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Roteiro de Aula Prática 1º Semestre 2015 Curso: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Período/Série: 4º Turno: Noturno Componente Curricular: Eletricidade Aplicada Código: 38054 AULA PRÁTICA Nº 03 LEI DE OHM OBJETIVOS 1.1 Verificar experimentalmente a Lei de Ohm; 1.2 Determinar o valor de resistências pelas medidas de tensão e corrente; 1.3 Familiarização com os gráficos V x I. CONCEITUAÇÃO TEÓRICA Existe uma dependência entre a tensão aplicada e a corrente que circula em um circuito. Quando se aplica uma tensão entre os terminais de um elemento, verifica-se que a intensidade da corrente que o atravessa depende da tensão nele aplicada. Denomina-se resistência elétrica de um componente, a razão entre a tensão nele aplicada e a intensidade da corrente que o atravessa, resultando na equação: onde: R = resistência em ohms E = tensão em volts I = corrente em ampères A equação acima foi formulada em 1.827 por Georges Simon Ohm (1.787-1.854); ela estabeleceu as bases da Eletricidade e da Eletrônica. Quando a resistência de um elemento for constante, a razão E/I também será constante. Neste caso esses elementos são considerados bipolos lineares ou bipolos ôhmicos. A Lei de Ohm é enunciada como se segue: NOS BIPOLOS LINEARES OU ÔHMICOS, A CORRENTE QUE O ATRAVESSA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À TENSÃO APLICADA AOS SEUS TERMINAIS, resultando na equação a seguir: No entanto, podemos também partir da definição: EM UM BIPOLO ÔHMICO, A TENSÃO APLICADA EM SEUS TERMINAIS É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À INTENSIDADE DA CORRENTE QUE O ATRAVESSA; resultando assim na equação abaixo: Pode-se calcular a resistência elétrica de um elemento a partir do gráfico V x I, que recebe o nome de característica elétrica. Levantando-se experimentalmente a curva da tensão em função da corrente para um bipolo ôhmico, teremos uma característica linear, conforme mostra a figura abaixo: Da característica temos: tg( = (V/(I, onde concluímos que a tangente do ângulo ( representa a resistência elétrica do bipolo, portanto, podemos escrever: tg( = R Quando o bipolo não obedece a característica linear mostrada acima, trata-se de um bipolo não ôhmico. Em muitos casos a não linearidade dos bipolos não ôhmicos ocorre em virtude da ação da temperatura. Usualmente abrevia-se (BÑH), cuja resistência pode aumentar com o aumento da temperatura, neste caso, coeficiente térmico positivo ou ainda, sua resistência pode diminuir com o aumento da temperatura, neste caso, coeficiente térmico negativo. Para levantarmos a curva característica de um bipolo, precisamos medir a intensidade da corrente que o percorre e a tensão nele aplicada, bastando para tal aplicar a fórmula adequada da 1ª Lei de Ohm. A figura 2 mostra a curva característica de um bipolo ôhmico. Observa-se a característica linear da referida curva, que foi obtida a partir do circuito experimental 3, constituído por uma fonte variável, onde o bipolo utilizado é um resistor de 100(. Para cada valor de tensão ajustado, obtém-se uma corrente, que colocados em uma tabela permitem o levantamento da curva característica. � E(V) I(ma) 0 0 4 40 8 80 12 120 16 160 20 200 Quadro 01 Da curva temos: RESISTÊNCIAS NÃO OHMICAS A maioria das resistências elétricas tem um comportamento ôhmico, ou seja, linear, como visto acima. Porém, alguns materiais, principalmente os sensíveis ao calor e á luz, apresentam um comportamento NÃO ÔHMICO, ou seja NÃO linear. Para esses tipos de resistências o seu valor ôhmico depende da tensão aplicada, tendo um valor específico para cada condição de operação Assim, diferentemente das resistências lineares, o valor da resistência não é mais constante, como pode ser visto no gráfico da figura 4. Portanto, para cada ponto temos valores diferentes de resistência, ou seja: EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PERMANENTES NECESSÁRIOS Módulo de ensaios (protoboard), matriz de contato, resistores de valores diferente e multímetro MATERIAL DE CONSUMO NECESSÁRIO Não há necessidade de material de consumo. