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COMO CALCULAR ESTRUTURAS METÁLICAS? 1. Introdução 2. Qual é o meu objetivo? 3. O que você sente ao encontrar essa estrutura? 4. Quais atividades são feitas na engenharia? 5. Quais passos seguir? 6. Principais normas utilizadas 7. Como definir a geometria? 8. Cargas permanentes 9. Cargas variáveis 10. Como encontrar a força de vento? 11. Combinações 12. Qual software eu posso utilizar? 13. Importando a geometria 14. Definindo as barras e apoios 15. Inserindo as cargas 16. Inserindo as combinações 17. Reações na base 18. Como definir os chumbadores? 19. Analisando os deslocamentos 20. Solicitações das barras 21. Você quer a minha ajuda? 22. Agradecimento 1. INTRODUÇÃO Tudo começou quando após formado em uma entrevista de emprego, o diretor olhou para mim e me perguntou.... E você sabe calcular algum equipamento? E eu simplesmente engoli a seco e respondi... Infelizmente não... Então eu percebi que naquele momento eu deixei um grande aumento de salário inicial na mesa! O que eu mais queria era ser reconhecido na engenharia... Eu estava noivo da minha esposa e já estávamos planejando nos casar e todo dinheiro extra seria muito bem-vinda e não ter o conhecimento de dimensionamento de equipamentos e estruturas na época atrasou a realização desse sonho. E ambos tínhamos um sonho, comprar a nossa primeira casa e viver do nosso jeito e no nosso canto! E para conseguir ser reconhecido eu comecei a devorar tudo e qualquer tipo de treinamento relacionado a performance em engenharia e a trabalhar como um doido para gerar mais resultados. Todo livro ou manual de equipamento que eu encontrava, que possui algum sinal de como calcular algo eu lia e relia até entender como aquilo poderia ser útil para mim e para a empresa que eu trabalhava. Mas depois de engolir centenas de livros e fórmulas eu percebi que isso não me tornou um calculista de equipamentos, ainda faltava algo. Até que um dia a empresa contratou um calculista e eu pensei, agora esse cara vai me ensinar tudo! Por onde eu vou começar e como eu vou calcular equipamentos como ele! Então alguns dias após a pessoa chegar na empresa, comecei a fazer amizade com ela e fiz a derradeira pergunta. Como eu posso calcular equipamentos como você? E ele respondeu, estudando! Eu show e você me ensina? E ele com uma risadinha no canto da boca, simplesmente respondeu.... É claro que não. E por mais que eu quisesse me desenvolver sozinho, eu não acreditava que conseguiria fazer e todos os treinamentos que existiam na época eram caríssimos e eu com a parcela da casa para pagar, casamento, móveis, eletrodomésticos, por mim era uma infinidade de coisas que me mantinham sem conseguir realizar o meu sonho de entender como definiria o tamanho, a espessura de um perfil! E eu sabia que se eu não tivesse sucesso nessa jornada, eu ficaria empacado em um lugar onde eu somente ficaria projetando peças conforme me ordenavam e não de uma maneira que eu pudesse entender o que realmente estava fazendo. E ainda ficaria limitado a receber um salário que não condizia com o que eu desejava receber. Eu ficaria frustrado em saber que investi 5 anos estudando para me formar em engenharia e não conseguiria determinar como deveria ser o meu próprio projeto, ficando à mercê sempre se alguém me dizendo como deveria ser e qual material utilizar. Quando finalmente eu encontrei alguém que decidiu me orientar, essa pessoa me falou, pega esse livro aqui e estuda ele, era um manual de práticas de cálculo de dimensionamento de perfis. Eu fico supercontente e achando que meus problemas haviam acabado, mas não foi bem assim... Eu levei mais de dois anos estudando esse material, com muita dor e muito esforço para entender coisas que estavam em uma página que não entravam na minha cabeça assim que eu lia o conteúdo. Eu não sei como é com você, mas comigo é assim, eu normalmente quando eu tenho algo para estudar e preciso aprender sozinho, eu tenho que me dedicar duas, três vezes mais do que quando alguém me explica