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Gestão Atuaril Aula 01 a 05 Online

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Aula 01
Histórico da atividade securitária e gestão de risco
Seguros
Introdução
O homem sempre esteve preocupado em preservar a vida de forma estável, enfrentando variações climáticas e a luta pela sobrevivência. Desde a antiguidade, procurava se organizar em grupos para ter mais força e garantir a sua segurança. Com a evolução das atividades comerciais surgiu a necessidade de proteção, também, contra os prejuízos financeiros. E foi dessa forma, justamente buscando garantias econômicas e redução da insegurança nas atividades habituais, que apareceu o seguro.
Nesta aula, você está convidado a conhecer como surgiu e como está estruturado este mercado que hoje apresenta um forte potencial de crescimento no curto prazo.
O que é SEGURO?
eguro (se-gu-ro) | adj.
Firme, preso; inabalável; que não corre o risco de soltar-se ou de cair: o lustre está bem seguro;
Livre  de receios, garantido, ao abrigo de perigos ou ameaças: lugar seguro;
Confiante, cauteloso: ele está muito seguro de si...
... Na gestão atuarial, seguro é:
Contrato aleatório em que, mediante uma taxa (prêmio de seguro), uma das partes se obriga a indenizar a outra por prejuízo eventual: seguro de vida, seguro contra acidentes.
Seguro social, o que garante aos trabalhadores assistência médica, indenização por invalidez, pensão ou aposentadoria, e outros benefícios.
Breve histórico
O homem, em sua própria natureza, sempre buscou a vida em sociedade, para isso começou a se socializar e se fixar em regiões que lhe desse segurança e condições para sobreviver, fundando as primeiras organizações com a distribuição de tarefas, constituindo uma estrutura social, buscando minimizar efeito dos acontecimentos futuros. Nestas primitivas organizações sociais já se praticava o mutualismo, que segundo Souza (2007, P. 4), consistiria na formação de grupos com interesses comuns, constituindo uma reserva econômica para dividir o risco de um acontecimento não previsto.
Na Babilônia, por volta de 1800 a.C., o Código de Hamurábi, embora não tratasse de relações comerciais regulares nem dos conceitos tradicionais de garantias hoje entendidos, apresentava diversos preceitos buscando estabelecer regras não só para minimização de riscos quanto para preservação de patrimônio.
- Os comerciantes da Babilônia, no século XIII a.C. preocupados com o risco de perda dos camelos na travessia do deserto, em direção aos mercados das regiões vizinhas, eles formavam acordos nos quais: quem perdesse um camelo, no caminho, por desaparecimento ou morte, receberia outro, pago pelos demais criadores. Esta relação reflete uma evolução do entendimento do próprio código de Hamurábi.
- Os hebreus e os fenícios praticavam o mutualismo em uma forma bastante aprimorada. Os fenícios desenvolveram sistemas de reposição das embarcações no caso de eventuais perdas em suas viagens realizadas pelos mares, Mediterrâneo e Egeu.
No caso dos hebreus, a coletividade assumia a responsabilidade pela reparação na ocorrência de acidentes com o rebanho de alguns de seus pastores, cujas perdas eram repartidas entre todos.
- A prática do mutualismo também pode ser observada em outras civilizações, como a grega e a romana, em que as doações feitas pelos fiéis, durante os cultos religiosos eram destinadas à assistência médica e ao auxílio funeral dos membros.
Os romanos utilizaram largamente a Lex Rhodia de Jactu (as Leis de Rodes), originada no ano de 900 a.C., na Ilha Dodecaneso “Rodes”, forneciam proteção contra os perigos do mar. Essas leis se estenderam a todas as potências marítimas e o “Código Navale Rhodorium” veio definir um conjunto de regras que deveriam ser cumpridas.
Nesse contexto, o Papa Gregório IX, baseando-se na usura, classificou o seguro marítimo com garantia náutica, muito comum na época, como prática abusiva e que, portanto, deveria ser proibida.
- Na época das descobertas, do caminho para as Índias e do comércio marítimo, a pirataria e a precariedade das embarcações configuravam os maiores riscos nas viagens. Assim, a manutenção das coberturas exigia dos banqueiros investimentos de capitais cada vez mais significativos. 
O caminho natural foi a constituição de sociedades de banqueiros — originando as sociedades seguradoras, ligadas às operações bancárias durante muito tempo.
Os seguros náuticos funcionavam da seguinte forma: os navegadores obtinham com os banqueiros um empréstimo em dinheiro que deveria ser devolvido, acrescido de elevados juros, caso a embarcação chegasse sem sofrer danos ou perdas ao seu destino; se ocorresse algum acidente com o navio, o navegador ficaria de posse do empréstimo. Deste modo, o seguro marítimo pode ser classificado como um dos mais antigos e que serve de base para vários outros. 
Os italianos, seguidos pelos espanhóis, foram os precursores. O primeiro contrato de seguro marítimo, com emissão de apólice, foi redigido no idioma italiano, em Gênova, no ano de 1347.
Entretanto, como os sistemas jurídicos vigentes na época classificavam o seguro como um jogo, sua regulamentação foi muito dificultada. Esta visão começou a mudar à medida que crescia a importância do seguro para a economia e o comércio.
