estreitos fundamental - Ca é importante para: > contração muscular, inclusive a miocárdica > excitabilidade neuromuscular > coagulação sanguínea > secreção hormonal > mineralização óssea - as paratireoides são “sensores” do Ca, de forma que percebem alterações do Ca e alteram sua função para estabilizá-lo - analogamente, o Ca é visto para as paratireoides como um hormônio (mas é um mineral), de forma que exerce um feedback negativo para as paratireoides > se o Ca está tendendo a subir ou se os seus níveis estão altos – inibição do PTH (feedback negativo) > se o Ca está tendendo a cair ou se os seus níveis estão baixos – secreção do PTH pelas paratireoides - o PTH tem várias formas de atuação objetivando manter os níveis de Ca estáveis > I. Forma mais rápida e primária de ação: nos ossos – estímulo à reabsorção óssea pela ação dos osteoclastos e, com isso, há liberação do Ca | obs: 99% do reservatório de Ca no organismo encontra-se nos ossos > II. Ação de médio prazo – atuação sobre os rins: aumento da reabsorção de Ca que já foi filtrado – o PTH controla quanto de Ca pode ser perdido na urina – se houver necessidade de Ca pelo organismo, o PTH estimula a reabsorção renal de Ca > iii. Ação de longo prazo e indireta do PTH: estimulação, no rim, da 1-alfa-hidroxilase (enzima expressa no rim) – essa enzima converte a 25- hidroxi-vitamina D circulante a 1,25-dihidroxi- vitamina D (CALCITRIOL – hormônio “vit D”) – que irá no intestino promover um aumento na absorção ativa de Ca e fósforo do alimento que vem na dieta TXXIV Larissa Cardeal | obs: os ossos sofrem mais na escassez de Ca no organismo – se o indivíduo possui baixa ingesta de Ca (comum na população) há maior risco de osteoporose pela mais frequência de osteólise > impacto a longo prazo | a ingesta de Ca pela alimentação promove uma absorção passiva do Ca pelo intestino, sem que haja necessidade de ativação do eixo do PTH – dieta rica em Ca, há maior absorção de Ca, com menor necessidade de osteólise para liberação de Ca para a circulação > orientar a ingesta de leite e derivados (alimentos lácteos) – pacientes com alergias ou intolerância, deve-se procurar substitutos, como leite de soja, leite de amêndoas, leite de arroz, que são extratos de componentes vegetais que serão enriquecidos com Ca e outras vitaminas > indivíduos que não possam fazer a ingesta nem dos alimentos lácteos e nem dos substitutos, deve-se fazer a suplementação com comprimidos (carbonato de cálcio, citrato de cálcio, cálcio malato e fosfato de cálcio), que são enriquecidos com vit. D também | obs: vegetais verde escuros possuem porção de Ca, mas pouca se comparada à necessidade do organismo e, além disso, o organismo humano é incapaz de absorver de forma adequada esse Ca advindo dos vegetais | obs: o gergelim pode ser uma fonte alternativa de Ca, mas o paciente deve ingerir 100g de gergelim por dia e triturado (a cápsula não permite a absorção do Ca) - pode ser ocasionado por um adenoma na paratireoide, em que haverá uma secreção excessiva de PTH, o que ocasionará uma hipercalcemia excessiva no organismo do indivíduo e todos os efeitos deletérios do excesso de PTH e de Ca no organismo - não havia, à época, dosagem do Ca sérico e nem do PTH - só se diagnosticava casos extremos, em que já havia as consequências do excesso de Ca e de PTH no organismo do paciente > nefrolitíase de repetição, deterioração da função renal, osteoporose, fraturas, deformidades ósseas, miopatias (perda de massa muscular e de força muscular – paciente pode parar de andar e ter que ficar acamado) - importância do diagnóstico precoce - após a possibilidade de dosagem de Ca, foi permitida a realização do diagnóstico de hiperparatireoidismo primário (principalmente as formas assintomáticas) > atualmente, 99% dos pacientes diagnosticados com hiperparatireoidismo primário são ainda assintomáticos – ganho de tempo para tratar e evitar as consequências da patologia | sintoma do hiperparatireoidismo atualmente tende a ser AUSENTE, pelo diagnóstico precoce TXXIV Larissa Cardeal - pacientes que têm dosagem de Ca aumentada em consulta ambulatorial, de 50 a 60% dos casos estarão envolvidos com hiperparatireoidismo primário > PRÓXIMA