algo. Mas um belo dia eu peguei o meu material e voltei na primeira página e decidi começar do zero novamente... após ter lido já tudo mais de duas vezes... Então quando de repente tudo ficou claro e os cálculos começaram a ficar claros e de forma que eu estava entendendo o real funcionamento das fórmulas e como tudo se encaixava. E logo após eu ter entendido como dimensionar perfis a compressão, tração, flexão e tudo mais e como se comportavam as cargas e a analisar uma estrutura. Coincidentemente, surgiu na empresa que eu trabalhava na época, a oportunidade de redimensionar todos os montantes de todas as linhas de silos de armazenagem de grãos! Pensa, como eu me senti ao saber que eu estava preparado e essa grande oportunidade! Tudo isso porque eu já havia me preparado antes! Apesar de que foram 4 anos estudando para um trabalho que levou 6 meses para ser concluído. Mas a questão é... e se eu não tivesse com o conhecimento em mãos, o que teria acontecido??? Então após passar por esse projeto, eu montei uma estratégia, um plano, para que eu me tornasse o calculista responsável dessa empresa. Eu comecei a listar o que eu precisava entender a mais, fora conhecer sobre perfis dobrados, que seriam necessárias para eu conseguir essa promoção. E a lista ficou mais ou menos assim: - Conhecer cargas permanentes - Saber quais cargas variáveis são aplicadas na estrutura - Como fazer a combinação desses esforços - O que são estados limites últimos - O que eu analiso com o estado limite de serviço - Qual software utilizar? - Qual perfil utilizar? - Quais aços são utilizados em estruturas? - Como dimensionar chumbadores para fixar os equipamentos? - Quais são as principais estruturas industriais? Com esse levantamento em mãos eu continuei a minha jornada, me desenvolvendo como engenheiro de equipamentos. Já no início, quando eu comecei a pesquisar sobre cada item do meu plano, eu tive um resultado muito interessante. Mais pessoas, começaram a me perguntar como poderiam chegar aonde eu já havia chegado. E a empresa começou a confiar em mim e passar mais trabalhos para eu analisar e avaliar e em pouco tempo eu havia conquistado a minha tão sonhada promoção. E após eu alcançar esses resultados, eu comecei a ensinar algumas pessoas esse mesmo método, com foi o caso do: Edson, que começou a se sentir mais seguro ao definir as cargas para dimensionar uma estrutura metálica dentro das normas. https://youtu.be/E4cWo6gficI O João, também estava em dúvida de que cargas considerar em uma estrutura, porque na faculdade ele recebeu apenas uma receita de bolo, e não explicava como cada carga era definida, e qual norma era utilizada para definir as quais forças utilizar na hora de calcular uma estrutura. https://youtu.be/Cp8YD-SNUKo Outro aluno, o Lucas, se formou em 2016 e já ministrou aula no SENAI, mas tinha dificuldades de entender como definir as cargas e quando surgiu uma nova oportunidade de trabalhar na área, por essa necessidade imediata, me procurou e fez o curso, para ter mais confiança em realizar seus projetos. https://youtu.be/ua9UELAk_EY E ainda, temos a Lorena, que se formou em Engenharia Mecânica, e quando se formou tinha muita bagagem teórica e não tinha visto praticamente nada de prática durante a faculdade, ela saiu com um vazio enorme, mas depois do curso Calculista de Estruturas Metálicas isso mudou! Pois ela viu como realmente funciona passo a passo o Cálculo de Estruturas Metálicas. https://youtu.be/io0qw2HtfH0 E no final de toda essa jornada, eu consegui conquistar tudo que eu queria na minha carreira, pois eu consegui entender como dimensionar peças e estruturas,ou seja, eu conseguia determinar as espessuras e os materiais utilizados nos projetos. Foi através de toda essa jornada, que eu consegui me tornar gestor nas áreas de aplicação e produto. Também consegui ajudar mais pessoas, ensinando elas o que eu fazia e ainda faço nos dias de hoje dentro da engenharia. Uma engenharia aplicada e voltada ao desenvolvimento de obras, equipamentos e dispositivos para melhorar a vida das pessoas. 