Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prótese e Órtese Prof.ª Juliana Yule Órtese para o Joelho Órtese Joelho-Tornozelo-Pé o Evolução o + Funcionais o + Estéticas Tipos • OJTP/KAFO: controle de MI – Paralisia muscular – Fraturas – Lesão de tecidos moles • OJ/KO: imobilização do joelho – Distensão ligamentar – PO – Atletas (minimizar e/ou evitar lesões ?) OJTP/KAFO de plástico-metal • Plástico (polipropileno) – Calhas (panturrilha e coxa) • Metais (alumínio, magnésio, titânio ou aço) – Hastes verticais – Articulações • Leves OJTP/KAFO de plástico-metal • Calha – Cobre a face posterior da coxa – Leve – Velcro – Aerodinâmica • Hastes verticais – Metálicas • Unilateral • Bilaterais • Articulações do joelho – Eixo • Único • Polieixo Calha Eixo Haste Haste Unilateral OJTP/KAFO de plástico-metal • Articulação do joelho – Sem trava: estabilidade médio-lateral e rotacional – Com trava: necessitam de estabilidade em todos os planos OTJP/KAFO de plástico-metal • Travas para o joelho – Aumentam a estabilidade do joelho • Faixas protetoras para o joelho – Proteção na face anterior – Faixa rígida suprapatelar – Faixa pré-tibial – Joelheira em couro (presa às hastes laterais/mediais) Roda dentada Com catraca OTJP/KAFO de plástico-metal • Controle do plano frontal (ocasional transverso) – Indicação: • Paralisia extensora do joelho • Flacidez de tecidos moles (artrite grave) • Genu valgo OJ/KO - Imobilizadores de joelho • Talas de imobilização • Reforço metálico lateral/medial • Indicação: – Hemorragias hemofílicas – Traumas – PO OJTP/KAFO supracondilianas • Estabiliza as 3 articulações • Permite a flexão na fase de balanço e sentar • Proporciona extensão de joelho na fase de apoio pela discreta flexão plantar • Imobilização do pé aumenta a estabilidade da marcha • Contra indicada em edema OJTP/KAFO de couro-metal • Nas indicações de edema grave e flutuação do volume da perna OJ/KO • 4 aplicações: • Função • Reabilitação • Profilaxia • Redução de contraturas OJ/KO Funcionais • Suporte para tecidos moles flácidos ou musculatura enfraquecida • Possui: – Hastes verticais bilaterais – Confeccionadas em metal, fibra de vidro ou plástico – As calhas são de plástico – Têm articulação de joelho com ou sem trava – Oferecem: • Apoio ântero-posterior – instabilidades ligamentares • Apoio médio-lateral – genuvaro • Apoio rotacional OJ/KO para reabilitação • Após PO • Uso por curto período de tempo • Confeccionados em lona com ou sem espuma • Possuem reforços de metal • Fechamento por velcro OJ/KO profiláticos • ? • Evitar lesão ? • Criam dependência OJ/KO para redução de contraturas • Apresentam hastes verticais bilaterais • Aplicam força constante no joelho • Permite aumentos progressivos de amplitude de movimentos • Articulações de joelho com molas (aumentam a força de tensão) • Podem utilizar recursos (bolsas de ar) • Componentes elásticos OJ/KO para suporte • Proporcionam apoio moderado • Auxiliam na movimentação da patela • Alívio da dor • São confeccionadas em lona de algodão ou sintética com ou sem segmentos elásticos • Com reforços rígidos ou neoprene Orientações para prescrição de OJ/KO e OJTP/KAFO • 1) para controle de fraqueza do quadríceps durante a fase de apoio: • Calçado com salto baixo • OTP-TR regulada em flexão plantar • OTP-TR e faixa proximal anterior • OJTP com uma trava no joelho e faixa pré-patelar ou suprapatelar ou almofada no joelho • OJTP com dial • 2) Para controlar a flexão do joelho durante a fase de apoio em presença de contratura do joelho em flexão • OJTP com trava Orientações para prescrição de OJ/KO e OJTP/KAFO • 3) Para controlar hiperextensão do joelho durante a fase de apoio em presença de genu recurvato • Calçado com salto discretamente + alto • OTP-TR regulada em posição de dorsiflexão • OJTP com faixas localizadas posteriormente para a panturrilha e para a porção distal da coxa. • 4) Para proporcionar controle mediolateral durante a fase de apoio em presença de genuvalgo • OTP-TR com faixa rígida para panturrilha na borda medial • OJTP com uma faixa rígida para a panturrilha na borda medial; a órtese pode ter ou não trava para a articulação mecânica do joelho • OJTP com trava para joelho e almofada sobre o joelho