CONDUTA: SOLICITAR DOSAGEM DE PTH – objetivo de avaliar se a hipercalcemia é PTH dependente – se for, trata-se de um caso de hiperparatireoidismo primário; se não for, deve-se buscar outras causas de hipercalcemia (neoplasias malignas, doenças granulomatosas, intoxicação pela vit. D) - pacientes internados por quadros de doenças (ex: fratura de fêmur) e que possuem dosagem de Ca realizada e elevada > 1/3 desses pacientes terão elevação do Ca sérico por hiperparatireoidismo primário > dosagem do PTH é fundamental - o hiperparatireoidismo primário é uma importante causa de hipercalcemia > na grande maioria das vezes, ocorre em sua forma esporádica, geralmente dos 45 aos 65a - quando se encontra hipercalcemia em pacientes mais jovens, deve-se pensar primeiro em neoplasias endócrinas múltiplas - a osteoporose menopáusica é a causa mais comum de osteoporose na mulher; mas a osteoporose na mulher pode ser também por hiperparatireoidismo primário e esse deve ser um diagnóstico pesquisado - maioria (85 a 90%) dos hiperparatireoidismos esporádicos (40 a 65a – sem risco familiar associado) são em decorrência da presença de adenomas solitários - hiperplasia > quando atinge mais do que uma paratireoide > mais comum em indivíduos mais jovens e, geralmente, são de causas genéticas e, dentre elas, as neoplasias endócrinas múltiplas | NEM TIPO 1 - síndrome dos 3 “P’s”: tumores de Pituitária (hipófise); tumores enteroPancreáticos e tumores das Paratideoides (hiperplasia da Paratireoides) > dentre os tumores de Pituitária, o mais comum na NEM tipo 1 é o Prolactinoma > é indicado fazer a dosagem do Ca em pacientes que sejam diagnosticados com prolactinoma, em decorrência da possibilidade de o prolactinoma ser associado à NEM tipo 1 | se hiperprolactinemia + hipercalcemia = NEM tipo 1 | obs: pode ser por outros tumores hipofisários também (associação à Cushing, Acromegalia) > dentre os tumores enteroPancreáticos, podem haver tumores pancreáticos não secretores, carcinomas pancreáticos, insulinomas, glucagonomas (raros) e outros tumores gastrointestinais (gastrinomas, vigomas, e tumores não secretores) >> o mais comum é o tumor pancreático TXXIV Larissa Cardeal > hiperparatireoidismo primário por tumores da paratireoide | NEM TIPO 2A: > carcinoma medular da paratireoide > feocromocitoma > hiperparatireoidismo primário por hiperplasia das paratireoides | NEM TIPO 2B: (não tem haver com hiperparatireoidismo) > carcinoma medular da paratireoide > feocromocitoma > neuromas mucosos || o hiperparatireoidismo pode estar dentro das síndromes genéticasNEM TIPO 1 e NEM TIPO 2A - existem ainda, outras causas genéticas de hiperparatireoidismo, mas são mais raros > Sd hiperparatireoidismo primário – tumor de mandíbula: abaulamento na região da mandíbula > hipercalcemia familiar benigna (= hipocalcemia hipocalciúrica familiar): herdada geneticamente, pacientes têm hipercalcemia leve, sem maiores problemáticas associadas e não se trata o paciente – importante DD para hiperparatireoidismo primário > hiperparatireoidismo neonatal grave: criança nasce com hipercalcemia grave > hiperparatireoidismo familiar isolado: várias pessoas da família têm hiperparatireoidismo, mas de forma isolada - irradiação cervical pode estimular carcinomas de paratireoide e de tireoide - obs: os casos esporádicos não possuem herança genética familiar > 40 a 65a de idade – associa-se a mutação no oncogene ciclina D a produção desse hiperparatireoidismo primário - o Ca entra na paratireoide através de um receptor sensor de Ca e, a partir disso, há deflagração de ações e respostas > mutações nesse receptor sensor de Ca (CaSR) das paratireoides podem produzir doenças: > hipercalcemia familiar benigna (desregulação leve da paratireoide) > hiperparatireoidismo neonatal grave (desregulação completa da paratireoide) | genes das NEM: NEM TIPO 1: gene menin – produz proteína menina NEM TIPO 2A: gene RET | obs: grande maioria é associada à forma esporádica, sem associação de síndrome genética - classificação é importante para a tomada de decisão terapêutica TXXIV Larissa Cardeal - 90% dos pacientes será assintomático > será considerado assintomático o paciente que não tiver manifestação