- Em 1667, em Londres, um incêndio destrói cerca de 13.000 casas, igrejas e a catedral de Saint Paul, um de seus maiores símbolos, e quase acaba com a cidade. Assim, em 1684, surge na própria Londres a primeira companhia de seguros "contra incêndio", criando o primeiro seguro incêndio do mundo. O seguro de vida também surgiu na Inglaterra, onde foram criadas as primeiras sociedades seguradoras nos moldes que conhecemos atualmente. Em 1690, era fundada a inglesa Lloyd's, a mais tradicional companhia de seguros do mundo, originária de uma taberna e de um jornal dedicados aos marítimos. Em 1789, publicava-se o primeiro Código Uniforme de Seguros, proporcionando a universalização dos seguros.
Nem tudo é o que parece ser... “ O campeonato de surf foi sinistro... mas levei o prêmio pra casa!!!
Sinistro é a realização do risco previsto no contrato de seguro resultando em perdas para o segurado. 
Ele pode ser total quando causa a destruição ou o desaparecimento por completo do objeto segurado e parcial quando atinge somente uma parte do objeto segurado.
Ao contrário do que pode parecer, prêmio não representa a importância que o segurado recebe, e sim a que ele tem de pagar à companhia. Assim o prêmio nada mais é que o preço ou o custo do seguro especificado no contrato, ou seja, a soma em dinheiro, paga pelo segurado, a fim de que a seguradora assuma a responsabilidade por um determinado risco. 
Seu valor depende do prazo do seguro, da importância segurada e da exposição ao risco, além das despesas administrativas e de produção (como comissão e agenciamento) e dos impostos. O prêmio resulta da aplicação de uma porcentagem à importância segurada. Ele será usado para cobrir as indenizações, despesas administrativas, comissões e gerar lucro para a seguradora. A falta de pagamento do prêmio desobriga a seguradora a pagar a indenização.
Na determinação do valor do prêmio é importante considerar a questão da franquia, ou seja, o limite de participação do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro. Quanto maior a franquia, menor o prêmio.
Além disso, como o segurado tem que arcar com seu valor, cada vez que o sinistro ocorrer, ela acaba evitando que o seguro seja acionado em casos mais simples, cujos valores são inferiores ou semelhantes à franquia.
Em função da colonização, até a vinda da corte portuguesa, o Brasil não podia sequer instalar indústrias. Todos os bens manufaturados vinham de Portugal. 
Com a chegada da Família Real, D. João VI promoveu a abertura dos portos e a liberação do comércio com outros países.
Mercado atual e perspectivas
Uma das principais premissas relacionadas ao conceito de seguro envolve compartilhamento ou divisão de riscos. Em um contexto científico o risco é entendido como as métricas relativas às possíveis perdas dos entes socioeconômicos, frente às incertezas futuras na realizaçãode suas atividades.
Desta forma, o homem, desde as suas origens, sempre manteve uma enfática preocupação com o futuro de suas colheitas, de seus rebanhos, do seu futuro frente às crenças religiosas, à acumulação de
riqueza, à manutenção de poder, à previsão de catástrofes, entre outros, todos relacionados às ocorrências futuras, que influenciaram sobremaneira o seu desenvolvimento nas ciências
exatas, biomédicas e humanas, como a Matemática, a Astronomia, a Engenharia, a
Medicina, a Física, a Economia, a Informática, as Comunicações etc., levando ao avanço
tecnológico e científico, que propiciaram acentuado desenvolvimento de modelos previsionais
de que hoje dispomos para a tomada de decisão.
O risco é aquilo que decorre das surpresas, isto é, das incertezas de qualquer atividade. Quando a consequência é certa, não haverá surpresas, ou seja, o intento será atingido sem nenhum risco.
A definição latente à sistemática econômica é a que aborda o risco como possibilidade de perda ou prejuízo. Risco é a essência que poderá consubstanciar o sucesso ou o fracasso de qualquer negócio, sendo o fundamento da economia capitalista, do custo do dinheiro e do investimento.
Segundo Bernstein, a concepção moderna do risco tem suas raízes no sistema de numeração indo-arábico que alcançou o Ocidente há cerca de setecentos a oitocentos anos. Entretanto, o estudo sério do risco começou no renascimento, quando as pessoas se libertaram das restrições do passado e desafiaram abertamente as crenças consagradas.
Segundo Rodrigues, em sua obra Gestão de risco atuarial, “pode-se definir um risco atuarial como um fenômeno que tem consequências econômicas e que está sujeito a incertezas com respeito a uma ou mais causas das variáveis de risco atuarial: ocorrência, prazo e severidade”. 
O risco atuarial pode ser expresso por três abordagens fundamentais:
- Principios ; Metodologias; Padrões
A Matemática Atuarial é um dos elementos importantes no estudo deste risco e pode ser dividida no segmento de calculo atuarial e no da teoria do risco.
 Podemos utilizá-la para obter inferências relacionadas a:
- Cálculos biométricos para seguros de pessoas e previdência;
- Esperança de vida em determinada idade;
- Relacionar o valor do dinheiro no tempo;
- Cálculos de rendas vitalícias e rendas temporárias e o cálculo do prêmio.
Quanto a teoria do risco podemos dividi-la no risco individual, no risco coletivo e na teoria da ruína.
 