com a 5ª tira afivelada na barra vertical lateral • OJTP com um disco medial na altura do joelho Estudo de caso FC, uma dona de casa de 64 anos teve poliomielite aos 6 anos de idade. A doença causou enfraquecimento de todos os músculos da sua extremidade inferior esquerda e o membro esquerdo ficou 4 cm mais curto que o direito. Seu joelho direito apresenta uma grande flacidez de ligamentos e recurvado em 25 graus quando recebe carga. Todos os grupos musculares do pé e tornozelo encontram-se bastantes enfraquecidos (1/5). O quadríceps e os isquiotibiais estão fracos (2/5). Ao tornozelo esquerdo faltam 5 graus de dorsiflexão passiva. A extremidade direita apresenta uma amplitude de movimento ativo dentro dos limites normais e a força muscular também dentro do intervalo da normalidade (5/5). Ela utilizaou uma OJTP de couro–metal com muletas Lofstrand bilaterais desde a infância. ... continuação FC realiza deambulação doméstica. Sua OJTP está agora muito usada. A tira de couro para estabilização da faixa da panturrilha e a almofada de couro para apoio do joelho estão rotas (arrebentadas). A articulação do joelho de eixo único com trava por anel deslizante está com dispositivo para liberação da mola de retenção quebrado. Ela utiliza calçados de couro com cadarços e abertura adaptados e um calço no salto para compensar a contratura em flexão plantar e a discrepância no comprimento das pernas. O calçado está fixado à OJTP por intermédio de um estribo rígido. O couro por cima da caixa de dedos encontra-se rachado e a sola embaixo da cabeça dos metatarsianos está furada. Ela se sente confortável com a OJTP atual, apesar de necessitar de reparos. Consideraria a hipótese de uma nova órtese caso estivesse trabalhando melhor do está atualmente? Introdução Trauma Raquimedular (TRM) – lesão da medula espinhal concomitante às injúrias da coluna vertebral. – ocorre em cerca de 15 a 20% das fraturas da coluna. Epidemiologia No Brasil Incidência : de 32 a 52 casos/milhão de hab Nº casos/ano : 8.000 Custo : 300 milhões de dólares/ano Sexo : preferencialmente masculino Faixa etária : entre 15 e 40 anos Etiologia • Acidente automobilístico • Quedas de nível • Mergulho em água rasa • Ferimento por arma de fogo ou branca Considerações anatômicas Formação da coluna vertebral São 33/34 vértebras divididas da seguinte forma: - 7 cervicais - 12 torácicas - 5 lombares - 5 sacrais - 4/5 coccígeas Considerações anatômicas Formação do canal vertebral (canal raquideo): - parede posterior do corpo vertebral - parede anterior do arco vertebral Considerações anatômicas • A medula espinhal no adulto possui cerca de 45 cm • A cauda eqüina localiza-se na parte baixa do canal vertebral formada pelas raízes dos nervos espinhais. Considerações anatômicas Dermátomo é a área da peleque leva informações sensitivas de cada raiz nervosa. Miótomo é o grupo de músculos que cada raiz inerva. Fisiopatologia Mecanismo da lesão primária da medula Fase aguda (até 8h do trauma) - Transferência de energia cinética - Rompimento dos axônios - Lesão de células nervosas - Ruptura dos vasos sangüíneos Classificação • Lesão medular completa – quando existe ausência de sensibilidade e função motora nos segmentos sacrais baixos. • Lesão medular incompleta – quando é observada preservação parcial das funções motoras abaixo do nível da lesão Classificação • Tetraplegia – perda da função motora e sensitiva nos segmentos cervicais. • Paraplegia – perda da função motora e sensitiva nos segmentos torácicos, lombares ou sacrais. Neuroimagem - Rx AP/ Perfil - Radiografia dinâmica contra-indicada em paciente com déficit neurológico ou inconsciente - Ressonância magnética auxilia o diagnóstico do TRM e sempre que possível leve ser utilizada na fase inicial do diagnóstico Deslocamento Atlanto- occipital Espondilolistese Fratura Vertebral Fratura de Jefferson Fragmento Impactado Compressão Medular Secção Medular Hérnia Discal Pós-Traumática Síndromes Medulares da medula central principalmente na região cervical e apresenta comprometimento maior dos membros superiores que dos inferiores. Síndromes Medulares da medula anterior ocorre preservação da propriocepção e perda da função motora e sensibilidade dolorosa. Síndromes