sintomática óssea e renal, podendo haver presença de sintomas inespecíficos e vagos > pode haver poliúria e polidpsia de forma inespecífica também - para que seja considerado sintomático, o paciente deve ter manifestação renal e/ou envolvimento ósseo | manifestações renais: > litíase urinária de repetição (2 episódios ou mais deve-se investigar hiperparatireoidismo primário) > nefrocalcinose – calcificação do parênquima renal > perda da função renal | manifestações ósseas: > fraturas ósseas (osteoporose) > tumor marrom > deformidades ósseas > osteíte fibrosa cística (mais grave) - no hiperparatireoidismo primário o indivíduo cursa com hipercalciúria (>40Mmg/dia – geralmente próximo de 200mg/dia), visto que possui hipercalcemia > rim filtra muito o cálcio, de forma que excede o limiar renal de reabsorção do cálcio | obs: alto risco de osteoporose – perda de Ca ósseo na urina > a excreção de Ca ocorre mesmo PTH estando elevado, pela ultrapassagem do limiar de reabsorção de cálcio - a poliúria ocorre pela realização de uma diurese osmótica > saída de muito Ca na urina, de forma que a água vai junto > a poliúria vem associada à polidipsia - importante avaliar nível de Ca em pacientes com pancreatite | SÍNDROME DE ZOLLINGER ELLISON – gastrinoma que pode associar hiperparatireoidismo primário – trata-se de uma NEM TIPO 1 - há também associação de hiperparatireoidismo com doença ulcerosa péptica de forma esporádica também - o hiperparatireoidismo primário pode ser uma possível causa de HAS > não é tão comum quanto de hiperaldosteronismo primário, tireotoxicose, acromegalia, Cushing, hipotireoidismo que são causas endócrinas que podem ser mais comuns na etiologia da HAS - manifestações CV: encurtamento do intervalo QT pela hipercalcemia | importante para discernir o diagnóstico de hiperparatireoidismo I da hipercalcemia familiar benigna (hipocalcemia hipocalciúrica familiar), sendo que nessa segunda, não há hipercalcemia na urina (há hipocalciúria – Ca urinário <40mg/dia) - a nefrolitíase depende muito de fatores constitucionais e ambientais TXXIV Larissa Cardeal - osteoclastomas = tumores marrons - Ca total > ligado a proteínas - pode ser dosado na sua forma livre (Ca iônico) > o livre é o biologicamente ativo e mais sensível > indica-se que a coleta não seja com garroteamento (induz acidose metabólica que altera os níveis de Ca), que seja uma punção sem trauma e que já seja enviado direto para o laboratório – o que não acontece na prática – esses fatores promovem alterações nos níveis séricos de Ca livre > por essa causa é que se solicita o Ca total - o Ca total depende da quantidade de proteína ligadora (albumina), deve-se fazer uma correção do Ca de acordo com os níveis de albumina > se a albumina vier >4mg/dL não há necessidade de fazer a correção do Ca > se vier ou valor, deve-se fazer a correção do Ca: Ca = CaTotal-0,8 x (albumina sérica – 4) > ex: paciente com CaT = 11,5 e albumina = 5 > Ca corrigido = 10,2 – não há hipercalcemia > ex: paciente com CaT = 10 e albumina = 3 > Ca corrigido = 10,8 – há hipercalcemia | faz-se a dosagem do PTH > PTH >=20mcg/mL - hipercalcemia PTH dependente = paratireoidismo primário > PTH <10mcg/mL – hipercalcemia PTH independente | pode-se pensar em malignidade, doença granulomatosa, intoxicação por vit. D - PHT aumentado ou não supresso > hiperparatireoidismo I - PTH diminuído > outras causas - doenças malignas aumentam o nível plasmático de Ca, mas não aumentam nível de PTH TXXIV Larissa Cardeal - intoxicação por vit. D também não aumenta nível de PTH e geralmente vem associada de história de uso exacerbado de vit. D - doenças granulomatosas dão hipercalcemia pelo aumento do nível de calcitriol na ausência de aumento de PTH > os linfócitos possuem função de alfa- hidroxilase – podem converter a 25- hidroxivitamina D em 1,25-vitamina D > como se fosse uma “intoxicação” endógena de vit. D - a hipercalcemia familiar benigna (hipercalcemia hipocalciúrica familiar) possui aumento de PTH (hipercalcemia PTH dependente) > principal DD de hiperparatireoidismo | hipocalciúria (<40mcg/dia, indivíduos da família com história de hipercalcemia leve e sem comprometimento clínico) – pouco frequente - pode haver aumento do PTH sem que haja aumento do Ca > baixa ingestão de Ca e má absorção – necessidade de retirada de Ca do osso para suprir a demanda do organismo – pode gerar um hiperparatireoidismo secundário à baixa ingesta > muito comum na população brasileira, que ingere pouco Ca (90% dos pacientes não ingere Ca de forma adequada) | exame de PTH deve ser solicitado com indicação clínica, na suspeita direta de doenças - dosagem de CaT, PTH, albumina para corrigir o CaT - fósforo vem baixa no hiperparatireoidismo I - fosfatase alcalina vem elevada > sinalizando doença osteometabólica - creatinina > hipercalcemia pode comprometer função renal - dosagem de vit D > pode vir baixa - calciúria de 24h > pacientes com hiperparatireoidismo I cursam com cálcio na urina - hemograma para avaliar presença de anemia, elevação de VHS - o exame que PRECISA ser solicitado aos pacientes com hiperparatireoidismo I é o US de rins e vias urinárias - litíase renal é manifestação de hiperparatireoidismo primário - a grande maioria dos cálculos não será visualizada ao Rx TXXIV Larissa Cardeal - o hiperparatireoidismo primário, com o PTH elevado, promove reabsorção óssea > no crânio, ocorrerá padrão em sal e pimenta e lesões osteolíticas localizadas (áreas de maior reabsorção óssea) | para pacientes com hiperparatireoidismo I, deve ser feito um “inventário ósseo” – Rx crânio, Rx mãos, Rx ossos longos (tumores marrons) e Rx de vértebras (tumores marrons e fraturas vertebrais) >> se alguma alteração for encontrada, está-se diante de um hiperparatireoidismo primário SINTOMÁTICO - ocorre reabsorção subperiosteal > superfície óssea irregular – sinal de hiperparatireoidismoI - avaliar osteoporose - coluna lombar e quadril total (região de fêmur proximal) + região distal do antebraço (pode haver um acometimento maior nessa região) - exame localizatório > marcação * em um nódulo da tireoide > seta aponta para a paratireoide – pequena, hipoecoica | geralmente a paratireoide não é vista no US – se ela está sendo visualizada, está aumentada - obs: pode ser que um paciente com hiperparatireoidismo I não possua alterações ao US (não haja ainda a visualização da paratireoide) | lembrete: a paratireoide tem variações anatômicas e pode estar intramediastinal TXXIV Larissa Cardeal - visualização da glândula tireoide e das glândulas salivares em 10 e 20min > esses órgãos também captam o Tc-sestamibi > as tireoides captam e logo descartam o sestamibi, permitindo a visualização das paratireoides tardiamente 1h e 4h > obs: mesmo que não haja alterações na cintilografia, ainda não exclui o hiperparatireoidismo I - localização de paratireoides mediastinais - a cintilografia óssea não é comumente solicitada > mostra padrão difuso de reabsorção óssea > pode ser confundida com imagens de metástases ósseas – cuidado!! Pois a absorção óssea pode ocorrer em áreas de metástases também - biópsia óssea nunca é solicitada > i. trabéculas ósseas regulares, osso cortical grosso > ii. Ausência de cortical e trabéculas ósseas irregulares e rarefeitos - antes do tratamento do hiperparatireoidismo, deve-se tratar a hipercalcemia que, se for grave, que trata-se de uma emergência médica > hipercalcemia maior do que 14 – deve-se internar o paciente e manejar a hipercalcemia – geralmente suspeita-se de neoplasia maligna, mas pode ser que ocorra em hiperparatireoidismo > no hiperparatireoidismo, geralmente, a hipercalcemia é leve, até 12mg/dL | não focar no tto de hipercalcemia - exérese do adenoma hiperprodutivo que está gerando hipercalcemia > feita por um cirurgião de cabeça e pescoço, especialista em paratireoides > sintomático (manifestações ósseas e renais) > assintomáticos (sem envolvimento ósseo e renal) – hipercalcemia razoavelmente elevada (>1mg/dl do valor de referência laboratorial); osteoporose – T-score <=-2,5 (causa curável de osteoporose); se comprometimento da função renal e se paciente tiver <50a TXXIV Larissa Cardeal - nadir de cálcio > menor valor de Ca após 4 a 7d PO - pode haver recuperação da massa óssea > reavaliar após 6m da cirurgia - menos comum > a principal forma é o iatrogênico - opera a tireoide e as paratireoides vão embora acidentalmente - paciente