Como resultante final temos a formação do prêmio.
 
Entretanto, o que há de certo é que nada é totalmente isento de incertezas, e esta é a realidade com que o homem convive desde seu alvorecer e que tem que gerenciar.
SINISTRO
PRÊMIO
AULA 02
Principais Conceitos e Características do Seguro
“Seguro é a transferência de risco, pessoal ou patrimonial, para uma empresa especializada, a qual cobra uma fração do valor do que se está garantindo, como prêmio, calculado por meios matemáticos, para formação de massa econômica com finalidade de suportar prejuízo individual”.
(Wagner Attina Xavier)
Podemos conceituar o seguro como uma operação financeira cuja finalidade específica é garantir a preservação de um dado equilíbrio econômico (não necessariamente equalitário).
SEGURADOR - O segurador é a entidade jurídica legalmente constituída para assumir e gerir os riscos especificados no contrato de seguro. É ele quem emite a apólice e, no caso da ocorrência de sinistro e de posse do pagamento do prêmio, será o responsável por indenizar o segurado ou seus beneficiários de acordo com as coberturas contidas na apólice. A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico perturbado.
SEGURADORA - A seguradora pode recusar-se a fazer um seguro ou a emitir uma apólice. Nesses casos, salvo exceções, como o ramo de transportes, seu prazo é de 15 dias. Depois desse tempo, não havendo manifestação do segurador, o risco está tacitamente aceito. As seguradoras devem obedecer a alguns requisitos para atuar no mercado brasileiro como capital mínimo e margem de solvência — relação entre os seguros vendidos e a capacidade de pagar as apólices.
BENEFICIÁRIO - O beneficiário corresponde a quem se beneficia com o seguro, ou seja, a pessoa a quem o segurado reconhece o direito de receber a indenização ou parte dela prevista na apólice do seguro.
SEGURADO OU ESTIPULANTE - O segurado é a pessoa física ou jurídica, em nome de quem se faz o seguro. Ele transfere para a seguradora, mediante pagamento do prêmio, o risco de um evento aleatório atingir o bem de seu interesse. Caso o segurado não pague o prêmio previsto, ele perde os direitos à indenização descrita no contrato. A pessoa que contrata o seguro com a seguradora é também conhecida como estipulante.
O segurado ou estipulante não pode contratar mais de um seguro para o mesmo bem. Para casos de complemento de um seguro é obrigatória a declaração da existência do outro seguro na apólice.
PRÊMIO - Ao contrário do que pode parecer, prêmio não representa a importância que o segurado recebe, e sim a que ele tem de pagar à companhia. Assim, o prêmio nada mais é que o preço ou custo do seguro especificado no contrato, ou seja, a soma em dinheiro paga pelo segurado para que a seguradora assuma a responsabilidade por um determinado risco, sendo assim, o prêmio será usado para cobrir as indenizações, despesas administrativas, comissões e gerar lucro para a seguradora. Seu valor depende do prazo do seguro, da importância segurada e da  exposição ao risco, além das despesas administrativas e de produção (como comissão e agenciamento) e impostos.
A falta de pagamento do prêmio desobriga a seguradora a pagar a indenização.
FRANQUIA - Na determinação do valor do prêmio é importante considerar a questão da franquia, ou seja, o limite de participação do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro. Quanto maior a franquia, menor o prêmio. Além disso, como o segurado tem que arcar com seu valor cada vez que o sinistro ocorrer, ela acaba evitando que o seguro seja acionado em casos mais simples, cujos valores são inferiores ou semelhantes à franquia.
SINISTRO - O sinistro é a realização do risco previsto no contrato de seguro resultando em perdas para o segurado. Ele  pode ser:
TOTAL - quando causa a destruição ou o desaparecimento por completo do objeto segurado;
PARCIAL - quando atinge somente uma parte do objeto segurado.
Quanto ao prejuízo decorrente de um sinistro, a seguradora, obriga-se a pagar uma indenização ao segurado. Essa indenização nunca é superior à importância segurada.
RISCO - O risco representa a possibilidade de um evento inesperado ocorrer, gerando prejuízo ou necessidade econômica ou danos materiais e pessoais. Esse evento incerto, de data incerta, independe da vontade do segurado ou segurador. Assim, o risco deve ser: incerto, aleatório, possível, real, lícito e fortuito.
Essência do seguro
São características que refletem a essência do seguro:
MUTUALISMO
O mutualismo refere-se a pessoas com interesses seguráveis afins, que constituem uma reserva financeira cuja finalidade é suprir as necessidades de componentes do grupo que venham a ser afetados por um acontecimento não previsto.
INCERTEZA
A incerteza contempla dois aspectos básicos: 
• a possibilidade de ocorrência do evento; 
• o momento. 
PREVIDÊNCIA
A previdência está relacionada diretamente a proteção às pessoas, relativamente a si próprias ou a seus bens.
Seguro Público versus Privado
Seguro público 
O seguro público caracteriza-se por ter o risco segurado assumido por pessoa jurídica de direito público, sem fins lucrativos, como por exemplo os seguros cujo monopólio pertence ao Estado - o Seguro Crédito à Exportação e a Previdência Social.
O seguro público caracteriza-se por ter o risco segurado assumido por pessoa jurídica de direito público, sem fins lucrativos. Como exemplo, citamos os seguros cujo monopólio pertence ao Estado: o Seguro Crédito à Exportação e a Previdência Social (que não serão objeto desta disciplinacomo já indicado anteriormente).
 