Medulares da medula posterior ocorre perda da sensibilidade profunda. Síndromes Medulares • Brown-Séquard ocorre na hemisecção medular e ocasiona perda da função motora e proprioceptiva do lado da lesão e perda da sensibilidade a dor e a temperatura do lado oposto. Síndromes Medulares • da cauda eqüina lesão isolada dos nervos espinhais da cauda eqüina. QC depende da raiz atingida: - paresia de membros inferiores - arreflexia - distúrbio da sensibilidade - incontinência vesical e fecal Órtese de Quadril - HO • Sistema de forças de 4 pontos • Meios para manutenção do ortostatismo com segurança • Ortostatismo: – Alongamento do esqueleto – Auxilia a respiração – Facilita: • Digestão • Esvaziamento vesical – Diminuição: • Fraturas • Úlcera de decúbito Órtese de Quadril - HO • Marcha ortoticamente assistica tem velocidade diminuída • Consome menos energia • Utiliza-se musculatura de tronco e MMSS Estruturas para ficar em pé • Estrutura em “L” • Estrutura em “A” Estruturas para ficar em pé • Parapódio • Versão articulada de mecanismo de ortostatismo • Articulada no quadril e joelho Estruturas para ficar em pé • Andador giratório • ORLAU (Orthotic Research and Locomotion Assessment Unit) • Caminhadas em superfícies planas e lisas Órteses para deambulação • Órteses para tornozelo-pé: – Botas estabillizadoras de Vannini-Rizzoli – Pé em flexão plantar – Calçado com sola lisa sobre uma cunha – Faixa anterior abaixo do joelho – A estabilização do quadril e do joelho é alcançada pelo posicionamento posterior do tronco – Para deambulação é necessário uso de muletas e/ou andador. Órtese para deambulação • Órtese joelho-tornozelo-pé – Órtese Craig-Scott • OJTO em couro metal com trava dupla em forma de estribo para o tornozelo • $$$ Órtese para deambulação • Barra extensora – Para espasticidade adutora grave – Estabilização de equilíbrio – Evita rotação e adução de quadril Órtese para deambulação • OJTP fixadas medialmente – Paraplegia juvenil ou adulta – União medial por rolamento de esferas – Limita o comprimento do passo – Quando a perna direita esta no balanço a esquerda é impedida de flexionar-se – Necessita de muletas Órtese para deambulação • Órtese quadril-joelho-tornozelo-pé (OQJTP) • HKAFO – OQJTP de hastes verticais bilaterais • A faixa pélvica impede abdução, adução e rotação de quadril • Travas no quadril eliminam os movimentos de flexão e extensão. Órtese para deambulação • Órtese tronco-quadril-joelho-tornozelo-pé (OTQJTP) • • OTQJTP para marcha recíproca (OMR) • Cabo de aço que mantém unidas as articulações do quadril • Limita o comprimento do passo • Durante a fase de duplo apoio da marcha impede o colapso do quadril • Necessita de muletas Órtese para deambulação • Parawalker – Possui articulação para o quadril – Possibilita regulagem da amplitude do movimento do quadril – Necessita de muletas Órtese de quadril – OQ/HO • Luxação de quadril – Recém nascidos (luxação congênita do quadril) – Posicionamento da cabeça do fêmur no acetábulo • Doença de Legg-Calvé-Perthes – Doença condroplástica da cabeça do fêmur – Deformidade da cabeça do fêmur – Transferência de descarga de peso da cabeça do fêmur Arnês de Pavlik Atlanta Trilateral Órtese de quadril – OQ/HO • Crianças sem controle de quadril • Sem deambulação • Órtese Standing-Walking-and-Sitting-Hip (SWASH) • Promoção de movimentaçaõ sagital e abdução. • Outra possibilidade: – OJTP com faixas para controle de rotação – Rotação medial: Faixas fixadas na porção central – Rotação lateral: Faixas fixadas na porção lateral Caso clínico • CR é uma professora de ensino médio com 45 anos de idade que foi atropelada. Ela sofreu uma lesão medular incompleta ao nível L2. Há presença de clônus em ambos os tendões de Aquiles, mais intenso à direita do que à esquerda. Ela não tem nenhuma sensibilidade abaixo do nível da lesão. Ela não apresenta contraturas musculares. Todos os músculos acima do nível da lesão têm força normal. O exame de força muscular de outros grupos musculares bilaterais revelou os seguintes resultados: ilio-psoas, fraco; quadrado lombar, bom; extensores lombares, satisfatórios; todos os outros músculos dos MMII zero. Qual conduta ortótica é indicada para esta paciente?
Compartilhar