chega com histórico de câimbras, crises convulsivas, hipocalcemia e histórico de cirurgia cervical | não focar nessa parte TXXIV Larissa Cardeal - raquitismo e osteomalácia são distúrbios da mineralização óssea TXXIV Larissa Cardeal | o raquitismo é quando o distúrbio de mineralização óssea ocorre na criança – ossos mais elásticos, mais flexíveis – baixa estatura, arqueamento dos ossos longos, alterações na coluna (escoliose) | a osteomalácia é quando o distúrbio de mineralização óssea ocorre nos adultos – adulto já cresceu, ossos não são mais maleáveis e já não há mais cartilagem de crescimento aberta – se apresenta principalmente com fraturas | importante DD de osteoporose – a osteomalácia pode produzir uma osteoporose por deficiência de vit. D, por ex (mais comum) - distúrbios de mineralização podem envolver quaisquer componentes do osso, mas é mais comum o envolvimento da porção da matriz inorgânica > crianças: deficiência de Ca, de Vit. D, de fósforo – raquitismo carencial > adultos: deficiência de vit. D – osteomalácia carencial - queijo, amêndoas, laranja, iogurte, sardinha em conserva - a principal fonte de vit. D é a exposição solar - a pele produz 7-DHC, que é convertida a pré-vit D que é convertida, posteriormente, em vit. D > a vit. D vai para o fígado, onde é transformada em 25-hidroxilase > a vit. D é um precursor do calcitriol - um hormônio esteroidal, pois deriva da vit. D - a principal fonte de vit. D advém da pele, mas pode haver também uma fonte dietética - caminhadas curtas podem ser feitas com exposição solar (preferir passar pelo sol, com uso de proteror solar) - as estações do ano e o local que o indivíduo mora podem influenciar no nível de vit. D produzidas por seu organismo - pigmentação da pele > quanto mais melanina, maior a necessidade de exposição solar para produzir quantidade equivalentes de vit. D - idosos são população de risco para deficiência de vit. D > a pele envelhecida perde um pouco da capacidade de produção de vit. D | pode-se dosar vit. D nos idosos e essa faixa etária pode necessitar de reposição dessa vitamina TXXIV Larissa Cardeal - causas adquiridas são as mais comuns > Sd de má absorção intestinal promove perda de vit. D - causas genéticas são raras - muito raro > não focar - crianças desnutridas podem ter desenvolvimento de raquitismo - baixa estatura, arqueamento dos ossos longos, fraqueza proximal, rosário raquítico (abaulamento da junção costocondral) | alopécia (causa de raquitismo genética de def. de vit. D associada) TXXIV Larissa Cardeal - geno valgo, geno varo, baixa estatura, deformidades ósseas, desnutrição (carência nutricional) - encurvamento de mmii > osso tem grande carga mecânica - se criança engatinha, pode haver encurvamento dos braços - arqueamento dos ossos longos - alargamento epifisário (formato em taça de champagne) - atraso da idade óssea - linhas de pseudofraturas - no adulto, o que mais aparece são quadros de fraturas, geralmente vertebrais, podendo haver fraturas - ocorre aumento do osteóide > corte histológico evidenciando aumento do osteóide – não ocorre mineralização óssea pela deficiência de Ca e vit. D > osso fica fraco e fratura - melhora da dieta + exposição ao sol + suplementos com Ca e vit. C - destaque para o raquitismo carencial com deficiência de vit. D TXXIV Larissa Cardeal - fragilidade óssea que irá predispor a fraturas - trata-se de uma doença silenciosa > não ocasiona dor no paciente - há alteração na qualidade e na quantidade de massa óssea (quantidade é avaliada pela densitometria óssea) > no início, pode não haver alteração na densitometria – a fratura, por si só, já pode ser critério diagnóstico - ocorre mais na mulher - no estirão, os esteroides sexuais são importantes para dar um pico de massa óssea (primeiro pico) - o impedimento da puberdade pode promover prejuízos ósseos e predispor à osteoporose e fraturas no futuro - por volta dos 20 a 30a, a deposição óssea é estabilizada e finalizada, sendo que o homem possui maior deposição, tendo um pico de massa óssea maior do que na mulher - a partir dos 30a, o organismo humano começa entrar em uma perda de massa óssea > essa perda pode ser desacelerada (hábitos saudáveis, atividades