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Monte, no protoboard, um circuito série contendo: uma fonte de tensão variável; um resistor R1 de 100 (; um resistor R2 de 330 (. Insira no circuito um amperímetro para medir a corrente e o voltímetro para medir a tensão sobre o resistor R2; OBS: Cuidado ao inserir os aparelhos no circuito e com a escala dos mesmos Varie a tensão da fonte de alimentação conforme o quadro 1 mostrado abaixo e, para cada valor, meça e anote o valor da corrente; 1º - 3,89 / 2ª – 2,17 Substitua o resistor R2 por um resistor R3 de 1 k( e repita o procedimento do item 3; V (volt) R2 R3 I (mA) I(mA) 0 0 0 1,25 0,14 0,14 2,02 0,29 0,29 4,06 0,58 0,58 6,01 0,86 0,86 8,00 1,12 1,12 10,08 1.44 1.44 12,02 1,72 1,72 14,00 2.01 2.01 TRATAMENTO DOS DADOS OBTIDOS Num mesmo sistema cartesiano, plote as curvas num gráfico V = f(I) para cada um dos resistores R2 e R3. Utilize Excel. Analise os resultados e faça a sua conclusão; R: Os valores obtidos não tiveram variações consideráveis no gráfico. Escolha dois pontos de cada uma das curvas e determine os valores experimentais das resistências. Deixe os pontos bem visíveis e mostre os cálculos feitos; R: 6,01 / 0,86 = 6,99 Ω Compare os resultados obtidos com os valores nominais dos resistores utilizados e conclua. R: A variação é bem mínima, quase impercebível. QUESTÕES: Analisando as curvas obtidas experimentalmente, houve algum ponto que ficou totalmente fora da curva? Se sim, explique as prováveis razões; R: Quando o sistema está com carga não há curva. Qual a relação existente entre o valor de uma dada resistência com a inclinação se sua curva característica? R: De acordo com as leis de Ohms os valores da resistência é referente a tensão divido pela corrente. Se, na tomada da bancada ligarmos seus dois contatos através de um condutor qualquer, acontecerá um efeito denominado de curto-circuito. Nessa condição, a corrente que circulará pelos condutores é muito elevada. Baseado na experiência, explique o que ocorre para que a corrente seja tão alta. R: A tensão baixa e a corrente eleva fazendo com que supere o valor da resistência causado o curto – circuito. Qual seria a provável curva característica da resistência de um material isolante? Explique. R: Uma leve curva pois o material é isolante e isola bem isso ocorre devido ao seu material de confecção que não é condutor e o valor da resistência acaba sendo alto. Qual seria a provável curva característica da resistência de uma lâmpada incandescente. Explique. R: Iria depender da corrente, se fosse continua a curva seria continua, se a corrente fosse variando com um potenciômetro (Dymer) ai neste caso a curva obedeceria a variação feita pelo aparelho. Determine o valor de uma determinada resistência que, ao ser submetida a uma tensão de 5 V é percorrida por uma corrente de 200 mA. R: 5 / 0,200 = 25 Ω . CONCLUSÃO Concluímos que a resistência foi praticamente constante para grande parte das voltagens aplicadas, apresentando comportamento compatível com a Lei de Ohm, que foi o primeiro a fazer um estudo sistemático da resistência elétrica. Verificou-se que o fio de constantan com áreas diferentes também obedecem à lei de Ohm, já que sua resistência é sempre constante, independente de qual seja a tensão aplicada. E ainda que, variando o comprimento, podemos considerar que sua resistência cresce proporcionalmente. O fio condutor de liga constanta apresenta uma relação linear entre a voltagem e a corrente emuma ampla gama de voltagens aplicadas, obedecendo assim as Leis de Ohm. Sendo assim, comprova-se que a resistência elétrica de um condutor homogêneo de seção transversal constante é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua área de seção transversal e depende do material do qual ele é feito. E a resistividade é uma característica do material usado na constituição do condutor. REFERÊNCIAS Gussow, Milton; Aracy Mendes da Costa (trad.) Eletricidade básica 2.ed.. 639 p il São Paulo: Makron Books, 1997 Mamede Filho, João Instalações elétricas industriais / 6. ed.. 753 p. :il. Rio de Janeiro :Livros Técnicos e Científicos, c2002 Boylestad, Robert L. Introdução à análise de circuitos / 8. ed.. 785 p. :il. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos, c1998 _909458148/ole-[42, 4D, 36, C2, 00, 00, 00, 00] _1139986275.unknown _1490167635.xls Gráf1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 R2 R3 Quadro 02 Plan1 R2 R3 0 0 0 2 0.17 0.17 4 0.35 0.35 6 0.53 0.53 8 0.71 0.71 10 0.89 0.89 12 1.07 1.07 14 1.25 1.25 _909458016/ole-[42, 4D, F6, CA, 01, 00, 00, 00]
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