2. QUAL É O MEU OBJETIVO? O que você vai aprender nesse livro é o mesmo que vários Engenheiros usam para Calcular Estruturas Metálicas. Também uma forma simples de Entender as Normas de um Projeto de uma Estrutura. E um modo de ter uma Passo a Passo para Calcular uma Estrutura sem Ter Medo de Errar Algo que ensinei para os meus alunos que agora sabem como definir as cargas atuantes em uma estrutura, como utilizar o software de cálculo e realizar projetos de estruturas metálicas. O meu grande objetivo é encurtar seu tempo! Então nesse livro nós vamos ver: Passo a Passo para Calcular um Estrutura Quais normas devem ser utilizadas Como definir as cargas atuantes Como analisar os resultados no software 3. O QUE VOCÊ SENTE AO ENCONTRAR ESSA ESTRUTURA? Empolgado e Confiante? Com medo e inseguro? Perdido não saberia nem por onde começar? Vamos ver como resolver os seus medos e eu vou te mostrar nesse livro o passo a passo para você se tornar confiante e empolgado ao se deparar como uma estrutura metálica que precisa ser calculada. 4. QUAIS ATIVIDADES SÃO FEITAS NA ENGENHARIA? Especificação Projeto Inicial ou Executivo Construção e Fabricação Operação Manutenção O nosso objetivo aqui como calculista é ser Especificadores do Projeto, nós vamos definir as barras, as ligações e tudo que é necessário para a Estrutura ser Projetada e Executada. 5. QUAIS PASSOS SEGUIR? Eu recomendo você seguir esses passos: I. Você precisa de uma metodologia, um passo a passo que eu não tive quando comecei II. Ter pessoas experientes ao seu lado, um professor ou estagiar, trabalhar em uma empresa na área de projetos ou indústria de estruturas III. Saber quais normas utilizar e quando aplicar cada parte em cada tipo de estrutura 6. PRINCIPAIS NORMAS UTILIZADAS Seguem abaixo as normas que devemos utilizar para calcular as estruturas metálicas. NBR 6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações NBR 8681 - Ações e Segurança nas estruturas NBR 14762 - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios Claro que existem outras, mas eu quero lhe mostrar as principais e que são utilizadas nos projetos que estão relacionados neste livro. 7. COMO DEFINIR A GEOMETRIA? O primeiro passo para se realizar o cálculo de uma estrutura é definir: Qual a Tipologia da Estrutura? Quais os Segmentos Os tipos dos Nós E os Apoios Algumas tipologias que calculamos dentro da área industrial são: • Mezaninos metálicos • Plataformas Metálicas • Passarelas Metálicas • Rampas Metálicas • Escadas Metálicas • Galpões Metálicos • Coberturas Metálicas E eu quero lhe trazer aqui alguns exemplos que eu já calculei, projetei e foram fabricados e instalados em diversos clientes: Passarela Sobre Silo, Torre e Pilar: Estrutura de Silos Elevados: Estrutura de Tulhas e Silos de Expedição: Cobertura de Tombador de Moega de Grãos: Mezanino: Gruas: Torres Autoportantes: Mas para realizar todos esses cálculos é importante que você siga as recomendações abaixo para que você possa realizar e entender o comportamento de qualquer tipo de estrutura. 8. CARGAS PERMANENTES Qual norma define o procedimento de cargas? A norma utilizada é a NBR 6120 Primeiramente precisamos entender como as cargas são classificadas? As cargas são classificadas como: Permanente Variáveis As Cargas Permanentes são definidas por: Peso próprio da estrutura Peso de todos os elementos construtivos Instalações permanentes 9. CARGAS VARIÁVEIS É toda carga que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu uso: Pessoas, Móveis, Materiais diversos, Veículos etc. Vento 10. COMO ENCONTRAR A FORÇA DE VENTO? As forças devidas ao vento sobre uma edificação devem ser calculadas separadamente para: Elementos de vedação e suas fixações (telhas, vidros, esquadrias, painéis de vedação) Partes da estrutura (telhados, paredes) Estrutura como um todo Para determinar a Força de Vento atuante na Estrutura precisamos ter: Velocidade Básica do Vento Fatores S1, S2 e S3 Velocidade Característica Pressão Dinâmica Coeficientes