físicas, não beber, não fumar, ingestão de Ca), mas não impedir - a mulher já parte de um ponto de partida mais baixo de quantidade de deposição óssea que, agora, começa ser perdida e, ao torno dos 50a ocorre um fenômeno endócrino, que é a menopausa, em que haverá um hipoestrogenismo e a deficiência estrogênica acelera a perda de massa óssea > por volta dos 65a, a mulher já pode ter osteoporose e o homem ainda não chegou nos níveis para o desenvolvimento dessa doença > a partir dos 60a passa-se a preocupar mais com os homens | obs: o consumo de Ca deve ser de 1000mg/dia – pelo menos 2 porções de leite e derivados por dia - há fatores de risco modificáveis eoutros não modificáveis - def. de GH prejudica a deposição de massa óssea - aleitamento materno é fundamental para a deposição óssea > ingestão adequada de Ca - menopausa precoce > redução de estrógeno precipitada têm maiores riscos de osteoporose - 50% da massa óssea depende de fatores genéticos - baixo peso é fator de risco também - puberdade tardia é fator de risco TXXIV Larissa Cardeal - hipogonadismo > hormônios estimulam osteoblastogênese – formação de massa óssea - def. estrogênica (menopausa <45a, ovariectomia bilateral, amenorreia prolongada) | sempre orientar o ambiente, sapato de idosos, atividade física > prevenção de quedas - trata-se de uma doença silenciosa, cuja manifestação é a fratura - buscar diagnóstico precoce visando evitar fraturas > fraturas geram diminuição na qualidade de vida e aumentam a mortalidade (principalmente de fratura de quadril – mortalidade ~25% após o 1º ano de fratura) - fraturas traumáticas não são associadas a osteoporose de forma imediata - fraturas patológicas são localizadas, por áreas de fragilidade óssea > não são em decorrência de osteoporose, mas sim de patologia do osso em específico - fratura de stress > associada a atletas – esforço muscular muito além do preparo ósseo - fraturas osteoporóticas > fratura de fragilidade – baixa energia traumática | importante entender o mecanismo de fratura, para avaliar a necessidade de investigação de osteoporose ou não > se restarem dúvidas, investigar | obs: as fraturas de vértebras (evidenciadas por achatamento vertebral pelo Rx da coluna (anteroposterio e perfil) é a pior e de maior risco e é silenciosa - leitura da coluna e do fêmur, com indicação do terço distal do mmss em casos específicos - baixa radiação, pronto de forma rápida - a densitometria avalia a quantidade de massa óssea por metro quadrado - feita em mulheres >=65a e homens >=70a ou em pacientes que possuem os fatores de risco - T-score > comparado com pessoa em IO ideal, de 30a; osteoporose e osteopenia > usadas em mulheres peri e pós menopáusicas e homens com idade >=50a TXXIV Larissa Cardeal - Z-score > comparado a paciente de mesma idade; deve-se relacionar alta, ideal ou baixa massa óssea > usadas para mulheres pré menopáusicas e homens com idade inferior a 50a - linha = distribuição da população - barra cinza = risco de fratura - osteopenia > há risco de fratura, mas menos intenso > alguns podem ser tratados - PRIMÁRIA: senil/pós menopausa/homens >70a > redução do estrógeno, aumento de citocinas, def. de vit. D (menor exposição solar, redução da função renal e hepática, envelhecimento da pele), aumento de tecido adiposo na medula óssea, menor mobilidade | osteoporose em crianças: baixa massa óssea com 2 ou + fraturas de ossos longos até 10a ou mais 3 fraturas até os 19a | no homem, sempre deve-se investigar causas secundárias - deve-se solicitar exames gerais para excluir causas de osteoporose secundária - os exames específicos para avaliar possibilidades de diagnósticos cogitados > não feitos para todos os pacientes - bisfosfonados (alendronato) > principal utilizado nos tratamentos > simula hidroxiapatita – aumenta massa óssea, mas diminui qualidade óssea > deve ser utilizada por muito tempo > pode prejudicar a função renal > pode-se fazer período de “férias” – avaliar como o osso se adequa sem o uso do medicamento - utilização da ferramenta Fraxx para avaliar necessidade de tratamento dos pacientes > para pacientes >40a TXXIV Larissa Cardeal
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