Seguro privado
O seguro privado ocorre quando o risco segurado é assumido por pessoa jurídica de direito privado comercial, com fins lucrativos. Nesses casos, o contrato é regulado pelo Código Civil/Comercial, obedecendo também às leis específicas e regulamentações suplementares.
O seguro privado, que abrange todos os seguros, com exceção apenas dos seguros sociais, é bastante complexo, contemplando, entre outros, aspectos financeiros, atuariais, políticos, filosóficos e jurídicos.
No Brasil, os riscos relativos a seguros privados são assumidos obrigatoriamente, por entidades jurídicas constituídas sob a forma de sociedades anônimas.
O seguro privado ocorre quando o risco segurado é assumido por pessoa jurídica de direito privado comercial, com fins lucrativos. Nesses casos, o contrato é regulado pelo Código Civil/Comercial, obedecendo também às leis específicas e regulamentações suplementares.
Legislação de Seguros
Conforme abordado na aula 2, os seguros privados são definidos pelo Decreto-lei n.° 73, de 21 de novembro de 1966, e o Decreto n.° 61.867, de 7 de dezembro de 1967.
A Legislação é bastante dinâmica, podendo ser alterada a qualquer minuto. Assim, é muito importante que mantenhamos acesso aos locais oficiais que servem como fonte de verificação e acompanhamento das mudanças que ocorrem nas leis.
A legislação brasileira também impõe a contratação de alguns tipos de seguros: são os chamados seguros obrigatórios. Eles compreendem uma vasta gama de eventos, como danos 
pessoais causados por veículos de via terrestre ou de carga, a pessoas transportadas ou não, e aos passageiros de aeronaves comerciais; responsabilidade civil do construtor de imóveis em zonas urbanas por danos a pessoas ou coisas; bens dados em garantia de empréstimo ou financiamento de instituições financeiras públicas; garantia de pagamento a cargo do mutuário da construção civil; incêndio e transporte de bens pertencentes às pessoas jurídicas, situadas no país ou nele transportados e crédito rural e à exportação, quando concedido por instituições financeiras públicas.
Contratos - Noções gerais
Do ponto de vista jurídico, a principal questão diz respeito ao documento que formaliza a relação entre segurador e segurado: o contrato de seguro.
Mas o que é um contrato?
O Direito romano define contrato como o mútuo consenso de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto.
O objetivo de um contrato é criar, modificar, transferir, conservar ou extinguir direitos e obrigações.
As disposições gerais do contrato de seguro consideram contrato de seguro o documento pelo qual uma das partes (seguradora) obriga-se com a outra (segurado ou estipulante), mediante o pagamento de um prêmio, a indenizá-la do prejuízo resultante de riscos futuros previstos no contrato.
O contrato de seguro deve ser bilateral, oneroso, aleatório, formal, nominal, de adesão e de boa-fé.
Segundo o Código Civil, o segurado e o segurador são obrigados a guardar no contrato a mais estrita boa-fé e veracidade a respeito do objeto, circunstâncias e declarações a ele concernentes. Se o segurado não fizer declarações verdadeiras e completas, omitindo circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito ao valor do seguro, além de ser obrigado a pagar o prêmio vencido.
Ainda em relação ao que consta no código civil, podemos indicar alguns requisitos relacionados a um contrato de seguro:
- Subjetivos:
O Segurador deve ser pessoa jurídica, devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo (Dec.-lei n. 2.063/40, art. 1º; Dec. n. 60.459/67, arts. 42, parágrafo único, e 48; CC, art. 757, parágrafo único);
O Segurado deverá ter capacidade civil;
Nem todos poderão ser beneficiários (CC, arts, 793, 550, 1.801, III, 1.814 e 1.818);
Deverá haver consentimento de ambos os contraentes (Dec.-lei n. 2.063/40, art. 108);
Não há em regra solidariedade do cossegurador perante o segurado (RT, 308:231), mas pelo CC, art. 761, o segurador-administrador por ser acionado, por representar os demais, tendo ação regressiva contra eles;
Não se pode haver vínculo entre o segurado e o órgão ressegurador (Dec.-lei n. 73/66, art. 64).
- Objetivos:
Liceidade e possibilidade do objeto, que é o risco descrito na apólice (CC, arts. 757 e 762);
O Valor do objeto deve ser determinado (CC, arts. 778, 789, 766, 782; Dec.-lei n. 72/66, art. 22; Circular SUSEP n. 24/82).
- Formais
O seguro é contrato formal, por exigir documento para ser obrigatório: CC, arts. 759, 760, parágrafo único, 761, 774, 785, §§ 1º e 2º; Dec.-lei n. 2.063/40, arts. 107 a 110.
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DO CONTRATO DE SEGUROS
As cláusulas contratuais podem ser subdivididas em:
-Condições gerais: cláusulas que têm aplicação geral aos riscos de mesma natureza;
-Condições especiais: disposições que modificam as condições gerais, ampliando ou restringindo sua extensão;
-Condições particulares: específica para cada contrato, particularizam determinados tópicos ou coberturas;
-Cláusula limitativa: limita a obrigação do segurador;
-Cláusula abusiva: restringe ou elimina a responsabilidade do segurador, decorrente de uma obrigação que por ele foi regularmente assumida.
Observações Importantes
Um contrato bilateral gera obrigações tanto para o segurador quanto para o segurado. Um contrato oneroso é o que implica dispêndio para ambas as partes: segurado e segurador. Já o fato de ele ter de ser aleatório significa que o segurador assume a obrigação de pagar uma indenização por um acontecimento — risco — que poderá ou não ocorrer. 
 