Aerodinâmicos Eu também vou te dar um presente! Uma planilha de carga de vento em estruturas metálicas para você baixar no link abaixo: Planilha de Cálculo de Forças de Vento Velocidade Básica do Vento A velocidade básica do vento Vo é a velocidade de uma rajada de 3s, excedida em média uma vez em 50 anos, a 10m acima do terreno, em campo aberto e plano. O mapa de isopletas do Brasil apresentado pela norma pode ser utilizado como base para projetos e dimensionamentos de engenharia. No mapa são expressas as velocidades básicas do vento nas diferentes regiões do Brasil. A velocidade média (Vo) no mapa é apresentada em metros por segundo (m/s). Fatores para determinar a velocidade característica Vamos tomar um exemplo: Uma torre autoportante de 6m x 6m de largura e comprimento e com altura de 30m. Uma cidade localizada no Estado da Bahia, onde o vento básico é de 30m/s. Após determinar o local básico, vamos ver quais os fatores topográficos, rugosidade e estatísticos que vão impactar a velocidade característica do local que será instalada a edificação. São necessários três fatores para determinar a velocidade característica do vento, sendo: Fator topográfico, S1 - Terreno plano ou fracamente acidentado = 1,0 Fator rugosidade S2 - Categoria II: Terrenos abertos em nível, com poucos obstáculos - Classe B: Toda edificação ou parte da edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20m e 50m. - Z(30m) = 1,08 Fator estatístico S3 - Grupo 3: Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação (depósitos, silos, construções rurais, etc.) = 0,95 Determinação das forças estáticas devidas ao vento As forças estáticas devidas ao vento são determinadas do seguinte modo A velocidade básica do vento Vo adequada ao local onde a estrutura será instalada A velocidade básica do vento é multiplicada pelos fatores S1, S2, S3 para ser obtida a velocidade característica do vento, Vk então temos: Vk = Vo . S1 . S2 . S3 [m/s] A velocidade característica do vento permite determinar a pressão dinâmica: q = 0,613 Vk² [N/m²] onde 1N é igual a 0,101972 kgf/m² Então resumidamente a força é determina por um coeficiente de força x pressão dinâmica do vento x área de exposição: F = Cf . q . A Força do Vento em Reticulados Considera-se como reticulada toda estrutura constituída por barras retas A força do arrasto é calculada por: Fa = Ca1 . q . Ae Ae é a área frontal efetiva do reticulado É a área da projeção ortogonal das barras sobre o plano de direção do vento Como encontrar? O índice de área exposta Φ (fi) é igual a área frontal efetiva do reticulado dividida pela área frontal da superfície limitada pelocontorno do reticulado. O índice de área exposta refere-se sempre ao conjunto de todas as barras do reticulado. O gráfico abaixo da Figura 6 da norma fornece os valores do coeficiente de arrasto Ca para um reticulado plano formado por barras prismáticas de faces planas. Para ventos em galpões de duas águas você pode utilizar o software visual ventos para levantar os esforços, baixe pelo link abaixo: Software Visual Ventos 11. COMBINAÇÕES Qual norma utilizada para segurança? A norma utilizada é a NBR 8681 Quais são as definições que devemos saber? Estados Limites Últimos Estados Limites de Serviço Combinações Ações Permanentes Ações Variáveis Coeficientes das Ações Permanentes Os coeficientes das ações permanentes têm duas funções: Aumentar os valores que provocam efeitos desfavoráveis. Diminuir os valores que provocam efeitos favoráveis. Coeficientes das Ações Variáveis Os coeficientes das ações variáveis têm uma função: Aumentar os valores que provocam efeitos desfavoráveis para a segurança da estrutura. As ações favoráveis que provocam efeitos favoráveis não são consideradas nas combinações de ações. Algumas combinações que vamos utilizar: Para dimensionamento estrutural utilizam-se as seguintes combinações (cargas fatoradas): • 1,3 x Ações Permanentes • 1,3 x Ações Permanentes + 1,5 x Sobrecargas • 1,0 x Ações Permanentes + 1,4 x Vento • 1,3 x Ações Permanentes + 1,5 x Sobrecargas + 0,6 x 1,4 x Vento • 1,3 x Ações Permanentes + 1,4 x Vento + 1,00 x 1,5 x Sobrecargas Para determinação das reações nas bases e deslocamentos usam-se as combinações (cargas de serviço): • 1,0 x Ações Permanentes + 1,0 x Sobrecargas • 1,0 x Ações Permanentes + 1,0 x Vento 12. QUAL SOFTWARE EU POSSO UTILIZAR? Para este passo a passo nós vamos utilizar o STRAP METAL segue abaixo o link de download e o processo de instalação conforme a desenvolvedora do software. Basta clicar no link abaixo e seguir as instruções! http://www.sae.eng.br/softwares/strap/strap_trial.html Conforme o procedimento indica em um momento você precisará optar por instalar a versão FULL para 30 dias ou a versão TRIAL que é completa, mas somente para 12 nós sem limite de tempo! Qualquer dúvida no site do fornecedor tem um e-mail para vocês entrarem em contato e tirarem suas dúvidas! Eu vou passar um passo a passo na versão que eu tenho e que pode ser um pouco diferente da sua, mas acredito que você irá acompanhar. Qualquer dúvida é só responder no e-mail que você recebeu esse livro que eu terei um prazer em ajudar você. 13. IMPORTANDO A GEOMETRIA Então vamos lá para a parte prática e colocar todos os pontos levantados anteriormente e que você já deve ter feitos os seus levantamentos e anotados todos eles. Vamos utilizar a geometria de uma Torre Auto Portante para o nosso exemplo, segue abaixo o link para você fazer o download do arquivo em DXF Link DOWNLOAD Unifilar em DXF https://1drv.ms/u/s!AnrN8CdkVvlagfNW_5ubVeYyDJSyKQ?e=8Xq546 O primeiro passo é você baixar o arquivo acima e depois importar no software para cumprimos a primeira etapa de definição de geometria Importar modelo DXF Definição dos Elementos Definir Apoios Vá no menu DXF: Depois e criar um novo modelo a partir do DXF Entre com o nome do modelo: Por exemplo TORRE AUTO PORTANTE 6 X 6 X 30M Vá até o local onde está salvo o arquivo em DXF e clique em Abrir Como lá no DXF cada barra ou segmento já possui uma cor, que representa um elemento, então vamos deixar as layers selecionadas conforme as barras e clique em OK. Depois você vai mudar o comprimento para milímetros, pois é a unidade que está desenhado o DXF e colocará as propriedades de acordo com as cores do DXF: OK, novamente para importar a estrutura. Agora nós vamos para a etapa de definição de geometria Depois mude a perspectiva para isométrica: Depois vá em Display e Selecione Property Numbers ou Propriedades por Número A sua geometria deverá ficar colorida, representando uma cor para cada tipo de elemento. As cores não são na mesma ordem do DXF no software STRAP elas tem outra representação. Vá em Beam Proprerties ou Propriedade das Barras e adicione a propriedade de cada barra 14. DEFININDO AS BARRAS E APOIOS E para cada propriedade você vai definir um perfil, então selecione o perfil 1 e vá em Definir ou Revisar e depois abrirá a seguinte tela e vá em Steel Table ou Tabela de Perfis Depois selecione o tipo do perfil e a sua dimensão Para barra 1 nós vamos selecionar o perfil W 150 x 13 e deixe o eixo conforme a imagem acima. Selecione os demais perfis conforme a imagem acima Para renderizar e verificar os perfis vá no ícone do perfil e verificar conforme a imagem abaixo: O próximo passo é definir os apoios da base da torre, então você vai ao menu lateral e mude para o ícone de apoio e vamos inserir 4 apoios fixos na base, ou seja, nos 4 pés da torre. 15. INSERINDO AS CARGAS Carregamentos Cargas Permanentes e Variáveis Vamos inserir todas as cargas pelo botão Novo e Coloque o nome de cada uma Daí vamos definir o peso próprio conforme a imagem abaixo Selecione todas as barras Agora vamos selecionar a direção X3 e o fator -1 para aplicarmos a força do Peso Próprio na Estrutura que estamos inserindo as cargas: Chegando no resultado: Repita esse processo para as outras cargas como por exemplo: Carga Permanente: - Peso Próprio - Equipamentos - Plataforma - Escada Cargas Variáveis de Sobrecarga: - Pessoas - Outras levantadas A carga de vento conforme calculado na