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1 UC9 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período CONCEITUAÇÃO o É o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na velhice. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2015) o Existem alguns fatores para a idade, como a presença de comorbidades, que podem influenciar o processo de envelhecimento. o Desse modo, não se deve dizer que o indivíduo é velho apenas pela idade. Para isso, há um conceito que permite olhar para o indivíduo na realidade mais próxima dele, que é o conceito da capacidade funcional. CAPACIDADE FUNCIONAL o Capacidade funcional é a capacidade que o idoso possui de gerenciar a própria vida. o O nível da capacidade funcional é importante porque pode ser um: ̵ Preditor de quedas: quanto menor a CF maior o risco de quedas. ̵ Presume os níveis de morbidade e mortalidade: quanto maior a CF menor a chance de se instalarem doenças e chance de mortalidade, prolongamento da expectativa de vida. ̵ Baliza intervenções: diante da CF de um paciente a intervenção é mensurada. o Ou seja, a CF é um dado que consegue dizer como o individuo vive, as chances dele viver eventos trágicos (como queda), e como ele será atendido pelo serviço de saúde. Meios de avaliação da capacidade funcional o Existem vários instrumentos para isso o Mas há 3 aspectos principais. Pois as medidas precisam ser validadas, plausíveis na terapia, fáceis de serem reproduzidas, e sensíveis às mudanças. 1. AVDs ̵ Atividades Básicas da Vida Diária ̵ Condição motora • Alimentação • Banho • Vestuário • Higiene pessoal • Controle de esfíncter (anal e uretral) • Passagem cadeira-cama • Deambulação e escadas Instrumentos de medida: • Escala de Katz ̵ Dessa forma, essa escala aborda que a perda funcional segue um padrão igual de declínio, isto porque, primeiro se perde a capacidade de se banhar, seguida pela incapacidade de se vestir, se transferir e se alimentar e, quando há recuperação, ela ocorre de maneira inversa. ̵ Avalia 6 domínios. ̵ Pode ser independente (I), dependente parcial (A) ou dependente total (D). ̵ Após a avaliação, há uma classificação nos itens de A até G (que representa o nível máximo de dependência). Lembrete! o Vale lembrar que o ponto da Continência é um aspecto muito importante para ser avaliado no idoso por ser muito comum no idoso a incontinência urinária, pela ausência do controle de esfíncter. o E essa ausência do controle de esfíncter, pode ser um fator gerador de muitas outras alterações funcionais, estando ligada a desfechos negativos na saúde do idoso. o Pois o idoso fica com vergonha de sair, tem menos interações sociais, interfere no nível de felicidade dele e, consequentemente, na sua saúde. Envelhecimento Saudável Conferência 05 – 21/06/2022 2 UC9 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período • Índice de Barthel: quanto maior o número do resultado do índice de Barthel, menor o nível de dependência. 2. AVDIs ̵ Atividades Instrumentais da Vida Diária ̵ Condição motora e cognitiva • Preparar refeições • Fazer tarefas domésticas • Lavar roupas • Manusear dinheiro • Usar o telefone • Tomar medicações • Fazer compras • Utilizar os meios de transporte Instrumento de medida: • Escala de Lawton ̵ Avalia 7 atividades: telefone, viagens, compras, preparo de refeições, trabalho doméstico, medicações e dinheiro. ̵ Há 3 opções de resposta: independente, necessidade de ajuda parcial ou incapacidade para realização da tarefa. ̵ Para as 3 opções de respostas, notas serão atribuídas, variando de 3 a 1 para cada item, sendo que a independência recebe a maior pontuação. ̵ O escore máximo é 21 pontos, quando o indivíduo for totalmente independente. ̵ Não há ponto de corte estabelecido, mas sim uma avaliação qualitativa da capacidade funcional do idoso. 3 UC9 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período Estratificação dos perfis a. Independente: consegue cuidar bem de si, durante as AVDs e AVDIs. b. Semi-dependente: tem alguma condição física que emerge a necessidade de ajuda ou nas AVDIs. c. Dependente: necessita de ajuda para as AVDs e AVDIs. 3. TUG (MUITO IMPORTANTE) ̵ Times UP Go (tempo para levantar-se e ir) ̵ Os perfis são um pouco sensíveis. Por exemplo, se um idoso chega em um local e é classificado como semi-dependente, isso pode ser revertido? Sim, dependendo do motivo. Mas esses instrumentos não são objetivos para traduzir a evolução. ̵ No entanto, existe o teste TUG que é responsável por conseguir traduzir a evolução. ̵ O TUG possui: • Baixo custo • Sensibilidade • Alta adaptabilidade ̵ O idoso, levanta-se, faz um giro de 180º, volta e se senta novamente. O desejado é que ele faça isso abaixo de 20 segundos. ̵ Avalia a independência para levantar-se e se sentar, andar, fazer um giro 180º, voltar e se sentar na cadeira novamente. Ex: paciente com Parkinson, cifose acentuada, levava 40 segundos. Após acompanhamento, por 90 dias, refez o teste e levou 15 segundos para isso. O que mostrou sua evolução. DECÍNIO FUNCIONAL o Está relacionado ao processo de senilidade, que pode levar a um desfecho negativo na saúde do idoso. o O desejo é que esse processo de envelhecimento aconteça de modo gradual e não traumática, se tornando apenas um processo de senescência. o Quando ocorre de modo traumático, se configura como senilidade e pode ser gerado um processo chamado de síndrome do imobilismo. Síndrome do imobilismo o A síndrome do imobilismo é caracterizada por alterações multissistêmicas, resultantes da inatividade. o As principais causas: • Doenças osteoarticulares ̵ Dores crônicas, lesões, fraturas. • Doenças cardiorrespiratória • Doença muscular • Doença neurológica ̵ Parkinson, Alzheimer • Doença psíquica • Doença dos pés • Iatrogenia medicamentosa • Déficit neurossensorial Critérios diagnósticos 2 Critérios maiores + 2 Critérios menores = SI 4 UC9 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período CRITÉRIOS MAIORES CRITÉRIOS MENORES Déficit cognitivo moderado Dupla incontinência Múltiplas contraturas Disfagia Afasia Úlcera de pressão Por isso, é importante manter a funcionalidade do idoso, pois isso afasta as morbidades, afasta a dependência e previne doenças como a síndrome do imobilismo. 5 UC9 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período Escala: https://www.acaoavc.org.br/assets/arquivos/indice-de-barthel.pdf https://www.acaoavc.org.br/assets/arquivos/indice-de-barthel.pdf
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