Ele deve ser também formal, pois a lei obriga a formalidade, determinando que o contrato seja instrumentado na apólice ou no bilhete de seguro e nominal isto é, regulado por lei e com um padrão definido. Para um contrato ser de adesão é preciso que as condições da apólice sejam padronizadas. E, por fim, ele deve ser de boa-fé, ou seja, o conhecimento do risco pela seguradora depende da fidedignidade das informações prestadas pelo segurado e segurador, de modo a não induzir a outra parte a engano ou erro.
AULA 03
 Estrutura do Mercado Securitário Nacional
ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR NACIONAL
O Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966 e seu regulamento, a Lei nº 9.656/98 e a Lei nº 10.190/2001constitui um conjunto de legislações que regulamentou a segmentação preconizada pela Constituição Federal/88 onde os seguros se dividem em seguros previdenciários (com legislação própria) e os seguros privados.
Compete ao Governo Federal formular a política de seguros privados, estabelecer suas normas e fiscalizar as operações no mercado nacional.
Assim, a legislação que rege as operações de seguro, instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (art. 8 do decreto 73), integrado por Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, entidades abertas de previdência complementar e corretores de seguros habilitados.
Dando maior destaque ao seguro privado, vale destacar a estrutura do Sistema de Seguros Privados do Brasil. A figura a seguir mostra a relação entre os elementos constituintes do SNSP:
O Ministério da Fazenda é o órgão que na estrutura administrativa da República Federativa do Brasil cuida basicamente da formulação e execução da política econômica.  Ele conta com dois órgãos colegiados:
CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normativo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula.
CRSNSP - Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização.
O CRSNSP tem o seu Regimento Interno aprovado pelo Decreto nº 2.824, de 27 de outubro de 1998,dispondo sobre as competências, os prazos e os demais atos processuais vinculados às suas atividades.
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA – COMPANHIAS RESSEGURADORAS
Quanto vale um satélite, um complexo industrial ou uma plataforma de petróleo?
Que empresa poderia se responsabilizar pelo sinistro de um ou até mesmo vários desses bens simultaneamente?
Para responder e solucionar essas questões é que existe o resseguro...
... como o nome sugere resseguro é o seguro do seguro. Quando uma companhia assume um contrato de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora.
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o risco, preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado.
Perspectivas sobre o processo Saúde-Doença
Seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram.
As sociedades seguradoras, que devem ter autorização para funcionamento concedida por Portaria do Ministro da Fazenda, não estão sujeitas à falência nem poderão impetrar concordata.
Fonte: Dissertação: ABC em companhias de seguros
As seguradoras não podem ultrapassar os limites técnicos, fixados pela SUSEP. Nesse caso, elas têm de fazer resseguro das responsabilidades excedentes em cada ramo de operações. Dentre as principais atividades desempenhadas pelas seguradoras destacam-se:
- Area de Marketing – O Foco da área de marketing consiste em criar e tornar disponível produtos que atendam as necessidades do consumidor, bem como inovar e desenvolver novos produtos, já que as necessidades mudam com o tempo.
- Area de investimento – gerencia o capital próprio e de terceiros temporariamente sob sua responsabilidade. Ao aplicar recursos advinde da comercialização de seus produtos e de seu capital próprio, a seguradora procura obter remuneração que possibilite honrar as indenizações devidas e os demais compromissos da empresa, bom como gerar lucro e capital para nela investir. A administração dos recursos financeiros é fundamental em empreas de seguro de vida.
- Underwriting – é um processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar as taxas a serem cobradas de acordo com o risco, com o proposito de maximizar ganhos. Para melhor desempenho da função de Underwriting, certos padrões técnicos e éticos de seleção são fixados de acordo com politicas previamente estabelecidas, e o Underwriting deve cuidar para que esses padrões sejam observados quando um risco é aceito.
- Area de controladoria – tem como função fornecer e controlar as informações de modo a assegurar a otimização do resultado econômico da empresa. Ela deve dispor de um bom método para apurar corretamente o resultado de cada gestor.
- Regulação – é o processo de apuração das perdas e de todos os elementos que possam vir a influenciar no calculo das indenizações e no direito do segurado, observadas as condições preestabelecidas na apólice de seguro.
- Area de informática – além de cuidar da informatização das atividades comuns a qualquer empresa, também trata eletronicamente todos os documentos e as etapas do processo de venda de seguros, reduzindo o tempo gasto no processamento de propostas, aprovação e emissão de apólices.
- Departamento de atuária e estatística – é responsável por calcular as taxas de seguro, os níveis de comissões, as reservas de premio não ganhos, e preparar relatórios anuais, além de eventuais estudos de viabilidade econômica para grandes negócios, que possam envolver altos níveis de risco. Também auxilia no desenvolvimento de novos produtos.
- Departamento de gerenciamento das indenizações – cuida dos processos de regulação e liquidação de sinistro.
- Liquidação – consiste no calculo e pagamento da indenização propriamente dita, efetuados após a fazer regulatória do processo. As seguradoras tentam recuperar, sempre que possível, partes das indenizações por meio da comercialização do que restar dos bens segurados com valor econômico. O gerenciamento dos riscos é fundamental em empresas do ramo não vida, quem fazem seguros de bens.
- área comercial – tem como função atender aos corretores de seguros que comercializam seus produtos de seguro, pois so assim uma apólice poderá ser emitida.
Corretor de Seguros
No Brasil, as seguradoras só podem receber propostas de seguro por intermédio de corretores legalmente habilitados.
Somente esses profissionais podem fazer a mediação para defender os interesses do segurado diante da seguradora, recebendo comissão por intermediar este processo.
OUTRAS ENTIDADES DO SETOR
Há várias entidades que apoiam o Sistema Nacional de Seguros Privados brasileiro, colaborando para a divulgação dos seguros, para a competitividade do mercado e qualificação de seus profissionais. A figura traz algumas delas, juntamente com seu campo de atuação.
- FENACOR - 
A Federação Nacional dos Corretores de Seguros, Capitalização e de Previdência Privada é reconhecida como entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica dos Corretores de Seguros e de Capitalização.
A FENACOR representa judicial e extrajudicialmente seus sindicatos filiados, tendo como objetivo proteger os interesses de sua categoria econômica; colaborar com os poderes públicos no estudo e na solução dos problemas relacionados à categoria; prestar assistência técnica e jurídica aos sindicatos filiados, inclusive, assessoria técnica e operacionalidade no atendimento aos segurados e beneficiários do convênio do seguro DPVAT e, por delegação de atribuições da SUSEP, o exame de pedidos de registro de corretores de seguros, dos ramos elementares, vida, capitalização e previdência privada, e de alterações cadastrais.
- CNSEG- Criada em 2008, a CNSEG – Confederação Nacional das Empresas de Seguro Gerais, engloba todas as Federações associativas de seguro e foi organizada a partir das necessidades destas. A sua missão é congregar as principais lideranças, coordenar ações políticas, elaborar o planejamento estratégico do setor e representar o segmento perante o Governo, a sociedade e as entidades nacionais e internacionais.
FenSeg - Compõe o novo modelo de representação institucional do mercado segurador brasileiro, estando voltada para o desenvolvimento das atividades específicas dos ramos de seguros do segmento denominado “seguros de danos”.
FenaPrevi - A Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) é uma associação civil sem fins lucrativos, afiliada à Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).
FenaSaude - A Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), é uma associação civil sem fins lucrativos, afiliada à Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). A FenaSaúde empenha-se pelo fortalecimento e desenvolvimento do mercado de saúde suplementar.
FenaCap - A Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), é uma associação civil, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, que representa as empresas de capitalização no território nacional.
Atividade:
A regulamentação dos seguros no Brasil, ocorrida em 1917, deu-se com a entrada em vigor do:
- Código civil Brasileiro
De acordo com o Decreto-lei nº73, de 21 de novembro de 1966, compõem o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP)
- CNSP, SUSEP, IRB, as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e os corretores habilitados.
AULA 04
Tipos de Seguros
A tipologia no seguro
Abordar tipologia em um modelo é buscar reduzir a um simples exemplo algo com uma plurirealidade possível. Embora a segmentação por tipos em um modelo nos permita compreender algo complexo de forma mais simplificada, ela não deve ser um fim em si mesmo, mas sim, permitir flexibilizar as mudanças contextuais e temporais.
Podemos separar os seguros em  tipos obrigatórios ou facultativos,por exemplo, para diferenciá-los quando se referem a uma exigência ou a uma escolha de quem os faz.
 