planilha e as demais cargas como sobrecargas: - Vento 0° - Vento 90° Eu particularmente nesse caso da torre, aplico as cargas de vento nos 10 nós principais da face do eixoX1 (Vento 0°) e eixo X2 (Vento 90°). Então teremos duas cargas de vento como a próxima imagem. A carga de vento foi calculada conforme a planilha passada anteriormente e no meu exemplo eu cheguei na carga de aproximadamente Chegando a esse resultado: Depois no meu exemplo está em inglês, mas vá em Solve ou Calcular 16. INSERINDO AS COMBINAÇÕES Análise Definir Combinações Combinações Você se lembra das combinações levantadas lá no capítulo das Ações e Segurança, onde falamos sobre os Estados Limites Últimos e Estados Limites de Serviço? Vamos recapitular aqui Para dimensionamento estrutural utilizam-se as seguintes combinações (cargas fatoradas): • 1,3 x Ações Permanentes • 1,3 x Ações Permanentes + 1,5 x Sobrecargas • 1,0 x Ações Permanentes + 1,4 x Vento • 1,3 x Ações Permanentes + 1,5 x Sobrecargas + 0,6 x 1,4 x Vento • 1,3 x Ações Permanentes + 1,4 x Vento + 1,00 x 1,5 x Sobrecargas Legal, agora a partir desse modelo eu vou te mostrar no software como elas são colocadas: 17. REAÇÕES NA BASE Após inserir as combinações, nós já conseguimos verificar as cargas na base, para dimensionar os chumbadores e verificar os deslocamentos máximos. Podemos alterar qual a combinação desejamos verificar, para encontrar as maiores cargas de compressão e tração na base, assim como mudar a orientação do eixo de X3 para X2 para encontrarmos a força horizontal cortante na base e inserir os resultados na planilha de cálculo dos chumbadores da base. 18. COMO DEFINIR OS CHUMBADORES? Para definir os chumbadores, fazemos o levantamentodas reações conforme o item anterior e colocamos em uma planilha, pois essas são informações importantes a serem passadas para a construção da base. Verificamos todas as combinações e suas reações em X1, X2 e X3 e colocamos os valores em uma planilha: Depois com esses dados de Forças de Reação de Tração e Cortante podemos dimensionar o chumbador também, através de uma planilha de Dimensionamento pelo Método das Tensões Admissíveis (AISC-ASD) e Método dos Estados Limites (AISC-LRFD) Então a partir da inserção dos dados de entrada a planilha faz a análise pelos 2 métodos e nós da o resultado final e adotamos o maior diâmetro e com maior fator de segurança. Exemplos de medidas de nicho dos chumbadores em mm Exemplos de distâncias mínimas entre chumbadores em mm 19. ANALISANDO OS DESLOCAMENTOS Para os deslocamentos nós vamos utilizar os ELS (Estados Limites de Serviço) conforme a tabela da imagem abaixo e do que foi descrito no capítulo anterior. • 1,0 x Ações Permanentes + 1,0 x Sobrecargas • 1,0 x Ações Permanentes + 1,0 x Vento Temos que analisar os deslocamentos para todas as combinações de estados de serviço Conforme a NBR 8800-Anexo C-Tabela C-1 e vamos verificar os deslocamentos máximos conforme abaixo: Então nós geramos os deslocamentos no software e verificamos manualmente se estão dentro do requisitado pela NBR8800. No nosso modelo tivemos o deslocamento máximo do último pavimento da torre em 2,63cm Então basta você pegar o seu tipo de edificação e verificar o deslocamento dado no software e dividir pelo valor que está na tabela acima. No nosso caso vamos utilizar um edifício de dois ou mais pavimentos e verificar o deslocamento máximo do topo dos pilares em relação a base. Usando a altura máxima da torre de 3000cm e dividir por 300, resultando em 10cm de deslocamento máximo permitido. Como o nosso resultado foi de 2,63cm então está dentro do deslocamento máximo, mas ainda não verificamos as barras, as vezes se alguma barra não estiver passando, quando alteramos ela, o deslocamento máximo tende a diminuir. Vamos verificar também o deslocamento entre 2 pavimentos consecutivos, então nós temos cada parte da torre com 600cm de altura, dividindo por 500 temos o deslocamento máximo entre pavimentos que é de 1,2cm. O índice m requisita que seja tomado apenas o deslocamento provocado pelas forças cortantes no andar considerado, desprezando-se os deslocamentos de corpo rígido provocados pelas deformações axiais dos pilares e vigas. Então aplicando somente as forças que são cortantes na edificação no nosso modelo temos o deslocamento do último pavimento em 2,64cm e no penúltimo em 2,32cm resultando numa diferença de 0,32cm que é inferior aos 1,2cm requisitados pela norma. Com isso temos nosso modelo aprovado nos deslocamentos e vamos para a verificação das barras. 20. SOLICITAÇÕES DAS BARRAS Na próxima etapa vamos utilizar o módulo Steel, onde determinamos as normas a serem usadas no cálculo, no nosso casso a brasileira. Vamos também determinar os parâmetros de qual o tipo de aço estamos utilizando e por último vamos computar e calcular as solicitações nas barras. Nos parâmetros definimos o aço dos perfis W e Cantoneira como A572 G50: O qual tem resistência de limite de escoamento de 345Mpa. Depois basta computar para verificarmos o primeiro resultado das barras: Verificamos que alguns perfis W dos montantes não passaram na verificação Combinada de força Axial + Momento e algumas barras de cantoneiras não passaram no limite de esbeltez. Então podemos verificar cada barra e alterar lá na geometria para um modelo acima e calcular novamente. Fazendo sempre esse processo iterativo. Para verificar no modelo vamos para a opção que nos mostra a capacidade em cada barra Vista geral: Vista em detalhe das peças com % maiores que 100%. Como já estamos analisando em estados limites últimos o resultado poderia ser considerado até 102% mas eu recomendo que você deixe sempre as barras em até 90% a 95% sempre pensando em uma segurança aumentada. Então voltamos para a etapa de geometria e definimos um novo perfil para os montantes inferiores de até em 6m melhorando assim a etapa de fabricação, pois normalmente os perfis W são comprados com esse comprimento. Com isso nós teremos uma nova propriedade para a parte inferior dos montantes das torres: Então voltamos para a etapa do Resultados e recalculamos o modelo e fazemos a nova verificação das peças. Ainda não passaram algumas cantoneiras como podemos verificar abaixo, então basta verificar qual delas não estão atendendo ao limite de esbeltez e aumentar a geometria ou a espessura, ou ainda ambos, tem que testar! Então vamos voltar na geometria e alterar a cantoneira que está com 110% que no nosso exemplo é o elemento número 4. O perfil W de 150x18 também não passou então já aproveitei e alterei para 150x22.5 e a cantoneira eu alterai para 3” x ¼” mas também não passou então tive que alterar para 4” x ¼” Obtendo um resultado que atende as solicitações, finalizando assim a verificação das barras. Com isso já conseguimos verificar o peso da estrutura. 21. LIGAÇÕES Para as ligações podemos determiná-las manualmente ou utilizando o módulo de ligações do programa. Neste material eu vou mostrar quais são as ligações e seus tipos, para que numa próxima oportunidade possamos adentrar no mundo das ligações. Segue abaixo as principais ligações: Exemplos de ligações conforme a rigidez: Classificação dos modelos de ligação: As ligações podem ser soldadas ou parafusadas, sendo que, na maioria das vezes, o cálculo da ligação implica na verificação de grupos de parafusos e de linhas de solda. Os parafusos devem resistir a esforços de tração ou cisalhamento e as soldas devem resistir a tensões de tração, compressão ou cisalhamento. E para fazer o efetivo dimensionamento das soldas e parafusos precisamos estabelecer os esforços solicitantes e as resistências dos parafusos e soldas de acordo com o tipo de esforço que estão chegando neles. 22. AGRADECIMENTO Então meu muito obrigado por ter acompanhado até aqui, espero que você tenha gostado da leitura e já comece aplicar hoje mesmo o que aprendeu neste livro! Quer assistir esse e-book em formato de uma aula completa? Clique no link abaixo e veja ela na integra: https://youtu.be/EQboX9UareM Grande Abraço, Leônidas Müller
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