Também é possível tipificá-los em função de serem individuais ou em grupo.
Se escolhermos como critério a natureza dos riscos, os seguros ainda podem ser classificados em seguros de pessoas, danos patrimoniais e prestação de serviços.
 
Na prática, podemos ter tantos tipos de seguros quanto a legislação permitir e a percepção sobre o bem a segurar for ampliada.
Para cada “tipo” de seguros uma modalidade, por exemplo: 
clicando em Seguro Rural, ele se desdobrará em 8 modalidades distintas e 13 ramos.
O mesmo ocorre ao desdobramos os outros 9 tipos de seguro relacionados no site da SUSEP.
 
Cada um deles possui especificidades e legislação dinâmica que o individualiza dos demais na sua forma estrutural e operacional.
Embora em alguns países, as seguradoras não possam atuar no ramo de pessoa e de não pessoa  (elas têm de escolher um dos dois ramos para se especializar), é importante estabelecer a diferença básica entre estes dois tipos de seguros, pois a nossa Legislação permite não só a atuação das seguradoras com ambos os produtos, como também a combinação de seguros de pessoas e não pessoas em um único pacote.
Seguro de pessoas - seguros de vida, acidentes pessoais e saúde;
Seguro de não pessoas - seguros de danos patrimoniais e prestação de serviços.
Seguro de Pessoas
No caso de seguros de pessoas a característica básica é relacionada a não se ter como determinar ao certo o valor econômico da vida de alguém. Assim, os valores da indenização em caso de morte ou invalidez, estabelecida pelos seguros de pessoas, têm de ser escolhidos pelo próprio indivíduo, e não pelo "valor de mercado", como no caso dos bens e serviços.
 Como exemplo de seguros de pessoas, entre diversos tipos, podemos listar:
1.Seguro de vida;
2. Seguro funeral;
3. Seguro de acidentes pessoais;
4. Seguro educacional;
5. Seguro viagem;
6. Seguro de diária por internação hospitalar;
7. Seguro desemprego (perda de renda);
8. Seguro de diária de incapacidade temporária.
Alguns conceitos relacionados a seguros de pessoas:
Seguro de vida individual
Modalidade de seguro que cobre a morte ou a sobrevivência de um "único" segurado. O único está entre aspas, pois ele pode representar mais de uma pessoa, como no caso de um casal (marido e mulher) ou de sócios de uma firma. Estes casos são conhecidos como seguro em conjunto ou de duas ou mais cabeças e não devem ser confundidos com o seguro de vida em grupo.
No seguro de vida individual, a duração da vida humana serve de base para o cálculo do prêmio a ser pago pelo proponente (futuro segurado) para a contratação do seguro. 
O seguro de vida individual tem como característica a longa duração do contrato e suas apólices podem ter coberturas para riscos de morte natural, morte acidental, invalidez permanente total ou parcial por acidentes ou por doenças. Para monitorar a expectativa de vida das pessoas, as seguradoras contam com tabelas atuariais e estatísticas, fruto de avançados recursos na área, na qual há a média de vida dos cidadãos de acordo com o sexo ou região. Os dados destas tabelas (tábuas atuariais) mostram um comportamento quase uniforme para o setor, faz com que as empresas tenham previsões precisas, que acabam transformando o seguro de vida mais em uma operação de poupança do que em um risco.
Para receber a indenização, na forma de capital, renda ou uma combinação dos dois, o segurado indica um beneficiário do seguro — que pode ser ele mesmo, nos casos de sobrevida (no Japão, os seguros de vida são chamados seguros de sobrevivência).
Seguro de vida individual em grupo
Tem como premissa fundamental um conjunto de pessoas dividindo uma mesma apólice de seguro de vida, válido para mais de um indivíduo. É necessária a existência de um estipulante fazendo o seguro para um grupo de pessoas que mantém algum tipo de relação com ele, por exemplo, uma empresa e seus funcionários. 
 
O seguro de vida em grupo tem a duração de um ano, sendo renovado automaticamente.
Seguro de acidentes pessoais
Cobre o segurado em casos de acidentes previstos no contrato que causem morte ou invalidez permanente, total ou parcial. 
 
Como indenização o segurado pode receber um valor em dinheiro, valor do dia trabalhado, em casos de incapacidade temporária, e prestação de assistência médica ou reembolso das despesas, se o acidente causar a morte do segurado.
No caso do seguro de acidentes pessoais, de morte e de invalidez permanente são consideradas coberturas básicas. As despesas médico-hospitalares e diárias de incapacidade temporária são enquadradas como coberturas adicionais, sendo que estas só podem ser contratadas em conjunto com uma ou duas coberturas básicas.
O segurado só tem direito à indenização se o dano for causado por algum tipo de acidente.
Seguro saúde
Garante o pagamento em dinheiro ou reembolso de despesas com cirurgias, estadas em hospitais, tratamentos e consultas médicas feitas pelo segurado e previstas no contrato. 
 
O reembolso pode ser feito para a prestadora dos serviços ou para o próprio segurado.
A composição do seguro saúde é extremamente complexa e regulada.
Despesas médico-hospitalares
Aquelas efetuadas para tratamento sob orientação médica, iniciada até 30 dias após a data do acidente. As diárias de incapacidade temporária correspondem à impossibilidade contínua e ininterrupta de exercer a profissão ou ocupação durante o período em que durar o tratamento.
Seguro educação
Na ausência do segurado, busca garantir a educação às pessoas indicadas por ele. A  indenização pode ser paga de diversas formas:
o valor segurado pode ser depositado em uma caderneta de poupança, de onde vai sendo sacado para pagar as mensalidades da escola; 
o beneficiário pode apresentar a comprovação dos pagamentos das mensalidades e das taxas escolares ou material escolar para a seguradora reembolsá-lo;
ou pode efetuar os pagamentos devidos, diretamente à instituição de ensino na qual o beneficiário estuda.
Se o beneficiário (a pessoa a quem se destina o pagamento dos estudos) falecer antes de iniciado o pagamento da renda, os prêmios pagos são devolvidos. Se o falecimento do beneficiário ocorrer durante o pagamento da renda, as prestações restantes são pagas, de uma só vez, aos beneficiários legais.
Seguro de danos patrimoniais - DPVAT
O DPVAT é um seguro obrigatório que cobre danos causados por veículos automotores de via terrestre. Ele contempla danos pessoais causados pelo veículo ou carga transportada aos envolvidos no acidente.
 
Por não ter de avaliar quem foi o culpado, o DPVAT ganha maior rapidez no socorro às vítimas. Entretanto, por ser um seguro emergencial a indenização paga é pequena. Ela é destinada apenas a cobrir os custos dos primeiros socorros às vítimas.
 
Administrado pela FENASEG, o DPVAT deve ser pago anualmente.
SEGURO DE NÃO-PESSOAS
á no caso do seguro de não pessoa, também chamado seguro de ramos elementares, sua dependência está relacionada ao grau de dano provocado ao bem.
 
Exemplo:
um incêndio pode apenas danificar uma máquina ou pode alastrar-se para a indústria, destruindo todo o seu parque instalado. Da mesma forma, um ladrão pode roubar apenas um videocassete ou todos os eletrodomésticos da casa.
Como diferenciar e parametrizar esta questão? 
No seguro de pessoas a variável mais importante é a duração da vida da pessoa, já nos seguros de não pessoas é o tempo e a probabilidade de ocorrência do evento que contam.
Trata-se de uma aposentadoria independente e complementar a da Previdência Social. Mesmo sendo paralela à oferecida pelo governo, destaca-se por ser opcional e voluntária.
As diferenças entre as duas não param por aí. A previdência social, obrigatória e oferecida pelo Estado, tem como objetivo garantir a subsistência, ou seja, o mínimo de preservação de qualidade de vida de modo condizente com a justiça social. Já a previdência privada, complementar e facultativa,é utilizada para preservar um determinado padrão de vida.
Riscos
Os riscos também podem ser classificados de acordo com a ocorrência deles, podendo ter duas formas:
- RISCOS DECORRIDOS – Como riscos decorridos entendemos o risco já passado em relação da data de análise e que não sofreram sinistros.
Esta dinâmica serve para auxiliar no cálculo das reservas que já podem ser utilizadas em caso de um sinistro.
- RISCOS A DECORRER - Como riscos a decorrer, definimos o riscos que ainda podem acontecer durante a vigência da apólice até o final de vigência da apólice. Eles também exigem a constituiçao de reservas técnicas, para garantia de sinistros futuros.
Capitalização
É uma forma de poupança que combina compra programada e sorteios.
Mediante depósitos mensais, ou efetuando um pagamento único, o comprador do título recebe rendimentos e ainda concorre a sorteios pela extração da Loteria Federal.
Os valores sorteados variam conforme o plano escolhido.
Além de concorrer a sorteios, ao final do prazo há o resgate de parte do valor aplicado.
Mas não foi sempre assim. Depois de crescerem significativamente nas décadas de 1940 e 1950, chegando a 17 companhias divididas entre Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, as empresas de capitalização perderam sua atratividade devido à inflação crescente — que corroía os valores do plano — e ao crescimento das cadernetas de poupança.
Entretanto, em 1964, a correção monetária dá uma nova chance à capitalização, que deslancha sobremaneira nas décadas seguintes. Em 1967, cria-se o Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Na década de 1980, surgem os planos de capitalização indexados à correção monetária.
O mercado de capitalização é formado pelas empresas que comercializam títulos que combinam formação de poupança (poupança programada) com premiação por sorteio.
Os planos de capitalização geralmente oferecem prêmios mensais sorteados todos os meses até o final do contrato.
 
Mesmo sendo sorteado, o portador do título de capitalização continua concorrendo a novos sorteios. Mas, caso não venha a ser sorteado, ele não perde o que depositou, recebendo de volta, no final do plano, o montante aplicado acrescido de reajuste monetário.
Ele também pode vender ou doar ou trocar o título de capitalização desde que comunique o fato à empresa de capitalização e siga os procedimentos formais. Os títulos de capitalização têm, entretanto, um prazo de carência no qual o valor aplicado e a aplicar não pode ser resgatado por desistência do titular. O montante pago pelo titular tem três destinos principais. A maior parte dele formará a provisão matemática: parcela da mensalidade que constituirá as quantias economizadas e sobre as quais serão aplicados correção monetária e juros. Outra parcela deduzida da mensalidade é destinada ao pagamento de despesas administrativas, como salários, honorários, aluguéis, publicidade, material e correios da empresa de capitalização. E, por último, uma terceira parcela é descontada para a provisão para sorteio, garantindo o pagamento dos prêmios aos titulares contemplados.
A capitalização foi regulamentada pelo Decreto n.° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933.
 
O mercado de capitalização passou por extensas mudanças e regulamentações, como a exigência das empresas garantirem remuneração de, pelo menos, 20% do juro da poupança (de 6% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR) para o dinheiro depositado.
Atividade 
- Risco a decorrer – caracteriza-se pelo pre-pagamento do premio.
- Seguro de pessoas – Seguro de vida, acidentes pessoasi e saúde.
- Previdencia Privada – aposentadoria independente e complementar
- Riso decorrido – o pagamento do premio é realizado após a ocorrência do fato gerador.
- Seguro de não pessoas – seguro de danos patrimoniais e prestação de serviços.
AULA 05
 Aspectos Técnicos do Seguro
O contrato de seguro é um mútuo bilateral, oneroso, aleatório e formal, envolvendo duas ou mais partes, ou seja, um documento (apólice ou bilhete de seguro – conforme normatização do Conselho Nacional de Seguros Privados) pelo qual uma ou mais partes (entidades seguradoras) obrigam-se com as outras (segurados, sejam eles pessoas jurídicas ou físicas), mediante pagamento de prêmio, a indenizá-las, no caso da materialização de fato fortuito (sinistro), previsto nas cláusulas contratuais.
De acordo com o Código Civil Brasileiro, segurados e seguradoras são obrigadas a guardar a mais estrita boa-fé e veracidade com relação ao objeto e as circunstâncias do contrato, sob pena de nulidade nos casos de má-fé ou falsas declarações. 
A apólice, após a manifestação do aceite das partes à proposta, poderá ser coletiva, cobrindo um grupo de pessoas ou bens, ou individual, cobrindo apenas uma pessoa ou um bem.
Nos casos de modificação dos dispositivos contratuais (desses contratos) também são utilizados instrumentos formais. Nas modificações os endossos, os aditivos ou as averbações:
- ENDOSSO - Utilizado para composição de alterações no risco e na cobrança adicional ou restituição do prêmio;
- AVERBAÇÂO OU ADITIVOS - as averbações ou os aditivos são de emissão do segurado para informar bens e verbas a garantir.
Esses contratos também podem ser rescindidos total ou parcialmente, mediante acordo das partes ou com o pagamento do valor da apólice ao segurado. 
 
Nas rescisões unilaterais, quando esta hipótese estiver contemplada no contrato, por iniciativa do segurado, a seguradora reterá o prêmio de acordo com a tabela de prazo curto, caso a iniciativa seja da seguradora o prêmio será retido proporcionalmente ao tempo decorrido.
Aspectos técnicos do seguro
As técnicas das operações de seguros baseiam-se em vários princípios, dentre os quais, destaca-se o princípio mutualismo que dá suporte à distribuição das responsabilidades decorrentes dos negócios segurados, também conhecido como pulverização das responsabilidades. 
 
São adotados três instrumentos, denominados de cosseguro, resseguro e retrocessão. 
Cosseguro
É a operação que consiste na repartição de um mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras, podendo ser emitidas tantas apólices quantas forem as seguradoras envolvidas ou uma única apólice, por uma das seguradoras, denominada de Seguradora Líder, não se verificando, ainda assim, quebra do vínculo do segurado com cada uma das seguradoras que respondem, isoladamente, perante ao segurado, pela parcela de responsabilidade que assumiram.
Resseguro
O resseguro é o seguro das seguradoras, tratando-se de uma operação em que o ressegurador assume o compromisso de indenizar a companhia seguradora direta do segurado, pelos danos que possam vir a ocorrer em decorrência de sinistros vinculados às apólices de seguro emitidas.
Retrocessão
“Retrocessão”, ou seja, “cessão de resseguro”, consistindo no repasse de parte das responsabilidades assumidas, para outro agente ressegurador ou outras operadoras de seguros, com o objetivo de proteger o patrimônio e a integridade das operações.
DIAGRAMA ESQUEMATICO DAS OPERAÇÕES DE SEGURO
Atividade
A operação que consiste na repartição de um mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras, sendo emitida uma única apólice, por uma das seguradoras, denominada, neste caso, SEGURADORA LÍDER, não se verificando, ainda assim, quebra do vínculo do segurado com cada uma das seguradoras que respondem, isoladamente, perante ele, pela parcela de responsabilidade que assumiram, é denominada:
- Cosseguro
O seguro de um seguro também é chamado de:
- Resseguro
Limites e indicadores operacionais
A partir de 1990, o mercado de seguros mudou bastante. Os governos concederam às seguradoras maior liberdade para a fixação de preços e demais condições das apólices; diversas companhias internacionais passaram a operar no Brasil; a oferta de produtos se diversificou e a maior concorrência trouxe benefícios paraos consumidores com prêmios mais vantajosos.
Com isso, este segmento tornou-se muito mais competitivo e diante deste cenário definir estratégias de informações tornou-se um fundamento de sobrevivência e viabilidade operacional. 
 
Pelas suas próprias características, as companhias de seguro operam com elementos subjetivos relacionados ao futuro (incerteza e risco), necessitando de constante apoio de informações, influenciando diretamente as decisões internas e externas do negócio.
Além de um bom modelo gerencial, definindo e controlando os fatores de sucesso e insucesso, há a necessidade de manter políticas de informações constantes, que fomentam a ação gerencial, a confiança dos clientes e investidores, as vendas e os órgãos de controle do governo. 
 
Desta forma, os indicadores são elementos de fundamental importância para que as companhias seguradoras mantenham suas atividades, não só sob o aspecto legal, como também sob o foco gerencial e do mercado de seguros, que muito colaboram para a eficácia nas decisões dos administradores e investidores.
Limites de Retenção
De acordo com a Resolução CNSP Nº 40/2000, o Limite de Retenção corresponde ao valor máximo de responsabilidade que uma Sociedade Seguradora poderá reter em cada risco isolado, também denominado "Limite Técnico", sendo determinados com base nos valores dos respectivos Ativos Líquidos, representado pelo Patrimônio Líquido Contábil.

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